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A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi criada no início da década de 1970 com o objetivo de fortalecer o Departamento de Economia da USP por meio de estudos aplicados. Em entrevista, Carlos Antonio Luque, diretor presidente da Fipe, destacou o papel da fundação nos índices econômicos.

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Transcrição
00:00A FIP, que é a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, é um dos mais importantes centros de formação de profissionais
00:06especializados em pesquisas e projetos. É também um grande produtor de dados estatísticos socioeconômicos,
00:13que já existe há mais de cinco décadas. A gente vai falar sobre essa história tão interessante
00:18com o diretor-presidente da Fundação, o Carlos Antônio Luc, que nós vamos entrevistar neste momento.
00:24Bom dia, Carlos Antônio. Seja muito bem-vindo aqui ao Real Time.
00:28Opa, bom dia, meu caro. É uma alegria estar aqui presente nessa entrevista aqui contando sobre a FIP.
00:37Fala para a gente como é que surgiu esse órgão tão importante aí da economia brasileira, a FIP.
00:44Olha, o surgimento da FIP, ela, assim como uma série de outras fundações ligadas à Universidade de São Paulo,
00:54de maneira geral surgiram na década, desculpe, na década de 70, no início da década de 70.
01:03Essas fundações, fundações ligadas à medicina, à engenharia, no caso da FIP, à economia e uma série de outras,
01:13elas surgiram com o objetivo básico de apoiar o Departamento de Economia, no caso da FIP,
01:21e efetuando estudos econômicos.
01:25Então, era para que os professores, à época do Departamento de Economia,
01:32pudessem desenvolver seus trabalhos,
01:35e trabalhos que começassem a ter um caráter um pouco mais empírico do que simplesmente um caráter teórico.
01:46Bom, a gente sabe que os índices criados pela FIP se popularizaram de maneira incrível aqui no Brasil, né?
01:52Quem hoje não vai comprar um carro e não ouve falar que o preço do carro está acima ou abaixo da tabela FIP, por exemplo?
01:59Como é que foi essa consolidação do modelo que vocês criaram para avaliar os preços de venda de carros, por exemplo?
02:05Ah, essa é uma história bastante interessante, né?
02:09Porque a FIP tem milhões de acessos e ela tem uma série de estudos sobre mercado de trabalho, economia, desenvolvimento econômico,
02:23e uma série de outras análises.
02:26Mas, fundamentalmente, mais de 95% dos acessos são direcionados para essa questão da tabela de preços FIP.
02:37E é muito interessante porque essa tabela foi originariamente criada com a participação do ministro Fernando Haddad.
02:51O ministro Fernando Haddad, ele é oriundo da faculdade de Direito, mas, posteriormente, ele fez lá o mestrado na economia.
03:03E lá, então, ele começou a trabalhar em algumas coisas da FIP e criou essa tabela tão famosa.
03:10Professor, outro índice importante que vocês criaram também é o FIP-ZAP, né?
03:15Que fala sobre imóveis.
03:17Como é que vocês conseguem mensurar um mercado que é tão diverso, né?
03:21Falar sobre preço médio de imóvel, por exemplo, eu imagino que seja algo dificílimo, não?
03:25Olha, essa é uma ótima pergunta porque é uma característica de todos os índices.
03:31Às vezes, as pessoas, pegando o índice de inflação, né?
03:37Aparece, a inflação é 5,2.
03:41E dá a impressão que esse é um número exato.
03:45E isso até leva a certas consequências numa discussão sobre taxa de juros.
03:51Mas é uma, é feito uma média, você faz uma escolha de alguns pontos que você vai, por exemplo, no índice de preço,
04:04você escolhe determinados, algumas feiras, supermercados e você coleta as informações.
04:11Então, tem uma média em cima dessas informações que, evidentemente, ela reflete a realidade,
04:20mas a gente não pode achar que realmente aquele índice, ele deve ser levado na segunda casa decimal.
04:31Ele tem uma variabilidade, né?
04:33Então, é importante, todos os índices são feitos com base de uma escolha, de uma amostra.
04:42E se procura, é claro, com os instrumentais estatísticos disponíveis,
04:49procurar tentar fazer com que aquela amostra reflita a realidade.
04:56Mas sempre é importante saber que o índice, digamos, tem uma certa variabilidade.
05:01Professor, outro índice importante que vocês produzem é o IPC, o Índice de Preços ao Consumidor.
05:07Mas esse daí foi criado até antes da fundação da FIP.
05:10Ele foi criado na década de 1930, né?
05:13Ah, esse índice é o final 1939 e, desde então, ele sempre foi calculado lá.
05:23Bom, é um índice até anterior à criação da Faculdade de Economia, né?
05:29Então, é um índice muito importante, porque ele mede o índice de custo, o custo de vida aqui da população do residente na capital.
05:40E ele tem inúmeras histórias ao longo do tempo.
05:44Então, vocês podem imaginar um índice.
05:47E, muitas vezes, a gente, contando um caso, assim, muito pessoal, a minha mãe, por exemplo, ela sempre dizia,
05:59ah, esse índice não mede, que é na fundação que você trabalha, não mede a inflação.
06:05Porque eu vou na feira, os preços crescem muito mais.
06:09Então, sempre tem essa questão de, quando se fala uma inflação de, vamos supor, 5%,
06:16é uma inflação na média daquela coleta que foi efetuada dentro daquelas faixas de salário mínimo.
06:25Mas, quando a pessoa se defronta num supermercado, numa feira livre com os produtos que ela compra,
06:34ela, eventualmente, tem uma inflação muito maior do que aquela que o índice revela, né?
06:41Então, é um índice muito interessante, muito interessante.
06:45Professor, a gente está num momento de profunda transformação da economia mundial,
06:48com novos atores importantes no mercado internacional, com a tokenização de ativos,
06:56com o fenômeno das cripto, com muita coisa acontecendo.
07:00Eu queria saber, nesse contexto, como é que a FIP olha para o futuro?
07:04Como é que ela olha para o futuro no sentido de produzir novas maneiras de guiar a economia do país, os investidores?
07:13Olha, essa também é uma questão importante e merece inúmeras considerações.
07:21A primeira consideração é que o futuro, como todo futuro, é incerto.
07:29A gente não pode saber exatamente o que é que vai acontecer.
07:33Quem acompanha, por exemplo, as medidas que o presidente dos Estados Unidos toma,
07:40elas valem por dez dias, ele volta atrás, retoma.
07:46Então, é uma grande dificuldade para você prever o futuro,
07:51principalmente quando você considera, digamos, que esse futuro depende de ações de seres humanos,
07:59que têm suas características, suas dificuldades.
08:04Então, é realmente bastante difícil.
08:06É claro que isso não inibe que as pessoas procurem entender o que esse futuro pode revelar
08:15e os estudos que possam ser considerados.
08:19Mas a gente está atravessando, todos nós percebemos, uma situação bastante complexa.
08:26E se já quando não há toda essa complexidade desses fatos internacionais que estão ocorrendo,
08:35que são lamentáveis, já é difícil, imagine numa situação como essa.
08:41É verdade.
08:43Carlos Antônio Luque, diretor e presidente da FIP, foi um prazer ter você com a gente hoje nessa edição do Real Time.
08:48Muito obrigado pela entrevista e bom dia.
08:50Bom dia, muito obrigado.
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