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O ministro Alexandre de Moraes afirmou que não há chance de recuar um milímetro no julgamento de Bolsonaro. O especialista Leandro Barcellos comentou os desdobramentos e impactos dessa decisão, além das relações entre Brasil e EUA.

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Transcrição
00:00O ministro Alexandre de Moraes diz que não existe a menor possibilidade de um recuo
00:05sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma conspiração golpista.
00:12A declaração foi dada em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post e diz o seguinte,
00:18abre aspas, não há menor possibilidade de recuar um milímetro sequer.
00:23Faremos o que é certo, receberemos a acusação, analisaremos as provas e quem deve ser condenado será condenado.
00:31Quem deve ser absolvido será absolvido. Fecha aspas.
00:35Alvo de sanções aplicadas pelos Estados Unidos por meio da lei Magnitsky,
00:40Moraes afirmou que articulações de aliados de Bolsonaro são narrativas falsas
00:45que envenenam o relacionamento entre Estados Unidos e Brasil.
00:48Então vamos a mais um trecho de Alexandre de Moraes.
00:51Abre aspas, essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento,
00:57narrativas falsas sustentadas pela desinformação disseminada por essas pessoas nas redes sociais.
01:04E completou, então o que precisamos fazer e o que o Brasil está fazendo é esclarecer as coisas.
01:11Por fim, o ministro afirmou não ser agradável passar por isso,
01:15mas que enquanto houver necessidade, a investigação vai continuar.
01:18Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro
01:24criticando a prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal.
01:30O conteúdo foi divulgado numa rede social pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro.
01:36A mensagem está aqui.
01:37Trump diz a Bolsonaro, abre aspas, tenho visto o tratamento terrível que o senhor vem recebendo
01:43das mãos de um sistema injusto voltado contra si.
01:47Esse julgamento deve terminar imediatamente.
01:51Trump também diz manifestar apoio ao ex-presidente brasileiro por meio das tarifas.
01:56Abre aspas mais uma vez.
01:58Vamos conversar agora com Leandro Barcelos, ele é diretor de Estratégia e Política Internacional
02:23da consultoria Seven International Business Strategy.
02:28Leandro, boa noite.
02:29Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
02:31Minha primeira pergunta tem a ver com esses posts que eu acabei de ler.
02:34Na sua opinião, quais os efeitos dessa troca de farpas para as relações entre Estados Unidos e Brasil?
02:42Boa noite, boa noite.
02:43Começamos mais uma semana quente, né?
02:45Toda segunda-feira tem brigas novas e declarações novas, né?
02:49A gente vê o ministro Alexandre de Moraes, ele geralmente não se manifesta em público, né?
02:55Então, foi até uma exceção, né?
02:58E aí você vê que ele basicamente está trocando farpas também, está defendendo o trabalho que estão fazendo.
03:04Está fazendo, né?
03:04E a gente vê essa declaração também, essa carta enviada pelo presidente Trump ao Bolsonaro,
03:10o que demonstra também que a briga deve continuar.
03:13Tanto no aspecto político, mas também no aspecto tarifário, muito para frente.
03:17E como é que isso deve atrapalhar as negociações comerciais?
03:24Bem, desde as últimas duas semanas que a gente vem discutindo as aplicações das novas tarifas,
03:30tivemos as exceções, o governo brasileiro continua tentando conversar com o governo americano.
03:36Nós vimos o presidente comentando sobre isso, o presidente Lula,
03:39e o ministro Haddad falou sobre isso hoje também,
03:42que não vê vontade, apesar dos esforços contínuos, esforços feitos.
03:47No começo dessa semana também, para voltar a negociação com os Estados Unidos sobre tarifas,
03:52que agora está com outro foco também, né?
03:54O presidente Trump está recebendo os outros presidentes,
03:56os presidentes de excelência com os Estados Unidos.
03:58Então, não deve andar muito o assunto de tarifas essa semana com os Estados Unidos.
04:05Na sua opinião, a entrevista do ministro Alexandre de Moraes
04:09pode acabar mexendo com as percepções internacionais sobre o Brasil?
04:13Se sim, de que forma?
04:14A entrevista do ministro Alexandre de Moraes,
04:20ela traz um pouco da posicionamento brasileiro, né?
04:24Acho que traz um pouco também, assim, da visão do que o Brasil já vem falando para o mundo,
04:28do posicionamento do governo Lula, do próprio Lula,
04:31e dos ministros, do executivo do governo Lula.
04:33Eu acho que não vai ter um impacto direto no que já vem sendo defendido
04:38soberania por parte do Brasil.
04:40Então, é mais uma confirmação do que o governo,
04:44do que o executivo já vem falando sobre as declarações dos Estados Unidos,
04:48principalmente contra o STF.
04:50E você acredita que Trump possa promover mais sanções contra o Brasil
04:54no decorrer do julgamento de Bolsonaro?
04:56Existe, sim, essa possibilidade.
05:00O que vem sendo muito comentado são sobre as sanções secundárias agora,
05:05falando de tarifas, né?
05:06A gente já teve a primeira rodada de tarifas, que eram 10%,
05:09a segunda rodada, onde o Brasil recebeu os 40% adicionais,
05:13e existe uma possibilidade de tarifas secundárias relacionadas às sanções específicas.
05:18Foi o que aconteceu com a Índia na última semana,
05:21onde a Índia recebeu uma tarifa extra por negociar,
05:24ou, na verdade, por comprar petróleo da Rússia.
05:27O presidente Trump já comentou várias vezes em todos os países,
05:30membros do BRICS, eles podem receber tarifas secundárias.
05:35Isso, com certeza, está no radar e pode ser o próximo passo,
05:39enfim, do governo americano, ou pode ser a próxima consequência
05:41que o Brasil vai receber, se não conseguir, um acesso direto
05:45de negociação com os americanos o mais breve possível.
05:48Eu vou passar para a pergunta dos nossos analistas.
05:50Vamos começar pelo Alberto Azental.
05:52Boa noite para você, Alberto.
05:53Cris, boa noite. Boa noite a todos.
05:56Leandro, você imagina se no curto e no médio prazo
05:59pode ter uma melhoria nos canais de comunicação
06:02entre os governos do Brasil e Estados Unidos?
06:06E, bom, basicamente é isso.
06:11Alberto, a médio prazo, a curto prazo, eu acho muito difícil.
06:16Eu acho que os Estados Unidos estão com totalmente outro foco,
06:18parece que eles trabalham em ondas, né?
06:19A gente vê que tem duas, três semanas ou quase um mês
06:23que o foco é muito grande relacionado às guerras no Oriente Médio
06:27ou guerra na Europa, né?
06:29Guerra no leste europeu da Ucrânia.
06:31E aí eles voltam para a questão de tarifas.
06:33E aí a gente tem lá de duas ou três semanas
06:35discussões relacionadas a tarifas.
06:37A gente, eu acho que passou do momento de discutir tarifas,
06:41esse segundo ciclo, né?
06:42De discutir tarifas, que meio que se encerrou na última semana.
06:45Tem a resposta, teve a resposta do governo brasileiro sobre isso.
06:48Hoje, inclusive, agora, nas últimas horas, né?
06:51O governo respondeu formalmente às investigações
06:53relacionadas à pizza, canal, como a gente estava vendo.
06:56E está tentando explorar algum caminho
06:58para conversar com o governo americano.
07:02A gente vê mais um esforço do setor privado fazendo isso.
07:05Então, a própria Confederação Nacional da Indústria
07:07contratou um escritório de lobby nos Estados Unidos
07:09para tentar mobilizar tanto o Congresso americano,
07:14mas também a partir do Executivo americano
07:15a receber o governo brasileiro e essas sugestões para negociação.
07:21Passar para a pergunta do Vinícius.
07:23Leandro, hoje a subsecretaria, né?
07:27Uma parte do Departamento de Estado que lida com os...
07:30que é responsável pelo hemisfério ocidental,
07:32lida com o Brasil,
07:34que já soltou alguns posts críticos e de ataques ao Brasil,
07:38disse que, em resposta à decisão do ministro Flávio Dino do Supremo,
07:43que quem faz negócios com Alexandre de Moraes
07:47deve tomar cuidado.
07:49É uma ameaça velada num tom mais forte daquelas...
07:52além daquelas que os Estados Unidos já vinham fazendo.
07:56Isso quer dizer,
07:58e é um temor de banqueiros e instituições financeiras,
08:00que pode haver restrições a instituições financeiras
08:05que fazem negócio com Alexandre de Moraes.
08:08Como isso vai ser feito?
08:09Se tem base legal?
08:11Talvez não seja nem muito relevante,
08:12porque essa questão não está importando muito ao governo Trump.
08:17Agora, isso é uma escalada não violenta,
08:20não foi um salto maior,
08:22mas é um momento da escalada de ataques.
08:25Por um lado, a gente não tem negociação comercial nenhuma,
08:28e não há disposição nenhuma de ter,
08:29isso ficou explícito na semana passada,
08:31e por outro lado,
08:32a gente vê os Estados Unidos subindo os degraus dos ataques
08:35e com ameaças às sanções mais graves
08:39até ao sistema financeiro do Brasil.
08:41Você está vendo isso?
08:43No caso de haver sanções financeiras,
08:45você acha que pode ser restritas,
08:47Alexandre de Moraes,
08:48ou pode envolver algum ponto mais grave?
08:51Quer dizer,
08:52só seria sancionado o banco que tem negócio com,
08:56no caso de ter negócio com Alexandre de Moraes,
08:58alguma outra coisa estaria implicada,
09:01teria uma obrigação de esse banco
09:02não fazer transações internacionais.
09:05Quer dizer,
09:05onde, até onde pode isso?
09:07Porque os bancos,
09:08e também gente do sistema financeiro,
09:11das instituições financeiras,
09:12estão muito preocupados com o alcance
09:14que pode ter uma decisão americana sobre isso,
09:16e até de prejudicar transações desses bancos
09:18com o exterior,
09:19como compra de dólar.
09:21Se um banco não pode fazer compra de dólar,
09:22ele vai ter muito problema.
09:26Perfeito.
09:27Acho que a decisão do Dino hoje,
09:29ele colocou as instituições financeiras brasileiras
09:31numa sinuca,
09:34porque no mesmo momento que
09:35eles têm que cumprir
09:37o decreto americano,
09:39a lei americana,
09:40para suspender qualquer tipo de transação
09:43ou cartão de crédito
09:45que seja relacionado ao ministro Alexandre de Moraes,
09:47eles no Brasil
09:49não estão fazendo isso automaticamente.
09:51A gente sabe que nos Estados Unidos
09:52isso já foi feito automaticamente,
09:54ele não pode estar utilizando
09:56ou fazer transferência,
09:58ou enfim,
09:58ter participação em qualquer coisa
09:59que tenha base nos Estados Unidos,
10:02mas nós temos
10:02as instituições financeiras brasileiras
10:05que são ligadas aos Estados Unidos.
10:07Até as emissoras de cartão de crédito,
10:09por exemplo,
10:10são emitidas às vezes por bancos brasileiros,
10:12os cartões que todos nós conhecemos,
10:14eles passam por um processo de cliente,
10:15mas usam todo o sistema americano
10:18para fazer isso.
10:19O ideal,
10:20ou o que aconteceu em outros casos
10:22onde a lei foi aplicada
10:24contra outras pessoas,
10:25foi que foi suspenso
10:27qualquer tipo de transação
10:29para com a pessoa
10:31que está dentro da lista.
10:33E isso pode acarretar,
10:35se as instituições brasileiras
10:37financeiras não cumprirem,
10:38entrar numa lista
10:39que vai ser observada
10:40e depois pode ter algumas punições.
10:42Essas punições, inclusive,
10:44podem chegar até a suspensão
10:45de trabalhar com suíte
10:47brasileira entre outros países.
10:50Então, ocorre um risco, sim,
10:51de ter problemas econômicos,
10:53não só para o Alexandre de Moraes,
10:55mas para todo o nosso arcabouço
10:56que nasceu no Brasil.
10:58E, Leandro,
10:58qual é a sua avaliação
10:59até esse momento
11:00das reações do governo brasileiro?
11:05O governo brasileiro,
11:06ele tem jogado muito
11:08na defensiva
11:09das instituições brasileiras,
11:12tanto do judiciário,
11:13mas também do executivo
11:15e do legislativo,
11:16o trabalho que o EFE
11:16vem sendo fazendo
11:18sobre os três poderes.
11:21Mas, assim,
11:22o governo brasileiro,
11:23ele não vai mudar
11:24o posicionamento,
11:25ele preferiu pagar
11:26para ver,
11:27ou trocar,
11:29não abrindo
11:31nenhuma concessão
11:33e mostrando
11:34que o trabalho
11:34que está sendo feito
11:36é o trabalho, realmente,
11:37do judiciário brasileiro
11:38e que isso
11:39não deve ter
11:40interferência internacional.
11:42Então, acho que
11:42a função brasileira
11:43é realmente essa, né?
11:44Vai defender
11:45as instituições
11:46e não vai abrir mão disso.
11:48Leandro, muito obrigada.
11:50Muito bom te ouvir.
11:51Obrigada por ter aceitado
11:52o nosso convite mais uma vez.
11:53Boa noite para você.
11:55Muito obrigado.
11:55Boa noite.
11:56Boa noite.
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