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Rodrigo Loureiro comentou a surpresa com a Selic em 15%, a sétima alta consecutiva, e a falta de sintonia entre o Banco Central e o governo. Para ele, o mercado esperava um alinhamento mais claro na condução da política monetária.

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00:00E por aqui, o Comitê de Política Monetária Brasileira subiu os juros para 15%.
00:07E sabe por que Rodrigo Loureiro está rindo?
00:09Porque ontem, aqui mesmo neste Agora, eu fui o único que acertei que o Copom aumentaria a Selic em 0,25 ponto percentual.
00:19Mariana Almeida falou que seria mantida a taxa, o Rodrigo Loureiro também, e eu falei assim, eu vou de 15% ao ano.
00:27Aí, Mariana Almeida, que não está aqui hoje, eu deveria ligar ao vivo para ela.
00:32Acordá-la.
00:33É, acordá-la.
00:35Não está aqui hoje e disse assim, ah Loureiro, o Eric é um pessimista.
00:39Eu diria hoje que eu sou o realista desse time, né Loureiro?
00:44E a gente preparou então aqui, Loureiro então devendo um almoço agora para mim também.
00:48A conta vai ficar cara, você tem um almoço para pagar para mim e para Mariana Almeida.
00:52O juros só subiu porque o Eric ligou para o Galípolo, pediu para subir porque senão ele ia ter que dançar funk ao vivo aqui.
01:00Ele se livrou dessa, pediu para o Galípolo quebrar essa para ele.
01:04Eu queria ter essa força.
01:05Mas a gente preparou aqui uma arte, Loureiro, para mostrar essa escalada, né?
01:11Esse movimento dos juros ao longo do tempo, desde o ano passado.
01:16Então, a gente tinha aqui em agosto, no iniciozinho de agosto do ano passado, uma taxa de 10,5% ao ano.
01:24Essa taxa aqui já vinha de duas reuniões passadas, já vinha sendo mantida.
01:29A partir de setembro, houve um pequeno aumento, 0,25 ponto percentual.
01:35Então, já tem o primeiro aumento.
01:37Em novembro, outro aumento, um pouquinho mais forte.
01:40Aqui, 11,25% a taxa foi passada.
01:44Aí começam...
01:45Aquele ciclo.
01:46O ciclo de um ponto percentual.
01:48Então, dezembro sobe um ponto, 12,25.
01:51Mais um ponto no início de janeiro deste ano, já na primeira reunião comandada pelo Galípolo, certo?
01:57Mas aí, já cumprindo o que o Roberto Campos Neto já tinha indicado de fazer três aumentos de um ponto percentual.
02:03Que tinham viés, então, 13,25%.
02:05Em março, não deu para segurar e subiu de novo, 14,25%.
02:10Chegamos em maio, mais um aumento, 14,75%.
02:16E quando todos, inclusive Loureiro e Mariana Almeida, pensaram que ia parar, o Banco Central acabou subindo para 15%.
02:25É o maior nível já visto, ou que atingiu, desde 2006, ali no fim do primeiro mandato do presidente Lula,
02:33onde a Selic estava em 15,25%, se eu não me engano.
02:36Agora, me fugiu, não sei se é 15,25% ou 15,75%, mas é o maior nível desde 2006, ali do primeiro mandato.
02:45Olha, eu apostei em 14,75%, eu achei que haveria um alinhamento maior entre o Banco Central e até o governo,
02:53porque o Lula indicou, o presidente Lula, aliás, vou tratar ele como presidente,
02:57porque o presidente Lula indicou que haveria, que esperava que o Banco Central fosse,
03:03que o Galípolo fosse agir com indoneidade, ter toda a responsabilidade possível,
03:08ter toda a independência do Banco Central, mas que poderia haver ali uma redução na taxa de juros em breve.
03:15Ao mesmo tempo, a gente tinha um mercado que a maior parte do mercado,
03:19mas não uma parte muito grande ali, não uma diferença muito grande,
03:22estava até razoavelmente dividido, mas a maior parte estava apostando também na manutenção em 14,75%.
03:29Subiu 0,25%, chegamos aos temidos 15% de taxa Selic, é uma taxa Selic muito alta,
03:36uma taxa Selic que afasta os investidores da Bolsa de Valores, porque você vai ter uma renda fixa muito alta,
03:42aliás, já está alta, subiu 0,25% agora, mas isso não é bom para a Bolsa de Valores, não é bom para a renda variável.
03:50Agora, para que ela é boa? Para controlar a inflação.
03:53E esse tem sido o objetivo do Banco Central.
03:55O Gabriel Galipo, o Copom, o Banco Central, tem se mostrado muito preocupado,
04:00muito preocupados, aliás, com a inflação.
04:03O próprio ministro Fernando Haddad já afirmou que o objetivo realmente é trazer a inflação para dentro do teto da meta.
04:10A gente falou que o teto da inflação, aliás, o teto da inflação é de 4,5%, teto estendido.
04:16E a gente falou que no boletim Focus, essa inflação projetada para 2025 está em 5,2%.
04:22É menor do que a projeção feita lá em janeiro, quando estava ali por volta de 5,7%, 5,6%.
04:29Então, a gente já conseguiu recuar nas projeções.
04:32Se a gente vai conseguir atingir os 4,5%, aí é o grande mistério.
04:38Mas o Galipo, o Banco Central, o Copom, estão tentando fazer o dever de casa
04:42para trazer essa inflação para dentro do teto da meta, aí sobe juros.
04:46Rodrigo, mas essa sétima alta seguida foi muito criticada pelo setor produtivo,
04:52porque, segundo o setor, vai atravancar produção e investimento.
04:59E você falou de inflação.
05:01Em 12 meses aqui, o Copom chegou... 12 meses até maio.
05:06A inflação está em 5,32%.
05:10Isso está dentro desse relatório do Copom para justificar o aumento.
05:14Acima do teto, de 4,5%.
05:16Então, assim, foi unânime a decisão dos integrantes do Comitê de Política Monetária
05:21em fazer esse sétimo aumento, só que acaba...
05:24Controla a inflação, mas você não olha para a atividade e acaba recebendo críticas,
05:28porque isso vai ter um impacto direto na atividade econômica.
05:32Lembrando que o PIB brasileiro já deu uma desaceleradinha no mês passado.
05:37Exatamente.
05:38Deu uma desacelerada, mas a prévia do PIB colocou a previsão de crescimento para 2025.
05:45Aliás, no acumulado do ano, 4% de crescimento.
05:48É um crescimento bem alto, bem robusto.
05:51Mas vamos ver como vai ser esse segundo semestre,
05:53que tende a ser um semestre menos produtivo.
05:56Tende a ser um semestre que a gente pode ver uma desaceleração do crescimento do PIB.
06:00Isso a gente vai ficar de olho.
06:02Lembrando que ano passado foi o contrário.
06:03Ano passado tinha uma previsão menor de crescimento do PIB,
06:06fechou acima dos 3%, foi positivo,
06:09mas esse ano a gente está com uma certa preocupação.
06:12Em relação à taxa de juros contra a inflação,
06:14esse é o grande trabalho do Banco Central.
06:16Tentar alinhar os dois, colocar na balança.
06:19Onde você precisa arrumar primeiro?
06:21Taxa de juros alta dificulta investimento,
06:24dificulta as empresas que já estão endividadas,
06:27porque o custo da dívida sobe.
06:29Você atrai menos investidores para a renda variável para a Bolsa brasileira.
06:34A gente estava falando do COSP.
06:35O COSP da Coreia do Sul está atraindo muitos investidores.
06:38Fluxo de capital estrangeiro está aumentando lá.
06:40Então, a Bolsa tende a subir.
06:43Aqui no Brasil, se você tem uma renda fixa muito alta,
06:47a Bolsa brasileira pode vir a sofrer.
06:49Não é o que está acontecendo,
06:50porque a gente está com uma Bolsa ali por volta dos 138, 137 mil pontos.
06:54Mas a gente pode ver um efeito de longo prazo.
06:57E a gente vai esmiuçar daqui a pouquinho o mercado brasileiro
07:00para falar um pouco da Bolsa e da reação do que pode vir.
07:04E sabe o que eu estou curioso?
07:05Para ver o boletim Focus de segunda-feira em relação ao PIB.
07:08Porque o mercado estava projetando aumento do PIB.
07:11Eu não sei não.
07:12O próximo boletim Focus de segunda-feira, o que vai trazer?
07:14E o Focus estava projetando ali a inflação, a Selic, perdão, em 14,75.
07:20Mas essa projeção para o final do ano, não era para essa reunião.
07:24A projeção era para o fim do ano.
07:26Então, pode ser que subiu 15 agora,
07:30mas pode ser que até o final do ano esse número reduza novamente,
07:33esse percentual reduza novamente.
07:35Lembrando, Estados Unidos reduzindo taxa de juros,
07:38como o Power já indicou que deve fazer dois cortes na taxa de juros,
07:41isso dá força para o Banco Central do Brasil também reduzir a taxa de juros por aqui.
07:46Porque é um espaço muito grande.
07:49Entre a taxa de juros americana e a taxa de juros brasileira,
07:52não é visto como algo positivo.
07:54Então, se cair lá, tende a cair aqui também.
07:57Loureiro, vamos dar uma olhadinha como estão os patamares de juros brasileiros em relação ao mundo?
08:02Parei uma outra arte aqui.
08:04Dá uma olhadinha nisso aqui.
08:05O ranking de juros nominais, que são os juros sem descontar a inflação.
08:09Então, assim, Brasil 15%.
08:12O Brasil é o país que tem o quarto maior juro do mundo.
08:16Ele perde apenas para a Turquia, Argentina e Rússia.
08:18Sério, aquele na frente da tela aqui?
08:20Deu aqui, deu certo.
08:21Mas perde para a Colômbia, perde para o México, perde para a Indonésia, perde para as Filipinas.
08:27Então, assim, esse número assusta.
08:29O Brasil nesse ranking é o quarto país com a maior taxa de juros.
08:33Então, 15% só perde para a Rússia, que tem 20%, Argentina 29% e Turquia 46%.
08:38Então, estamos falando de juros nominais sem descontar a inflação.
08:42Vamos dar uma olhadinha numa outra arte, que agora são juros reais, já descontado a inflação.
08:47Aí é pior ainda o cenário.
08:49Descontando a inflação, que é esse ranking, o Brasil é o país com o segundo maior juros do mundo.
08:55Só perde para a Turquia, tem 9,53% de taxa ao ano.
09:01A Turquia tem 14,44%.
09:03Perdemos para a Rússia com 7,63%.
09:05Para a Argentina, que tem começado a recuperar agora a economia, que tem sofrido já, eu poderia dizer, há décadas.
09:12E está perdendo para a Argentina.
09:14A gente perde para a África do Sul, que tem um juros de 5,54%.
09:17Indonésia, 4,31%.
09:19Eu acho que, assim, ilustra bem o momento do Brasil.
09:22Isso preocupa porque, olha só, vamos pegar aqui a Argentina e Rússia.
09:26A Argentina vive uma crise financeira, está tentando se recuperar, como você bem disse, Eric.
09:31Mas está numa crise financeira há anos, está numa crise de câmbio há anos.
09:35Então, a Argentina passa por problemas delicados aqui na América do Sul.
09:39Fazer essa comparação Brasil-Argentina e a gente vê a taxa de juros brasileira,
09:42a taxa nominal maior do que a Argentina, isso preocupa.
09:46E a Rússia? A Rússia está numa guerra contra a Ucrânia.
09:49Então, Brasil também com taxa de juros maior do que a Rússia, que está enfrentando guerra.
09:55E guerra nunca é bom para a economia.
09:57Pode afetar a taxa de juros, pode afetar a inflação.
09:59É péssimo para uma economia, um país estando em guerra.
10:03Isso também é ruim, essa comparação é ruim.
10:05E a nossa guerra é contra a inflação.
10:07Exatamente.
10:08E a Turquia é um caso à parte.
10:09A Turquia, 14,44%, é um caso à parte mesmo.
10:14A Turquia sempre estava na liderança.
10:16Para a gente dar uma amarrada nesses números, eu destaquei alguns pontos aqui
10:20do que o Copom justifica para esse aumento de 0,25 ponto percentual ontem.
10:26Então, o Copom diz o seguinte.
10:28E se confirmando o cenário esperado, o comitê, ele disse que vai, antecipou,
10:34jogou um viés aí de interrupção no ciclo de alta para avaliar como esse remédio vai fazer efeito.
10:41Mas, por outro lado, ele diz o seguinte.
10:45Que deve manter os juros elevados nesse patamar de 15% por um tempo ainda prolongado.
10:52E afirma que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado.
10:59Então, assim, ele faz um guidance em dia que, assim, agora parou.
11:03Não vamos aumentar neste momento.
11:05Mas, se precisar, a gente vai subir novamente.
11:09Ciclo de ajuste.
11:09Então, bate a sopa.
11:10Vamos tentar olhar o copo meio cheio, que ciclo de ajuste também pode ser um ajuste para baixo.
11:15Mas vamos esperar.
11:16Vamos pensar no copo.
11:17Primeiro o copo meio vazio, depois eu falo do copo meio cheio.
11:20Copo meio vazio.
11:20Se o juros aumentar, passar de 15%, aí vai ser desastroso.
11:23Porque, imagina um juros em 15%, 25%, 15%, 50%.
11:27Isso vai ser péssimo para a economia brasileira.
11:30É uma tentativa do Banco Central de tentar controlar a inflação.
11:33Mas isso vai ser péssimo pelos motivos que eu já citei.
11:36Vai atrair menos investidores para a Bolsa.
11:38O juros vai ficar muito alto.
11:39Vai afetar empresas que já têm dívidas altas.
11:42Enfim, não vai ser uma história muito legal para a economia brasileira.
11:45Agora, pensando no copo meio cheio.
11:48Vamos supor que realmente aconteça essa queda da taxa de juros americana.
11:53Isso está previsto para ser feito pelo menos em setembro.
11:57A próxima reunião, Eric, é daqui a 45 dias.
12:00A reunião de julho, ali no finalzinho de julho.
12:03Então, nesse finalzinho de julho, dificilmente o FED vai alterar a taxa de juros.
12:07Vai manter no mesmo patamar.
12:09Claro, muita coisa pode acontecer e aí o FED pode tomar uma decisão diferente.
12:14Mas, por enquanto, a projeção é essa.
12:15Se o FED realmente abaixar a taxa de juros para setembro, que é uma aposta dos economistas,
12:22aí o Copom vai ter que pensar se abaixa em setembro ou se abaixa só daqui a três reuniões.
12:28Então, setembro, daqui a 90 dias e depois só daqui a 135 dias.
12:33Se o longo prazo manter essa taxa de juros for realmente 135 dias, esse longo prazo,
12:38aí a gente só vai ver lá para outubro uma taxa de juros um pouquinho menor,
12:42mas também não deve cair radicalmente.
12:44Deve cair 0,25, no máximo 0,50, a depender de como vai estar a inflação.
12:49E a percepção do mercado é que o Banco Central adotou uma posição hawkish total,
12:55hawkish total, bem agressiva para esse aumento.
12:59Explica para a gente, Eric, com todo o seu vocabulário, o que é o hawkish?
13:03O hawkish é uma posição agressiva, de que não precisaria desse aumento no momento,
13:08mas ele não foi cauteloso, foi agressivo, foi para cima e falou assim, nós vamos aumentar mesmo.
13:12Ele está pronto para ir para a Wall Street.
13:14Você está demais.
13:15Vamos fazer a sociedade, vamos junto.
13:17Não, eu concordo, concordo.
13:19O Banco Central adotou essa postura e contrariou ali o governo.
13:23Tinha muita gente que apostava que haveria um alinhamento entre o Banco Central e o governo,
13:28principalmente depois que o Gabriel Galípolo substituiu o Roberto Campos Neto,
13:32com quem o presidente Lula não tinha a melhor das relações.
13:35O Gabriel Galípolo, a relação de Gabriel Galípolo com o presidente Lula é uma relação mais cordial,
13:40mais profissional.
13:42O Roberto Campos Neto era alvo frequente de críticas do presidente da República.
13:46Então, haveria até, tinha até uma expectativa de que o Gabriel Galípolo, o Copom,
13:51poderiam segurar os juros no patamar atual, porque o Lula já indicou que gostaria de ver os juros mais baixos.
13:57O Haddad, o ministro Fernando Haddad, já disse que o objetivo realmente é controlar a inflação.
14:02Então, esse aumento dos juros, apesar de ser ruim para a Bolsa brasileira, para as empresas invidadas,
14:09é positivo para tentar controlar a inflação.
14:11Pelo menos, uma tentativa de fazer isso.
14:14Se vai conseguir ou não, aí é outra história.
14:16Mas esses efeitos a gente só vai ver no longo prazo.
14:19Não é porque abaixou o juros, porque subiu os juros agora, que a inflação amanhã vai estar controlada.
14:24Não, isso vai demorar um pouco ainda para acontecer.
14:26Ô, Loreiro, eu fico imaginando o Trump e o Lula tomando café e eles falando mal do Galípoli e do Powell.
14:33Eles devem estar nervoso com eles.
14:36Mas se eu encontrar, eles devem conversar.
14:38Se eu encontrar um dos dois pela frente, a gente vai dar um jeito neles.
14:42Eu queria ver, eu já tenho outra curiosidade.
14:44Eu queria ver o Donald Trump reagindo a uma taxa de juros de 15% nos Estados Unidos.
14:48Aí eu acho que ele começaria uma guerra interna ali.
14:51Eu acho que ele é um dos dois.
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