O governo brasileiro espera realizar nas próximas semanas uma reunião em Washington sobre o tarifaço com os Estados Unidos. A comitiva deve incluir Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira. Fernanda Sette trouxe as informações de Brasília. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.
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00:00O governo brasileiro espera realizar nos próximos 15 dias uma reunião em Washington para discutir os próximos passos do tarifácio com os Estados Unidos.
00:10E nesse encontro estão previstos o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
00:19E a repórter Fernanda Sete tem as informações ao vivo, direto de Brasília.
00:24Oi Fernanda, bom dia, boa segunda-feira para você. Quais são as expectativas para esse encontro?
00:33Oi Paula, bom dia para você, para todo mundo que nos acompanha, um ótimo início de semana.
00:38Olha, o governo brasileiro espera de fato que essa reunião presencial com os americanos em Washington,
00:44que essa comitiva brasileira, encontre ali com os negociadores americanos na expectativa de 15 a 20 dias.
00:52Essa é a expectativa do governo brasileiro, apesar de não ter uma data definida de quando as autoridades vão viajar para o Washington
01:01para continuar dar andamento às negociações com relação ao tarifácio.
01:05A expectativa do governo é sim que seja aí nas próximas semanas, né?
01:10E quem vai participar dessa comitiva?
01:12A princípio, quem vai viajar, quem vai ali negociar diretamente com as autoridades,
01:18os negociadores norte-americanos, será o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin,
01:23o ministro da Fazenda Fernando Haddad e também o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira.
01:29E alguns integrantes, né, ali do próprio governo acreditam que como vai começar a COP30 agora,
01:35no dia 10 de novembro e vai até o dia 21 de novembro,
01:39esse encontro, essa viagem a Washington possa ficar para depois da COP30.
01:45Então, com relação à conferência do clima acontecendo aí nas próximas semanas,
01:51a expectativa é que a comitiva brasileira espere o evento para depois fazer essa viagem a Washington,
01:57negociar, dar andamento, dar seguimento às negociações que já foram iniciadas entre o presidente Lula
02:03e o presidente norte-americano Donald Trump, né?
02:06E claro, o governo brasileiro ainda não recebeu, de fato, ali um pedido,
02:10a solicitação, né, do governo americano do que vai ser colocado ali na mesa de negociação.
02:16A expectativa do Planalto, do governo brasileiro, é que essa conversa,
02:21que essa troca ali seja, de fato, mencionada, seja falada durante essa viagem, né,
02:27onde a comitiva brasileira vai presencialmente a Washington dar andamento aí às negociações.
02:33É claro, né, a expectativa dessa negociação é as terras raras, os minerais críticos.
02:40Isso porque as autoridades norte-americanas, né, o secretário de Tesouro, Scott Bassett,
02:46já falou, já demonstrou interesse em meados de julho deste ano,
02:51ele mencionou aí o possível interesse dos Estados Unidos na exploração,
02:56tanto das terras raras quanto dos minerais críticos.
02:59Por isso, os minerais críticos, esse tema, deve, sim, ser colocado na mesa de negociação
03:06nesta viagem a Washington, onde a comitiva brasileira vai se encontrar presencialmente
03:11com os negociadores norte-americanos.
03:14Então, a expectativa é, sim, que essa comitiva viaje aí nas próximas semanas,
03:19mas, por conta da Conferência do Clima, que começa agora, dia 10 de novembro,
03:23em Belém, no Pará, a COP30.
03:26A expectativa é que essa viagem aconteça após a realização do evento,
03:31a realização desse grande evento em prol aí ao combate das mudanças climáticas
03:35e a preservação da Amazônia.
03:37E a gente segue aqui, né, Paula, acompanhando.
03:41Muita coisa pode acontecer e qualquer novidade a gente volta aqui com mais informações.
03:46Eu volto com você.
03:47Combinado, Fernanda Sete falando ao vivo de Brasília.
03:50Daqui a pouco a gente volta a conversar.
03:52Enquanto isso, eu vou falar com a Mária Almeida, que hoje não está com a gente aqui no estúdio,
03:56mas está virtualmente.
03:58Então, Mária Almeida, bom dia pra você.
04:00Vou aproveitar e pegar carona aqui nas informações que a Fernanda Sete nos trouxe.
04:05Em relação a esse encontro, né, do presidente Lula com o Donald Trump,
04:09provavelmente a COP30, por conta do início da COP30,
04:12vai inviabilizar esse encontro nas próximas semanas, como ela mesma disse.
04:16Mas, certamente, o governo brasileiro ainda segue sem pistas
04:20do que o Donald Trump vai, de fato, exigir e vai pedir.
04:24Mas a gente sabe que terras raras, muito provavelmente, estarão no centro desse pedido, né?
04:32Bom dia pra você, Mário.
04:33A gente está com a chance.
04:42Agora sim, Mária Almeida, bom dia.
04:45Bom dia, Paula.
04:46Bom dia pra todo mundo que nos acompanha agora.
04:49É sempre triste estar longe de você, viu, Paula?
04:51Mas vamos lá, pelo menos a gente consegue estar aqui
04:53podendo comentar as notícias do dia.
04:55Vamos lá.
04:56Essa questão do...
04:59Bom, o Brasil já deu um passo muito grande.
05:01A gente está agora na expectativa de quando serão as reuniões,
05:04quais são os detalhes.
05:05E a questão das terras raras certamente é o que está no ponto central.
05:09Inclusive porque foi isso que Donald Trump fez nessa última viagem na Ásia.
05:13Independente do tarifácio da especificidade no Brasil,
05:16a busca por uma diversificação do acesso norte-americano a terras raras
05:20parece ser um dos principais fatores na agenda.
05:23Agora, quando ele foi visitar a Ásia, encontrou com o Xi Jinping,
05:27mas antes de sentar com o Xi Jinping,
05:29hoje o principal fornecedor do mundo
05:31e o principal fornecedor dos Estados Unidos de terras raras,
05:35ele fez diversos acordos, assinou diversos acordos.
05:40Começou, inclusive, na semana anterior com a Austrália,
05:42mas depois assinou também com o Cambódia,
05:44assinou com a Malásia, assinou com o Japão,
05:47tentando mapear o conjunto de países que têm possibilidade de fornecimento.
05:52E estruturar todos eles em torno das demandas norte-americanas.
05:56Esse é um movimento importante de ser observado,
06:00porque o fornecimento geral não é tão amplo.
06:03De novo, a China corresponde a 75% hoje do que no mundo se consome desse mineral.
06:10E, como ele é estratégico dentro da cadeia de maior geração de valor,
06:15que é a cadeia de IA, pensando no futuro,
06:18esse movimento dos Estados Unidos é muito estratégico
06:22e coloca o país, de novo, num centro geopolítico com grande poder,
06:25caso ele realmente consolide esse acesso prioritário.
06:29Então, o Brasil vem como mais um país nessa lista,
06:32só que, no caso do Brasil, tem esse detalhe adicional,
06:34que, como a gente vai sentar na mesa,
06:37um pouco emparedado pelo processo anterior do tarifácio.
06:41Ou seja, se Donald Trump chegou para sentar com esses países
06:44a partir, digamos assim, do zero, só com a tarifa tradicional,
06:49no nosso caso, a gente tem uma tarifa que já está pior relativamente do que outros,
06:54que a razão pela sua colocação é algo que o Brasil não tem como,
06:58de fato, oferecer nada em troca,
07:00as razões políticas que foram colocadas.
07:02O tema já passou, digamos assim, não tem como fazer essa negociação.
07:07Então, o que pode ser negociado?
07:08A gente está com uma tarifa bem mais alta
07:10e, em tese, não tem uma carta na manga concreta,
07:13a não ser as terras raras, que, de novo,
07:15pode acabar impactando numa situação de negociação
07:18um pouco mais frágil para o país.
07:20Vamos ver como acontece, estamos esperando.
07:22Agora vem a COP30, de 10 a 21 vai ficar um pouco em suspenso.
07:28Esperamos que o governo brasileiro esteja construindo
07:30em uma alternativa de como fazer esse contrato, digamos assim,
07:34ou essa relação estabelecer de uma maneira que vislumbre,
07:38não só agora, derrubado o tarifaço,
07:40mas entenda que terras raras, minerais críticos,
07:43estão no centro de um debate de mais médio e longo prazo.
07:46A decisão, hoje, pode afetar substancialmente
07:49a capacidade da economia brasileira de interagir internacionalmente,
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