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Com mais de 20 anos no setor de seguros, Erika Medici, CEO da AXA no Brasil, compartilhou sua trajetória de liderança em meio à pandemia, os pilares de inovação, inclusão e sustentabilidade da empresa, e o impacto social de suas decisões. Uma conversa inspiradora e estratégica.

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00:00Hora do quadro Protagonistas, que traz histórias inspiradoras de mulheres que transformam as áreas em que atuam.
00:07A entrevistada de hoje tem mais de 20 anos de experiência no setor de seguros e lidera aqui no Brasil uma das principais seguradoras do mundo.
00:16A protagonista de hoje é Érica Médici, CEO da Axa no Brasil, uma das principais seguradoras globais.
00:30Ela tem mais de duas décadas de experiência no mercado de seguros e lidera a transformação da companhia com foco em inovação, sustentabilidade e digitalização.
00:41Reconhecida por sua escutativa e sua forma colaborativa de liderar, Érica é também uma das poucas mulheres a ocupar o cargo máximo numa seguradora de grande porte aqui no Brasil.
00:55E um exemplo inspirador para muitas outras que querem chegar lá.
01:00Érica, muito obrigada por ter aceitado o meu convite. É um prazer ter você aqui no nosso quadro.
01:05A primeira pergunta é sempre a mesma para todas vocês. Quem é Érica Médici? Como você se define?
01:11Primeiro, obrigada pelo convite. Super feliz de estar aqui.
01:17Érica Médici, bem, eu me defino como uma mãe de duas crianças lindas e fenomenais, o Lucas e a Helena.
01:24E talvez a palavra que eu mais goste como definição seja autenticidade. Eu me sinto uma pessoa muito autêntica.
01:32E isso faz muita diferença também no seu meio de trabalho, no seu ambiente de trabalho, na sua opinião?
01:38Eu acredito que sim. Acho que dentro do mundo, da vida pessoal, da vida profissional, se você se mantém autêntica, se você se mantém fiel a quem você é, tudo fica mais fácil.
01:51Você não tem que viver um personagem. Você pode ser e acreditar no que você mais gosta e da onde você tira o melhor de si.
01:57Você tem mais de 20 anos nesse mercado de seguros. O que te atraiu para o mercado e o que ainda te desafia nele?
02:07Bem, a atração talvez tenha muito começado numa experiência acadêmica.
02:11Então, a minha formação acadêmica, ela é originalmente de estatística.
02:16E estatística, ela fala sobre riscos, sobre probabilidades de eventos.
02:20E isso tem uma conexão quase que única com o mercado de seguros.
02:25Então, tudo começou com isso. Como é que eu olhava toda parte...
02:28Eu sempre fui uma pessoa que gostava muito de aprender, mas colocar na prática.
02:33Então, eu olhava tudo aquele meu aprendizado e falava assim, aonde eu posso aplicar isso?
02:37Entrei no mercado de seguros.
02:38Essa foi a motivação talvez a mais simples e mais inicial.
02:43O que me atrai é o mundo de possibilidades e de transformação que a gente ainda pode fazer nesse mercado.
02:51Quando a gente olha tudo o que acontece na economia, nada disso acontece sem um seguro.
02:57E eu não sei o quanto a gente sabe disso.
03:00E o quanto existe de espaço para a gente criar novas soluções.
03:04Como a gente pode proteger tudo o que acontece.
03:08Eu acho que existe um propósito no seguro que ele é muito nobre, que é muito bonito.
03:12Que é o da proteção.
03:14É garantir que você está ali sempre que precisar com os melhores recursos.
03:18Então, eu tenho essa paixão por saber que existe uma transformação muito grande ainda por vir no mercado de seguros.
03:24É interessante que você fala com brilho no olhar.
03:27Dá exemplo, algum exemplo real para a gente de algo que as pessoas não imaginem,
03:33mas que de fato faz parte da economia e que faz toda a diferença com o seguro.
03:38Vou dar um exemplo muito simples.
03:40Quando a gente olha obras, rodovia, hidrovias, todas as construções que a gente vê, a evolução de uma cidade,
03:51nada disso acontece sem uma pólice de seguros.
03:54Então, a gente não veria toda a evolução na construção civil se a gente não tivesse uma proteção de seguro por trás.
04:02E você falou em obra, eu pensei em obra de arte também, né?
04:05Também, também, também. É um mercado que também demanda bastante, porque você investe um valor muito alto em obra de arte.
04:12Também é um segmento que tem bastante proteção envolvida.
04:16É, realmente, qualquer segmento, você para para pensar, vai ter um seguro envolvido ali.
04:20Vai ter. Tem um outro que eu gosto bastante, quando você pensa na geek economy.
04:24Então, você pensa nessa população que está cada vez mais crescendo de forma alternativa.
04:28E o brasileiro, a gente é fantástico, né? A gente sempre encontra uma forma de evoluir.
04:33E essas economias alternativas, onde você tem uma dependência muito grande do celular, por exemplo,
04:39você precisa de uma proteção para esse celular.
04:41Você precisa garantir que se amanhã acontecer alguma coisa, você for furtado, roubado, quebrou,
04:46você pode recuperar ele imediatamente, no mesmo dia, no dia seguinte.
04:50Então, essa viabilização da continuidade do negócio, para mim, ela é impressionante.
04:56Você assumiu como CEO da Axia em 2021. Ou seja, é isso?
05:00Foi em 2020.
05:02E 20. Um mês antes do lockdown.
05:05Uau! Já começou com um super desafio ali.
05:08Exatamente.
05:08Bom, então, vamos lá. Me fala desse desafio durante o lockdown.
05:12E depois, a minha pergunta seria a seguinte.
05:13Quais foram as primeiras transformações que você percebeu que você teria que fazer ao liderar a Axia?
05:22Eu acho que a primeira resposta que eu tenho quando veio o lockdown, eu penso muito no Juscelino,
05:28que fala que construiu toda a evolução de 50 anos em 5.
05:32Eu acho que eu tenho essa referência, assim, a necessidade de acelerar e de tomar decisão,
05:41pensando principalmente, foi o meu foco e o foco da companhia, no bem-estar dos nossos colaboradores,
05:47para mim, foi o que mais fortemente traz a lembrança.
05:53Sabe? Aquela situação toda de todo mundo muito preocupado com a sua saúde, com a sua vida.
05:58E como a gente mantinha todo o negócio acontecendo, mas garantindo que os colaboradores estivessem bem.
06:06Então, acho que esse foi um primeiro grande desafio, manter o negócio acontecendo com o bem-estar
06:10e com a proteção aos nossos colaboradores.
06:12Tanto é que assim que foi informado o lockdown, acho que em menos de 15 dias, todos os colaboradores estavam em casa.
06:18Ninguém mais ia para o escritório para garantir que eles pudessem se sentir seguros dentro do ambiente de trabalho.
06:24E eu fico muito feliz de ter conseguido viabilizar isso para o nosso time.
06:29Com relação à transformação, eu acho que passa muito por pessoas.
06:33Eu acredito muito que para a gente ter sucesso, a gente precisa ter pessoas que acreditam e compartilham do mesmo sonho,
06:39da mesma visão que você tem.
06:42E muito do que a gente construiu foi baseado nessa visão.
06:46A gente acredita que a AXA, no Brasil, pode ser e será uma das seguradoras com maior impacto na sociedade,
06:54devolvendo tudo o que a gente tem construído.
06:56Não só com relação ao seguro, mas à sustentabilidade, à economia.
07:01Então, quando eu vejo uma das maiores transformações, tem a ver com isso.
07:05O grau de engajamento dos colaboradores.
07:07O quanto a gente conseguiu fazer com cada um de nós, dentro da empresa,
07:11nos sintamos responsáveis por essa história, por essa jornada que a AXA tem construído aqui no Brasil.
07:20E vocês têm investido fortemente em inovação e também em sustentabilidade.
07:25Esses são os pilares principais?
07:26Você falou de sustentabilidade já.
07:28A inovação também é importantíssima?
07:30A gente tem três grandes pilares nos quais a gente toma as nossas decisões e constrói.
07:35Um pilar é realmente ajudar o mercado a ser segurável.
07:42O que significa isso?
07:43O mundo está passando por tantas transformações, né, Cris?
07:45Assim, as questões climáticas.
07:47Existe um papel nosso como seguradora para manter com que a gente consiga ter um mercado
07:52que seja sustentável ao longo do tempo.
07:56Então, esse é um primeiro pilar.
07:57O segundo, que a gente fala muito de digitalização, de inovação.
08:01Eu sou uma superfã de tecnologia.
08:04Eu amo ver as novas gerações vindo já prontas e passando o dedo na tela para resolver os seus problemas.
08:13Então, eu acho que a gente tem uma evolução tecnológica, uma evolução da inteligência artificial
08:17que vai nos ajudar a ter muito mais eficiência.
08:20E eficiência significa a gente ter mais soluções para o nosso cliente final,
08:26uma facilidade operacional muito grande para o nosso corretor e parceiro
08:30e um ambiente de trabalho muito melhor para o colaborador.
08:34Porque ele passa a fazer as coisas de uma forma muito mais simples.
08:38E um terceiro pilar que eu gosto muito e é um pilar que vem do meu grupo
08:42e que a gente acredita muito, eu acho que o Brasil tem uma super bandeira,
08:46que são os seguros inclusivos.
08:48Como é que a gente viabiliza também a proteção para essa camada da população
08:53que começa a consumir cada vez mais e que precisa de uma proteção.
08:59Seja da solução do seguro do celular, até a sua casa, o seu carro, a sua primeira compra.
09:07Então, a gente acredita muito que o Brasil tem um espaço muito grande ainda
09:11para a gente colaborar nessa proteção coletiva que existe.
09:14São seguros com valores menores, é isso?
09:16São seguros com valores menores, com proteções e coberturas aderentes
09:21à necessidade daquele consumidor.
09:26Então, talvez para a gente, a gente consiga ficar
09:29ou demore para comprar uma geladeira, seja mais fácil a troca.
09:35Quando a gente pensa em uma pessoa que vai fazer 24 parcelas de prestação
09:40para fazer a compra, é muito importante que ele tenha uma proteção
09:43de uma garantia estendida, porque você não fica sem um refrigerador.
09:46Então, eu gosto dessa ideia de a gente criar essas soluções
09:50para os bens de consumo, para que você tenha proteção ao crédito.
09:54A gente sabe o quanto o crédito é importante para a gente.
09:57Então, a gente pensa muito nisso.
09:59Como é que a gente viabiliza o seguro num ticket médio baixo,
10:04mas que garante a proteção daquele consumidor.
10:07Então, esse é um dos pilares que a gente acredita muito, sabe?
10:10Interessante.
10:11Agora, pegando algo que você trouxe, que é a questão da inteligência artificial.
10:15Inteligência artificial, evidentemente que vocês já usam inteligência artificial no dia a dia.
10:19A minha pergunta é a seguinte, muita gente defende que algumas profissões vão acabar
10:24com a inteligência artificial e uma delas seria justamente o corretor,
10:29aquela pessoa que faz o meio do caminho, o intermediário entre duas pontas.
10:33O que você acredita?
10:35Eu acredito que o verbo não é acabar, é transformar.
10:40Eu acho que o papel do corretor vai ser transformado.
10:44E eu acho que já passa por isso, por uma transformação dele ser cada vez mais um grande consultor da solução.
10:50Eu acho que a inteligência artificial vai ajudar muito na operacionalização,
10:56na busca da eficiência.
10:57Então, todo o trabalho talvez mais operacional, mais processual,
11:02a tecnologia e a inteligência artificial com certeza vai ajudar.
11:06Mas o entender a necessidade do cliente, o sentar junto com ele e desenhar a solução,
11:13eu ainda entendo que o corretor tem um papel chave nessa construção triangular.
11:19Eu concordo com você plenamente.
11:20Eu concordo com você plenamente.
11:23A gente vai ver uma transformação, as pessoas vão ter que aprender a usar,
11:27mas em muitos momentos vai ser muito necessário um ser humano ali.
11:32Exato, a pessoa ali junto contigo, né?
11:34Isso, é isso.
11:35Ainda é um setor muito masculino, principalmente nos cargos de liderança.
11:40Como você lida com isso?
11:42Eu acho que eu tenho aqui uma responsabilidade de provocar as mudanças.
11:47É um mercado masculino, é um mercado que vem passado também por transformações.
11:54Então, você vê uma evolução, um aumento do número de mulheres em posições de liderança.
11:59Você sente muita diferença nas últimas duas décadas?
12:02Sim.
12:03Sim, você vê.
12:03Talvez numa posição de CEO, a gente ainda tem um caminho a desbravar,
12:09mas quando você vê posições de C-level, de diretora, de gestão, você vê mais mulheres.
12:15E aí, eu acho que tem um trabalho de duas frentes muito importantes.
12:20Um trabalho do mercado.
12:23E eu gosto muito do que a gente tem, por exemplo, de política na AXA.
12:27Obrigatoriamente, para todas as posições da companhia,
12:30você tem que ter um currículo de uma mulher e de um homem como finalista.
12:35Ai, Érica, mas é super complicado.
12:37Tem posições que tem muito homem e pouca mulher.
12:40Não disse que vai ser fácil.
12:41Se vira.
12:41Meu RH vai ter que achar uma solução.
12:44Mas tem um homem e uma mulher.
12:45E aí, a gente vai selecionar o melhor candidato.
12:49Mas eu deixo aqui uma provocação, que eu também acho que as mulheres precisam se posicionar.
12:53Existem alguns estudos, tem um que eu adoro, que mostra que quando você tem uma vaga,
12:58uma posição aberta, um homem lê.
13:00E se ele tiver três, quatro atributos, ele vai lá e se candidata.
13:05Uma mulher, se não tiver sete, oito, ela não preenche a inscrição.
13:10Eu já li até que ela tem que ticar todos, que tem que ter 100%.
13:13Ou quase muito perto disso, senão ela não vai lá, né?
13:17Isso é insano.
13:17É insano.
13:18Ninguém tem 100%.
13:19Não, não tem.
13:20Então, eu acho que a gente traça uma régua, uma exigência quase desumana.
13:27Mas isso não foi, talvez, imposto para a gente?
13:29Foi, mas, novamente, eu sou da linha...
13:32A gente tem que quebrar isso.
13:33Exato.
13:34Tanta coisa foi imposta, e eu acho que se a gente esperar alguém mudar, vai demorar.
13:39Talvez a gente consiga.
13:40E eu olho, e eu falo muito sobre isso, acho que os meus maiores aliados e parceiros na minha carreira foram homens.
13:47Porque, de uma forma geral, a liderança, ela está preenchida por homens.
13:51Então, eu acho que eles são os maiores parceiros nessa mudança.
13:54Mas você, em algum momento, entrou numa sala, isso com certeza aconteceu.
13:57Você era a única mulher.
13:59Ah, sim.
13:59É, claro.
14:00E você, em algum momento, sentiu que você tinha que provar mais do que eles, exatamente por você ser mulher?
14:06Você tinha que se masculinizar?
14:08Muita gente que senta nessa cadeira onde você está me diz isso, que lá isso mudou.
14:12Mas que lá atrás, ela se masculinizava muito, ela tinha que provar mais do que os outros.
14:18Olha, masculinizar, não.
14:20Não.
14:22Eu não sou uma pessoa que eu me preocupo muito com o julgamento do outro.
14:26Eu acho que também é uma perda de energia, eu ficar...
14:29E você deve ter percebido, por exemplo, que eu tenho um tom de voz baixo.
14:32Sim.
14:33Nunca mudei meu tom de voz.
14:35Então, se eu estou numa sala cheia de homens, se eles querem me ouvir, eles vão ter que ficar em silêncio, porque eu não vou falar mais alto.
14:41Então, eu acho que eu tive sempre uma postura de, esse é o meu lugar.
14:44Isso é a autenticidade que você falou lá no começo.
14:47Esse é o meu lugar.
14:48Eu sei porque eu cheguei aqui.
14:49Eu sei da minha trajetória.
14:52E eu estou confortável.
14:53Se tem alguém desconfortável, talvez as pessoas saem que tenham que se entender.
14:57Os incomodados que se mudem.
15:00O porquê do seu desconforto, sabe?
15:02De uma forma muito respeitosa.
15:04Mas eu acho que eu investi muito na minha carreira, sabe?
15:09Academicamente, pessoalmente, tomando desafios para não me sentir confortável na cadeira que eu estou sentando hoje.
15:17Vocês têm muito essa preocupação com essas transformações sociais.
15:22Você já me deu aqui alguns exemplos, inclusive essa questão de sempre eu quero que tenha no final um homem e uma mulher.
15:29Essa questão, inclusive, dos seguros para pessoas que são menos favorecidas.
15:33E vocês também têm um case que eu achei fantástico, que aconteceu na França.
15:39E eu queria saber se ele vai chegar aqui no Brasil, que é em relação à violência doméstica.
15:44Queria que você contasse para quem não sabe desse case, que inclusive foi premiado e é sensacional.
15:50Não, é uma iniciativa muito bacana.
15:52A gente começou com o produto residencial lá na França, onde a gente criou uma cobertura, uma proteção,
16:00onde uma mulher que se sente, de alguma forma, ameaçada, seja por uma violência física, uma violência psicológica,
16:08porque a gente sabe que as duas coisas caminham muito juntas,
16:11a gente ajuda a ela se recolocar num ambiente mais protegido.
16:17Me dá arrepios.
16:19É, e quando eu li eu fiquei arrepiada também.
16:21Porque aí vocês colocam ali no contrato do seguro que ela tem direito a continuar na casa dela.
16:27Porque muitas vezes a mulher não sai de casa porque ela não tem para onde ir.
16:32Exato.
16:32Então a gente ajuda ela a se proteger dessa situação.
16:36A gente precisa entender como trazer, mas eu tenho essa ambição.
16:39Eu entendo que o Brasil precisa disso também.
16:41A gente tem algumas frentes abertas, como a assistência Maria,
16:46onde a gente pode, de alguma forma, dar orientações, ajudar.
16:50Ainda não é algo tão completo como é o case da França.
16:55E com certeza é algo que a gente está estudando e a gente quer desenvolver aqui no Brasil.
17:00Como mulher e CEO, que tipo de legado você gostaria de deixar?
17:04Eu acho que talvez o primeiro tenha muito a ver com em que lugar você quer se ver na sua história.
17:10Eu acho que a gente, não à toa, eu acho fantástico o nome aqui do seu programa.
17:15Obrigada, foi eu que dei esse nome.
17:17Parabéns, fantástico.
17:18Mas a gente penou para chegar nele.
17:20Mas é difícil, né?
17:21E eu estou aqui pensando porque eu acho que ele resume muito bem.
17:23Eu acho que é a tua história.
17:25Você tem algumas escolhas na sua vida, mas você não deveria nunca deixar de ser a protagonista da sua história.
17:31Então talvez um legado, que tem muito a ver com o que a gente estava falando,
17:34de autenticidade, de aceitar desafios.
17:37Eu sou uma pessoa que, se você falar assim, Erika, vamos fazer uma coisa diferente, nova?
17:42Eu vou falar, vamos.
17:44Só tem um combinado.
17:46A gente vai aprender junto.
17:48E você vai ter a total dedicação minha para isso.
17:52Então, é isso de você tomar as rédeas, de você ser você, você aceitar as coisas boas que você tem,
17:59os seus gaps e ser a protagonista da tua história, para mim é o legado que eu gostaria de deixar de exemplo.
18:04Porque muitas vezes as pessoas, né, Cris, olham para a gente onde a gente está agora.
18:10E poucos conhecem a tua trajetória de tudo que você fez para chegar aqui.
18:16Então, acho que você ter essa referência é muito positiva.
18:18E pensando na minha vida, eu tive poucas referências positivas femininas nesse sentido.
18:24A gente tem pouca referência, né?
18:25No Brasil.
18:27Que mostra que vai dar certo.
18:28É, hoje em dia, talvez um pouco mais, mas eu concordo com você lá no começo, quando a gente começou,
18:34com certeza absoluta, absoluta.
18:35Vamos lá, 20 anos atrás.
18:36Não, não, concordo com você 100%.
18:39Difícil, difícil.
18:40A gente pensa ali, uma, duas, três no máximo.
18:43O que você aprendeu sobre você mesma, desde que você entrou nesse cargo de líder,
18:48comandando uma empresa como a Axa?
18:50O quão relevante é, dentro de todas as interações que você tem, construir um capital social?
19:00Acho que eu já falei algumas vezes, eu sou uma pessoa que adoro estudar, adoro aprender.
19:04Acho que muito da minha carreira veio desse investimento que eu fiz em mim mesma.
19:11Mas eu acho que eu poderia ter aprendido ou acelerado mais ainda,
19:15se eu tivesse usado essas interações e construído esse capital social.
19:19As relações, pessoas, no final, elas te ajudam a construir muitos caminhos
19:27ou acelerar discussões que a tecnicidade ou a matemática, o racional puro, ele não traz.
19:37Então, eu sou uma pessoa muito racional.
19:39E dentro desses cinco anos de liderança, eu vi que cada vez mais o equilíbrio entre o racional,
19:46o emocional e as pessoas que estão por trás, faz toda a diferença.
19:52E aproveitando que você falou disso, de racional e emocional, racionalidade e emoção.
19:58Como você decide em que vocês vão investir?
20:01Aí eu vou me aprofundar um pouco, porque eu sou encantada com a roda gigante do Parque Vila Lobos aqui em São Paulo.
20:08Inclusive, na semana que teve a parada, vocês colocaram com as cores do arco-íris.
20:14Eu acho isso a coisa mais linda.
20:15Vocês ainda têm essa preocupação sempre.
20:17Sim.
20:18Como vocês decidem isso?
20:20Olha, a roda, para mim, eu tenho um orgulho gigante dessa iniciativa.
20:26E por tantos aspectos diferentes, assim, acho que quando você olha para o lado puramente racional,
20:32uma sacada extremamente inteligente da Dani, que é a nossa rede de marketing,
20:35de olhar e falar assim, isso aqui vai ter uma exposição, um retorno para a nossa marca que faz muito sentido.
20:43Então, racionalmente, economicamente...
20:46Fazia sentido também.
20:48É um super investimento.
20:49Mas a gente tem outros investimentos que talvez trouxessem esse mesmo retorno.
20:53E aí vem o lado emocional, uma área que a gente quer revitalizar,
20:59uma atividade que agrega pessoas, agrega famílias, agrega amigos.
21:07E aí vem o emocional, porque talvez se olhasse só o investimento puro,
21:12tem o projeto 2, o projeto 3, que são tão financeiramente interessantes quanto esse.
21:17Mas quando você vê a proposta de revitalização do espaço,
21:21a proposta de ser um lugar onde você, de alguma forma, traz leveza para as pessoas.
21:29Porque não tem ninguém que entre numa roda gigante com amigos.
21:33E que não sorria.
21:34E que não sorria.
21:35Não tem.
21:35E que não saia feliz, que não saia leve.
21:38Então, é esse o equilíbrio.
21:41Dificilmente você vai me ver tomando uma decisão que é puramente emocional.
21:44Porque, no final das contas, somos uma instituição.
21:48Claro.
21:48Isso precisa dar resultado.
21:50Sim.
21:50Mas, para mim, é claro que uma decisão puramente financeira
21:53não vai trazer o resultado total que a gente precisa.
21:58A gente fez um evento, Cris, com os nossos colaboradores no lançamento da roda
22:03que, até hoje, todo mundo fala.
22:08Até hoje, vira e mexe, tem um funcionário nosso publicando no LinkedIn.
22:11Ai, que máximo.
22:12Então, você ficou na memória deles e ninguém tira isso.
22:15Não, não tira mesmo.
22:16Nem dos corretores que foram, nem dos nossos colaboradores.
22:20Então, eu acho que tem aí um equilíbrio, um excelente exemplo aqui entre racional e o emocional.
22:26Exatamente.
22:26Por isso que eu te perguntei isso.
22:27Muito bom.
22:28E, para a gente terminar, que, infelizmente, o nosso tempo está acabando.
22:31Acaba rapidinho.
22:33Muito rápido.
22:33São 20 minutos, até um pouco mais.
22:35Eu sempre termino com a mesma pergunta.
22:37O que significa para você ser protagonista da sua própria história?
22:41Eu diria que é ter coragem para olhar um desafio,
22:48falar, hum, estou com um pouco de frio na barriga, mas eu vou.
22:52Porque as pessoas confundem um pouco, né, que coragem é não ter medo.
22:55Para mim, não.
22:56O medo faz parte.
22:58Mas a coragem é você olhar para aquilo e falar o seguinte, eu vou.
23:01Eu vou porque vai ser bom para mim.
23:03Vou porque eu vou me divertir.
23:05Eu vou porque vou aprender alguma coisa nova.
23:09Mas a decisão está sempre comigo.
23:14Eu decido o que eu quero fazer, o que eu não quero fazer.
23:17Então, o protagonismo, para mim, está nisso.
23:19Como é que eu realmente termino a minha história dizendo,
23:24tudo isso que aconteceu foi porque eu decidi assim.
23:28Muito obrigada.
23:29Muito obrigada.
23:29Obrigada.
23:29Foi ótimo.
23:30É um prazer te receber aqui no Protagonistas.
23:33Obrigada.
23:33Muito obrigada pelo convite de novo.
23:34Obrigada pelo convite.
23:35Obrigada pelo convite.
23:36Obrigada pelo convite.
23:37Obrigada pelo convite.
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