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O Senado Federal acelera a análise do projeto que atualiza a Lei do Impeachment e amplia o poder de abertura de processos contra ministros do STF. Parlamentares defendem retomar o controle sobre esse tipo de julgamento. Davi Alcolumbre cobrou a entrega do relatório para destravar a tramitação. A proposta também discute permitir que cidadãos apresentem denúncias.

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Transcrição
00:00O Congresso vai analisar nesta penúltima semana de trabalho, antes do recesso parlamentar,
00:07o PL antifacção e o projeto que atualiza a lei do impeachment.
00:11A última proposta tem um apelo especial entre os parlamentares que querem reagir e dar novamente ao Senado
00:18o poder de abrir processos contra ministros da Suprema Corte.
00:22O presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre, cobrou de Weverton Rocha que entregasse o relatório nesta segunda-feira
00:29para que ela pudesse avançar.
00:31A maior divergência entre os poderes está no fato de dar a qualquer cidadão poder de ingressar com a denúncia
00:38que poderia levar ao processo de impedimento de autoridades da mais alta corte do poder judiciário.
00:46Enfim, discussões importantes à vista no Senado Federal, no Congresso também.
00:52Deixa só receber, agora sim, receber a Rede Jovem Pan, as pessoas que nos prestigiam pelas mais variadas plataformas,
00:59as TV por assinatura, emissoras de rádio também, as plataformas digitais, o YouTube e também o nosso app Panflix.
01:07Deixa eu chamar o Luiz Felipe Dávila.
01:09Dávila, claro que a gente precisa tratar desses projetos importantes,
01:12mas tem essa discussão sobre a nova lei do impedimento.
01:16Para além da questão que envolve uma possível retaliação,
01:20muitos entendem, ah, bom colocar em votação porque seria uma retaliação,
01:25trata-se daquela crise entre presidência da República ou judiciário e Congresso Nacional,
01:31se utilizariam disso para dar uma resposta.
01:34É preciso analisar tecnicamente essa medida.
01:37Muitos falam em blindagem, há quem diga.
01:39Trata-se de uma iniciativa muito velha, é preciso atualizá-la.
01:43Quais são as reflexões que devemos fazer em relação à possibilidade de atualização dessa lei?
01:51Não existe nenhum fato que diz que é preciso atualizar essa lei.
01:56Essa lei continua em vigor, aliás, desde 1950.
02:00Não tem nenhuma ameaça concreta.
02:02É tudo especulação.
02:04Você não pode mudar o aparatos legal de um país por especulação futura.
02:09É sobre fatos.
02:11Não houve nenhum fato que diz que é preciso revogar ou mudar esta lei.
02:16Por isso, é uma visão absolutamente política,
02:21quase que uma atitude preventiva do que pode ocorrer após as eleições de 2026.
02:27Isto é uma violação flagrante da lei, da Constituição, da autonomia dos poderes.
02:34E mostra, mais uma vez, esta veia autoritária de um poder que se acha hoje que está acima da lei da Constituição.
02:42Eldávila menciona uma alteração na legislação antecipando algo que poderia acontecer, né?
02:51Porque muitos fazem a seguinte análise.
02:53Bom, há uma defesa de que o Senado Federal seja mais conservador e defenda algumas pautas no futuro.
03:01Então, se isso viesse a acontecer, isso poderia prejudicar integrantes do judiciário.
03:08E aí tem essas discussões sobre alterar ou não a lei do impedimento.
03:13Mota.
03:13O impeachment é uma ferramenta de afirmação da independência e do equilíbrio entre os poderes.
03:25Nenhum ocupante de cargo do Estado pode ser inamovível.
03:32Inclusive, aqui no Brasil, a gente já moveu vários, a presidente da República.
03:36Para isso, existem os chamados freios e contrapesos.
03:43Para que os três poderes se vigiem e se controlem o tempo inteiro.
03:50Essa é uma das características principais de uma república.
03:55Se você retira isso, você não tem mais uma república.
04:00A outra característica de uma república é a obediência a uma constituição.
04:08Tudo isso está sendo questionado do mundo inteiro, não é só no Brasil.
04:13Por uma onda de ativismo judicial.
04:17Esse ativismo judicial defende a posição de que a última palavra sobre qualquer questão
04:24tem que vir dos tribunais.
04:27O problema é que, se é o tribunal que decide sobre o seu próprio impeachment, ele jamais vai acontecer.
04:37Esse é um ponto muito importante.
04:39Quero ouvir também o que você pensa a respeito dessas discussões, Kriegner.
04:45Se a lei do impedimento, que foi criada na década de 1950,
04:50se ela precisa ser atualizada, isso deveria ser feito pelo Poder Legislativo.
04:56Qual é a sua análise sobre isso?
04:57Exato.
04:58Esse é mais um exemplo que a gente vê dessa confusão.
05:01O judiciário não serve para construir ou atualizar leis.
05:06É o mesmo para implementar leis.
05:07É simplesmente para julgar de acordo com as leis que foram definidas pelos representantes da população
05:13que compõem o Poder Legislativo, Caniato.
05:16E a justificativa, na verdade, para essa proposta,
05:19ela é muito furada também, para falar o mínimo.
05:23Justamente dizer que é necessário uma atualização por conta da polarização política que leva a novas denúncias,
05:32é a mesma coisa que dizer que, por exemplo, o cidadão não vai mais poder discar um 90,
05:36que um 90 vai ter que se telefone por bairro porque tem muita denúncia de crime.
05:41O problema não é a denúncia.
05:43O problema é a aparência dos crimes cometidos ou mesmo a suspeição de que crimes foram cometidos.
05:49Eu acho que é isso que precisa ser analisado.
05:52Será que os critérios para essa denúncia não estão fracos demais?
05:57Ou será que não tem, de fato, algum crime sendo cometido com consistência dentro da Suprema Corte
06:03que tem suscitado tamanhas manifestações por parte da sociedade civil?
06:07E aqui vale lembrar, também conectado com o que nós estávamos falando na questão de baixo do guarda-chuva da anistia,
06:15o papel do Senado nesse sentido.
06:17O Senado apresenta esse projeto de lei para revisão dessa lei,
06:21dizendo que o Senado deve ter o direito de fazer uma denúncia.
06:26Porém, a lei garante, originalmente, que qualquer cidadão que consiga organizar um processo
06:33para fazer uma denúncia de crime de improbidade cometido por ministro da Suprema Corte
06:39pode, de fato, apresentar essa denúncia e ela deverá ser investigada.
06:44É importante a gente fazer uma questão de comparação aqui.
06:47Nós nunca tivemos, quer dizer, nós tivemos no Brasil, no Poder Executivo,
06:51um chefe de executivo, dois, na verdade, sofrendo processo de impeachment,
06:56sofrendo investigação e depois, de fato, impeachment.
06:59No Legislativo, nós já tivemos cassações.
07:02No Judiciário, não.
07:03Ou nós acertamos a mão e garantimos que no Judiciário só entram os, de fato, os melhores,
07:09aqueles que têm a melhor índole e que nunca cometeram nada de errado,
07:13ou existe algum dispositivo legal que ainda protege que a Suprema Corte,
07:18apesar dos crimes cometidos, continue no poder blindado de qualquer tipo de investigação.
07:24O que uma denúncia pede não é a condenação, é uma investigação.
07:28Investigação é direito de qualquer pessoa ali que esteja sofrendo aí uma denúncia
07:34ou mesmo aquele que oferece a denúncia caniata.
07:37Então, as justificativas para a atualização dessa lei, elas são furadas de todos os sentidos.
07:42E o Senado tem que lutar pelo direito garantido por lei atualmente,
07:46que é que todo cidadão possa apresentar essa denúncia.
07:48Do jeito que foi colocado, né, Dávila?
07:51Parece que tem integrante de corte superior sendo impedido a cada dois anos, né?
07:55Mas é o que disse o Krigner.
07:56Não vimos isso até agora, com essa legislação que está aí.
08:00Agora, Dávila, queria que você fizesse a reflexão da manifestação do integrante
08:06e como o Congresso Nacional pode e deve reagir.
08:10Porque se isso tivesse acontecido em um estado de normalidade, seria uma coisa.
08:17Agora, quando isso é apresentado em um momento de crise,
08:22talvez o próprio Congresso também trate disso de uma outra maneira, né?
08:26Querendo dar, sim, uma resposta àquela instituição que representa um outro poder.
08:33Como ficam essas tratativas?
08:36Caniato, veja só o absurdo dessa colocação que você tem que fazer para descrever a realidade.
08:43É um poder judiciário querendo legislar e definir qual é a legislação melhor para o Brasil.
08:49Isso é um absurdo.
08:51Imagina a gente estar falando sobre isso.
08:53Parece que a gente vive numa república de bananas.
08:57Quem legisla é o poder legislativo.
09:00E o que o poder legislativo tem que fazer com essa provocação insólita do Supremo Tribunal Federal
09:06é fazer valer o seu poder.
09:09Nós não vamos mexer na lei.
09:11A lei é ótima.
09:13A lei nunca mostrou defeito ou necessidade de ser atualizada.
09:18E a Constituição garante que o Supremo, o Senado, tem esse poder também de impeachment do Supremo.
09:26Não tem que ceder em absolutamente nada.
09:28Este pedido descabido de uma decisão monocrática mostra esta preocupante veia autoritária de uma corte constitucional
09:42que acha que tem hoje o papel de ser o salvador da democracia
09:47e inserir o seu bedelho no poder dos demais poderes da república, legislativo e executivo
09:55e além de tudo determinar qual que é a lei, como é que deveria ser a lei.
09:59Isso é um absurdo.
10:01Quer fazer lei?
10:02Eu vou dar uma sugestão a determinados ministros do Supremo.
10:05Abandone a toga e dispute a eleição.
10:10Agora, Mota, e essa espiral perigosa, hein?
10:13Que medidas são tomadas?
10:15Uma alteração aqui, outra acolá.
10:17Não, é preciso proteger esse.
10:20Aquele ali não pode ficar exposto.
10:22E a gente vai entrando num sistema que a gente fica fazendo a seguinte análise.
10:29Bom, mas dá pra sair disso?
10:31Dá.
10:34A gente só não sabe como.
10:36Mas eu não tenho dúvida que dá e eu não tenho dúvida que o Brasil vai sair
10:40porque já saiu de situações parecidas ou até piores.
10:44Agora, eu não resisto à tentação de citar o Dávila contra o Dávila.
10:50Ô Dávila, você acha mesmo que o Senado vai fazer isso, Dávila?
10:55Foi um comentário que o Dávila fez há pouco tempo.
10:57Nós temos aqui um problema antigo que é resumido numa frase em latim
11:03que eu não sei pronunciar direito.
11:04Então, por favor, não riam de mim.
11:07Mas a frase é quis custódia ipsus custodes.
11:11É uma frase do poeta romano Juvenal, que significa quem vigiará os vigias.
11:19E esse é um problema milenar.
11:22Quem controla aqueles que estão no poder em posições de autoridade?
11:29A impressão que o cidadão tem quando ele olha pro arcabouço da nossa pujante democracia
11:37criada pela Constituição de 1988, com muita ênfase em democracia, pouca ênfase em república,
11:46naqueles mecanismos de controle.
11:49Mas a impressão que o cidadão tem é que é um arcabouço de interesses cruzados.
11:55Você cuida de mim, eu cuido de você.
11:58O que existe no Brasil é uma fartura imensa de tribunais, de órgãos de controle,
12:04de fiscalização, de contas, de controladoria.
12:09E assim mesmo, não passa uma semana sem que a gente discuta aqui um escândalo novo
12:15que surgiu, cada um sempre maior do que os outros.
12:19E quando a gente olha por trás, nas poucas vezes em que a gente consegue dar uma olhadinha
12:24por que tem de trás, a gente vê pessoas que deveriam estar fiscalizando uma a outra,
12:31pessoas que deveriam estar se controlando, entidades que deveriam estar,
12:36que deveriam ser realmente adversárias.
12:39Isso é característica da república.
12:41Elas, na verdade, estão juntas, cooperando de uma forma bastante fraternal.
12:47Então, Caniato, é natural que a população faça essa pergunta que você fez agora.
12:53Como é que nós vamos sair disso?
12:56Pois é.
12:56Deixa eu passar só para o Dávila, se ele quiser arrematar,
12:59porque como o Mota fez um comentário em cima de uma frase dita pelo Dávila,
13:04quer só fechar, Dávila, da sua última contribuição?
13:07Sim, é que nesse caso, o Senado teria de abrir mão parte do seu poder para transferir ao Judiciário.
13:17Aí é pedir demais para o espírito corporativista do Senado.
13:22E o Senado não tem que fazer nada, falar assim, nós não vamos mexer na lei e acabou.
13:26Não tem que aprovar a lei, não tem que articular nada.
13:28Simplesmente vamos manter a lei do jeito que ela está.
13:32Porque ela vem sendo cumprida desde 1950, essa lei, sem nenhum entrevero.
13:39E segundo ponto, o Senado não vai abrir mão de um poder que lhe foi otorgado pela Constituição.
13:47Isso, na verdade, precisaria de uma emenda constitucional para abrir mão de um poder que está na Carta Magna.
13:54Pois é, só para esclarecer para a nossa audiência, algumas pessoas aqui até questionaram,
14:00a decisão do ministro da Suprema Corte foi tomada a partir de dois processos
14:06que foram movidos por um partido, Solidariedade, e também pela Associação dos Magistrados Brasileiros.
14:13E essas duas ações tratavam justamente do mesmo tema, né?
14:17Esses artigos, parágrafos específicos da lei do impedimento.
14:21Bem, vamos acompanhar os próximos passos, os próximos capítulos e qual será o posicionamento da Corte, né?
14:28Porque trata-se de uma decisão monocrática, mas o plenário vai precisar referendar alguma dúvida?
14:35Bom, a gente vai trazer, claro, as notícias aqui para a nossa audiência.
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