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NotíciasTranscrição
00:00O agronegócio foi o setor que mais apostou na candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
00:07E é o setor que também demonstra maior dificuldade de manifestar apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
00:15Inclusive, alguns empresários do setor estão sendo identificados como financiadores de atos contra o governo eleito em rodovias e também no quartel-general do Exército.
00:28Mas o grupo escalado para fazer a transição para o novo governo tem investido para resgatar o apoio desse setor, que é responsável hoje por 30% do PIB brasileiro.
00:43A promessa do novo governo é investir em um agronegócio moderno, mais conectado digitalmente, baseado em equilíbrio entre a produção, meio ambiente e sustentabilidade.
00:55Qual será o destino do agro com o governo Lula?
00:59Esse é o tema do debate de hoje no meio de Brasília.
01:03E para participar do debate, nós trouxemos aqui o presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o senador Assi Gurgatz,
01:10e o integrante do governo da equipe de transição, o deputado Pedro Kizai, que ele é responsável pela área de desenvolvimento agrário.
01:19Tudo bem, deputado? Tudo bem, senador?
01:22Tudo bem.
01:22Tudo bem.
01:25Sejam muito bem-vindos ao Meio de Brasília.
01:28Obrigada por dispor de tempo de vir aqui, conversar com a gente, expor ideias.
01:32Eu acho que o agro hoje é um dos setores mais importantes para a economia, que representa 30% do PIB brasileiro.
01:39Então, nada mais justo do que a gente dedicar um espaço para se debruçar e conversar sobre o assunto.
01:43E eu começo a pergunta falando com o senador Assi Gurgatz, sobre essa resistência, já que o agro ainda hoje tem apoiado e apostado em atos contra o governo, contra a eleição do governo Lula.
01:58E qual a sua avaliação? Por que o agro tem essa resistência ao governo Lula?
02:03Olha, Kicila, eu entendo que nós não podemos, não devemos politizar o agronegócio.
02:12São setores pontuais que estão, de uma certa forma, descontentes com o resultado das eleições.
02:18O que eu acho que é, eu entendo que é normal as pessoas protestarem, fazer movimentos.
02:28Eu não vejo nenhuma anormalidade nisso, porque faz parte da nossa democracia.
02:35É claro que algum recado estão enviando, não só para o futuro governo, mas para o atual governo, para o STF, para o Congresso Nacional também.
02:46Então, nós temos que fazer uma leitura clara com relação a isso.
02:49Mas a questão dos movimentos faz parte da democracia brasileira.
02:54Eu não vejo isso como um problema e, com certeza, não será um problema para o futuro.
03:00Perfeito. Deputado Pedro Kizai.
03:03Olha, Kic, obrigado pela oportunidade.
03:06Está dialogando aqui com o senador Assis Gurgatz.
03:10E eu acho que é um pouco o que o Assis comentou.
03:12O resultado das eleições nem sempre agradam a todos.
03:19O que acho que a gente precisa diferenciar é que, com o resultado democraticamente definido,
03:27agora se constitui a transição e um novo governo,
03:31que vai ter que dialogar com todos os setores da sociedade.
03:35O próprio presidente eleito diz, não sou, não seria presidente de 60 milhões,
03:39será de 215 milhões de brasileiros e o agro vai ter espaço de diálogo com o novo governo.
03:48As manifestações democráticas são legítimas, são bem-vindas.
03:51O problema é quando, democraticamente, você quer fazer manifestação para destruir a democracia,
03:57destruir o Estado democrático de direito, destruir a legitimidade e a soberania popular.
04:03O deputado, o senador, o governador, se elegeram com as mesmas urnas que elegeram o presidente da república.
04:10Então, tem que sacramentar a democracia, o Estado democrático de direito e construir a transição
04:18e a sociedade vai avaliando o novo governo nas várias áreas,
04:22como essa área da agricultura, do agronegócio, da agricultura familiar, camponesa,
04:29do assentado, do agricultor lá, do pequeno agricultor familiar,
04:34que nós temos que levar em consideração essa complexidade que é o campo hoje
04:39e os grandes desafios que nós temos no campo, para fortalecer o campo e a produção de alimento
04:44e fortalecer uma política pública para que responda à sociedade brasileira.
04:49O povo quer alimento, alimento de qualidade, tem que enfrentar a fome de 33 milhões de brasileiros.
04:57e eu acho que a agricultura pode contribuir, dar a resposta para o futuro governo.
05:05Perfeito. Eu volto a palavra para o senador Assi Gurgatis.
05:09Senador, eu avalio, a avaliação também dos especialistas, é sobre o desafio que o governo vai ter
05:16de garantir essa atuação de maneira transversal, que é preservar o meio ambiente
05:22e, ao mesmo tempo, incentivar o crescimento do agro.
05:25Como o senhor avalia que essa política vai ser feita para garantir esse crescimento
05:30e essa evolução do agronegócio, aliado à preservação ambiental?
05:36Muito bem, Kis.
05:37Nós temos um grande desafio realmente pela frente.
05:40E o grande desafio é nós voltarmos às relações com os países consumidores,
05:46relações mais harmoniosas.
05:50Nós temos um grande mercado para conquistar, que é o mercado europeu,
05:54nós estamos lá com uma parte atuando com o mercado brasileiro,
06:04mas é preciso uma aproximação entre o mercado brasileiro com os mercados internacionais.
06:12E eu tenho certeza que, a partir do próximo governo, essa relação deve melhorar.
06:19Só que não é só uma relação de diálogo, de conversa, são de compromissos também.
06:25E o grande compromisso é com relação ao meio ambiente.
06:29Nós já acompanhamos alguns países europeus dizendo, olha, não comprem produtos brasileiros
06:36porque são produtos que são produzidos em áreas que não condizem com uma responsabilidade ambiental,
06:45o que não é verdade isso.
06:46A produção brasileira do agronegócio é uma produção sustentável.
06:52Mas o grande desafio é nós continuarmos produzindo com sustentabilidade.
06:59Nós somos totalmente contra, sempre fomos, contra o desmatamento ilegal.
07:04O desmatamento ilegal causa muito problema para o país, para o mundo e principalmente para as nossas mercadorias.
07:14Então, combater o desmatamento ilegal é uma responsabilidade não só do governo federal,
07:21mas dos governos estaduais e também dos produtores.
07:25É um desafio enorme que nós temos pela frente.
07:29O fato é que nós temos que aumentar a produção de alimentos no Brasil,
07:35não só para os brasileiros, como também para a exportação.
07:40O que não é possível, eu entendo que nós temos que fazer uma reavaliação.
07:48Veja bem, nós somos um dos maiores produtores de alimentos do planeta
07:52e nós temos milhões de pessoas no Brasil passando fome, tendo necessidade de ter esses alimentos.
07:59Então, nós temos que fazer essa reavaliação.
08:03Com relação à produção de alimentos no Brasil, relacionado ao desmatamento,
08:10eu quero dizer a vocês que eu estou há alguns anos aqui no Senado,
08:15acompanhando todo esse tempo, estou no segundo mandato,
08:20todo esse tempo acompanhando a produção e a questão do desmatamento.
08:25O fato é que, no Brasil, nós não precisamos mais desmatar absolutamente nada
08:31para aumentar a produção de grãos, a produção de gado, enfim, de carne.
08:39Nós não precisamos mais.
08:41O que nós precisamos fazer é combater.
08:42E qual é o maior instrumento para a gente combater o desmatamento ilegal hoje?
08:47É a regularização fundiária.
08:50É levar documento ao nosso agricultor.
08:52No Brasil inteiro, mas principalmente na Amazônia.
08:56A Amazônia foi colonizada a partir dos anos 70.
09:00A população foi convocada para ir para a Amazônia,
09:03para integrar a Amazônia, para não entregar.
09:06E o governo brasileiro assim fez.
09:11E hoje nós temos uma...
09:13Vamos falar do meu estado de Rondônia,
09:15que tem uma produção considerável,
09:18juntamente com o estado do Mato Grosso,
09:21juntamente com o estado do Acre,
09:23o estado do Pará.
09:24Só que, dentro da Amazônia, nós temos várias Amazônias.
09:28Rondônia é totalmente diferente do Mato Grosso,
09:31que não é igual ao Amazonas,
09:32que não tem nada a ver com o Roraima,
09:35que é diferente do Pará e que não é igual ao Acre.
09:38Então, nós temos que ter esse cuidado.
09:41Regularização fundiária.
09:42Tem que colocar ali, no título da terra,
09:46o CPF do proprietário,
09:48para que ele possa ter mais cuidado com o meio ambiente.
09:53E quem cuida do meio ambiente é exatamente o agricultor.
09:57Agora, para cuidar do meio ambiente,
09:58tem que cuidar do agricultor,
09:59principalmente com a agricultura familiar,
10:03que depende, às vezes, de cortar uma árvore
10:07para poder melhorar a sua receita no final do ano,
10:12para que possa melhorar a sua qualidade de vida.
10:15Agora, se nós dermos título a essas famílias,
10:19eles vão ter condições de ter acesso ao Pronaf,
10:23ao Plano Safra,
10:24e melhorar a sua produtividade.
10:26Lembrando que nós temos na Amazônia
10:29aproximadamente 30% de áreas degradadas.
10:34E essas áreas estão degradadas,
10:35não é porque o agricultor quer.
10:37É que para colocar essas áreas cultiváveis,
10:41precisa de dinheiro.
10:43E não é pouco dinheiro.
10:44Para isso, tem que ir ao banco,
10:46tem que utilizar o Pronaf, o Plano Safra,
10:49só que ele não pode fazer isso
10:50porque não tem título da sua terra,
10:53não tem a sua documentação definitiva.
10:55Então, eu entendo que é muito fácil conciliar
11:00o combate ao desmatamento ilegal
11:04com o aumento da produtividade,
11:06mesmo na Amazônia,
11:08com as áreas que já foram transformadas.
11:11Áreas que foram transformadas
11:12a pedido do governo federal,
11:13lá nos anos 70 e 80.
11:15Mudou a regra do jogo?
11:17É verdade, mudou.
11:18A realidade do Brasil e do mundo é outra.
11:21Então, nós temos que nos adaptar.
11:22Agora, nós não podemos pegar essas pessoas
11:25simplesmente e dizer,
11:26olha, vocês foram convocados para vir para a Amazônia
11:29e agora vocês vão de volta para o Paraná,
11:32vocês vão de volta para o Rio Grande do Sul,
11:33Santa Catarina, Rio de Janeiro,
11:35Espírito Santo, Belo Horizonte.
11:37Não, nós não podemos fazer isso.
11:39Nós temos que dar condições para essas famílias
11:42que lá estão,
11:43continuem trabalhando com o mesmo,
11:46com a mesma qualidade de vida que se tem no Paraná,
11:49que se tem em São Paulo,
11:50lá na Amazônia.
11:52E para isso tem que ter regularização puntiária,
11:54tem que ter assistência técnica
11:56para que a gente possa reformar essas áreas degradadas
11:59e dar uma melhor qualidade de vida
12:01para os nossos agricultores,
12:03principalmente a agricultura familiar,
12:05que depende da mão do governo,
12:07depende do apoio,
12:09de assistência técnica do governo federal,
12:12dos governos estaduais
12:13e também dos municípios.
12:14Eu entendo que o caminho é esse,
12:18fortalecer o PAA,
12:20o PAA que esse ano nós temos muita dificuldade
12:23com falta de recurso,
12:25o PNAE também,
12:26nós temos falta de recurso,
12:28isso leva dinheiro diretamente para a agricultura familiar.
12:31Isso faz com que essas famílias possam investir
12:33nas suas áreas,
12:34investir nas suas terras,
12:36aumentando a renda,
12:37dando uma melhoria de qualidade de vida
12:39para as pessoas que moram nos interiores do nosso país.
12:43Perfeito, senador.
12:45Deputado Pedro Kizai.
12:52Deputado Pedro Kizai.
12:53Eu quero, sim,
12:56eu quero dialogar um pouco com os temas
12:58que o senador Assis trouxe aqui para esse debate.
13:01Primeiro, tenho plena concordância
13:03que não tem qualquer futuro da agricultura
13:07se não tiver o casamento, como você falou,
13:09com a sustentabilidade ambiental.
13:12Nós temos que cuidar desse grande ativo
13:15que o Brasil tem
13:16para contribuir, não só com o planeta,
13:19mas com o próprio futuro da agricultura.
13:23Nós do Sul Assis,
13:24quando parte da chuva da minha região,
13:29a gente vem ver,
13:30que a gente chama até dos rios voadores.
13:34Vem para o Rio Grande do Sul,
13:35vem para Santa Catarina,
13:36porque veio da Amazônia.
13:37desmata e queima a Amazônia,
13:40vai faltar chuva para a agricultura
13:42no sul do Brasil.
13:44Então, essa construção de defesa do meio ambiente
13:48é de defesa da própria agricultura.
13:50Segundo ponto,
13:52nós temos que casar,
13:53aqui tem cidadãos e pessoas assistindo nós,
13:59não só do campo,
14:00mas da cidade.
14:00Quais são os grandes desafios
14:02que se colocam pela frente?
14:05Um, é o lado da exportação,
14:07continuar abrindo o mercado internacional.
14:09O ex-presidente Lula,
14:11na sua história,
14:12foi um dos que,
14:13foi o que mais abriu
14:15mercado internacional
14:16para o agronegócio.
14:19E o Assis traz muito bem aqui
14:21a problemática da Europa,
14:22que é o segundo maior consumidor
14:23dos nossos produtos agropecuários brasileiros.
14:29Segundo ponto,
14:30nós também pensar uma produção
14:33para o mercado de massa nacional.
14:35Está aí o grande desafio.
14:37Porque quando a Assis traz a fome,
14:40a carência alimentar,
14:41a inflação de alimento,
14:43onde aumenta 80% o quilo de cebola,
14:46atinge o trabalhador,
14:47atinge o consumidor,
14:49atinge os pobres desse país.
14:50É muito contraditório um país
14:52voltar para o mapa da fome
14:54quando não tem alimento,
14:57porque foi reduzindo
14:58a produção de alimento,
15:00o orçamento na área
15:01da agricultura familiar
15:03foi se reduzindo.
15:05Nós já tivemos na Conab,
15:08na Embrapa, no Incra,
15:114,9 bilhões de reais
15:13de orçamento em 2016.
15:15Agora estamos chegando aqui
15:17no orçamento de 1,2 bilhão.
15:19Então, você reduz o orçamento,
15:22você reduz as políticas públicas.
15:25E aqui no PA,
15:26muito bem elencado pelo senador Assis,
15:31eu fui o primeiro prefeito do Brasil,
15:33prefeito de Chapecó, Santa Catarina,
15:36que assinei um convênio
15:37de compra direta
15:38com o governo federal em 2003.
15:43E o PA tem que voltar
15:44com um programa forte
15:46para comprar diretamente
15:48dos agricultores
15:49com um preço justo
15:51e distribuir
15:52para essas políticas públicas,
15:54políticas sociais
15:55e para merenda escolar
15:58ou alimentação escolar.
15:59Então, a Política Nacional
16:01de Alimentação Escolar
16:02tem que aumentar o percentual
16:04da agricultura familiar e camponês,
16:08o PA tem que se ressurgir
16:10com muita força
16:11para comprar com preço justo
16:14e distribuir em políticas públicas
16:16para enfrentar o mapa da fome,
16:18enfrentar a inflação dos alimentos
16:20e enfrentar com política
16:22de crédito e de assistência técnica.
16:24O terceiro ponto aqui,
16:25para mim,
16:26fundamental,
16:27é aumentar a produção
16:28de arroz,
16:30de mandioca,
16:32de feijão,
16:33de hortifruti grangeiros,
16:35de frutíferas,
16:36etc, etc.
16:37Então, nós temos hoje
16:39128 produtos
16:42financiados pelo Pronaf,
16:44mas o Pronaf
16:45acaba financiando
16:46em 98%
16:47quatro produtos.
16:49Então, você tem que criar
16:50uma nova política de crédito
16:51para incentivar
16:53a produção de alimento
16:54para o povo brasileiro,
16:55fortalecendo a agricultura familiar,
16:58por isso que tem que ter
16:58um ministério robusto
17:00no sentido de dar conta
17:02do crédito,
17:04da assistência técnica,
17:06da pesquisa,
17:07e do enfrentamento
17:09ao problema
17:10de um mercado de massa.
17:11Imagina se crescer
17:134% ao ano,
17:16crescer o salário mínimo real,
17:18que aumenta o mercado
17:19de massa nacional,
17:20nós temos esse grande desafio
17:22de produzir alimento
17:24sem inflação,
17:25num preço justo.
17:26Então, acredito que esses
17:27são os grandes desafios,
17:29por isso que eu estou coordenando
17:30o grupo GT
17:32de desenvolvimento agrário,
17:34para trazer essa complexidade
17:36do campo,
17:37para fortalecer
17:38o agronegócio
17:39para exportação
17:40e fortalecer
17:41a agricultura familiar
17:43para produzir
17:44para o mercado de massa.
17:45Se quando o Lula assumiu,
17:46tinha 2 bilhões
17:47de litros de leite,
17:48nós passamos
17:49para 35 bilhões,
17:51porque aumentou
17:51o consumo no país.
17:53O leite não é
17:53para exportação hoje,
17:55o leite é para o consumo
17:56inteiro no país.
17:57Então, se você aumenta
17:58a renda do povo
17:59trabalhador,
18:00da sociedade brasileira,
18:01você tem que aumentar
18:02a produção,
18:03por isso crédito,
18:04assistência técnica,
18:06pesquisa,
18:07desenvolvimento,
18:08novos equipamentos
18:09tecnológicos
18:10e crédito
18:11para financiar
18:12investimento
18:13que nos últimos anos
18:14caiu muito,
18:15muito,
18:16os investimentos
18:17na relação
18:18tanto para o agronegócio
18:20quanto para o PRONAF
18:21da agricultura familiar.
18:23A gente tem que recompor
18:24todos esses programas
18:25para cuidar da água,
18:27cuidar da floresta,
18:29cuidar do campo
18:30e produzir alimento
18:31saudável,
18:32alimento de verdade
18:33para o povo brasileiro
18:35e para a exportação
18:36para o mundo.
18:37Deputado,
18:38se me permite,
18:40Kis?
18:40Claro,
18:41claro, senador,
18:41fica à vontade.
18:42Deputado Pedro,
18:44o senhor que está
18:45na transição,
18:46é importante,
18:47é importante levar
18:49essas informações
18:50também para o Ministério
18:52da Economia,
18:54pois nós
18:55acompanhamos,
18:56você também acompanhou
18:58o trabalho da Tereza Cristina
19:00à frente do Ministério,
19:01foi um trabalho importante,
19:02um trabalho sério,
19:03corretíssimo,
19:04só que não teve apoio
19:05da equipe econômica.
19:06Quando não há apoio
19:07da equipe econômica,
19:08não consegue fazer
19:09um PA funcionar,
19:10um PNAE funcionar
19:11e o dinheiro
19:12não chega
19:13até onde deveria chegar.
19:16Então,
19:16eu não tenho dúvida,
19:18não tenho dúvida
19:19que esse próximo governo
19:21vai ter essa preocupação
19:24de sempre linkar
19:25o Ministério do Planejamento
19:28e o Ministério da Economia,
19:29não sei como
19:30se chamará,
19:32mas enfim,
19:33é o Ministério
19:33que cuida
19:34do dinheiro do país
19:35para que possa
19:36liberar o dinheiro
19:37para que a gente tenha
19:39esses programas
19:40voltados de novo
19:41à agricultura.
19:42E não esqueça
19:43da regularização fundiária,
19:44Pedro,
19:45é fundamental,
19:47é fundamental,
19:48é uma questão
19:48de cidadania
19:50para a nossa população
19:51e também
19:52é uma forma
19:53de ter acesso
19:54aos programas
19:55governamentais
19:56para que o nosso
19:56agricultor
19:57possa ter
19:58uma melhoria
19:58de qualidade de vida.
20:00Senador,
20:01assim,
20:01aproveitando
20:02a sua contribuição,
20:04a gente recebeu
20:04uma pergunta
20:05aqui via chat
20:06sobre a questão
20:07dos movimentos
20:08como o MST.
20:10Muitas pessoas
20:11ligadas ao agro
20:12reclamam
20:13ou temem
20:13talvez o fortalecimento
20:15de movimentos
20:15como o MST
20:17para prejudicar
20:18de alguma forma
20:18o agro.
20:19Como é que o senhor
20:19avalia esse cenário?
20:21Olha,
20:21eu não vejo
20:22o menor cabimento
20:26de uma preocupação
20:27com relação
20:28a isso.
20:30Nós tivemos,
20:31eu não sou do PT,
20:33por favor,
20:33não estou aqui
20:33para defender
20:35a questão
20:36do PT
20:38e do governo Lula,
20:39mas nós tivemos
20:41oito anos
20:42de governo
20:42do presidente Lula
20:44e mais seis anos
20:46de governo
20:46da presidenta Dilma.
20:48Nós nunca tivemos
20:49problemas
20:49de ações
20:50do MST.
20:53Nós tivemos
20:54talvez problemas
20:54anterior
20:55à entrada
20:57do PT
20:58no governo.
20:59Então,
20:59não é possível
21:00que depois
21:01de alguns anos,
21:03tantos anos
21:04governando o país,
21:07não tivemos problemas
21:08de invasão
21:09de terra,
21:10não tivemos problema
21:11com o MST.
21:12Por que nós seríamos
21:13agora?
21:14Agora,
21:15agora muito menos.
21:16O Brasil
21:17é um país
21:19globalizado.
21:21É um país
21:21que tem
21:22uma relação
21:23muito aberta
21:24com os países
21:25desenvolvidos.
21:27Nós temos compromissos
21:28com as pessoas
21:32e você não pode
21:34ter compromisso
21:34com a pessoa
21:35do MST
21:36e não ter compromisso
21:37com o agronegócio.
21:39Isso não existe.
21:41Somos todos
21:41brasileiros.
21:43Todos os brasileiros
21:44têm acesso
21:46ao bom governo.
21:47E eu não tenho dúvida
21:48que nós vamos
21:49dar sequência
21:50aos acordos
21:52internacionais
21:53que o Brasil
21:53faz parte.
21:54E esses movimentos
21:57com relação
21:59à invasão
21:59de terra,
22:00eu acho que isso
22:01é uma ficção.
22:02É uma ficção
22:03que não cabe
22:04ao Brasil
22:05de hoje,
22:06ao Brasil
22:06já de muito tempo.
22:08O Brasil
22:08é um país organizado,
22:09um país ordeiro,
22:11que não cabe
22:12invasão de terra.
22:14invasão de terra
22:15é caso
22:16de polícia.
22:17Polícia
22:18tem que agir
22:18em casos
22:19de invasão
22:19de terra,
22:20em casos
22:21de desmatamento
22:21ilegal,
22:22e essas coisas
22:23não podem acontecer.
22:25O Brasil
22:25não é um país
22:27de vandalismo.
22:28O Brasil
22:29é um país
22:29de gente
22:30que quer produzir,
22:31é um país
22:32que produz
22:33de gente séria,
22:34gente que quer
22:35trabalhar.
22:36Eu não vejo
22:38como
22:38isso possa
22:42acontecer
22:43no Brasil
22:44de 2022,
22:47vamos esquecer
22:48de 2022,
22:48de 2023
22:49para frente.
22:50Nós temos
22:51que nos preocupar
22:52com a vida
22:53do cidadão brasileiro,
22:55nós temos
22:55que nos preocupar
22:56com a infraestrutura,
22:58nós temos
22:58que nos preocupar
22:59com os grileiros
22:59de terras
23:00que estão organizados.
23:02E aí,
23:02uma questão
23:02de polícia,
23:04polícia
23:04que tem que fazer
23:05o trabalho
23:06contra essas pessoas.
23:09Mas,
23:10qual é a preocupação
23:11nossa?
23:11e eu acredito
23:12que deva ser
23:13do futuro presidente.
23:16Hoje,
23:16o governo Lula,
23:17mas se fosse outro,
23:18seria o mesmo,
23:19a mesma preocupação,
23:20se preocupar
23:21com a infraestrutura.
23:22Nós estamos
23:23sem infraestrutura,
23:24sem investimento
23:25para a infraestrutura
23:26no futuro do Brasil.
23:27Não vamos nem
23:28falar em ferrovias,
23:30vamos falar
23:30só na manutenção
23:32das rodovias brasileiras
23:33para escoamento
23:34da produção
23:35que nós temos
23:36no Brasil.
23:37Seja ela no sul,
23:38no centro-oeste,
23:39seja no norte,
23:40mas principalmente
23:41na Amazônia.
23:42A BR 319
23:44está praticamente
23:46paralisada novamente.
23:48É uma estrada
23:48que foi asfaltada
23:49em 1970.
23:51Não é possível
23:52nós termos hoje
23:53dois estados
23:54da Federação,
23:55Amazonas e Roraima,
23:57não interligados
23:58com a malha
23:58rodoviária brasileira
23:59por asfalto.
24:00Então,
24:01o trabalho
24:02de infraestrutura
24:03é muito necessário.
24:05então nós temos
24:05que focar
24:06toda a nossa atenção
24:09para aquilo
24:09que realmente
24:10é importante
24:11para o país
24:12e para a população
24:13brasileira.
24:14Perfeito.
24:15Deputado Pedro
24:16Kizai.
24:18Eu acho que
24:19esses temas
24:20que o senador
24:21Assis traz aqui
24:22são estratégicos.
24:25Primeiro,
24:26o MST,
24:27um movimento social
24:28legítimo,
24:29constituído
24:30na sociedade brasileira,
24:32que tem uma história
24:32que é, inclusive,
24:34o que mais produz
24:35arroz orgânico
24:36da América Latina.
24:38Arroz saudável,
24:40orgânico
24:40e comercializa
24:42para o Brasil.
24:43Segundo lugar,
24:45a legitimidade
24:46de um Brasil continental
24:48é construir
24:49políticas públicas
24:50que fortaleçam,
24:52nesse momento,
24:53um milhão
24:53de assentados
24:54que precisa
24:56de política pública.
24:57O INCRA já teve
24:58745 milhões
25:00de reais
25:01e, no último ano,
25:02151.
25:04Ou seja,
25:05as condições
25:06de estruturar
25:07a produção
25:08de alimento
25:08nos próprios
25:09assentados
25:10da reforma agrária
25:12foi se reduzindo,
25:14reduzindo
25:15e reduzindo.
25:17Segundo lugar,
25:18nós temos que pensar
25:19a defesa, sim,
25:21da reforma agrária,
25:22que tem muitas
25:23terras públicas
25:24que podem ser utilizadas,
25:26regulamentar
25:27e construir
25:28todo um arcabouço
25:29de legitimação
25:30para produzir
25:31alimento
25:32para aqueles
25:32que querem
25:33produzir
25:33alimento
25:33nesse país.
25:34Então,
25:35vai-se colocar
25:35no tema
25:36da reforma agrária
25:37no debate
25:38democrático,
25:39no debate
25:39político,
25:40no debate
25:41de um governo
25:41que quer
25:42produzir
25:42alimento
25:43para o mundo,
25:44para a exportação,
25:45e produzir
25:46alimento
25:46para o povo
25:47brasileiro.
25:48Por isso,
25:48que o pequeno
25:48agricultor,
25:50a família
25:50dos agricultores,
25:51dos camponeses,
25:53são bem-vindos
25:54nesse grande
25:55projeto
25:55de produção
25:56de alimento,
25:58e não temos
25:59inimigos aqui,
26:00nós temos
26:00um projeto
26:01de país
26:02que cabe
26:02em todos.
26:03Eu acho
26:04que essa
26:04é a construção
26:05que nós temos
26:05que fazer
26:06no novo governo.
26:07Segundo lugar,
26:09em infraestrutura,
26:10olha,
26:11eu tenho
26:12vivenciado
26:12esses últimos anos
26:13assim também,
26:14você constata
26:16aqui,
26:17como nós
26:17diminuímos
26:18os investimentos
26:19em infraestrutura
26:21no país.
26:22Eu sou estudioso
26:22e coordeno
26:23no Congresso,
26:25junto ao Senado
26:25e à Câmara,
26:26o debate
26:27das ferrovias,
26:28mas hoje
26:29nós temos
26:29que modernizar
26:30as próprias rodovias
26:31que estão
26:32em situação
26:32lamentável.
26:34Na minha região
26:35é a pior
26:36do país,
26:37a 163,
26:38constatada
26:39pela Confederação
26:40Nacional dos Transportes.
26:42Em terceiro lugar,
26:43nós queremos
26:44efetivamente
26:45recolocar
26:46o papel
26:46da Conab
26:48para que ela
26:49possa formar
26:50estoque
26:51para
26:52enfrentar
26:54a falta
26:54de alimento
26:55para vários
26:56setores,
26:57para manter
26:57a agricultura
26:59familiar
26:59dentro de uma
27:00perspectiva
27:01de não
27:03falência,
27:04de não crise.
27:05Portanto,
27:06quando o preço
27:06está baixo,
27:09forma uma Conab
27:10mais fortalecida
27:11e principalmente
27:13a Conab
27:13articulando
27:15e organizando
27:15o PAA,
27:16o Programa
27:17de Aquisição
27:18de Alimento.
27:19A gente organiza
27:20a produção,
27:22a gente organiza
27:24o consumo
27:25e a gente organiza
27:26as políticas públicas.
27:28E,
27:28em terceiro lugar,
27:29cuidar
27:30de uma política
27:31social no campo,
27:33tem que ter
27:33habitação rural,
27:35tem que ter assistência
27:35técnica na área rural
27:37para os pequenos
27:37agricultores também,
27:39você tem que construir
27:39uma política de crédito,
27:41não mais só aquela
27:42do Pronar,
27:43mas uma outra
27:44política de crédito
27:45que tenha relação
27:46com assistência técnica,
27:48com pesquisa
27:49e desenvolvimento
27:50para produzir
27:51alimento
27:51para exportação
27:53e,
27:54principalmente,
27:54alimento
27:55para o povo brasileiro,
27:56ocupar melhor a terra,
27:58ocupar com novas tecnologias.
27:59Eu financei agora
28:00com uma emenda parlamentar
28:02de um milhão de reais
28:03que a gente fazia
28:03e todos que nos acompanham,
28:05com o Instituto Federal,
28:06com cientistas da Bahia,
28:08do sul do país,
28:09onde vamos fazer
28:10novas máquinas,
28:12novos equipamentos
28:12agrícolas
28:13que já vai
28:14para a escala industrial
28:15com trator
28:16de baixa potência
28:17fazendo três,
28:18quatro operações
28:19na mesma máquina.
28:21Então,
28:21você reduz o custo
28:22de combustível,
28:23você reduz a hora
28:24da máquina
28:24e você reduz
28:25o investimento
28:26na própria máquina
28:27que você põe
28:28em menos potência
28:29fazendo várias
28:30operações.
28:32Porque hoje,
28:32a lógica,
28:32às vezes,
28:33é aumentar o tamanho
28:35da máquina
28:35por causa
28:36das grandes propriedades.
28:38Agora,
28:38uma pequena propriedade
28:39precisa de novas máquinas,
28:41novas tecnologias
28:42para dar conta
28:43na produção alimentar
28:44com tecnologia,
28:46com desenvolvimento
28:48e com produção.
28:49É possível,
28:50preservando
28:51com sistemas
28:51agroflorestais.
28:53Hoje,
28:53quando eu visito
28:54uma fazenda
28:54de 2.300 hectares
28:57em São Paulo
28:58e altamente produtiva
29:01em sistema agroflorestal,
29:03produzindo muito alimento,
29:06eu não tenho dúvida
29:07que nós temos tecnologia,
29:09nós podemos fazer
29:10uma agricultura regenerativa.
29:12eu acho que tem
29:13um documentário
29:14chamado
29:15Solo Fértil
29:16que recupera
29:17o solo degradado,
29:18recupera o solo
29:19com novas tecnologias
29:21e hoje já tem
29:22para produzir
29:23um alimento
29:23mais saudável
29:24e sustentável,
29:27econômico,
29:27social
29:28e ambientalmente.
29:30Deputado,
29:31eu quero só
29:33cumprimentar,
29:34se você me permitir,
29:36os nossos agricultores.
29:37Os nossos agricultores.
29:38É claro que
29:39o governo
29:39tem sempre
29:41uma responsabilidade
29:42muito grande
29:42em estimular,
29:44incentivar
29:45o aumento
29:46da produtividade,
29:48mas os nossos
29:48agricultores
29:49são grandes heróis,
29:50são trabalhadores
29:51que vêm
29:52à frente
29:53do governo
29:54há muito tempo.
29:55Tanto é que
29:56a gente sempre fala,
29:57por ter adentro
29:58a coisa vai bem,
29:59por ter a fora
30:00a coisa não vai bem.
30:01Se não me falha
30:02a memória,
30:03deputado Pedro,
30:04é a 282
30:05e a 470
30:06que faz o escoamento
30:08da produção
30:08da sua região.
30:09se nós aumentarmos
30:11mais ainda
30:12a produção,
30:13o que é
30:14que vocês vão fazer
30:15ou como é
30:16que vocês vão fazer
30:17para escoar
30:18a produção
30:18naquela pista
30:19estreita
30:20como é a 282
30:21para chegar nos portos
30:23para exportação.
30:25Então,
30:25isso eu tenho dito,
30:26Kis,
30:27que isso é um problema
30:28bom para o país.
30:29Por que é um problema
30:31bom?
30:31É que nós estamos
30:34com excesso
30:35de produção
30:35para as nossas
30:37rodovias.
30:37o ruim seria
30:39se nós tivéssemos
30:40grandes rodovias,
30:42as nossas rodovias
30:43com falta
30:44de transporte.
30:46Isso é o contrário,
30:48é sinal
30:48que o país
30:49está aumentando
30:50a produtividade,
30:51está aumentando
30:52a produção,
30:53isso automaticamente
30:54reverte sempre
30:55no aumento
30:56de impostos,
30:57na melhoria
30:58da economia,
30:59no aumento
31:00da exportação.
31:01Agora,
31:01o mínimo
31:02que o governo
31:03pode fazer,
31:05deve,
31:05aliás,
31:05não pode,
31:06deve fazer,
31:07é dar uma atenção
31:08especial
31:09na questão
31:10de infraestrutura
31:11para escoar
31:12toda essa
31:14nossa produção.
31:16Todo mundo
31:17tem que fazer
31:18a sua parte.
31:19O Ministério
31:19da Economia,
31:21o Ministério
31:21da Agricultura,
31:22mas o Ministério
31:23dos Transportes
31:25precisa fazer
31:26a sua parte.
31:28Nós nunca tivemos,
31:30ou seja,
31:31vou reformular,
31:32nós estamos,
31:33nesse orçamento
31:34desse ano,
31:35o menor
31:36nível
31:38de investimento,
31:39o menor
31:40recurso
31:40de investimento
31:41no DENIT,
31:42para não
31:44construir
31:45novas estradas,
31:46para dar
31:47manutenção,
31:48não tem recurso
31:49no orçamento
31:50para 2023,
31:51para dar manutenção
31:52nas estradas
31:53existentes.
31:54Olha,
31:55volto a dizer,
31:56isso é um problema
31:57positivo
31:57para um governo
31:58que tem que dar
32:00condições
32:00de escoamento
32:01à produção
32:02que a população
32:03brasileira faz.
32:06Deputado Pedro
32:06Kizai,
32:07falando sobre
32:08essa questão
32:08de não ter
32:09orçamento
32:09para a infraestrutura,
32:11como é que a equipe
32:12de transição
32:12está avaliando isso?
32:13Vocês já estão
32:14buscando o verbo
32:15para isso
32:16ou isso não é um assunto
32:17que tem sido levantado
32:18junto à equipe
32:19de transição?
32:21Esse é o principal
32:22problema.
32:23Na infraestrutura,
32:25na própria
32:26agricultura familiar,
32:28com a redução
32:28dos investimentos,
32:29você fala em Conab
32:312,6 milhões,
32:33você acabou
32:34com a instituição,
32:35você acabou
32:35com o mediador,
32:38operador de compras
32:39de alimento
32:40da agricultura,
32:42ou seja,
32:43o do PA,
32:44que já teve
32:442 bilhões,
32:45tem 18 bilhões.
32:47Então,
32:48orçamentariamente,
32:50em todas as áreas,
32:51há redução
32:52quando não zerou.
32:54Esse Kiz,
32:55é o principal nó,
32:57é o principal problema
32:58para 2023.
32:58Por isso que estamos
33:00articulando,
33:01inclusive,
33:02uma emenda
33:03constitucional
33:04de transição
33:04para que,
33:06tendo fora do teto
33:08investimento
33:08na área
33:09do Bolsa Família,
33:11na área da habitação,
33:12na área da merenda
33:13escolar,
33:14na merenda escolar
33:14e da alimentação
33:15escolar,
33:15é 36 centavos.
33:17Como é que você vai
33:18alimentar uma criança
33:19com 36 centavos?
33:21Então,
33:21você tem que atualizar
33:22essas áreas sociais
33:23para que a gente
33:24consiga ter um
33:25orçamento mínimo
33:26para infraestrutura.
33:28eu estou lá
33:29brigando
33:29para ampliar
33:30o orçamento
33:31para as rodovias
33:32de Santa Catarina
33:33e não tem
33:35orçamento previsto.
33:36Então,
33:36você tem que
33:37efetivamente tomar
33:38uma decisão política.
33:39Eu acredito
33:40que tanto o Senado
33:41quanto a Câmara,
33:43na mudança
33:43constitucional
33:44chamada PEC-transição,
33:46vai dar um pouco
33:47de gordura,
33:48a gente podia chamar
33:49desta forma,
33:50para o governo
33:51conseguir fazer
33:52e se movimentar
33:53no ano de 2023
33:55e nesse tema
33:56que o senador
33:57traz também
33:58de infraestrutura,
34:00de programas fundamentais
34:01para enfrentar a fome.
34:02Não adianta ter programa
34:03para enfrentar a fome
34:06se você não tem
34:06produção de comida.
34:07Você tem que fortalecer
34:08quem produz a comida,
34:10quem produz o alimento,
34:11que é a agricultura,
34:12que é a agricultura familiar,
34:14que é o agronegócio,
34:15que é o mundo do campo,
34:17que é o mundo rural.
34:18Então, você tem que montar
34:20uma estratégia
34:21e por isso
34:22que eu tenho
34:22muita simpatia
34:23ao Mapa
34:25ter a preocupação
34:26mais com a produção
34:27agrícola,
34:28exportadora,
34:29que tem muita potência
34:32para ampliar
34:32e muito
34:33só com as áreas
34:34degradadas
34:35hoje existentes
34:36e, de outro lado,
34:38montar um Ministério
34:39do Desenvolvimento Agrário
34:41que tenha a produção
34:42do alimento
34:43para o mercado de massa
34:44como prioridade,
34:46para as políticas públicas
34:47como prioridade,
34:48com a agricultura familiar
34:50como prioridade,
34:51que nós temos 23%
34:52da área,
34:54mas 67%
34:55da produção
34:56do alimento direto
34:57para o povo brasileiro
34:58vem dali.
34:59Então, nós temos
35:00condições
35:01de fazer duas políticas
35:02complementares,
35:04duas políticas estratégicas
35:06para o Brasil
35:07se destacar
35:08no mundo
35:09nas exportações
35:10e o Brasil
35:11se destacar
35:12para o seu povo brasileiro.
35:13Não é possível
35:14um menino
35:14de 11 anos
35:15ligar para a polícia,
35:16para o 190
35:17e dizer
35:18tem alguma coisa
35:20de comida
35:21para trazer aqui em casa
35:22que nós
35:23e os três irmãos
35:24não temos o que comer
35:25ou num país
35:27que é agrícola,
35:28que tem produção
35:29agrícola de alimento.
35:30Então, nós temos
35:31que enfrentar
35:31esse problema histórico
35:33da fome,
35:34da miséria,
35:34da carestia,
35:35da insegurança alimentar
35:37leve,
35:38média e grave
35:39de 125 milhões
35:41de brasileiros.
35:42Então,
35:43eu acho que
35:43esse é um grande desafio,
35:44por isso que eu tenho
35:45muita simpatia
35:46de estruturar
35:47um ministério
35:48que tenha a questão
35:50da agricultura familiar,
35:52camponesa,
35:53do campo,
35:53das águas,
35:54da floresta,
35:55nessa complexidade,
35:56com novas políticas,
35:58porque este governo,
35:59nesses quatro anos,
36:00foi reduzindo,
36:00reduzindo,
36:01até acabar vários
36:02dos programas estratégicos.
36:04Por isso que voltou
36:05a fome também.
36:06O campo
36:06pode responder
36:07ao problema da fome,
36:09da carestia,
36:09da inflação dos alimentos,
36:11para o povo brasileiro também
36:12e para o mundo.
36:14Deputado Pedro,
36:16muitos nomes
36:17estão sendo ventilados
36:18como um possível
36:19ministro da agricultura,
36:21o próprio senador
36:22Carlos Fávaro,
36:23Cátia Abreu,
36:24então outros nomes aí.
36:26Como é que o senhor avalia?
36:27O senhor avalia
36:27que vai vir um nome
36:28mais técnico
36:29para o Ministério da Agricultura
36:30ou um perfil
36:31um pouco mais político
36:32para assumir a pasta?
36:34Eu acho que tem que ser
36:35um perfil político
36:36que dialoga
36:37com o agronegócio,
36:38que está aqui o assiro,
36:39de um partido,
36:41de outros partidos,
36:41pode ver a composição
36:43política do próprio grupo,
36:45deputado do PP,
36:47deputado do PSD,
36:48senadora,
36:49ou seja,
36:50essa pluralidade
36:51é dentro do mapa.
36:52Então,
36:52com essa pluralidade
36:53ligado mais
36:54ao agronegócio,
36:56se constituirá
36:58provavelmente
36:58com esta,
36:59uma das lideranças
37:00políticas.
37:01E nós também
37:02defendemos
37:03a constituição
37:04de um ministério
37:05ligado à agricultura
37:07familiar,
37:08ligado
37:08aos camponeses,
37:11aos assentados,
37:12ligado a essa parte
37:13da agricultura familiar
37:14para fortalecer
37:16para o Brasil
37:17alimento,
37:18produzir mais alimento
37:19para o Brasil
37:20e os agricultores
37:21estão aguardando
37:21mais crédito,
37:23mais assistência técnica,
37:24mais apoio,
37:25mais pesquisa,
37:26mais tecnologia
37:27para o quê?
37:28Para dar esse avanço
37:29enorme de produção
37:31de alimento
37:31para o mercado nacional
37:33também.
37:33Eu acho que dá
37:34para conviver
37:34dois ministérios
37:35não preocupado
37:36com estrutura,
37:38com cargo,
37:38nada disso.
37:39É com política pública
37:40para responder
37:41à sociedade brasileira.
37:43E o Mapa
37:43tem essa preocupação
37:45mais exportadora
37:46que é uma grande
37:47vocação do Mapa
37:48e aí acredito
37:49que dá para fazer
37:50uma política pública
37:52agressiva,
37:53forte,
37:55para que agricultores
37:56e agricultoras
37:57possam também
37:58ter prioridade
38:00que nesses últimos anos
38:01acabou se extinguindo
38:02vários programas
38:03e por isso que voltamos
38:05ao próprio Mapa
38:06da Fome
38:06e à Inflação
38:07dos Alimentos.
38:10Senador
38:10Assíguro Gax,
38:11para as suas palavras
38:12finais,
38:12por gentileza.
38:14Muito bem,
38:14eu agradeço
38:15a oportunidade
38:16de estar aqui
38:16conversando com você,
38:18com o deputado
38:19Pedro Kizai
38:20e debater um tema
38:22que é da maior importância
38:23para todos nós,
38:25a produção de alimentos.
38:26Eu volto a colocar
38:27a nossa grande
38:29preocupação
38:29de hoje
38:31nós sermos
38:31um dos maiores
38:32produtores de alimentos
38:33do planeta
38:34e termos
38:35tantos brasileiros
38:36não tendo acesso
38:38à alimentação
38:40básica
38:40do dia a dia.
38:42Então,
38:42é uma preocupação
38:43que temos que ter,
38:45nós vamos continuar
38:46atuando
38:48para que a gente
38:49possa levar,
38:51levar sempre
38:51mais conforto
38:53à população brasileira.
38:55Eu entendo
38:55que
38:56esse tema
38:58da agricultura
38:59é um tema
39:00importantíssimo
39:02para a geração
39:03de emprego,
39:03para a geração
39:04de imposto,
39:05para a economia
39:06brasileira,
39:07para matar a fome
39:08do Brasil
39:08e contribuir
39:09para acabar
39:10com a fome
39:11no planeta,
39:11que há
39:12acordos
39:14internacionais
39:16que o Brasil
39:17faz parte
39:17com relação
39:18a esse avanço
39:19na produtividade
39:20do Brasil
39:21e aumentar
39:22a produção
39:23de alimentos
39:23até 2040,
39:26em torno
39:26de 30%,
39:27se não me falha
39:28a memória,
39:29deputado Pedro,
39:29mas é algo
39:30nesse caminho
39:32que o Brasil
39:33tem essa responsabilidade,
39:35acordo firmado
39:36com a ONU
39:38e com a FAO.
39:39agora,
39:40nós podemos
39:41e conseguiremos
39:42fazer isso
39:43sem desmatar
39:44nada
39:45ilegalmente,
39:46para isso
39:48nós temos
39:48que ter
39:49todos os órgãos
39:50de fiscalização
39:51funcionando,
39:52porque
39:53não adianta
39:54simplesmente
39:55o IBAMA
39:55chegar e dizer
39:56não vou dar
39:56autorização
39:57para ninguém,
39:58é o contrário,
40:00aquilo que é legal
40:01tem que autorizar,
40:02se não autoriza
40:03aquilo que é ilegal,
40:04as pessoas
40:05vão fazer
40:05ilegalmente,
40:06então nós temos
40:07que fazer
40:08cumprir
40:08o nosso
40:09Código Florestal.
40:10Na Amazônia
40:11é possível
40:12fazer a transformação
40:13em 20%,
40:14então desses 20%,
40:16aqueles que tiverem
40:17projetos
40:18que se adequam
40:19ao sistema
40:21brasileiro
40:21devem ser
40:22analisados
40:23e se
40:24possível
40:25autorizados.
40:27Se não
40:28houver
40:28esse trabalho
40:30consciente
40:31do que é legal,
40:33separando bem
40:33do que é legal
40:34e do que é ilegal,
40:35nós vamos estar
40:36sempre pensando
40:37que é tudo
40:37ilegal.
40:38Agora,
40:39nós não podemos
40:40ter um
40:41meio ambiente
40:42de olhos vendados
40:44para a legalidade
40:45e dando autorização
40:46para aquilo que é legal.
40:47Temos queimadas
40:48que elas são
40:49necessárias.
40:51Agora,
40:52para isso
40:52tem que se ter
40:52projeto,
40:53planejamento,
40:54autorização
40:55e tem que ter
40:56uma boa vontade
40:57dos ministérios
40:58para que
40:59possam também
41:00entender
41:01que é
41:02preciso
41:03dar autorização
41:04para aquilo
41:05que é legal
41:06no Brasil.
41:07Eu entendo
41:08que isso é possível
41:09e nós estamos
41:10no caminho certo
41:11para que
41:13politicamente,
41:16através
41:16de técnicas,
41:18a gente possa
41:18avançar
41:19no desenvolvimento
41:20do Brasil,
41:21acabar com a fome
41:22do nosso país
41:24e gerar emprego
41:25e melhorar a economia
41:26do nosso país.
41:27Muito obrigado
41:28pela oportunidade,
41:29um abraço
41:29a você,
41:30um abraço
41:31ao deputado
41:33Pedro Kizai
41:34e todos
41:35os nossos
41:36telespectadores
41:38que nos assistem
41:38nesse momento
41:39e fico à disposição
41:40sempre.
41:41A gente também
41:42está com as portas
41:43do programa
41:43abertas,
41:44sempre que o senhor
41:44tiver uma novidade
41:45e quiser informar
41:47a quem nos assiste,
41:48sinta-se à vontade.
41:49Muitíssimo obrigada,
41:51deputado Pedro Kizai.
41:54Muito obrigado
41:55pela oportunidade,
41:56Kiz,
41:56esse diálogo
41:57com a CIR
41:58e mostramos aqui
42:00os grandes desafios
42:01que temos.
42:02Eu acho que
42:03como a gente público,
42:05senador,
42:06a gente vê os problemas,
42:08diagnostica os problemas,
42:10falta orçamento,
42:11falta infraestrutura,
42:12precisa empoderar
42:14e constituir
42:15um ministério robusto
42:16para a agricultura
42:17familiar e camponesa
42:18e a gente tem que o quê?
42:19Esperançar,
42:21construir uma grande nação,
42:23um grande país
42:23onde esse país
42:24tenha e caiba todos,
42:26cuidando do meio ambiente.
42:28Hoje já temos tecnologia
42:29que não precisa
42:30queimar,
42:32hoje temos outras alternativas
42:34já tecnológicas,
42:35econômicas
42:36e eu tenho acompanhado
42:38muitas grandes propriedades
42:39onde a própria vegetação
42:42serve de insumo
42:43para a produção de alimento.
42:46Em segundo lugar,
42:48agradecer essa oportunidade
42:49e dizer que nessa transição
42:50a gente vai responder
42:52para a sociedade brasileira.
42:53terminou a eleição,
42:55a democracia definiu,
42:57Luiz Inácio Lula
42:58é o presidente
42:59e a gente,
43:00como brasileiro,
43:01torce para dar certo
43:02esse Brasil,
43:03torce para dar certo,
43:04torce para crescer
43:05esse país,
43:06torce para ter dignidade
43:07para todo o povo brasileiro,
43:09para que tenha emprego,
43:10tenha renda,
43:11tenha saúde,
43:12tenha educação.
43:13Eu sou professor
43:13de uma universidade,
43:15já fui pró-reitor
43:15há 30 anos
43:17de uma universidade,
43:18então a gente junta
43:19tudo isso
43:19e coloca a agricultura,
43:21coloca esse setor
43:22da economia,
43:24mas não é só a economia,
43:25quando se fala de agricultura
43:26se fala de gente,
43:27de pessoas concretas
43:29que têm suas famílias,
43:30que estão construindo
43:31sua vida,
43:31sua história,
43:32sua cultura
43:33e por isso que quando
43:34a gente defende
43:35o Ministério
43:36do Desenvolvimento Agrário
43:38que tem essa característica
43:39também de fortalecer
43:40a agricultura familiar,
43:43ela é uma identidade
43:44histórica,
43:45cultural,
43:46até religiosa,
43:47na nossa tradição do Sul
43:50para ser fortalecida
43:51com o Ministério Robusto
43:54que dê conta
43:55da produção de alimento
43:56e a gente consiga
43:58ver as crianças
43:59hoje bem alimentadas
44:01ali na frente
44:02que hoje passam fome,
44:03o povo brasileiro
44:04mais feliz
44:05e a agricultura
44:06contribuindo
44:08com o futuro
44:09do nosso Brasil.
44:11Nesse Brasil
44:12eu acredito,
44:13nesse Brasil
44:14eu confio
44:15e nesse Brasil
44:16eu vou lutar
44:16para construir.
44:18Muito obrigado.
44:20Obrigada, deputado.
44:21Obrigada, senador.
44:21Muitíssimo obrigada
44:22pela participação.
44:23Muitíssimo obrigada
44:29Muitíssimo obrigada
44:29Muitíssimo obrigada
44:30E aí
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