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Tales Machado, presidente da Centrorochas, explicou no Money Times Brasil que a tarifa de 50% dos EUA já suspendeu 60% dos embarques do setor. A perda pode chegar a US$ 40 milhões só em julho. Brasil busca alternativas para evitar queda nas exportações.

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Transcrição
00:00E ainda falando sobre as tarifas de Trump, desde o anúncio da nossa tarifa, aqui de 50%,
00:05o setor de rochas naturais do Brasil já sofreu grandes impactos, viu?
00:11A estimativa é que cerca de 60% dos embarques de rochas naturais brasileiras
00:15com destino ao mercado americano tenham sido suspensos até agora.
00:19E se continuar nesse ritmo, as exportações brasileiras do setor podem apresentar uma redução de 40 milhões em julho?
00:26A gente vai conversar mais sobre esses impactos, especificamente no setor de rochas.
00:32O que a gente pode esperar, né? Se essa tarifa de 50% for confirmada logo mais, em 1º de agosto.
00:37O papo agora ao vivo é com o Tales Machado, que é presidente da Associação Brasileira de Rochas Naturais.
00:43Oi, Tales. Boa tarde. Seja bem-vindo ao Money Times.
00:47Boa tarde. Boa tarde a todos. Boa tarde, os telespectadores, o Felipe. Boa tarde a todos aí.
00:53Obrigada pela sua disponibilidade. Felipe Machado, nosso analista, participa da conversa também.
00:59Tales, esse tarifácio, então, de 50%, como eu já comecei mencionando,
01:04já impactou cerca de 60% dos embarques das rochas brasileiras.
01:10Então, como que foi isso? O que mudou de imediato nessa rotina, na dinâmica das exportações?
01:15E como é que as empresas estão gerenciando esses impactos, cancelamentos?
01:19Então, o que vai acontecer é o seguinte, os nossos clientes, eles têm pedido para não embarcar.
01:27Eles não estão cancelando o pedido.
01:30Eles estão pedindo para manter o material em estoque, o material está marcado, está reservado.
01:35Então, eles vão manter o pedido, mas não estão autorizando os embarques.
01:39Tudo que embarcar agora, nesse momento, chega depois do dia 1º.
01:42Então, sofreria taxação.
01:45E eles estão com receio, né?
01:47Então, praticamente, tem uma parada.
01:49A gente deve perder, já esse mês de julho, no mínimo, a conta que nós tínhamos inicial,
01:561.200 containers que estavam todos já praticamente prontos para ser embarcados, despachados.
02:03Que coisa, né?
02:04Tales, boa tarde para você.
02:07Tales, normalmente a gente fala de produtos, fala de commodities, fala de metais.
02:12Rochas é um mercado que a gente não costuma falar muito aqui.
02:15Eu queria que você elucidasse um pouco, trouxesse para a gente um pouco.
02:18As rochas são matéria-prima para que tipo de indústria nos Estados Unidos?
02:22Então, olha só.
02:24Obrigado pela pergunta.
02:26A gente está falando aqui de mármore, granito.
02:29A gente tem um material que se chama quartizito,
02:32que praticamente só o Brasil, que ainda tem, graças a Deus, né?
02:35Então, a gente fornece o mundo todo, que é uma rocha tipo de um granito, só com mais dúvida.
02:39É um material, assim, muito bonito, então a resistência é muito alta.
02:42Ele é o material mais difícil de se trabalhar, pela dureza, né?
02:47Mas ele tem muita demanda hoje, principalmente o mercado americano.
02:53Procuro muito esses materiais, principalmente também por ser o Brasil meio que exclusivo.
02:59E como que funciona?
03:00A gente tira os blocos nas pedreiras, como estão aparecendo nas imagens,
03:04leva para as indústrias, o arranjo produtivo praticamente é no Espírito Santo,
03:0982% de tudo que o Brasil exporta sai do Espírito Santo.
03:13Então, a gente leva aquele bloco, ele é cerrado no Espírito Santo,
03:16polido no Espírito Santo.
03:19E aí a gente exporta a chapa, né?
03:21Tanto mármore, granito, quartizito, como eu falei.
03:24E o arranjo produtivo, quer dizer, a produção das peças, né?
03:30A soleira, rodapé, pia, mesa, qualquer que seja a peça, ela é feita nos Estados Unidos.
03:37Então, existe um arranjo produtivo lá também.
03:40A gente tem uma parceria muito grande com os Estados Unidos.
03:44As empresas lá, a gente tem um número de 200 mil funcionários, todas as empresas lá.
03:51E a gente tem uma relação muito próxima, né?
03:54O Brasil, de tudo que os Estados Unidos compram,
03:58os Estados Unidos, o material que ele trabalha, 85% é importado.
04:03Do mundo, como um todo.
04:05E o Brasil é o principal fornecedor, número um.
04:09A gente exporta tudo que eles importam, a gente exporta 23%.
04:14Nós somos o que mais exporta, né?
04:18Então, assim, tem uma relação muito próxima.
04:20A gente está até já em contato com o governo americano,
04:23através de uma entidade nacional americana, NSI.
04:28A gente tem uma relação muito forte, a gente tem uma aliança estratégica,
04:32que são várias associações do mundo.
04:35E a gente tem um trabalho que é feito dessa aliança estratégica.
04:39Por essa aproximação, a NSI fez o contato, através de um escritório de lobby,
04:49que isso é normal nos Estados Unidos, né?
04:51Que é da construção civil, que tem contato direto com o governo.
04:56Então, ele fez essa aproximação.
04:57Nós já enviamos documento com todas as informações.
05:01A NSI, ela que é a associação americana, fez o contato com o governo americano,
05:08defendendo o setor de rochas brasileiro.
05:12Então, assim, a gente está trabalhando, buscando alternativas.
05:15Eu estou aqui em Brasília hoje, vou ter várias reuniões aqui também.
05:19E já saiu a relação dos outros senadores que vão fazer a viagem
05:24para ter contato lá com os senadores americanos.
05:28E a gente já está fornecendo todo o material para eles também,
05:31toda a relação de informação que nós temos,
05:33tanto aqui no Brasil como lá nos Estados Unidos.
05:36E aguardar.
05:37Realmente, é um negócio, assim, o setor de rochas,
05:40ele é muito dependente dos Estados Unidos,
05:42de tudo que a gente exportou ano passado.
05:4556% foi para os Estados Unidos.
05:46Então, assim, os Estados Unidos é o número um nosso também.
05:50E hoje a dependência é muito grande, né?
05:53O mercado americano é um mercado pungente,
05:56que existe vários setores aí do Brasil que são totalmente dependentes.
06:00Você fazer uma substituição no mercado, assim,
06:03é uma coisa muito difícil, muito problemática, não é fácil.
06:07Então, a gente está tentando, lutando de todas as formas
06:09para a gente tentar rever isso aí e voltar a ter competitividade.
06:15Já que nós temos vários países do mundo aí
06:18que trabalham também com materiais naturais, né?
06:20A Itália, a própria China, a Índia, a Turquia,
06:26são países fortes também em rochas naturais
06:30e que estão de olho nessa dificuldade do Brasil
06:34para tomar o mercado, né?
06:36A verdade é essa.
06:37Então, a gente está lutando muito,
06:38espera que encontrem um caminho.
06:41Portales, então, vou reforçar aqui alguns dados que você trouxe,
06:44algumas informações que são super importantes, né?
06:46Então, 85% do que os Estados Unidos consomem, né?
06:50Utilizam de pedras naturais, são importadas de outros países, né?
06:54E o Brasil hoje é o principal exportador.
06:57E aí você comentou que Itália e Turquia também têm uma exportação,
07:02uma produção forte desses materiais.
07:04E a gente tem essa informação que saiu agora há pouco
07:06do Financial Times, de que teria havido um acordo, né?
07:09União Europeia e Estados Unidos, que teriam chegado ali a 15%.
07:12Imagino que isso preocupe bastante o setor de rochas, né?
07:15Não, exatamente.
07:17Por isso que a gente está, assim, acionando todas, né?
07:21Hoje tem reunião com a CNI, tivemos reunião com o Ibram.
07:27Os senadores, como eu falei, a gente...
07:29Como saiu a relação hoje?
07:31A gente já está enviando todas as informações para eles
07:34e buscando alternativas.
07:36O governo do Estado do Espírito Santo também criou um grupo de trabalho
07:39para estudar as alternativas.
07:42O que o governo do Estado pode fazer também para contribuir?
07:44Existem vários setores no Espírito Santo que também são muito dependentes dos Estados Unidos.
07:50Então, a gente está, assim, buscando alternativas onde a gente acha que pode contribuir.
07:54A gente imediatamente vai de encontro, tenta fornecer todas as informações possíveis.
08:00E também estão tentando essas comitivas do Brasil, essas missões que vão para os Estados Unidos
08:06semana que vem.
08:09A gente está tentando também, se tiver possibilidade, nós vamos juntos
08:12e vamos fazer a participação lá presencial, realmente, para tentar reverter isso aí.
08:18E, Thales, o Felipe fica aqui pensando que o Donald Trump quer levar, induzir muitas empresas
08:23a se instalarem nos Estados Unidos.
08:25Mas, nesse caso, a matéria-prima está aqui, não tem jeito.
08:28Não tem como transferir isso, né?
08:30Não tem jeito.
08:31Thales, eu queria só sair um pouquinho do assunto, mas aproveitar que você é um especialista
08:35e talvez você possa nos explicar melhor.
08:38Na questão dos minerais raros.
08:40Não sei se é muito sua área, mas talvez tenha um pouco a ver com essa questão de mineração.
08:43Quando a gente fala de minerais raros, aqueles minerais que são usados na indústria da
08:49tecnologia, cuja principal fornecedora exportadora é a China, no Brasil existem também esses
08:54minerais raros?
08:55Por que eles não são mais explorados aqui, se é uma coisa tão importante, tão valiosa?
09:02Então, o Brasil tem reservas.
09:05Eu não sou da área, não conheço muito profundamente, mas, por exemplo, Goiás foi descoberto agora
09:12grandes áreas de reserva e o próprio estado do Goiás está criando estrutura.
09:21No Goiás existe uma secretaria de mineração.
09:27O Espírito Santo tem tanta coisa de mineração, não tem.
09:30No Goiás tem, que eu estive lá na feira no passado.
09:33E eles estão dando estrutura, estão fazendo estrada, estão fazendo acesso, estão apoiando muito a mineração
09:38e a mineração está desenvolvendo muito no estado do Goiás e tem reservas de águas raras, sim.
09:45Thales, imagino a preocupação de vocês, caso que a gente não consiga chegar a um acordo,
09:52tem um plano de fortalecer exportações para fortalecer novos parceiros, as relações?
09:58Quais seriam esses mercados potenciais para esse setor de rochas?
10:01Então, nós, no Centro Rochas, nós temos um convênio com a PECS Brasil e que a gente tem que nomear os países que são
10:12países de interesse que a gente faz pesquisa, estuda o mercado.
10:18Ano passado, nós tivemos Polônia, Portugal, Austrália, os três.
10:23Então, assim, a gente participa de vários eventos no mundo, feira, por exemplo, todos os anos a gente participa nos Estados Unidos,
10:32todos os anos, Itália, China e no Espírito Santo e em São Paulo.
10:37Então, tem cinco feiras que o setor de rochas participa frequentemente.
10:43Mas, além disso, a gente faz muitos eventos, eventos dentro do próprio Estados Unidos, mas também em outros mercados.
10:50Hoje, a gente já exporta para mais de 130 países, lógico que é pouco, né, nesses países que a gente tem buscado.
10:58A gente tem diversificado muito, né, essa relação de países, mas isso é muito iniciante, né, não é uma... não tem quantidade, né.
11:07Hoje, a gente, falando em reais, a gente vende para o mercado interno em torno de 6 bilhões, 6 bilhões e meio de reais
11:17e mais ou menos o mesmo valor para a exportação.
11:21Mas, como eu falei, tem uma concentração muito grande nos Estados Unidos.
11:24A gente vende muito para a China, para o México, para o Canadá.
11:29Você vê que é tudo próximo dos Estados Unidos, também tem muito mercado, né.
11:33A Austrália também é muito forte, a Inglaterra.
11:36A gente tem feito um trabalho de prospecção forte em outros mercados, mas hoje ainda é muito independente dos Estados Unidos.
11:47E, assim, eu tenho uma certa esperança que a gente vai conseguir passar por mais esse problema.
11:53É lógico que, assim, tanto na época lá das duas torres, né, quando caíram as duas torres do atentado lá,
11:59como na época do Covid, o problema foi muito parecido quando nasceu, né.
12:05E, realmente, aquelas duas vezes, nós ficamos uns dois meses, assim, praticamente não vendendo nada, né.
12:11Tem uma queda abrupta mesmo ali naquele período ali.
12:15Mas era o mundo todo, né.
12:17Hoje a gente está um pouco com receio grande, porque, né, já tem, como vocês falaram,
12:22já tem alguns países que estão negociando 15%.
12:26A Argentina foi zero, se eu não me engano.
12:28Então, assim, a gente tem que buscar essa competitividade, tem que estar no mínimo.
12:33E se ficar 15% para todo mundo, a gente não tem problema, né.
12:38O problema é se a gente ficar com a taxação maior do que alguns concorrentes nossos.
12:43Exatamente.
12:43Mas, assim, a relação com os Estados Unidos é muito forte, entendeu.
12:46E o emprego é lá.
12:48A gente não tira emprego, né.
12:49A gente gera emprego lá.
12:51Por isso que tem uma relação muito próxima, né.
12:54A gente tem uma feira lá que a gente participa todos os anos, no primeiro trimestre ali,
12:59nós vamos em março, em abril, a Coverance.
13:03Existem vários países do mundo que participam dessa feira.
13:07Mas todos os anos, a área mais movimentada é a área do Brasil.
13:12O Brasil tem uma diversidade, assim, maravilhosa de materiais.
13:16Todos os anos tem materiais novos sendo lançados.
13:19Todos os anos.
13:20Estou impressionando a diversidade geológica do Brasil.
13:22E aí, isso chama muito a atenção.
13:25E a área nossa realmente fica muito mais cheia do que as outras, na verdade.
13:32E isso gera negócio.
13:33Por isso, essa aproximação, essa parceria tão grande, que gera uma certa dependência.
13:39É isso aí.
13:40E as últimas semanas, os últimos meses, então, né.
13:43De uma certa paralisia, de uma preocupação, tudo em suspenso na expectativa.
13:47Mas com uma dose de otimismo aqui, que a gente captou dessa conversa com o Tales Machado.
13:51Quero agradecer, viu, Tales.
13:53Você que é presidente da Associação Brasileira de Rochas Naturais,
13:56pela participação, pelas informações sobre o setor aqui, ao vivo, no Money Times.
14:00Obrigada.
14:01Volto sempre.
14:02Não, eu que agradeço a oportunidade de deixar a gente expor aqui nossos problemas também.
14:07Estamos à disposição, qualquer dia, qualquer hora.
14:10Sempre presente, à disposição para contribuir.
14:13Muito obrigada.
14:14Até a próxima, então.
14:15Boa tarde.
14:15Boa tarde.
14:16Boa tarde.
14:17Boa tarde.
14:18Boa tarde.
14:19Boa tarde.
14:20Boa tarde.
14:21Boa tarde.
14:22Boa tarde.
14:23Boa tarde.
14:24Boa tarde.
14:26Boa tarde.
14:27Boa tarde.
14:28Boa tarde.
14:29Boa tarde.
14:30Boa tarde.
14:31Boa tarde.
14:32Boa tarde.
14:33Boa tarde.
14:34Boa tarde.
14:35Boa tarde.
14:36Boa tarde.
14:37Boa tarde.
14:38Boa tarde.
14:39Boa tarde.
14:40Boa tarde.
14:41Boa tarde.
14:42Boa tarde.
14:43Boa tarde.
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