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Na Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, Lula criticou duramente as ameaças tarifárias de Donald Trump. China, Rússia e África do Sul também responderam. O analista Rodrigo Loureiro analisou o impacto político e comercial dessa tensão entre o bloco e os EUA.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00Ao final da reunião da cúpula do BRICS, a 17ª que aconteceu no Rio de Janeiro,
00:06países membros manifestaram oposição às novas tarifas de Donald Trump.
00:10E quem tem todos os detalhes é a repórter Fernanda Sete,
00:13que está chegando ao vivo, direto de Brasília.
00:16Oi, Fernanda, muito bom dia pra você.
00:19O presidente Lula, inclusive, subiu o tom contra Donald Trump,
00:23essas ameaças de taxações.
00:26Não foi isso mesmo? Seja bem-vinda aqui ao Agora.
00:30Foi isso mesmo, Eric Klein. Bom dia pra você e pra todos que nos acompanham.
00:35Pois é, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:38afirmar no domingo que aqueles países do BRICS,
00:41que se alinhassem às políticas anti-americanas,
00:44pagariam uma tarifa adicional de 10%,
00:47as nações do bloco reagiram à fala do líder.
00:50Lembrando, Klein, que essa não foi a primeira vez que Donald Trump
00:54ameaçou impor sanções a países do BRICS.
00:57Ele fez isso em novembro do ano passado, em novembro de 2024,
01:02onde ele prometeu impor tarifas caso os países do BRICS
01:06aderissem a mecanismos para diminuir o uso do dólar americano
01:10nas transições comerciais.
01:13Lembrando que o BRICS é formado por 11 nações em desenvolvimento.
01:16E alguns países se manifestaram com relação à fala de Trump,
01:20à ameaça de Donald Trump de impor essa tarifa adicional de 10%.
01:25O primeiro país que se manifestou foi a Rússia e afirmou o seguinte,
01:29que o grupo do BRICS nunca esteve trabalhando para prejudicar outros países.
01:34A China também se manifestou com relação a essa fala polêmica de Donald Trump.
01:40A China falou o seguinte, que se opõe ao uso de tarifas como uma ferramenta de coerção.
01:46Além disso, a China acrescentou também que o uso de tarifas não serve a ninguém.
01:50Além disso, a África do Sul também se manifestou com relação à fala de Trump
01:55e afirmou o seguinte, que a África do Sul não é anti-americana
01:59e ainda quer negociar um acordo comercial com os Estados Unidos.
02:04Lembrando que a África do Sul vem tentando um acordo comercial com o país norte-americano
02:09desde maio deste ano, quando o presidente da África do Sul se reuniu com Trump na Casa Branca.
02:17Além disso, claro, o presidente Lula também rebateu as críticas feitas por Donald Trump
02:23e falou o seguinte, Lula afirmou o seguinte, que para Lula a postura de Trump foi irresponsável.
02:30E durante a sua fala ali nos eventos finais da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro,
02:36Lula colocou o seguinte, que acha uma coisa muito séria um presidente da República,
02:41do tamanho dos Estados Unidos, ameaçar o mundo através da internet.
02:46Lula colocou também que não acha correta essa postura de Donald Trump
02:51e ele precisa saber que o mundo mudou.
02:54Essas foram as palavras do presidente Lula com reação, em reação a essa fala de Donald Trump.
03:00Nós separamos um trechinho da fala do presidente Lula.
03:04Vamos ver o que disse o presidente.
03:06Eu não acho uma coisa muito responsável e séria um presidente da República,
03:15de um país do tamanho dos Estados Unidos, ficar ameaçando o mundo através da internet.
03:24Não é correto.
03:29Ele precisa saber que o mundo mudou.
03:33Sabe?
03:34Não, não, não queremos imperador.
03:39Nós somos países soberanos.
03:42Se ele achar que ele pode taxar, os países têm o direito de taxar também.
03:48Existe a lei da retiprocidade.
03:55Eu acho muito, acho muito equivocado e muito irresponsável
04:02um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais.
04:08Sinceramente, tem outras coisas e outros fóruns
04:12para um presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos
04:16falar com outros países.
04:19As pessoas têm que aprender que respeito é bom.
04:24Respeito é muito bom.
04:26A gente gosta de dar e gosta de receber.
04:30E é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra soberania.
04:34Cada país é dono do seu nariz.
04:42Está aí.
04:43Nós conferimos a fala do presidente Lula
04:45e o vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou,
04:49mas em um tom mais diplomático.
04:51Vamos ver.
04:52Em relação aos Estados Unidos,
04:55o caminho é continuar o que está sendo feito,
04:59que é o diálogo e buscar complementariedade econômica.
05:04Quero reiterar,
05:06o Brasil não é problema para os Estados Unidos.
05:08Os Estados Unidos têm déficit na sua balança comercial,
05:12de mais de um trilhão de dólares,
05:15mas têm superávit comercial no Brasil.
05:18Na área de serviços,
05:2118 bilhões de dólares superávit.
05:24Na área de bens,
05:257 bilhões de dólares superávit.
05:28E dos 10 produtos que eles mais exportam para o Brasil,
05:338 é ex-tarifário,
05:35é zero tarifa de importação.
05:38E podemos crescer essa complementariedade econômica.
05:43O que nós defendemos é avançar no diálogo,
05:46como está sendo feito,
05:48e buscar mais alternativas
05:50para fortalecer o comércio exterior recíproco.
05:53Os Estados Unidos só têm a ganhar com o Brasil.
05:57Nós somos um parceiro muito importante.
06:00E os Estados Unidos também é um parceiro importante,
06:03é o maior investidor no Brasil.
06:05O Brasil ficou na menor tarifa,
06:07de 10% do ano.
06:09Mas o comércio exterior,
06:11ele é promotor de emprego,
06:13de renda,
06:13aproxima os povos.
06:16Tem que ser um ganha-ganha,
06:18o ino-in.
06:19Você é mais competitivo no setor,
06:22eu compro de você.
06:23Eu sou mais competitivo no setor,
06:26eu vendo para você.
06:28Esse é o caminho.
06:29E com o Brasil,
06:30os Estados Unidos têm superávit
06:32na balança comercial.
06:34Eles mais exportam para nós
06:36do que nós exportamos para eles.
06:39Então, não é problema o Brasil.
06:41Pelo contrário.
06:43Fernando da Sete,
06:44então a gente viu aí...
06:45Está aí.
06:47Isso.
06:47A gente ouviu, né, Fê,
06:49o Geraldo Alckmin,
06:50o nosso vice-presidente,
06:52sempre mais tranquilo,
06:54um tom mais ameno,
06:55mas parece que o presidente Lula
06:56perdeu a paciência um pouquinho,
06:58né, Fernanda Sete?
07:01Sim, a gente percebe
07:02que o presidente Lula
07:03não recebeu muito bem
07:05essas críticas
07:06do presidente dos Estados Unidos,
07:07Donald Trump,
07:08diferente do Geraldo Alckmin,
07:10do vice-presidente,
07:11que vê em seu discurso
07:13sempre que há uma ameaça
07:14do presidente norte-americano,
07:16ele preza, né,
07:17fala que é pelo diálogo,
07:19que o diálogo é a melhor solução,
07:21a melhor saída,
07:22e ele sempre enfatiza
07:24a importância, né,
07:25do Brasil para os Estados Unidos.
07:28E a gente continua, né,
07:29Clay,
07:30aqui em Brasília,
07:30acompanhando esses desdobramentos
07:32nesses próximos dias, né,
07:34de acordo com como é que os países
07:36do BRICS vão se posicionar
07:38com relação a essa fala polêmica
07:40de Donald Trump.
07:41Vamos ver se essa tarifa adicional
07:43será aplicada ou não.
07:45A gente segue aqui de perto
07:46acompanhando esse desdobramento.
07:47Eu volto com você.
07:49Combinado, então, Fernanda.
07:50Qualquer
07:51novo desdobramento
07:54e repercussão,
07:55você volta a falar com a gente.
07:57E quem já está chegando
07:58conosco aqui
07:59é o Rodrigo Loureiro,
08:01o nosso analista.
08:02Tudo bem, meu amigo?
08:02Bom dia para você.
08:03Bom dia, Eric.
08:04Bom dia.
08:04Bom dia a todos
08:05que nos acompanham agora.
08:06Tudo certo.
08:06Então está ótimo.
08:08Rodrigo Loureiro,
08:09o BRICS não pode mais
08:11ser ignorado.
08:12Ganhou força,
08:12ganhou peso,
08:13já é visto com outros olhos
08:16pelo mundo.
08:17Tem já um poder
08:18de barganha grande.
08:20Você tem aí a China,
08:21uma das potências econômicas
08:23e comerciais do mundo.
08:24A Rússia,
08:25apesar da guerra,
08:26talvez um pouco
08:27do enfraquecimento
08:28econômico neste momento.
08:30Está gastando muito
08:31com defesa,
08:32mas continua sendo
08:32a Rússia.
08:34Tem aí um poder
08:35grande, gigantesco,
08:37econômico e comercial
08:38também um poderio
08:40em relação ao mundo.
08:41A gente tem a Índia
08:42se abrindo como
08:43um novo mercado,
08:44uma nova alternativa.
08:45O Brasil,
08:46mesmo sendo emergente,
08:47é visto como
08:48um emergente estratégico
08:49de grande potencial.
08:51E aí,
08:52os países se juntaram
08:54e não aceitaram mais
08:55receber críticas
08:57de Donald Trump
08:58ou ameaças tarifárias.
08:59E não podem receber
09:01essas ameaças,
09:02principalmente quando a gente
09:03pensa em Brasil e China,
09:04que são importantes
09:05parceiros comerciais
09:06para os Estados Unidos.
09:07Vamos deixar de lado
09:09aqui por um momento
09:10falar a Índia,
09:11a África do Sul,
09:13porque são parceiros menores.
09:14Ele ia até a Rússia também,
09:16porque tem uma relação
09:16mais difícil
09:17com os Estados Unidos.
09:19Mas olhando
09:19para Brasil e China,
09:21Brasil e China
09:22são importantes parceiros
09:23para a economia americana.
09:24Da China,
09:25os Estados Unidos
09:26extraem as terras raras,
09:28que foi o tema
09:29ali de uma conversa
09:31muito...
09:32uma negociação
09:33muito dura
09:34entre Donald Trump
09:35e Xi Jinping.
09:36Produtos eletrônicos,
09:37produtos para a indústria automobilística,
09:39para a indústria farmacêutica.
09:40Ou seja,
09:41é um comércio
09:42que os Estados Unidos
09:42precisa muito.
09:43Quando essa relação
09:44entre Estados Unidos e China
09:45estava muito abalada,
09:47se falava até
09:47de uma trava completa
09:49no comércio internacional,
09:52isso gerou prejuízos
09:53imensos
09:54para as companhias americanas.
09:55A gente viu
09:55a Bolsa americana
09:56derreter
09:57nessa época
09:58que as negociações
09:59estavam mais atravessadas.
10:01Com o Brasil,
10:02é a mesma coisa.
10:03O Brasil,
10:03os Estados Unidos,
10:04dependem muito
10:04do Brasil
10:05em ferro,
10:06em aço,
10:07em soja,
10:08em petróleo.
10:09Ou seja,
10:09é um importante
10:10parceiro comercial
10:11para o governo
10:12de Donald Trump.
10:14E os Estados Unidos
10:14contra o Brasil
10:15têm superávit
10:16nessa relação comercial.
10:17Ou seja,
10:18é um parceiro
10:19ainda melhor
10:20do que a China.
10:21Se você pensar
10:22em superávit
10:23contra déficit,
10:24o Brasil
10:24é importante parceiro.
10:25Então,
10:26os Estados Unidos
10:26não podem ignorar o BRICS.
10:28Essa ameaça
10:29do Donald Trump
10:29soa até um pouco
10:31como uma espécie
10:33de valentão
10:34do mercado
10:34que tenta
10:35impor tarifas,
10:37impor a sua vontade
10:38contra outros
10:39players do mercado.
10:41E não é bem por aí.
10:42Esses outros players
10:42têm força
10:43para negociar,
10:44principalmente a China
10:45e o Brasil
10:46também não pode ser descartado.
10:48É isso aí.
10:48E aí
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