Adriana Aroulho, presidente da SAP da América Latina, contou como o balé influenciou sua forma de liderar, falou sobre inteligência artificial, diversidade, desafios culturais na região e o papel da tecnologia na competitividade das empresas. Entrevista conduzida por Cris.
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00:00Sem dúvida, eu realmente fiz balé durante toda a minha adolescência, até entrar na faculdade ali para os 18, 19 anos, onde eu tive que tomar uma decisão.
00:13Me dedicava muitas horas, então muita resiliência, trabalho em equipe, num grupo de dança, você tem que perceber o outro, você está sempre fazendo coisas em grupo.
00:23E numa empresa também, ninguém faz absolutamente nada sozinho. E eu acho que essa leveza, né? Que você tem a arte perto de você.
00:31Hoje eu tenho a dança ainda, parte da minha vida. Eu sou conselheira da São Paulo Companhia de Dança, casei com um ex-bailarino.
00:38Ah, olha só!
00:40Pois é, a dança faz parte da minha vida até hoje.
00:42Os seus filhos também gostam?
00:44A minha filha, a minha filha.
00:46Ai, que interessante. Bom, e aí você caiu nessa área da tecnologia. Me fala como foi essa trajetória.
00:52Você sempre gostou de tecnologia ou foi muito por acaso?
00:55Não, Cris, foi muito por acaso.
00:57Eu estava estudando sociologia na USP, com intenções totalmente acadêmicas, meus planos eram outros.
01:04E apareceu um estágio em sociologia, numa multinacional de tecnologia americana,
01:09para fazer pesquisa com perfil e comportamento do consumidor.
01:15E aí eu entrei na empresa, acabei gostando demais do ambiente, das pessoas, comecei a aprender.
01:21Fui me envolvendo com os projetos.
01:24E aí quando eu percebi, eu já estava lá e fui buscar outras formações, fui fazer administração.
01:29Depois acabei fazendo o MBA em IT, em TI, em tecnologia.
01:33Mas o que eu sempre mais gostava era gestão de pessoas, gestão cultural.
01:38Eu sempre gosto muito mais desse lado humano e o poder de transformação que a tecnologia tem, né?
01:44E você tem muito essa preocupação na sua gestão, em olhar, em ouvir as pessoas.
01:49Muito, porque de verdade, o líder ele dá o caminho, ele alinha os objetivos, mas tudo acontece através das pessoas.
01:58Então, eu procuro sempre um caminho de conciliação.
02:01É lógico que muitas vezes você tem que tomar uma decisão, tem objetivos a entregar, mas eu procuro sempre ter uma escuta muito ativa.
02:08Ah, interessante também.
02:09Teve algum momento que tenha sido o mais decisivo na sua trajetória?
02:15Algum episódio específico?
02:17Ah, se isso não tivesse acontecido, eu não estaria aqui onde eu estou?
02:20Acho que...
02:20Fora esse primeiro estágio, né?
02:24Acho que muitos, né, Cris?
02:26E assim, uns dão mais certo que outros.
02:28E quando vem essa pergunta, né?
02:30O que você faria diferente e tal?
02:32Eu acho que tudo fez parte para você chegar até aqui.
02:34Mas, sem dúvida, eu acho que um momento que foi muito decisivo foi ali, né?
02:39No começo da pandemia, quando eu recebi aí a oportunidade de liderar esse AP no Brasil, em plena pandemia, né?
02:48Então...
02:49Foi em 2020?
02:502020.
02:51Fiquei cinco anos liderando a Operação do Brasil.
02:54No começo desse ano, assumi a América Latina.
02:57Então, tem sido, assim, muito divertido.
03:00Agora, então, é a América Latina.
03:02Isso.
03:02E aí, isso te demanda muitas viagens.
03:05Muito.
03:06Como é que você consegue conciliar?
03:08Família, filhos, viagens, trabalho, se cuidar?
03:13Olha, é...
03:15É difícil?
03:15É difícil.
03:16Eu procuro...
03:17Não consegue, né?
03:19Procuro fazer as escolhas, ter muito planejamento.
03:22Hoje, sem dúvida, é muito mais fácil, né?
03:24Meus filhos já estão grandes.
03:25Minha filha tem 19, meu filho tem 16.
03:27Meu marido é meu parceirão da vida e a gente divide tudo, se organiza para conseguir dar conta o melhor possível, né?
03:34Acho que é por aí.
03:35É, mas é importante ter uma rede de apoio.
03:37Não, é impossível sem uma rede de apoio, Cris.
03:40Eu imagino.
03:41O que mais te desafia hoje no seu trabalho?
03:45Eu imagino que seja muito difícil estar no lugar onde você está.
03:52Você está à frente de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
03:55Agora, então, diante de toda a América Latina, o que você sente como o seu maior desafio nesse momento?
04:02Eu acho que assumir a América Latina está sendo o meu maior desafio aí nesses últimos meses, né?
04:09Eu vinha de cinco anos de liderar o Brasil.
04:12Não que isso fosse fácil ou cômodo, mas foi uma crescente.
04:16Já conhecia muito o time, já tinha relação com os nossos grandes clientes, grandes parceiros.
04:21Então, eu já estava num outro momento de maturidade e de domínio ali do que eu estava fazendo, né?
04:27Assumir a América Latina é começar do zero em muitos países e conhecer novos times, novos parceiros, novas relações.
04:36Entender a questão cultural, né?
04:38Que apesar de ser tudo a América Latina, é bastante diferente.
04:41E isso também me instiga demais.
04:43Eu tenho aprendido todos os dias, né?
04:45E isso me deixa super motivada.
04:47Você percebe que há particularidades muito específicas em cada um dos países?
04:51Até para lidar com as pessoas, com seus colaboradores em cada um dos países?
04:56Sem dúvida, sem dúvida.
04:57É muito evidente, né?
04:58Então, se eu pego da Argentina até o México, a questão cultural.
05:03Argentina, Chile, que está um do ladinho do outro, já é muito diferente.
05:07Em como as pessoas se comunicam, como elas tomam decisão, como elas conflitam ou não conflitam.
05:13Então, tem sido, assim, um aprendizado super interessante.
05:15Eu já tinha trabalhado para a América Latina na minha outra experiência, mas não com uma responsabilidade desse tamanho, Cris.
05:21Então, esse, atualmente, sem dúvida, é o meu maior desafio.
05:24Quais são as mudanças inadiáveis hoje para as empresas nessa área de tecnologia?
05:30Claro que é a área onde você está.
05:32Bom, Cris, não tem como não falar de inteligência artificial, né?
05:35Vai mudar tudo?
05:36Olha, vai evoluir, né?
05:38Assim, é uma mudança que já veio.
05:40Não tem volta para trás.
05:41A SAP tem um lugar super destaque nessa conversa, porque a gente tem os dados das empresas.
05:48E a inteligência artificial, todos os modelos aí que estão disponíveis, eles são tão inteligentes quanto os dados que os nutrem.
05:55E nós temos esses dados de negócio.
05:56Então, são conversas muito interessantes do poder da inteligência artificial em trazer automação, em trazer eficiência, em ajudar na tomada de decisão,
06:05em liberar até o capital intelectual dessas empresas para cuidarem melhor dos seus negócios.
06:11E a gente acredita numa inteligência artificial que tem a supervisão humana.
06:15Como convencer as empresas de que transformação digital não é um custo?
06:20É uma questão de competitividade hoje no mercado.
06:24Ainda há empresas resistentes em relação a isso?
06:27Eu te diria que aqui no Brasil, a gente está super avançada nessa agenda, super avançada.
06:32E agora eu consigo comparar com outros países.
06:34É interessante essa comparação.
06:36E assim, a pandemia para mim foi uma grande demonstração.
06:40Porque foi um dos momentos onde a gente avançou muito em questão de transformação digital.
06:45As empresas se viram obrigadas a ter que operar de forma digital.
06:49Então, foi uma grande transformação cultural.
06:52E muito rápido, né, Adriana?
06:54Muito rápido.
06:54E não tinha opção.
06:56Então, foi um empurrão, mas que as empresas viram que também trouxe muita eficiência.
07:01Então, é lógico, existem diferentes graus de avanço a depender da indústria, Cris.
07:06Mas eu acredito que é uma agenda muito avançada aqui no Brasil.
07:10E que as empresas que realmente investem, o retorno é imediato.
07:15Você consegue já me dizer quais são os segmentos que são mais resistentes?
07:21Os segmentos que são mais abertos à transformação digital?
07:24Olha, em geral, indústrias que são mais reguladas, né?
07:27Elas precisam atender a uma série de questões, seja de agência regulatória ou de legislação específica.
07:35Elas têm um caminho mais longo, né?
07:37Então, tem toda a questão do dado, tratamento do dado, proteção desse dado, onde que ele está hospedado,
07:42se a nuvem está no Brasil ou não está no Brasil.
07:45E aí, a gente tem solução para tudo isso, né?
07:47Então, eu te diria que as indústrias reguladas, elas têm, obviamente, mais desafios.
07:52E a gente tem nativos digitais que já nascem com essa realidade, que já nascem com inteligência artificial em nuvem.
08:01Os grandes bancos e vários unicórnios que a gente tem aí, essas plataformas digitais.
08:08Eu acho que hoje, né, a tecnologia faz parte da vida de todo mundo, né, Cris?
08:11A gente usa inteligência artificial na nossa vida pessoal.
08:14Eu dou bom dia para a tarde e boa noite. A minha tem até nome.
08:18Pois é, e eu acho que as pessoas trazem essa experiência e esperam essa experiência também no seu ambiente profissional.
08:25Você encara a IA como, de fato, uma alavanca para oportunidades.
08:29Totalmente, uma grande habilitadora.
08:31Uma grande habilitadora, que pode ajudar a resolver problemas de negócio,
08:35mas que, de novo, no âmbito empresarial, que é onde eu atuo, ela depende muito dos dados.
08:42Então, ela contando com uma boa fonte de dados, ela pode ajudar, automatizar, melhorar uma série de processos de negócio das empresas.
08:50Olhando para o Brasil, em relação aos outros países da América Latina, que você tem mais contato hoje em dia,
08:57a gente está na frente nessa questão da inovação?
09:00Você percebe isso ou não?
09:01Tem alguns países que estão na nossa frente ou lado a lado.
09:06Existe uma diferença, um gap muito grande de um para o outro?
09:09Eu vejo o Brasil muito avançado.
09:11Tanto é assim que a gente tem, aqui no Brasil, um dos nossos 20 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da SAP no mundo.
09:18Aqui no Rio Grande do Sul, dentro do campus da Unicinos, em São Leopoldo,
09:24onde a gente tem quase 3 mil colaboradores desenvolvendo soluções com inteligência artificial,
09:29com toda essa potência de dados analíticos avançados, aqui do Brasil para o mundo.
09:34Que vão para fora, não só para o nosso país.
09:36Exatamente, exatamente.
09:37A gente exporta muito isso?
09:40Exporta.
09:40Mais do que a gente importa?
09:42Eu não sei te dizer o saldo dessa balança, mas no caso da SAP, a gente desenvolve para o mundo.
09:49E eu acho que o brasileiro tem uma criatividade que é muito interessante em tecnologia,
09:54porque isso te mantém sempre inovando, né?
09:57Ao longo da sua carreira, quais foram os principais obstáculos pelos quais você passou?
10:03E aí, principalmente por ser mulher, você trabalha num ambiente que ainda é predominantemente masculino.
10:11Claro que cada vez menos, mas ainda é.
10:13Eu imagino que você já tem entrado várias vezes nessas últimas décadas de trabalho em salas onde você era a única mulher.
10:21Quais foram esses principais obstáculos?
10:23O que você fez para superar?
10:25Cris, eu ainda entro.
10:26Eu estava querendo ser otimista.
10:30Mas eu sou, eu sou uma otimista realista.
10:32Eu entro, mas eu entro cada vez menos, né?
10:35E eu vejo uma tendência positiva, acho que ainda tem muita coisa para avançar.
10:40Eu acho que eu demorei um pouco para tomar consciência dessa questão.
10:45E eu talvez tenha enfrentado dois desafios ao mesmo tempo, o de ser mulher e o de ser muito jovem.
10:50Porque eu assumi a minha primeira posição de liderança com 25 anos.
10:54Muito jovem.
10:55Então, eu era mais nova do que todos os meus liderados.
10:58E talvez essa questão da idade era maior para mim até nesse momento, né?
11:04E você tem que se provar duas vezes.
11:05Você tem que trabalhar mais, você dá um trabalho danado, né?
11:10E você tem que se cercar de boas pessoas, de bons mentores, de bons exemplos.
11:15Então, foi isso que eu procurei fazer e procuro retribuir, né?
11:19Então, assim, a gente tem uma série de iniciativas de liderança feminina na empresa,
11:23no nosso ecossistema de parceiros.
11:25Porque é uma grande jornada e precisa de muita coisa.
11:28É uma grande causa coletiva e precisa dos homens.
11:31Porque se eles são a maioria, continuam sendo.
11:34Grande parte das decisões de contratação, de promoção, de oportunidades, de projetos,
11:39passam por eles, né?
11:40Então, aqui eu acho que todo mundo junto precisa abraçar a causa.
11:43E agora, de qualquer maneira, tem que ter intenção para que a gente veja mais mulheres
11:49ocupando, e aí eu estou falando de cargos até de liderança, olhando para cima.
11:54Tem que ser intencional?
11:55Totalmente.
11:56Tem que ser intencional porque faz sentido para o negócio.
11:59Não só porque é a coisa certa a fazer, mas é, né?
12:01Se no mundo é metade homem e metade mulher,
12:04uma empresa que quer servir os seus clientes também precisa representar todo mundo.
12:08Essa pluralidade significa combustível para inovação, Cris.
12:11Para que as empresas possam pensar diferente, elas precisam de pessoas diferentes, né?
12:16Para achar outras respostas.
12:18Então, existem inúmeros estudos que mostram que essa pluralidade aí de talentos,
12:25de pensamentos, de experiências, elas trazem resultado para os negócios.
12:30Então, precisa sim ter intenção.
12:31E há uma preocupação sua também em relação à raça, pessoas da comunidade LGBT,
12:38exatamente pensando na pluralidade, na diversidade.
12:42É porque eu sempre penso nisso, exatamente o que você falou.
12:45Se a gente quer inovar, a gente tem que ter pessoas diferentes fazendo parte ali daquele ambiente.
12:52Porque, no final das contas, as empresas vendem produtos ou serviços para todo mundo.
12:56É isso.
12:57Não é só para homem branco mais de 40 anos.
13:00É exatamente isso, Cris.
13:01E esse olhar de inclusão, ele é absolutamente transversal, como você disse.
13:07É de gênero, é de geração.
13:09Hoje, na SAP, a gente tem três diferentes gerações.
13:11Olha que rico isso.
13:13Se a gente souber tirar o que cada um tem de melhor.
13:15É de raça, de pessoas com deficiência, da população LGBTQIA+.
13:20Então, é realmente um olhar bem amplo de como você traz diferentes opiniões.
13:26E é importante, assim, para você construir algo diferente, você trazer pontos de vista diferentes.
13:32E como é trabalhar com três gerações diferentes?
13:35É um desafio.
13:36É um desafio.
13:37Aqui a gente tem também.
13:38É um desafio.
13:40A gente promove bastante diálogo, né?
13:42A gente, inclusive, dentro da SAP, tem as redes de afinidades.
13:45Uma delas é, que a gente chama de Generations, onde a gente tem representantes dessas gerações
13:50para trazer um pouco do olhar, da experiência, boas práticas, como é a gente realmente consegue
13:56conviver e tirar o melhor de cada um.
13:58Eu acho que é um aprendizado.
13:59Acho que o importante é você estar aberto, né?
14:01Ninguém sabe tudo.
14:02Você sabe tudo.
14:03E o mais jovem vai aprender com o mais velho e o mais velho vai aprender com o mais jovem
14:07também.
14:07Cada vez mais.
14:09É isso.
14:09Não tem a menor dúvida disso.
14:11Qual conselho você daria para uma mulher que está aqui acompanhando o nosso quadro e
14:16que olha para você e fala, nossa, eu queria tanto chegar a um cargo de liderança como a
14:21Adriana nessa área de tecnologia ou em qualquer outra área, qualquer outro segmento.
14:26Algum conselho, talvez, que você gostaria de ter recebido lá atrás?
14:29Olha, Cris, eu gosto de dizer que tem que ter mais coragem do que medo, né?
14:34Porque, sim, muitas vezes você precisa...
14:37A coragem não é ausência do medo.
14:39Não, de forma alguma.
14:39Exatamente.
14:40De forma alguma.
14:41É você não paralisar e você enfrentar, né?
14:43É ocupar esse espaço e não abrir mão da sua autenticidade.
14:49Eu acho que, né, eu comecei a falar um pouquinho da minha experiência.
14:52Eu sempre procurei me manter fiel ao que eu acredito, ao meu estilo, a como eu acho que
14:56as coisas têm que funcionar, aos meus valores.
14:59E, às vezes, demorou mais para eu conquistar as pessoas, os times, me provar em alguma
15:05situação, mas eu acho que isso sempre funcionou.
15:07Quando você é autêntico, né, consigo mesmo, é verdadeiro e aí as pessoas acreditam e isso
15:14gera confiança.
15:15Então, eu procuro fazer isso e eu acho que essa é uma dica, né, de pedir ajuda, não
15:19querer saber tudo, ser mais gentil consigo mesma, porque a gente também é muito dura
15:24conosco, né?
15:25A gente tem vários exemplos dentro da empresa onde você abre uma posição de liderança
15:30e sempre tem mais candidato homem do que mulher.
15:33Então, a gente começou a provocar e entender porquê, né?
15:36E aí também existem inúmeros estudos que mostram que a mulher, se não cumprir com 100%
15:41dos requisitos, nem se arrisca.
15:43O homem é barco, compra lá com 6 e tá bom, vamos lá.
15:46Eu acho que é isso.
15:47Acho que a gente arriscar mais, né, confiar mais e se ajudar também.
15:51É, como você definiria o seu tipo de liderança?
15:55Ah, Cris...
15:56Eu percebi que você é uma pessoa calma, você é uma pessoa doce e você é exatamente
16:00assim como líder.
16:02Olha, sabe que aconteceu uma coisa muito curiosa durante a pandemia, que a gente estava trabalhando
16:06em casa, aquela coisa do todo junto misturado.
16:08E os meus filhos me viram trabalhando, me viram ali atendendo calls e fazendo vídeos
16:13e tal.
16:14E a minha filha falou assim pra mim, nossa, mamãe, mas você fala com eles igual você
16:18fala com a gente.
16:20E pra mim foi um super elogio, né?
16:22Porque eu não ponho uma máscara ou visto um personagem.
16:25Agora eu sou a Adriana, presidente da SAP, né?
16:28E eu acho que o meu estilo é esse, Cris.
16:30É de ser conciliadora, de procurar ter uma escuta ativa, de reconhecer quando eu não
16:36sei, e de realmente me cercar das melhores pessoas.
16:39Eu tenho orgulho enorme, o time da SAP é maravilhoso.
16:42Não só tecnicamente, eles são os melhores, mas eu acho que a gente tem excelentes valores.
16:47A gente tem um ambiente de trabalho muito bacana.
16:49Ah, isso faz toda a diferença.
16:51O que você aprendeu na maternidade e que você usa na sua liderança?
16:57E eu contava também, o que a Adriana Líder usa ou usava com as crianças quando eram menores?
17:04Olha, acho que tem duas coisas que fazem, que me fizeram uma pessoa melhor.
17:08Uma é a maternidade, a outra é a maturidade, né?
17:12A maternidade te faz ver que você não controla tudo, né?
17:15Pode ter a planilha que for, pode ter todo o planejamento, você não tem controle de tudo.
17:21Então, como você lida com isso, né?
17:23Focar sua energia naquilo que você controla, influenciar aquilo que te cabe,
17:27aceitar que as outras pessoas têm opinião, seus filhos são pessoas que têm suas próprias opiniões.
17:32Cada vez mais, né?
17:33E vão crescendo, vão tendo mais opiniões e vão virando essas pessoas incríveis, assim.
17:37Hoje eles são, sempre foram, né? O maior orgulho.
17:41Quando você olha para o futuro da SAP e das empresas em geral, da sua carreira e das mulheres,
17:48o que mais te inspira e o que mais te inquieta?
17:53Eu já te falei que eu sou uma otimista realista, né?
17:56Mas o que mais me inspira é o impacto que a gente realmente pode trazer.
18:00A SAP tem esse propósito de ajudar o mundo a funcionar melhor,
18:03impactar a vida das pessoas através das nossas soluções.
18:07E eu vejo isso na prática, né?
18:08Eu vejo isso na prática.
18:10O quanto as nossas tecnologias permitem que as empresas sejam mais eficientes,
18:14gerem empregos, né?
18:16Contribuam para um Brasil melhor.
18:18Então, hoje, brancos, manufaturas, grandes varejistas, todos são clientes nossos.
18:22Isso é um super impacto.
18:23Você tem ideia de quantas empresas são clientes de vocês?
18:27A gente tem muitos números, Cris.
18:29E aqui no Brasil, olha, os números são bem bacanas, assim, bem, bem impressionantes.
18:33A gente tem por segmentos, né?
18:35Então, os maiores bancos, as maiores manufaturas, todos estão conosco.
18:39E a gente tem relações aí de muito, muito longo prazo.
18:41Mas aproximadamente quantas milhares de empresas?
18:44Ai, olha, aqui no Brasil são mais de 15 mil empresas.
18:47Nossa, é muita gente.
18:49De todos os segmentos.
18:50E de todos os tamanhos de empresa também.
18:52Vocês lidam com todos os tamanhos de empresa.
18:55E dá um super orgulho.
18:56Dá.
18:57Quando você vê, eu estou fazendo a transformação digital nessa empresa e ela virou uma outra empresa.
19:02Dá.
19:02Dá muito orgulho, Cris.
19:04Dá muito orgulho.
19:05E, de novo, né?
19:06Você consegue...
19:06Isso é uma coisa muito bacana de você trabalhar ali com as aplicações de negócio, né?
19:11Porque tecnologia, você pode estar em diferentes camadas.
19:14Pode ser a tecnologia da infraestrutura, que foi mais a minha primeira experiência.
19:17E desde que eu cheguei na SAP, eu tenho atuado na área das aplicações, que são os sistemas
19:22que realmente fazem a empresa funcionar.
19:24Então, você vê o impacto direto ali.
19:27As empresas que se juntam.
19:29Então, fusões, aquisições, empresas que se separam, empresas crescendo.
19:33Tudo passa pelo sistema de gestão.
19:35Então, o SAP realmente está no coração ali da gestão da empresa.
19:39É um impacto muito bacana.
19:40Isso me motiva demais.
19:42Você sente que você aprende todos os dias?
19:44Todos os dias, Cris.
19:46Todos os dias.
19:47Inclusive, em um dos vários movimentos de carreira que eu fui fazer, né?
19:51Eu estava numa determinada área, na dúvida se aceitava ou não uma posição.
19:56E uma americana me disse isso.
19:58Você vai para casa todos os dias pensando se você aprendeu uma coisa nova?
20:02E aí, ela me deu aquela...
20:03Eu penso sempre nisso também.
20:05E eu aceitei.
20:06Aceitei.
20:07E logo depois, aceitei o convite desse AP também.
20:10Eu acho que isso é o que me mantém em movimento.
20:12É, eu sempre penso nisso também.
20:14Quando eu quero fazer algum passo diferente, eu estou aprendendo aqui ainda.
20:19Então, beleza.
20:19Não estou.
20:21Vamos pensar numa outra coisa, né?
20:23E eu me sinto aprendendo todos os dias também, onde eu estou hoje.
20:26Muito feliz.
20:28Adriana, passou voando.
20:29O nosso tempo está acabando.
20:31E eu sempre também termino com a mesma pergunta.
20:34O que significa para você ser protagonista da sua própria história, da sua própria vida?
20:39Ai, Cris.
20:40Eu acho que é isso.
20:41É ter orgulho das minhas escolhas, né?
20:43É poder ver que eu contribuo com o crescimento das pessoas que trabalham comigo.
20:50O meu orgulho maior, sem dúvida, é a minha família.
20:53Eu tenho um parceiro na minha vida.
20:55Vejo meus filhos crescerem.
20:57Tenho os meus pais por perto.
20:59Me sinto muito privilegiada e protagonista da minha vida.
21:02Ah, que lindo.
21:04E só para terminar, algum dos dois vai para essa carreira de tecnologia?
21:07Olha, eu acho que não, viu?
21:09É, eu acho que não.
21:10A minha filha vai ser sua colega de trabalho.
21:12Ah, que legal.
21:14Fala, Fadi.
21:14Vai ter vindo aqui para saber se você traz ela para conhecer aqui a nossa emissora.
21:18Combinado.
21:18Muito obrigada.
21:19É um prazer receber você, Adriana.
21:21Obrigada, Cris.
21:22Obrigada mesmo.
21:22Obrigada.
21:23Obrigada.
21:24Obrigada.
21:24Obrigada.
21:24Obrigada.
21:25Obrigada.
21:26Obrigada.
21:27Obrigada.
21:27Obrigada.
21:28Obrigada.
21:29Obrigada.
21:30Obrigada.
21:31Obrigada.
21:32Obrigada.
21:33Obrigada.
21:34Obrigada.
21:35Obrigada.
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21:38Obrigada.
21:39Obrigada.
21:40Obrigada.
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21:44Obrigada.
21:45Obrigada.
21:46Obrigada.
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21:48Obrigada.
21:49Obrigada.
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