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Com a COP30 se aproximando, o Brasil assume protagonismo na agenda climática global. No Rio, o Fórum de Líderes Locais reúne prefeitos e autoridades para discutir adaptação e sustentabilidade. A executiva Ana Luci Grizzi, coordenadora da Comissão de Sustentabilidade do IBGC, destaca o papel do capital natural e das soluções baseadas em natureza como motores do desenvolvimento econômico e da atração de investimentos para o país.

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Transcrição
00:00com os órgãos de segurança federal e estadual, com o objetivo de garantir a segurança das
00:07delegações, dos chefes de Estado, autoridades estrangeiras e representantes da sociedade
00:12civil, além de preservar a ordem pública e a normalidade das atividades locais durante
00:18os eventos.
00:19A COP30 vai reunir delegações de mais de 140 países para discutir a agenda climática.
00:25Por isso, a questão da segurança tem sido um dos principais pontos de atenção do
00:30governo.
00:31Aqui no Rio de Janeiro começou hoje o Fórum de Líderes Locais da COP30, voltado a discussões
00:37sobre ações a nível de prefeituras e estados que possam ajudar a atingir as metas climáticas.
00:44A repórter Aline Pacheco conta os destaques do primeiro dia.
00:50O dia começou com a plenária lotada, mais de 300 prefeitos do mundo inteiro que firmaram
00:55um impacto para trabalhar em conjunto, para reduzir os efeitos dos gases de estufa, mas
01:00também pensando em como melhorar a condição de vida da população, que está diretamente
01:06relacionada com o calor extremo.
01:09No meio da tarde, uma coletiva de imprensa chamou a atenção de todos que estavam aqui
01:14presentes.
01:15Foi uma coletiva de imprensa da Aliança Climática dos Estados Unidos.
01:18O grupo anunciou que os 3.800 membros envolvendo cidades, estados e algumas particularidades
01:25de empresas americanas conseguiram reduzir as emissões de gases de efeito estufa em
01:3124% e aumentaram com isso o PIB em 34%, impulsionando a implantação histórica de energia limpa e tecnologia
01:40limpa nos Estados Unidos.
01:42Nós tivemos acesso também a um outro dado que chamou bastante a nossa atenção de que
01:47hoje, no mundo inteiro, mais de 600 bilhões de horas são perdidas de trabalho por conta
01:53do calor extremo.
01:55Falar em energia limpa, toda comida oferecida aqui durante todo o evento, ela será vegetariana.
02:02Aline Pacheco, do Rio de Janeiro, para o Conexão.
02:04Semana importante, então, com a COP30 se aproximando e o Brasil no centro das atenções globais,
02:12o debate sobre clima e capital natural ganha contornos cada vez mais estratégicos para
02:18o setor empresarial.
02:20As discussões sobre adaptação, transparência e mercado de carbono deixaram de ser temas restritos
02:27a diplomacia ambiental e agora já passam a definir o rumo dos investimentos e da competitividade.
02:36Sobre isso, eu converso agora com a Ana Lucie Grise, executiva de Clima e Capital Natural.
02:41Ela é conselheira de administração, sênior advisor e coordenadora da Comissão de Sustentabilidade
02:48do IBGC, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
02:52Então, Ana, muito boa noite.
02:54Obrigado pela entrevista.
02:55Para além da COP30, em Belém, o Brasil cedia uma série de eventos paralelos a essa cúpula
03:02que é a chamada pré-COP, acontece no Rio, em São Paulo também.
03:06Nós acompanhamos até uma reportagem agora da Aline Pacheco.
03:09Qual é a sua expectativa para essa programação e quais as oportunidades para os investidores
03:16e empresários que nos assistem?
03:18Boa noite mais uma vez.
03:20Boa noite, muito obrigada.
03:21Nós temos aí altas expectativas de conexão da nossa economia real, setor privado como
03:28um todo, com essas discussões que antes, como você mesmo disse, eram discussões que
03:33ficavam limitadas à nossa diplomacia, discussões entre os países.
03:37Hoje, o que a gente vê e está vendo nessa semana pré-COP, tanto o Rio como São Paulo,
03:43é que esses assuntos hoje são parte de planejamento estratégico dos negócios.
03:48Do ponto de vista dos investidores, a gente tem aqui um país com um volume de capital natural
03:53que é a nossa grande moeda e que a gente precisa aprender a valorar.
03:57Então, essa pré-COP com setor privado super envolvido nos dá a possibilidade de levar ao mundo
04:05as soluções baseadas em natureza.
04:08E isso coloca o Brasil em outro patamar.
04:11Se a gente olhar do ponto de vista dos investimentos, eu preciso avaliar hoje tanto riscos como oportunidades
04:18de clima e natureza na hora de tomar essa decisão de alocação de capital.
04:22Então, o paradigma que a gente tem hoje para tratar desses temas não é mais algo etéreo,
04:28de diplomacia, mas sim algo de dia a dia dos negócios que tem influência direta aqui em geração
04:34de valor e, obviamente, também uma influência direta em qualidade de vida.
04:39Ana, e você tem acompanhado as negociações climáticas desde as primeiras implementações
04:44do Acordo de Paris, mas já que estamos nesse esquenta para a COP, o que torna essa COP30
04:49sediada no Brasil diferente das anteriores?
04:53E quais temas das negociações você considera mais críticos para o setor privado?
04:58Ou seja, o que o nosso espectador precisa prestar atenção ao longo dos próximos dias?
05:04É uma COP diferente num primeiro momento, porque a gente sai aí de uma linha de países
05:10com base em economia de combustíveis fósseis.
05:14Então, a gente teve Dubai, depois a gente teve Azerbaijão.
05:17A gente vem para um país em desenvolvimento, cuja fonte energética é renovável
05:23e a gente vai ter um evento, uma conferência das partes localizada em uma região amazônica.
05:31Então, ela é muito diferente na largada, nos conceitos, nas bases, na matriz elétrica
05:37brasileira muito diferenciada.
05:40O que a gente precisa olhar com bastante atenção?
05:44Em termos de negociações, o ponto principal vai ser financiamento climático, mas esse não
05:49é um ponto das negociações diplomáticas.
05:52Esse é um ponto que vai ser construído em paralelo, que é o roadmap de Baku para Belém.
05:57Esse roadmap é como é que a gente traz o capital do mundo para financiar as soluções que
06:04a gente precisa para fazer redução da emissão dos gases de efeito estufa, para fazer a nossa
06:09adaptação, aí as mudanças de temperatura, o calor extremo, por exemplo.
06:14Mas não é um tema de negociação, é um tema paralelo, certamente o primordial.
06:19É com ele que a gente consegue trazer dinheiro para o Brasil e desenvolver essa nossa potência
06:24de soluções baseadas em natureza.
06:26Acho que um outro grande tema, e aí sim, parte das negociações é transparência.
06:31Era um tema até então mais tímido, tímido nessas negociações diplomáticas, mas que
06:37esse ano pode ganhar um contorno muito grande, porque a gente precisa de dados e o mundo
06:42hoje está muito mais preparado para trabalhar com base em dados e entender de fato qual é
06:48a contribuição e quais são as ações concretas que os países vêm tomando para cumprir as
06:54suas metas climáticas.
06:55Então, dados e transparência certamente é um ponto de negociação para a gente ficar
07:01atento.
07:01E acho que aqui, por último, o grande ponto também é a nossa adaptação.
07:06A gente vê os países mais vulneráveis já sofrendo os impactos dessas diferentes temperaturas.
07:11O Brasil já sofreu com isso também muito, grande parte ano passado, a gente já teve
07:16eventos no interior de São Paulo esse ano também.
07:19Então, a negociação de adaptação e como é que a gente canaliza dinheiro para conseguir
07:24de fato fazer essa transformação econômica é um dos fatores para a gente prestar bastante
07:28atenção.
07:29Eu peguei o meu bloquinho aqui, já tomei nota de tudo, vou prestar atenção ao longo da
07:33semana, tenho certeza que quem nos assiste também.
07:36Agora, Ana, o Fórum de Líderes Locais da COP30, que acontece de hoje até quarta-feira
07:41no Rio de Janeiro, coloca também os prefeitos, governadores e as lideranças subnacionais no
07:48centro da agenda climática.
07:51Como que esse escalonamento local, vamos dizer assim, com os líderes subnacionais muda o jogo
07:58para as empresas investidores?
08:01Muda completamente o jogo.
08:03Tem um ponto que passou, pelo menos até agora, despercebido, que é compra pública.
08:09Se eu tiver um direcionador de poder público para que eu tenha ênfase em produtos mais
08:15sustentáveis, em produtos com menos intensidade de carbono, em produtos de capital natural,
08:21se a gente começar a ter este impulso via, por exemplo, compras públicas, eu consigo desenvolver
08:27mercados, ganhar escala e reduzir preços.
08:30Acho que esse é o primeiro ponto.
08:31Num segundo ponto, a gente precisa de governança pública climática nos níveis subnacionais.
08:38Por quê?
08:39Toda a nossa economia real acontece no nível subnacional.
08:43É no nível subnacional que a gente vai conseguir materializar as metas climáticas do país.
08:50Então, por isso é tão importante que a gente tenha esse alinhamento.
08:53que se a gente consiga aí a coordenação de municípios com o Estado, para que a gente consiga ter obrigações
09:00concatenadas para redução de emissão de gases, para as adaptações, ao mesmo tempo em que a gente tenha
09:07incentivos.
09:08Porque eu preciso de incentivos para conseguir desenvolver esses novos mercados, os novos produtos e os novos
09:15modelos operacionais. Então, faz absolutamente toda a diferença em poder público investido nessas discussões.
09:20Mas ainda sobre isso, você observa que as grandes companhias já internalizaram essa importância dos governos locais
09:28no cumprimento das metas climáticas. Qual que é o gap mais urgente para que isso vire uma realidade em termos de mundo?
09:35A gente ainda está numa curva de aprendizagem. Se eu tive o setor privado aprendendo o que eram as conferências
09:42das partes e, de fato, trazendo o clima e natureza como um fator de planejamento estratégico
09:49há três anos, quatro anos no máximo, eu tenho um envolvimento do poder público cada vez maior, subnacional, mais recente.
09:57Então, a gente ainda precisa de um maior alinhamento, de, obviamente, um processo de capacitação dos próprios órgãos
10:04e essa coordenação que pode ser impulsionada pelo governo federal, que é quem está muito acostumado
10:10aí de dia a dia das negociações internacionais. O grande gap, na minha opinião, olhando como um todo o Brasil,
10:19é a gente entender que precisa avaliar a solução baseada em natureza e capital natural
10:25como a nossa grande motriz de desenvolvimento econômico. Já temos um direcionamento com o plano de transformação
10:31ecológica a partir aí de 2023, com mais força sobre 2024 e agora, mas se a gente, de fato,
10:38conseguir escalar e desenvolver novos produtos, novos serviços e novos modelos operacionais
10:44com a riqueza de capital natural que a gente tem aqui, com a nossa matriz elétrica limpa,
10:50não vai ter país no mundo que se compare às nossas possibilidades e oportunidades
10:56para trazer o capital e materializar todas essas soluções.
11:01Oportunidade única para nós. Ana Lucy Gris, executiva de Clima e Capital Natural,
11:07muito obrigado pela entrevista, boa semana e boa COP para todos nós.
11:11Muito obrigada.
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