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Como empresas e investidores podem aproveitar oportunidades e impulsionar inovação, produtividade e competitividade? O tema foi painel do FT Climate & Impact Summit Latin America e Brasil 2030 – Uma Nação de Oportunidades, promovido em conjunto pelo Financial Times e o Times | CNBC. Confira o debate na íntegra!

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Transcrição
00:00O Brasil, como a gente sabe, é uma das dez maiores economias do mundo com um grande potencial de
00:18crescimento, mas traz alguns desafios de mercado. Nesse painel, fazer negócios em um Brasil em
00:25informação, a gente vai discutir como empresas e investidores podem aproveitar oportunidades e
00:32impulsionar inovação, produtividade e também competitividade. Então, eu tenho o prazer de
00:38convidar aqui ao palco nossos participantes dessa conversa, André Passos Cordeiro, presidente
00:45executivo da Abkin, Rafael Luquezzi, presidente da Tupi e Anete Kilmer, representante do Banco
00:53Interamericano de Desenvolvimento, o BID, aqui no Brasil. Sejam muito bem-vindos. Obrigada.
01:06André, quero começar com você. Quais são as oportunidades de crescimento que existem para
01:12a indústria química brasileira? Pensando aí nesse cenário de desafios com alta dos custos de
01:18produção, necessidade, claro, de políticas públicas que incentivem a competitividade do
01:24setor? Em primeiro lugar, bom dia, Cristiane. Bom dia, Michael. É um prazer estar aqui com
01:29vocês. Queria agradecer o convite para essa troca de ideias, né? Sempre importante que a
01:36CNBC tem promovido no nosso país, né? Nós temos muitas oportunidades nesse cenário
01:44internacional, mesmo que crítico, e nós apostamos que criadas as condições para que a gente
01:52aproveite essas oportunidades, nós vamos seguir tendo uma avenida de crescimento aí para a
02:02indústria química no Brasil, coisa que a gente não está vendo agora, infelizmente, né? A gente tem aí
02:06um período complicado, né? Nós somos a quarta maior indústria química do mundo. Temos vários outros
02:13setores industriais que também no Brasil estão nessa posição, né? A gente olha muito a perda
02:19relativa de crescimento que o Brasil tem tido na sua indústria dentro da sua própria economia ou em
02:25comparação com o mundo, mas nós ainda temos muitas indústrias consistentes, resilientes que estão
02:31resistindo aí ao longo do tempo no Brasil. Uma delas é a indústria química, nós somos o quarto maior
02:37mercado do mundo, acima de nós está só a China, Estados Unidos e Alemanha, né? Só assim, são grandes
02:45expressões, né? É um mercado de 6 trilhões de dólares no mundo, é um dos maiores mercados industriais do
02:51mundo, a indústria química. A China detém metade desse mercado, já foi próximo da décima, 30 anos
02:58atrás, agora é a primeira, 3 trilhões de dólares, é o que a China tem de tamanho de mercado, depois os
03:06Estados Unidos, que já foi o primeiro, agora é o segundo, 600 bilhões de dólares, então são números que falam
03:12por si. A Alemanha, que é o terceiro, 200, 300 bilhões e nós que somos o quarto, em torno de 250 bilhões de dólares, né?
03:24Então só isso, só esse tamanho do mercado brasileiro no mundo já identifica as oportunidades que a gente
03:30tem aqui, né? Infelizmente esse mercado está sendo tomado nessa imensa guerra comercial, né? Foi citado aqui
03:38pelo ministro, foi citado aqui no primeiro painel o Celso Amorim, né? E o chanceler, e ele fala que nós estamos
03:47num estado de guerra, né? Na economia mundial nós estamos num estado de guerra e não é de hoje.
03:52há uma competição extremamente selvagem por mercados no mundo, utilizando toda espécie de
03:59instrumento de tarifa, que a gente em geral liga com protecionismo, até incentivos fiscais
04:06pesadíssimos, né? Pra gente ter uma ideia, a China na nossa indústria tem 1.800 programas diferentes
04:12de incentivo pra indústria química. É a indústria mais incentivada dentro da China e não é à toa, porque ela
04:19está na base de toda a produção industrial e até da produção agropecuária. A gente
04:24viu o caso recente, inclusive saiu publicamente, na opinião pública brasileira, sobre os
04:30fertilizantes, né? Os fertilizantes nitrogenados. O agronegócio brasileiro está com muito receio
04:35por conta dessa, né? Dessa atenção que o Trump dá pra o consumo de produtos russos.
04:42A Rússia é um dos maiores consumidores de fertilizantes nitrogenados, que é um produto
04:46químico e a gente praticamente não tem produção no Brasil de fertilizantes nitrogenados.
04:53Isso é uma fragilidade nossa, embora a gente tenha a oportunidade de produzir aqui no Brasil
04:59por ter matéria-prima, né? Então tem muito campo pra gente desenvolver, só que esses produtos
05:05são muito incentivados, esses produtos são muito protegidos nesses outros países e o Brasil
05:11infelizmente nos últimos 25 anos abandonou, praticamente abandonou, só começou a recuperar
05:17muito recentemente o uso de instrumentos de defesa comercial, de instrumentos de incentivo
05:24à sua produção industrial. Isso abalou muito a nossa indústria nesse período, né? A gente
05:30tem que recuperar, tem que reforçar, tem que saber que a gente está numa imensa disputa,
05:35quase que sem regras nesse mundo, na nossa economia.
05:40Pois é. Então, eu gostaria de perguntar ao Aneta, diante dessa guerra selvagem, quais setores
05:46da economia brasileira oferecem hoje as maiores oportunidades para investidores, para o setor
05:51produtivo?
05:53Bom, primeiro, muito obrigada. Cumprimento aqui esse ilustre panel. Obrigada.
05:59Cristiane. Obrigada, Michael. E também cumprimento aqui ao público na sala e ao vivo.
06:06Grande prazer de estar aqui para conversar sobre um tema tão relevante como a competitividade,
06:12produtividade e resiliência. E digo isso com toda convicção porque o Banco Interamericano
06:18de Desenvolvimento, BID, tem a produtividade, competitividade e resiliência como pilares da
06:26nossa estratégia que, para quem não conhece o Banco, temos basicamente três braços que
06:34trabalham com o setor privado, que é o BID Invest, com parte da inovação empresarial,
06:40que é o BID Lab e o BID Público, que é o BID. E a estratégia é construir em conjunto
06:46com os setores do Brasil, com o setor público, privado e inovação, sociedade, civil, acadêmia.
06:53Então, são temas sumamente no coração do nosso trabalho e refletem também a demanda do
07:00país. Temos de oportunidades. Quero fazer uma pergunta, cada um chega na resposta, mas
07:12que país tem a biodiversidade do Brasil, a economia deste porte, um setor financeiro e
07:21de fomento tão desenvolvido e um setor produtivo tão criativo? Então, a gente enxerga muita
07:29oportunidade, especialmente na arte, na parte de oportunidades verdes. Também tem a parte
07:38da descarbonização e da resiliência, da sustentabilidade de setores estabelecidos e
07:44a parte da economia digital. Então, se me permite rapidinho, bioeconomia, a gente estima que vai
07:53ser um mercado alto de 2030, Brasil 2030, no mundo de 7,7 bilhões, desculpe, trilhões
08:01e a gente acredita que o Brasil está muito bem posicionado para levar uma boa parte desse
08:08mercado. Estamos falando de biodiesel, de SAFs, não para energia para aviação. Estamos também
08:16pensando, apoiando os temas de restauração florestal. Isso é um tema que tem mudado
08:24muito, tem muito interesse agora com a mudança na legislação brasileira em termos de créditos
08:29de carbono. E também é um tema que fala diretamente para a produtividade da atividade agrícola
08:40e pecuária. Então, também faz o círculo completo para aumentar a produtividade desse
08:46setor importantíssimo. E para dar dois exemplos rapidinhos concretos, teve um leilão aqui
08:54do B3 no início deste ano para uma restauração de 10 mil hectares no Pará, no Triunfo do Xingu.
09:03É um projeto de um investimento de 258 milhões de reais pelo setor privado, gera 2 mil vagas
09:14de emprego e a remuneração do setor privado justamente através dos créditos de carbono.
09:22E também o ministro Haddad, ministro Fávaro e ministra Silva recentemente anunciaram um leilão
09:30que agora fechou para a restauração de terras degradadas, 1,4 milhões de hectares de área
09:40produtiva do Brasil sendo restaurados, hoje degradados vão ser restaurados através de mais
09:48de 3 milhões de investimentos do setor privado. Ou seja, mostra que tem muita vontade de investir
09:55e fomentar essa economia verde e também falando com isso todo o tema da economia digital.
10:04O Brasil hoje importa, desculpe, exporta, usa servidores, data centers fora do país e paga
10:13muito caro para isso. O Brasil tem excelentes condições para levar esse processamento de dados
10:22para o próprio país. Estamos começando a falar sobre dados brasileiros, nem pensando em exportar
10:28esse serviço, mas falando de processamento de dados dentro do Brasil. São bilhões de reais que poderiam ser
10:36economizados e investidos em outras partes da economia brasileira se o Brasil desenvolvesse esta capacidade
10:45digital aqui. Nem falar de, obviamente, isso também abre todo um leque de opções para investir no
10:52capital humano. Acho que, ao final, isso é o grande tchan de apostar na economia digital. O Brasil já lidera
11:01mundialmente na digitalização do setor financeiro. Também temos do governo digital, um líder mundial.
11:11Agora, por que não também virar líder mundial em termos de apoio da economia digital para a saúde e para a educação,
11:21por exemplo? Então, aí a gente está vendo as grandes oportunidades onde o Brasil já tem uma vantagem
11:28comparativa e todo o potencial para brilhar.
11:32Bom, Rafael, a gente falou muito, claro, com o ministro Haddad no painel anterior sobre essa questão das tarifas
11:38norte-americanas aos nossos produtos. Evidentemente, isso acendeu um alerta para a indústria exportadora.
11:46Queria saber de que forma impacta o setor metalúrgico e o que vocês estão fazendo para tentar preservar a competitividade?
11:56Ótima questão.
11:57Bom, a Tupi, ela é a maior empresa exportadora de blocos e cabeçote do mundo. Somos líder global.
12:08Só para se ter uma ideia, 40% da frota de caminhões que roda hoje nos Estados Unidos rodam com o produto Tupi.
12:18É uma empresa de quase 90 anos, uma empresa brasileira, mas nós temos três plantas no Brasil, duas no México,
12:25a uma em Portugal. E essa estruturação, esse posicionamento em três continentes, permite uma elevada flexibilidade.
12:37Então, da produção que sai do Brasil para os Estados Unidos, é em torno de 14%.
12:43Os Estados Unidos são o maior mercado. Nós exportamos para 40 países.
12:48A produção no México está dentro do acordo de certificação do ISMCA, o que dá um razoável conforto,
12:58bem como a organização da produção, o footprint, nós estamos ajustando de forma a mitigar os efeitos.
13:07Mas quando uma empresa pensa em estratégia, aí os nossos clientes, as grandes empresas norte-americanas,
13:15pensam em estratégia, nós vamos ver que essa guerra comercial, ela deve ter pouco fôlego.
13:22Primeiro, porque os Estados Unidos são super habitáveis, são estruturalmente super habitáveis com o Brasil.
13:30E depois, que existe uma forte complementaridade.
13:34Então, as relações que nós temos são relações de 40 anos, são contratos de longo prazo.
13:42A homologação de um contrato vai demorar, Cristiane, entre 18 e 24 meses.
13:50Paredes cada vez mais estreitas, cavidades pequenas, muita eletrônica embarcada.
13:57E tudo isso coloca muita restrição de competidores.
14:01É claro que nós temos competidores na China e na Índia, mas sem o relacionamento sólido,
14:09construído que a Tupi tem com os nossos principais clientes nos Estados Unidos.
14:14Então, nós estamos nos ajustando, estamos, obviamente, conversando com os nossos clientes,
14:21estamos atuando nas relações institucionais que existem, no sentido de mitigar os esforços.
14:29Mas é preocupante.
14:32Nós temos uma razoável serenidade com relação a essa relação do comércio bilateral, que é muito boa.
14:40Essa semana saiu um artigo utilizando informações completamente equivocadas
14:47e num cenário mais oposto ainda.
14:52Uma das matérias mais infelizes a que eu já vi publicado no Jornalinho Brasileiro,
14:57falando o quão prejudicial é o protecionismo brasileiro.
15:02Sinceramente, é uma matéria para emoldurar e colocar assim na contagração da distopia do que acontece no mundo hoje.
15:11No comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos, a tarifa brasileira média é de 2,7.
15:18Esse artigo fala as tarifas cheias.
15:23Seria como se eu tivesse uma tabela de preço numa empresa e desse forte desconto.
15:29E a pessoa fizesse referente à tabela cheia.
15:32Não o que acontece no mundo real.
15:35Então, existe uma coisa chamada, o Mendes falou aqui rapidamente, do ex-tarifar.
15:39Aquilo que o Brasil não produz, a tarifa é zero.
15:4270% das exportações norte-americanas para o Brasil, a tarifa é zero.
15:49O que vai dar uma tarifa média de 2,7.
15:53Agora, o mais importante é que, como fazem parte,
15:58são duas matrizes industriais no bloco ocidental
16:01e, com liderança, no geral, dessas cadeias de empresas norte-americanas,
16:07a estrutura industrial brasileira se moldou de maneira complementar aos Estados Unidos.
16:13Essa ação é muito ruim para esse sistema de integração.
16:18É ruim para o complexo produtivo norte-americano.
16:2282% das exportações brasileiras para os Estados Unidos são industriais
16:29e 90% do que nós importamos são também industriais.
16:35A origem do investimento direto estrangeiro no Brasil
16:39é liderado por capitais norte-americanos.
16:44E, no geral, quando as empresas brasileiras se globalizam,
16:48elas escolhem, em geral, o mercado americano
16:51para partir o seu processo de mundialização.
16:54Então, veja que é uma relação, uma construção de longo prazo,
17:00muito estável e que ganha os países.
17:03Eu até brinco na conversa.
17:06Aí eu digo assim, olha, o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos
17:10é um comércio sul-sul,
17:12porque é um comércio onde nós exportamos produtos industriais
17:16e importamos produtos industriais.
17:18Comércio sul-norte, se você olhar tecnicamente,
17:21tecnicamente, a balança comercial acontece mais costuma.
17:25Porque a gente exporta matéria-prima e importa manufatura.
17:28Então, eu acho que existe uma qualidade estratégica
17:32na relação do comércio bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos
17:36e a estratégia é onde eu quero estar no futuro
17:39e é onde os fundamentos da economia se posicionam,
17:43que eu tendo a achar que isso não vai ter fôlego,
17:50porque ele fere ao bom senso econômico.
17:54As tarifas médias que o Brasil tem hoje com o mundo,
17:59a efetiva é de 4,9%.
18:03Eu acho que nós somos a madre Tereza de Calcutá
18:09no mundo em forte modificação.
18:12Ao contrário, nós temos que mudar isso.
18:15Tem que haver uma estratégia de desenvolvimento industrial,
18:21porque o André não falou aqui,
18:23mas a petroquímica brasileira está sofrendo muito
18:26com a falta de uma visão estratégica para proteger a nossa indústria,
18:32assim como diversos outros setores estratégicos,
18:34como a siderúrgica.
18:35Como até anteontem eu estava na CNI,
18:37na Confederação Nacional da Indústria,
18:39e agora eu estou na Tupi, eu posso ter esse olhar geral.
18:43Com relação à Tupi e ao Brasil,
18:46eu concordo com o que a Anete falou aqui.
18:50O Brasil tem um enorme potencial, e com os termino,
18:53o Brasil tem um enorme potencial
18:55para se colocar na agenda de descarbonização produtiva,
19:01inclusive criando muitas oportunidades de integração
19:06com a economia norte-americana.
19:10Estados Unidos tem 6 mil data centers,
19:14o Brasil tem 168,
19:17a China tem mil,
19:20a Índia tem 700,
19:22a Europa somada vai ter em torno de mil.
19:25O Brasil tem energia limpa,
19:28temos canais, temos cabos,
19:30inclusive partindo do Ceará,
19:32com uma grande conexão,
19:33um território que é o Nordeste brasileiro
19:35com enorme potencial para energia sustentável.
19:38Esse, por exemplo, é um dos vetores.
19:41Eu acho que criar uma articulação maior
19:43numa agenda propositiva em torno de energia limpa,
19:49ter articulação e investimento de empresas norte-americanas
19:53em terras raras, por que não?
19:55Mas não vai ser numa relação de força
20:01que eu acho que a economia flui e se constrói.
20:04Até porque são decisões de longo prazo,
20:06e, normalmente, essas decisões mediadas pela política,
20:10elas criam alto grau de incerteza.
20:13Então, não vai haver uma fruição natural desse processo.
20:18Eu acho que apostar no caminho
20:21em que a história econômica
20:22que o Brasil e os Estados Unidos construíram
20:26faz muito mais sentido.
20:28E a estratégia da Tupi está toda focalizada nisso.
20:31Só para dar um exemplo e um highlight,
20:32nós temos um projeto de bioplantas.
20:36O Brasil é um grande produtor de massa biológica.
20:44Quando a gente pensa todo o complexo, Cristiane,
20:47de produção de frango, suíno,
20:50só que os dejetos disso são poluidores.
20:53Transformar isso em energia, em biometano
20:56e em fertilizante organo mineral é uma enorme potência
21:01e esse é um dos projetos disruptivos
21:04que nós estamos fazendo aqui mesmo em São Paulo,
21:08com pesquisa.
21:09Uma das empresas que nós compramos em 2022 foi a MWM
21:13e que tem um enorme drive de desenvolvimento
21:17e de competências nessa área.
21:19Eu acho que esse é um campo,
21:20inclusive um dos parceiros que nós estamos discutindo,
21:23como distribuidor global de fertilizante organo mineral
21:27é uma empresa norte-americana.
21:29Só não vou falar o nome porque temos um NDA
21:31que impede isso.
21:33Mas é na esfera do mundo real
21:36que, estrategicamente, vai ser o caminho de saída
21:40dessa crise comercial.
21:44Andrei, a mesma pergunta para você,
21:47então, com essa guerra tarifária,
21:50qual deveria ser a estratégia para o setor químico nacional?
21:54E quanto vai impactar a competitividade
21:58do setor químico nacional?
22:00Quanto vai, desculpa, não.
22:01Impactar a produtividade.
22:04Hoje nós estamos operando com uma ociosidade média
22:08das nossas plantas,
22:09a parte da planta que não é utilizada para produzir,
22:12em torno de 40%.
22:13Então, esse impacto já é um impacto forte
22:16dessa guerra comercial toda
22:18que o meu colega Rafael Luquez mencionou aqui.
22:22Então, a gente já vem convivendo há algum tempo com isso.
22:26Esse tarifar só vai aprofundar,
22:28só tende a aprofundar mais essa realidade.
22:32A gente precisa recuperar alguns instrumentos
22:35de defesa comercial do Brasil nesse cenário,
22:38como as medidas anti-dumping, por exemplo.
22:41Recentemente, o governo brasileiro também editou
22:45uma lista de decisões conjunturais,
22:48comerciais, transitórias,
22:49para enfrentar realidades dessa natureza.
22:52Então, encorpar essas medidas é um caminho importante
22:57do ponto de vista de política pública.
22:59Também recuperar os instrumentos,
23:01como disse o ministro Haddad aqui antes de nós,
23:04os instrumentos de incentivo fiscal,
23:08por que não dizer,
23:09localizados no tempo,
23:12com objetivo específico,
23:14focados.
23:15Nós estamos propondo isso atualmente
23:17no Congresso Nacional.
23:19Chama-se Programa Especial de Sustentabilidade
23:22da Indústria Química,
23:24por falar nesse novo cenário
23:26de economia sustentável no mundo.
23:29Nós estamos num processo de transição no mundo
23:32e a indústria química brasileira,
23:34ela já é a mais sustentável do planeta,
23:37não só por conta da base energética que nós temos,
23:41a indústria renovável,
23:42que o Rafael citava aqui antes de mim,
23:45toda essa base que nos coloca
23:48com praticamente 80% da nossa fonte de energia elétrica
23:52nesse espaço da energia renovável,
23:54mas também porque as nossas empresas,
23:57a Roda que vai falar aqui no próximo painel,
24:02pode falar mais em detalhe disso,
24:04mas os investimentos que foram feitos também
24:06em descarbonização,
24:09em redução de emissões de gases de efeito estufa.
24:13A nossa indústria fez muitos investimentos nessa direção,
24:16fez investimentos também no uso de matéria-prima renovável,
24:20de biomassa, etanol, óleos vegetais.
24:23Nossa indústria é líder,
24:25a indústria brasileira e a indústria química em especial
24:28é líder nesse mercado de sustentabilidade.
24:32Então incentivar essa transição,
24:34a aceleração dessa transição,
24:37sem perder de vista que é uma transição,
24:40Michael e Cristiane,
24:41ainda 80% da matéria-prima utilizada no mundo,
24:45na nossa indústria, é fóssil.
24:48Cerca de 70% da energia utilizada no mundo
24:51ainda é de base fóssil.
24:53Então nós estamos falando de uma transição,
24:56de um processo de alguns anos que nós vamos levar
24:59para fazer esse caminho.
25:03Então nós precisamos no nosso país
25:05ter acesso ao gás natural que nós produzimos.
25:08É fato que o ministro Haddad disse
25:10que as nossas reservas de gás e de óleo
25:13não são comparáveis a uma reserva de gás
25:16e de óleo russo ou árabe,
25:18ou mesmo chinês,
25:20ou mesmo norte-americano,
25:22que é o maior produtor de petróleo e gás do mundo hoje.
25:25Mas é fato que a gente tem gás e petróleo suficiente
25:29para financiar,
25:31para sustentar essa transição no Brasil
25:34em direção a um modo de produção mais circular,
25:38menos emissor.
25:41A indústria química já demonstrou isso.
25:42Nós fizemos a transição ao longo dos últimos 15, 20 anos
25:47para o consumo de gás natural,
25:49que é uma molécula de transição nesse processo todo.
25:52E começamos a fazer a transição também
25:55para uma economia de baixa emissão de carbono
25:58na nossa indústria,
25:59usando, como eu disse, a matéria-prima renovável,
26:02usando mecanismos de captura e uso de carbono.
26:06Então nós começamos a fazer isso.
26:08O que acontece é que o nosso país parece que insiste
26:11em parar os processos no meio do caminho
26:13e tentar encontrar uma bala de prata.
26:16Então nós não podemos fazer de uma hora para outra
26:19a reconversão total da nossa base produtiva
26:23para uma base produtiva
26:24que utilize completamente outras matérias-primas.
26:29A gente tem que saber combinar os processos
26:32para fazer uma transição e sermos mais competitivos.
26:35E também montar os modelos regulatórios adequados.
26:40Estabelecer um ambiente regulatório adequado
26:42é fundamental para o nosso país.
26:44Nós recentemente fizemos o marco regulatório do hidrogênio.
26:48Nós temos agora que fazer o programa
26:50especial de sustentabilidade da indústria química.
26:53Nós temos que ter programas que incentivem
26:55a transição na metalurgia também,
26:58para o aço sustentável.
27:01Então precisamos pensar esse conjunto regulatório.
27:06E o Brasil tem condições de fazer isso.
27:09Como citou aqui antes de nós também,
27:11de novo, o ministro Haddad,
27:12nós fizemos a reforma tributária
27:15dentro de um regime democrático
27:18com alta improbabilidade de que fosse dar certo.
27:20Então nós, creio eu, temos condições também
27:23de fazer um modelo regulatório para essa transição adequada
27:28e aproveitar essas oportunidades.
27:30Sem jogar fora todos os ativos que nós já construímos no nosso país.
27:34Anete, de que forma o BID tem ajudado empresas
27:38a superar barreiras de mercado aqui no Brasil?
27:42Como, por exemplo, acesso a financiamento,
27:45inovação, expansão de operações.
27:47Existem exemplos recentes que você possa nos dar
27:50ou métricas até de impacto
27:53que indiquem o sucesso dessas iniciativas?
27:56Obrigada por essa pergunta e, de fato...
28:00Eu estava perguntando, eu vi que você estava sorrindo,
28:01eu falei, ela está gostando da pergunta.
28:04Então mesmo, e vincula muito bem aqui com os caminhos
28:07rumo à inovação, diversificação e competitividade.
28:11E exatamente isso, acho que onde os multilaterais,
28:17que inclui o BID, obviamente,
28:20o parceiro principal do Brasil,
28:23dos multilaterais hoje, pode ajudar muito.
28:26Para dar uma ideia, a gente atualmente tem 14 bilhões
28:30no nosso portfólio de dólares, no nosso portfólio ativo,
28:34para justamente apoiar e, como mencionei,
28:37a produtividade e as oportunidades verdes
28:40são centrais à nossa estratégia.
28:42Ou seja, dos 140 operações financeiras
28:46e outros 140 de apoio a conhecimento
28:50e apoio de assessoria técnica
28:54são enfocados nestas áreas.
28:57Então, um apoio bastante substancial.
29:03Mas, concretamente falando, como a gente pode ajudar?
29:07O setor privado, o braço do setor privado,
29:11o BID Invest e da inovação, o BID Lab,
29:14trabalham diretamente com empresas.
29:17Aí a gente já escutou do André e do Rafael,
29:20das inovações que estão acontecendo
29:23e são necessárias para esta adaptação da indústria
29:28e as mudanças que sempre acontecem.
29:33Então, neste momento, talvez um pouco mais acelerado,
29:36mas sempre tem esses desafios e o mercado muda.
29:39Então, como a gente pode acompanhar?
29:41Então, o BID trabalha diretamente com as empresas
29:44para fortalecer os aspectos de inovação,
29:46para ajudar as empresas de fazer esses ajustes,
29:50conseguir o conhecimento e fazer troca de experiência
29:54e acompanhar com o capital paciente,
29:59que é muito importante nesses processos de transição,
30:02sobretudo na metalúrgica,
30:03os investimentos são de 10, 15, 30 anos.
30:06Então, precisa de um capital paciente.
30:08Então, aí o BID ajuda nessas transições.
30:11Também temos apoiado muito e de forma crescente
30:20o Brasil nas estruturações de parcerias públicas e privadas.
30:24O Brasil, de fato, tem um histórico muito forte
30:28de parcerias públicas e privadas,
30:31mas os modelos estão se tornando mais exigentes
30:34para poder ajudar melhor o setor empresarial,
30:39a indústria e a economia.
30:41Então, o BID também está acompanhando isso
30:43em muitos diferentes segmentos.
30:45Temos trabalhado em info-vias, em rodovias,
30:50em educação, em TICs, em...
30:53Que seja, sistemas de...
30:56Trisionários?
30:59De cadeias.
31:00De fato, estamos cobrindo de segurança
31:04até o acesso aos mercados.
31:08Estamos cobrindo muitos
31:09e é um trabalho
31:11que ajuda muito justamente
31:15a assegurar que temos este vínculo
31:19entre o investimento estrangeiro
31:22e a necessidade das empresas.
31:28E, pelo lado do setor público,
31:30André acabou de mencionar o setor regulatório,
31:34o BID também tem ajudado,
31:37inclusive aqui é o ministro Haddad e a sua equipe,
31:41por exemplo, com o EcoInvest.
31:42O que é o EcoInvest?
31:43O EcoInvest é um instrumento que ajuda
31:46a conseguir blended finance,
31:50conseguir uma rede cambial para atrair investimento externo
31:58e também ajudar as empresas a construir projetos
32:04que podem ser financiados e atrativos por investidores externos.
32:08Outros exemplos concretos incluem nosso apoio à reforma tributária,
32:14uma reforma fundamental, como já foi mencionado pelo ministro,
32:21mas também precisa de uma adaptação por parte dos estados e dos municípios
32:26para depois trabalhar isso de forma contundente com as empresas.
32:31Facilita muito, mas é uma mudança, também uma transformação.
32:34Então, podendo ajudar com isso, muito importante nesse momento.
32:38E, provavelmente, é um trabalho muito interessante
32:41para os presentes aqui na sala e online,
32:44trabalhar diretamente com facilitar o investimento.
32:49Para usar um exemplo que a gente tem apoiado
32:51com o Ministério do Vice-Presidente Alckmin,
32:54é o portal único de investimentos.
32:57Tem vários processos de exportação
33:01que a gente apoiou através desse portal
33:04que antes tomavam questões de meses e semanas,
33:09reduzindo a dias ou horas.
33:11E de centenas de licenciamentos para dezenas.
33:16Isso só pode ser algo que parece muito burocrático,
33:21mas vale dinheiro.
33:23Então, nesse sentido, o banco é muito orgulhoso
33:26de poder apoiar essas iniciativas
33:29que ajudem de forma expressiva o setor privado
33:32de ser mais competitivo
33:33e também poder usar esse dinheiro
33:36que resulta, talvez, nas inovações que são necessárias
33:41para continuar acompanhando os mercados.
33:43Então, para responder,
33:44acho que o maior papel dos multilaterais
33:47é juntar os atores
33:49que se precisam para construir pontes,
33:54literalmente e metaforicamente,
33:57e justamente levar, através desses pontes,
34:01construir os caminhos para inovação,
34:04diversificação e competitividade.
34:06Muito obrigado, Aneta.
34:08Rafael, gostaria de perguntar uma questão
34:10sobre infraestrutura.
34:12Segundo a Confederação Nacional da Indústria,
34:14o déficit da infraestrutura no Brasil
34:16é estimado a mais de R$ 3 trilhões.
34:18Quais são os investimentos mais estratégicos
34:23para reduzir custos
34:24e ampliar a competitividade dessas exportações?
34:27Olha, seguramente nós temos um déficit histórico
34:30com relação à agenda de infraestrutura.
34:33Os dados da CNI são por demais conhecidos
34:36e precisamos avançar naquilo que a Anete
34:41até falou muito bem,
34:42criar uma conjunção dos atores
34:44para que o investimento seja viável.
34:49Há muita incerteza quando você tem
34:53um tempo de retorno sobre o investimento
34:56que vai acontecer em décadas
34:58no mercado que opera no curto prazo,
35:02o mercado financeiro brasileiro
35:04opera muito no curto prazo
35:05e aí precisa dessas instituições
35:08mais resilientes, multilaterais
35:11e também o BNDES.
35:13Eu presidi o conselho do BNDES
35:14até recentemente.
35:16E é importante nós criarmos um marco legal
35:20para atrair o mercado de capitais.
35:23O Brasil tem um mercado de capitais sofisticado,
35:26essa é uma força competitiva
35:31da economia brasileira.
35:32Se nós pensarmos na América Latina,
35:34provavelmente 80% do mercado de capitais
35:38na América Latina é brasileiro.
35:39Há uma força competitiva.
35:42Mas ele precisa estar melhor e estabilizado
35:45para ser uma alavanca de impulsionamento
35:49de novos vetores econômicos.
35:51nós olharmos a indústria brasileira
35:57era maior do que a chinesa e a sul-coreana
36:00somadas em 1980.
36:03Então, olha só o quanto nós regredimos
36:06num elemento fundamental.
36:08O que é que o mundo,
36:09o que é que o último repórter lá do FMI,
36:12não é o último, é o penúltimo,
36:14coloca num conjunto de políticas industriais,
36:17da transição energética e da política industrial,
36:21seja nos Estados Unidos, seja na Europa,
36:23que o mundo entendeu o quão importante era isso.
36:27Quando a China resolveu se industrializar,
36:30aonde ela veio aprender?
36:32Ela veio aprender com o Brasil.
36:35Entretanto, nós repetimos a história chinesa
36:38lá do século XVI,
36:40nós que estávamos lá na frente
36:41e esquecemos as competências que o Brasil tinha,
36:46regredimos e empobrecemos.
36:48O Brasil é o país que mais se desindustrializou.
36:53No entanto, a gente tem um consenso nacional,
36:55um consenso assim meio passivo
36:58e igualmente estúpido,
37:01que a indústria não é importante para a economia.
37:05Não existe nenhuma sociedade,
37:07nenhum país em que isso seja uma realidade.
37:11Então, é uma crença,
37:12uma verdade escolhida.
37:14Nós precisamos pensar nisso, Michael,
37:18e é claro que a modelagem disso para o longo prazo
37:22é extremamente importante
37:23e ela é importante nos vetores
37:27em que o Brasil apresenta
37:29vantagens comparativas,
37:32lá do David e Ricardo,
37:33mas, mais do que isso,
37:34vantagens competitivas
37:36que nós possamos construir
37:38com articulação produtiva.
37:41Tem coisas que só o Brasil vai resolver.
37:45Nós gastamos quatro litros de diesel
37:48que sai da produção nossa da bacia de Campos
37:53para você gastar um litro de diesel
37:56num grande projeto de etanol no Mato Grosso.
38:02Faz sentido isso
38:03para movimentar máquinas agrícolas.
38:06Agora, por que isso?
38:08Porque as grandes produtoras de veículos
38:10não vão produzir um veículo
38:14com uma transição energética.
38:16Mas o Brasil tem uma empresa
38:17que sabe fazer isso,
38:18a Tupi,
38:20e que está vendendo.
38:21Foi estrela, inclusive, na AgroShow.
38:24Então, nós temos um motor
38:26que tem uma razão
38:27de eficiência e produtividade
38:29de 1,8,
38:31e que está melhorando cada vez mais,
38:32funcionando o etanol,
38:34inclusive elegível para selo verde,
38:37para crédito de carbono.
38:39Então, ao interesse nacional,
38:43nós temos que perder
38:45a ingenuidade
38:47de que não vai...
38:49Nós temos que ter uma base técnica
38:51para impulsionar isso.
38:53E na agenda de infraestrutura,
38:55isso é decisivo.
38:58Se nós formos pensar
38:59em Data Center,
39:00se nós formos pensar
39:01numa plataforma continental
39:05de mobilidade verde,
39:08é claro que a gente vai ter que pensar
39:09em toda a cadeia
39:10e resolver todos esses problemas.
39:13Então, não é uma agenda trivial,
39:16mas é uma agenda em que nós temos
39:17que conectar atores,
39:20seja para a infraestrutura,
39:22seja para os novos segmentos
39:24em que o Brasil apresenta
39:25vantagem competitiva.
39:27Nós temos que pensar,
39:28como o André aqui falou,
39:30na química verde,
39:31no aço verde,
39:33na transição energética
39:35para uma infraestrutura sustentável.
39:37E aí tem o que a Anete falou,
39:39o combustível de aviação sustentável,
39:42que faz 1% do comércio
39:44internacional brasileiro,
39:46e o combustível marítimo sustentável,
39:49que faz 99%
39:52a das nossas trocas globais.
39:54Então, essa é uma agenda
39:56que tem que ter uma consertação
39:58de projeto de país.
40:00Porque nós estamos perdendo
40:02essa competitividade industrial
40:04emergente
40:04para a China,
40:06Índia,
40:07Vietnã,
40:07Indonésia, etc.
40:09Porque o Brasil
40:10despriorizou isso.
40:13Eu acho importante.
40:15Veja só,
40:16como nós fizemos
40:17um agrocompetitivo.
40:19A agricultura e a pecuária
40:20é quanto do PIB brasileiro?
40:22Provavelmente,
40:23a ideia que vocês têm na cabeça
40:24está equivocada.
40:26É 7% do PIB brasileiro.
40:28E paga 0,7% dos tributos.
40:32A indústria é 22%.
40:34E a indústria de transformação, 14%.
40:37E paga 34% dos tributos.
40:41Nós sobre-oneramos.
40:43Mas aparece na imprensa
40:44gênios falando em verdades
40:47de que a indústria brasileira
40:49não é competitiva.
40:50Ela consegue ser competitiva
40:52apesar disso.
40:53Dessa distribuição
40:54absolutamente injusta.
40:56E é que gera mais emprego,
40:58gera mais desenvolvimento econômico.
41:00Só que nós temos que pensar
41:01em como impulsionar,
41:03e com isso termino,
41:04que o tempo terminou,
41:05como impulsionar
41:06uma agenda orgânica e estrutural
41:10a partir das vantagens
41:11competitivas brasileiras,
41:13como esses outros países
41:15que outrora vieram aprender
41:17com o Brasil,
41:18fizeram.
41:19O PIB relativo da China
41:20frente aos Estados Unidos
41:21era de 1%.
41:22Em 1979,
41:24quando Deng Xiaoping
41:25visita Washington.
41:27No ano de 2012,
41:27era 12%.
41:28Hoje, em dólar, é 75%.
41:30Mas a China é,
41:31em paridade do poder
41:32de compra da moeda,
41:33a maior economia do planeta
41:34desde 2017.
41:37E se o Brasil
41:37era maior do que a China
41:39em produção industrial,
41:40hoje a China é 25 vezes
41:42a produção industrial brasileira
41:44e é maior do que a produção
41:45industrial norte-americana
41:46e europeia somadas.
41:48Eles fizeram tudo certo.
41:50E nós fizemos tudo errado.
41:53E nós temos que ter
41:54a humildade de mudar,
41:56reconhecer e mudar.
41:57O que os Estados Unidos
41:58e a Europa estão fazendo
41:59é isso.
42:00Do jeito certo ou errado
42:01é outra discussão.
42:02Mas eles dizem,
42:03olha, nós demos bobeira,
42:04precisamos mudar.
42:06E o Brasil continua preso
42:08a ideias velhas.
42:09Nós precisamos mudar.
42:11Muito obrigada.
42:12A gente agradece muito
42:13a participação de vocês.
42:15Falamos aqui, né,
42:16das principais oportunidades
42:18e desafios
42:19no nosso mercado.
42:21Um prazer mesmo.
42:22Obrigada.
42:22que a gente gostou.
42:23Obrigada.
42:24Obrigada.
42:24Obrigada.
42:24Obrigada.
42:25Transcrição e Legendas Pedro Negri
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