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Na COP30, em Belém, o repórter Léo Valente conversou com Ricardo Assumpção, sócio-líder de sustentabilidade da EY na América Latina. Ele analisou o protagonismo do setor privado, a agenda de adaptação e as oportunidades reais da economia verde nos negócios. Um debate direto sobre clima, inovação e impacto.

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Transcrição
00:00A COP30 em Belém está sendo marcada por uma participação expressiva da iniciativa privada
00:11nas discussões sobre um futuro sustentável no mundo.
00:15O repórter Léo Valente conversou com Ricardo Assunção, que é sócio líder de sustentabilidade
00:20da EY para a América Latina.
00:22Vamos conferir.
00:23A COP30 vai se encaminhando para os seus momentos finais com a expectativa de se chegar a um
00:27resultado efetivo das negociações que começaram no último dia 10 de novembro.
00:33Claro que existem muitos fatores e muitos setores também envolvidos com esse compromisso.
00:38Um deles, claro, é o setor privado.
00:40E para conversar um pouco mais sobre como a sustentabilidade pode ser equacionada com esses
00:47objetivos empresariais, também econômicos, eu converso agora com o Ricardo Assunção,
00:52que é sócio líder de sustentabilidade da EY aqui no Brasil.
00:56Ricardo, obrigado por ter recebido a gente aqui.
00:58Primeiro, eu queria conversar com você, perguntar um pouco sobre essa COP.
01:03Ela vem sendo tratada como a COP da implementação, vem sendo buscado essa implementação e o protagonismo
01:09na iniciativa privada.
01:11Como a gente pode equalizar?
01:13Como é que transformar os negócios em sustentáveis, mas que também atinjam os objetivos de lucro
01:19dos negócios?
01:20Bom, muito obrigado.
01:22Essa COP tem três características principais.
01:26A primeira delas, como você bem falou, é uma COP com uma presença massiva do setor
01:30privado, não apenas visitando, mas influenciando muito o que a gente chama de agenda de ação.
01:37Aqueles projetos que, de fato, dão resultados comprovados na contribuição para mitigação.
01:43Um outro tema fundamental dessa COP é a agenda de adaptação.
01:46Eu acho que a gente vai escutar nesses últimos dias falar mais sobre ela.
01:51A agenda de adaptação, que nada mais é do que adaptar o mundo àqueles impactos já
01:56observados das mudanças climáticas, ela é fundamental.
01:59A agenda de adaptação está muito ligada a equalizar a vida das pessoas, das cidades
02:05e, claro, ter equipamentos de infraestruturas mais resilientes.
02:10E o terceiro ponto importante é natureza.
02:13Em definitivo, a gente vê natureza vindo para a pauta da COP e dos negócios.
02:19Então, ou seja, eu acho que essa COP vai ficar conhecida muito pelos resultados de adaptação,
02:25por ter trazido natureza e tudo isso é fundamental, porque é onde o setor privado pode atuar de forma mais robusta.
02:32Quais são as oportunidades que já existem, as soluções que já podem ser aplicadas
02:36nesse sentido, voltada para a economia verde?
02:40A economia verde nada mais é do que uma economia que gera capital, que gera lucro,
02:45mas que gera efeitos colaterais positivos.
02:48É isso que a gente chama de economia verde.
02:50É fazer o que a gente faz hoje de uma forma que tenha menos impacto.
02:55A chave disso é mais inovação.
02:58A gente não vai conseguir mudar a forma como o mundo faz negócio,
03:02mas a gente pode mudar para que os negócios sejam feitos de forma mais orientadas
03:06ao desenvolvimento sustentável.
03:07É isso que a gente vê.
03:09Setores críticos em termos de uso de energia e emissão de carbono,
03:14como mineração, como a indústria de cimento e indústria de energia,
03:19esses são os setores que eu tenho visto uma modificação, uma transformação muito mais rápida,
03:22usando mais economia circular, buscando formas alternativas de fazer os seus negócios,
03:30emitindo menos carbono, gás de efeito estufa e criando mais impacto positivo.
03:36O setor financeiro está muito atento a isso,
03:38porque essas oportunidades de transformação exigem um CAPEX muito alto, normalmente,
03:44mas projetos robustos, estruturados e de longo prazo,
03:48eles permitem que este CAPEX seja remunerado, ou seja, ele dá retorno no investimento.
03:55E nesses últimos dias aqui, que avaliações você faz,
03:58ou que lições já podem ser tiradas desses debates que foram promovidos aqui
04:03durante a COP30 e que podem ser aplicados com esse objetivo?
04:08Bom, a primeira grande lição é o Brasil aprendeu a fazer COP.
04:12Essa COP foi espetacular.
04:13Podem falar e vão falar de problemas, eles existiram, claro, mas o saldo é muito positivo.
04:20Foi uma COP de agregação, foi uma COP de união, foi uma COP de colaboração,
04:26aonde a gente viu a todo momento o público, o privado e a diplomacia juntos,
04:31conversando, buscando soluções.
04:34Então, eu acho que a gente vai dar uma grande guinada na agenda diplomática.
04:38A agenda diplomática, que sempre foi uma agenda, o objetivo primário das COPs é negociar,
04:46mas o que a gente viu é uma agenda de negociação, talvez um pouco mais democrática,
04:50um pouco mais colaborativa.
04:51E eu queria fazer um destaque, a presidência da COP.
04:54Eu acho que a presidência foi muito feliz na forma como ela conduziu o processo.
04:59Como a gente sabe, eu não tinha notícias de outra COP que começou com a agenda aprovada
05:03no primeiro dia tão cedo.
05:05Isso é resultado de uma excelente articulação e eu acho que a gente vai ver uma nova diplomacia do clima
05:11junto com uma nova diplomacia privada, trabalhando no mesmo caminho,
05:17para que a gente consiga, de fato, construir uma agenda positiva daqui para frente
05:22no que se refere a clima e natureza.
05:24Ainda nesse sentido, eu queria perguntar para você quais foram os ensinamentos que Belém deixou,
05:29tanto de forma, com uma visão pessoal, mas também para a iniciativa privada
05:34com toda essa organização, esse debate, essa mobilização, digamos até o mutirão
05:41que vem sendo a palavra de ordem, digamos assim, desses dias de mobilização e organização
05:48e principalmente de diálogo.
05:51Belém deixou um legado de simpatia, de união e de felicidade.
05:56As pessoas estão felizes nessa COP, estão animadas.
06:00A culinária é boa, o espaço é bonito, a cidade ganha novas infraestruturas e parece pouco,
06:06mas isso influencia muito o humor das pessoas e a forma como a gente fica se relacionando por aqui.
06:14Então, eu acho que essa Belém mostrou que deu certo, que conseguiu.
06:19Foi, de fato, uma COP numa cidade com problemas de infraestrutura, de acomodação,
06:26mas esses problemas não atrapalharam o nosso andamento das negociações.
06:32Eu acho que a agenda de adaptação é uma agenda que eu prestaria particular atenção por um motivo.
06:38Até hoje, ela recebe muito pouco dinheiro comparado à agenda de adaptação,
06:41mas ali a gente tem, talvez, oportunidades ocultas, porque adaptar envolve cidades,
06:49envolve infraestrutura e envolve natureza.
06:53Tem linhas de financiamento específicas para isso, que são importantes,
06:57e normalmente os investimentos em adaptação, eles, claro, geram receita para quem os faz,
07:04mas quem é beneficiado é a população, são as pessoas.
07:08Então, a adaptação está diretamente ligada a uma agenda de pessoas no centro,
07:13que a gente não pode esquecer.
07:15A gente só discute clima por um motivo, porque existem pessoas no mundo.
07:18Se não existissem os seres vivos, a gente não tinha nem que discutir clima.
07:22Ricardo, obrigado pela entrevista, por ter conversado aqui com a gente,
07:26falado um pouco sobre essa visão do setor privado em relação às discussões aqui da COP30.
07:32Eu conversei com o Ricardo Assumpção, que é sócio-líder de sustentabilidade da EY para a América Latina,
07:37e a gente, claro, continua acompanhando aqui e cobrindo a COP30 até os seus últimos momentos
07:42com essa expectativa por um resultado positivo e efetivo dos debates aqui em Belém.
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