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No segundo dia da COP30, o Brasil anunciou com a Alemanha o Programa de Aceleração de Soluções e Governança Multinível. Em entrevista, o especialista Ricardo Assumpção, sócio-líder de Sustentabilidade e CSO Latam da EY, destaca o papel da iniciativa privada, a era pragmática do ESG e o avanço da sociobioeconomia como novo motor de crescimento sustentável.

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Transcrição
00:00A gente vai voltar agora a Belém, voltar a falar de COP e conversar com o Marcelo Favalli.
00:05Favalli, boa noite pra você. Queria ouvir os destaques deste segundo dia de COP30.
00:11Como estão as negociações? Atualize tudo pra quem nos acompanha.
00:17Boa noite, Eduardo Gayer. Boa noite especial pra quem me acompanha no Conexão,
00:22hoje um pouco mais distante do que dos estúdios aí de São Paulo.
00:26Eu, costumeiramente, eu apareço aqui na programação falando direto do compound, né?
00:33Do centro de convenções da COP.
00:35Hoje eu tô num ambiente diferente, a casa e o ai.
00:40Mas daqui a pouco eu explico o porquê.
00:42Vamos falar de COP? Nesse segundo dia, hoje houve um lançamento de um projeto,
00:47de novo o governo brasileiro liderando, o chamado PAS,
00:50Programa de Aceleração de Soluções e Governança em Multis Níveis, em Multinível.
00:59O Brasil vai fazer a co-presidência, a co-liderança dessa iniciativa junto com a Alemanha.
01:06Isso tá muito em linha com o que o presidente Lula falou no lançamento da COP na segunda-feira,
01:13na semana passada, no encontro de líderes, que chegamos um ponto para que as soluções saiam do papel,
01:19é preciso uma integração, uma união.
01:23E a questão da governança multinível, esse programa de aceleração de soluções,
01:29vai integrar prefeituras, governos estaduais, governos federais e este polo de intersecção com outros países.
01:38Ficou muito claro que apenas deixar a responsabilidade em setores isolados ou na esfera federal
01:44não tem dado as soluções na velocidade necessária.
01:49Nesses dois primeiros dias de COP, efetivamente falando,
01:52também apareceu o uso da tecnologia e, claro, quando a gente tá falando de século XXI,
01:57agora 2025, inteligência artificial sendo usada como uma ponta de lança,
02:02como sendo uma das principais ferramentas para a busca de soluções para a questão climática.
02:10Voltando ao primeiro parágrafo, por que eu tô aqui na Casa UI?
02:15Porque, muito gentilmente, o Ricardo Assunção, que é sócio líder em sustentabilidade,
02:22está nos recebendo aqui por uma conversa.
02:24Porque, como o presidente Lula falou, a governança brasileira aqui,
02:28o anfitrião da COP30, não adianta apenas esferas isoladas estarem num esforço
02:34para a mitigação do aquecimento global.
02:37Todo mundo vai ter que fazer parte da equação, inclusive a iniciativa privada.
02:41Então, a gente veio pra esse lado do balcão pra saber de quem entende muito disso.
02:46Ricardo, obrigado por receber nossa reportagem aqui mais uma vez.
02:49Vamos falar de iniciativa privada, né?
02:50A COP, um excelente palco, um grande espelho, uma janela pro mundo.
02:56Como é que a iniciativa privada está se portando ou se posicionando
03:00nessas questões climáticas de combate ao aquecimento global?
03:04Boa noite. Bem-vindo à UI House.
03:07A iniciativa privada, ela tem tomado à frente disso.
03:11A gente precisa de uma combinação muito clara, que é a governança do setor público,
03:15legislando, criando as regras, e a liderança do setor privado para implementar.
03:20Ou seja, colocar em prática aquelas ações que, de fato, têm resultado comprovado,
03:24alinhado com a ciência.
03:26Então, o que tem muito se falado nessa COP é como é que essa combinação de fatores,
03:32ou seja, iniciativa privada, o setor público e, claro, a diplomacia,
03:37caminham na mesma direção para que a gente consiga fazer algo que é a busca
03:41que vem sendo feita há muito tempo.
03:43velocidade e escala, que é o mais necessário para que a gente consiga reduzir os impactos
03:49e continuar gerando capital.
03:51É o que a gente vai ver aqui na UI House.
03:53Ricardo, é discurso que todo mundo faz e é fácil, né?
03:57Você precisa de uma ideia na cabeça, uma caneta e um papel em branco.
04:00Papel em branco acerta qualquer coisa, promessa, todo mundo faz.
04:04ISD, que ganhou uma nomenclatura, uma importância enorme nos últimos anos.
04:09Me parece que muita empresa quer levantar essa bandeira e falar
04:11Ah, eu sou ISD e tal.
04:14Fazendo um balanço entre teoria e prática, o quanto efetivamente
04:19empresas respeitadas de renome têm colocado a mão na massa nesse sentido?
04:24Olha, a gente entra numa era muito mais pragmática da agenda.
04:28Ou seja, antigamente ela tinha uma ligação muito forte com o pilar de reputação,
04:33o que permitia que algumas empresas diziam que faziam alguma coisa,
04:36mas, de fato, na prática não faziam.
04:38A legislação está vindo, o Brasil é o primeiro país a adotar de forma compulsória
04:42você, empresas de capital aberto, declararem qual o impacto de clima e de sustentabilidade nos balanços.
04:49Isso reduz muito a possibilidade de a gente fazer o que chama de greenwashing.
04:52Mas, como eu dizia, esse momento é um momento muito pragmático.
04:56Então, a gente começa a valorizar aqueles exemplos reais.
04:59Nessa sopinha de letras, o que a gente percebe hoje vale aquelas empresas
05:04que pegam a sua parte social, ambiental e de governança, que a gente comumente chamava de ESD,
05:10e trazem para o centro da estratégia.
05:13É aí que você consegue alavancar valor e tem uma peça básica para isso, destrava inovação.
05:18Ricardo, sociobioeconomia é um outro termo que está se tornando comum aqui na COP30.
05:27A gente escuta muito sustentabilidade, mitigação do aquecimento global,
05:31esses termos aí que já ganharam os nossos inconscientes coletivos,
05:35apareceu esse agora, sociobioeconomia.
05:39Explica para a gente o quanto é este discurso das lideranças aqui na COP,
05:47a floresta em pé, a natureza preservada pode gerar lucro, pode gerar dividendo,
05:54vale a pena o investimento.
05:56O governo brasileiro está apostando muito no chamado TFFF,
06:00que é uma sigla em inglês para um fundo perpétuo de preservação das florestas.
06:05Mas, nesse sentido, mantendo a floresta em pé,
06:08não é que diminui uma área de exploração para minério ou para agricultura,
06:12mas sim ela pode gerar dividendos.
06:15Então, essa sociobioeconomia, como é que ela funciona daqui para frente,
06:21esse termo que tem ganhado cada vez mais peso e está sendo repetido muito aqui na COP?
06:26A sociobioeconomia, ela de fato é um tema central aqui,
06:30a gente vai escutar falar muito mais até o final,
06:31e isso tem tudo a ver com natureza,
06:33que pela primeira vez deixa de ser passivo e passa a ser ativo.
06:38E o TFFF, como você bem falou, é um fundo,
06:42um mecanismo financeiro que gera retorno do investimento
06:46ao mesmo tempo que ele alavanca dinheiro para que a gente invista em floresta.
06:50A sociobioeconomia é dada mais é do que uma economia que sai da floresta,
06:54com os ativos da nossa biodiversidade,
06:56e que ao mesmo tempo que podem contribuir para o desenvolvimento sustentável,
07:00gerando renda, também contribuem para equalizar os impactos sociais dentro da floresta.
07:06Ou seja, uma nova indústria, onde o Brasil tem potencial de liderar isso,
07:12que gera capital e gera renda para a população que mais precisa,
07:16aquelas populações da floresta.
07:17E só um dado aqui, o potencial que a gente tem hoje é de dobrar o tamanho.
07:24Representa atualmente 1,5% do PIB,
07:27isso pode chegar até 3% do PIB,
07:30com coisas muito práticas, como hubs de inovação dentro da floresta.
07:34A cidade de Belém do Pará, capital paraense,
07:37e agora a capital do Brasil,
07:38porque o presidente Lula assinou um decreto
07:39para mostrar a importância da COP,
07:41transferiu, pelo menos teoricamente,
07:43a capital brasileira aqui para cá,
07:45trouxe uma visão global,
07:48vários pontos de discussão.
07:51Lá no centro de convenções da COP,
07:53a gente tem a Blue Zone,
07:55discussão diplomática governamental,
07:57a Green Zone das empresas,
07:59e distribuída pela cidade,
08:01espaços como esse,
08:03a UI montou aqui o seu QG,
08:05uma espécie de um think tank,
08:07um polo para discussões,
08:09de soluções,
08:10desse lado do balcão aqui,
08:12envolvendo as empresas.
08:14Eu vou conversar ainda muitas vezes
08:16com o Ricardo Assunção,
08:17que é líder,
08:19sócio, líder de sustentabilidade da UI.
08:22Ricardo, obrigado pelos esclarecimentos,
08:24até uma próxima.
08:25Eu que agradeço, boa noite.
08:26De volta aos estúdios.
08:28Obrigado, Marcelo Favalli,
08:30obrigado ao Ricardo Assunção
08:31pela participação aqui no Conexão,
08:33e até amanhã.
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