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A reunião entre o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o Secretário de Estado, Marco Rubio (Republicano-EUA), terminou sem acordo para suspender o "tarifaço" de 50% imposto pelos EUA.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/ugOo2COF25M

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Transcrição
00:00E uma outra notícia, após o terceiro encontro entre Mauro Vieira e Marco Rubio, o governo
00:05brasileiro não conseguiu chegar a nenhuma medida prática e não avançou para suspender
00:11ou reverter o tarifácio.
00:13O ministro das Relações Exteriores de Lula confirmou que o Planalto apresentou propostas
00:18para solucionar as taxas e que agora vai esperar uma resposta dos norte-americanos.
00:24Mesmo com as conversas, o Brasil não foi um dos países beneficiados pela gestão Trump
00:29com a redução dessas taxas para café e banana, pois, segundo Vieira, o Itamaraty negocia
00:36apenas os produtos em geral e não apenas alguns, de forma pontual.
00:40Segundo informações do jornal O Globo, apesar de manter o otimismo em relação à queda
00:45no tarifácio, integrantes do Planalto passaram a ter mais ceticismo em relação ao fim dessas
00:51sanções.
00:53Do lado americano, uma emissora de TV brasileira afirmou que os Estados Unidos trouxe para
00:58a mesa de negociação a situação das big techs, sinalizando que a gestão Trump deve
01:03incluir esse tema em um eventual acordo com o Brasil.
01:07A taxação de plataformas e o desejo do Planalto em regulamentá-las gera muitas críticas
01:14dos americanos que veem uma tentativa de Lula de reduzir a concorrência das empresas americanas
01:20e minar a liberdade de expressão.
01:24Começar essa rodada com o Roberto Mota, mais uma reunião entre os representantes do Brasil
01:29e dos Estados Unidos, sem um acordo de fato.
01:32A informação que nós temos é que o Brasil apresentou uma sugestão para que os dois
01:37países tentem achar um caminho do meio para tentar apertar as mãos e fechar um acordo
01:45para reduzir o tarifácio.
01:47Diante dessas informações, o que você espera, hein, Mota?
01:51Estamos chegando perto do acordo?
01:53Bom, a gente não tem muita informação, né, Canhato?
01:58Porque ninguém sabe ainda que proposta foi essa.
02:02Eu procurei em tudo quanto é que foi o lugar da internet, perguntei até para a inteligência
02:06artificial qual foi a proposta que o Brasil entregou.
02:11Eu não consegui descobrir em lugar nenhum.
02:13Aí eu fiquei pensando comigo mesmo, acompanha o meu raciocínio, vê se eu estou errado.
02:18Deve ter sido uma proposta horrorosa, fraquíssima, sem pena em cabeça.
02:21Porque se fosse uma coisa boa, o governo já tinha divulgado, né, já tinha colocado
02:26na narrativa dele, veja que proposta maravilhosa que nós apresentamos.
02:30Então, eu acho que é uma conversa meia maluca que não vai a lugar nenhum.
02:36Eu fiz uma previsão aqui, vamos ver se eu estou bom, né, de previsão.
02:40Eu já falei, o governo vai ficar fazendo reunião para marcar reunião até chegar às
02:44eleições do ano que vem.
02:46E aí continua com essa narrativa dele de soberania nacional.
02:50A gente tem que tirar o chapéu.
02:52Se eu usasse chapéu, eu tirava o chapéu para o governo.
02:55Porque essa narrativa de soberania nacional deve ter custado uma grana muito grande, né,
03:03para o marqueteiro que bolou isso, porque ela agora está sendo usada para qualquer assunto.
03:08Vamos punir as facções, vamos chamar de terrorista.
03:11Não, não, não.
03:11Isso aí prejudica a soberania nacional.
03:15Tudo agora prejudica a soberania nacional.
03:18Então, eu acho que isso aí não vai dar em nada.
03:20Agora, deixa eu fazer uma ressalva, Caniato.
03:23Eu tenho o sentimento de que o Donald Trump está de olho nas eleições do ano que vem.
03:31Nas eleições americanas, né, americanas.
03:34Então, aquele Donald Trump ideológico, lá no começo do mandato, né, que entrou acabando
03:41com a USAID, mandando recado para os socialistas e progressistas do mundo inteiro, aquele Donald
03:47Trump está hibernando.
03:49Entrou agora o Donald Trump pragmático.
03:52Está preocupado com aquilo que é a coisa principal nas eleições, a economia.
03:56Então, eu tenho um sentimento, não é que isso me agrade, mas é inevitável eu dizer
04:02o que eu estou achando.
04:03Que essa história de tarifa vai cair, mais cedo ou mais tarde, porque o governo norte-americano
04:09já chegou à conclusão que eles não vão conseguir mudar o comportamento do Estado
04:14brasileiro ou do atual governo do Brasil com tarifas.
04:17Na verdade, o governo ou não está ligando para isso ou está até achando bom, por causa
04:22da narrativa.
04:23Então, eu tenho a impressão que essas tarifas, mais cedo ou mais tarde, vão cair.
04:26Nada a ver com nenhum plano, nenhuma proposta do governo brasileiro.
04:31É que, simplesmente, isso aí não adiantou de nada para o governo norte-americano e as
04:37eleições vêm aí.
04:39Então, eles têm uma coisa mais importante para se preocupar.
04:44Você dá, Vila?
04:45Claro, não temos detalhes, né?
04:47São informações pontuais, informações de bastidores.
04:51Não é nada oficial.
04:52Não tivemos acesso a esse documento que foi entregue pela representação brasileira
04:57ao governo norte-americano.
05:00Mas tem essa informação, né?
05:01De que os Estados Unidos teriam colocado a situação que envolve as big techs, as empresas
05:06norte-americanas.
05:08Se isso foi colocado na reunião, muda um pouco a dinâmica das tratativas.
05:13Não estaríamos falando somente, estritamente, de questões comerciais, né, Dávila?
05:19É verdade, Scaniato.
05:22Nós precisamos voltar à origem de tudo isso.
05:25O presidente Donald Trump reafirmou, nas suas cartas, a defesa do interesse norte-americano.
05:31A defesa do interesse norte-americano não é só questão de tarifas.
05:35Tudo aquilo que prejudica o norte-americano, Donald Trump unilateralmente já suspendeu a
05:42tarifa.
05:42É o caso do suco de laranja.
05:43Agora vai acontecer com o café.
05:45Aquilo que afeta o bolso do americano, não precisa nem negociação.
05:48Donald Trump é o primeiro a entender que aquilo vai aumentar a inflação de alimentos,
05:53vai deixar o povo americano mais insatisfeito e ele mesmo, unilateralmente, acaba com essas
05:58tarifas.
05:59Agora, há duas questões a isso, muito relevantes, que devem estar nessa negociação.
06:07A primeira, como você mencionou, a questão das big techs.
06:10O que é a questão das big techs aqui?
06:15A derrubada do marco civil da internet do seu artigo 19, aumentando o escopo de arbitrariedade
06:23para as big techs retirarem conteúdo do ar, sob pena serem processadas pelo Estado brasileiro
06:31e aí sofrer multa, isso certamente está à mesa da negociação, porque isso é algo
06:38que, na verdade, ataca duas coisas que incomodam os americanos.
06:44Primeiro, cerceamento da liberdade de expressão.
06:48E segundo, afetar financeiramente o negócio das big techs.
06:52E o Brasil é um grande mercado das big techs.
06:55Então, o governo vai ter que saber navegar neste assunto.
07:00E é um assunto que hoje ele não controla integralmente, ele só controla parcialmente.
07:08O que o governo pode fazer é, por exemplo, parar a sua vontade de aprovar projetos no Congresso
07:15Nacional que cerceiam a liberdade de expressão e a atuação das big techs.
07:20Isso o governo tem poder.
07:21Mas a decisão do Supremo Tribunal Federal hoje de interpretar o que é conteúdo ofensivo
07:28à democracia, à liberdade, o que é golpe de Estado, isso aí é um assunto altamente
07:35subjetivo, porque não tem lei definindo exatamente isso.
07:38E certamente esse assunto vai estar na mesa.
07:42O segundo é a questão de investimentos americanos.
07:46Os Estados Unidos, os americanos, são os maiores investidores externos no Brasil.
07:53E o que é preciso é desanuviar esta insegurança jurídica que prejudica enormemente cumprimento
08:03de contratos, estabilidade das regras do jogo e previsibilidade das leis e das decisões
08:10da corte.
08:10Então, esses assuntos, certamente, como você bem mencionou, tem um escopo político, mas
08:17tem um escopo altamente pragmático, como o governo brasileiro vai atuar para evitar
08:24que interesses norte-americanos financeiros e de investimentos não sejam afetados pela
08:30enorme arbitrariedade, hoje, do Estado brasileiro em fugir das regras e a decidir as coisas ao seu
08:39bel prazer ou de acordo com a interpretação e visão personalista de determinadas pessoas
08:48do judiciário.
08:49Você, Cristiano Beraldo, diante dessas informações que nós temos, inclusive, uma delas estampa
08:56a nossa manchete principal.
08:58integrantes do Palácio do Planalto até acreditam na possibilidade de reversão da taxação,
09:06do tarifácio.
09:07Muitos apostam que isso poderá ser alcançado, mas não o fim das sanções, sanções às autoridades
09:13brasileiras.
09:14Duas coisas distintas.
09:15E aí tem essa informação adicional, inclusive foi tratada pelo Dávila, que envolve as empresas
09:22norte-americanas, as big techs, as empresas de tecnologia, para além da questão de impostos,
09:29a taxação sobre a operação dessas empresas no Brasil, mas aquela ideia de regulamentar
09:35a atuação das redes sociais, o que poderia, inclusive, ser interpretado como censura em outros
09:42países, Beraldo?
09:45Zé Caniato, a gente tem uma situação muito complicada do ponto de vista da negociação.
09:52É óbvio que quando os representantes do governo brasileiro se manifestam, eles sempre vão
09:58se manifestar no sentido de valorizar o trabalho que eles estão fazendo.
10:03Então vão naquela linha, não, vai dar tudo certo, estamos avançando, já marcamos uma
10:08próxima reunião, as discussões estão muito técnicas, em alto nível, e aí vão querendo
10:16parecer que são muito competentes, que estão fazendo um belíssimo trabalho e tal, mas o
10:21que parece muito óbvio, do ponto de vista prático, é que o Brasil não tem um projeto
10:28para relação com os Estados Unidos.
10:30Então, quando você coloca uma expectativa de revogar todas as tarifas, quer dizer, o
10:38governo americano simplesmente suspender tudo aquilo que ele anunciou, sem que você coloque
10:45na mesa algo muito claro e concreto para resolver as condicionantes impostas pelo governo norte-americano,
10:52me parece muito improvável que a estratégia brasileira logrará algum sucesso.
10:57aliás, o problema não é nem o fracasso da negociação, é a oportunidade que se está
11:03perdendo.
11:05Já que se vai sentar na mesa com o principal player do mundo, a principal economia, a mais
11:13longeva democracia do mundo, que tem o maior e mais potente exército do mundo, vamos tratar
11:23de coisas estratégicas, vamos avaliar como é que uma relação mais forte com esse parceiro
11:32pode ajudar o Brasil a se fortalecer, a resolver problemas que até hoje nos seguram no subdesenvolvimento,
11:41problemas de educação, problemas de criminalidade, problemas de infraestrutura, tudo isso coloca
11:50o Brasil no patamar de país subdesenvolvido, aliás, quando a gente trata dessa questão
11:56da violência, além de subdesenvolvido, nós nos tornamos incivilizados, então o Brasil
12:04precisa muito de boas parcerias e poderia se beneficiar muito dessa, mas ele não trata
12:10disso, Caniato.
12:12Então, nós ficamos numa posição passiva e, como destaca bem o Dávila, os Estados Unidos
12:20vão decidindo aquilo que é do interesse deles.
12:24Se amanhã o interesse na madeira superar o interesse que os Estados Unidos têm no Canadá,
12:32por exemplo, na madeira do Canadá, ele vai zerar a tarifa aqui da madeira brasileira e acabou.
12:36E ele não vai pensar duas vezes, não vai colocar num contexto político, ele vai agir
12:42com absoluto pragmatismo, porque no final prevalece o pragmatismo norte-americano.
12:50Me chamou muito a atenção quando Donald Trump recebeu no Salão Oval dois empresários
12:57brasileiros que, graças ao dinheiro de graça e eles próprios tendo confessado atos de corrupção,
13:05conseguiram dinheiro de graça do BNDES para expandir os seus negócios na área de proteína
13:12de forma absurda, mundo afora, foram presos, confessaram corrupção e foram presos e, de
13:20repente, aparecem no Salão Oval.
13:23Eu falei, pô, está tudo acabado.
13:25Então, eles estão lá, obviamente, como interlocutores do presidente brasileiro, que são melhores
13:31amigos, aliás, viajam o mundo inteiro hoje, às costas do povo brasileiro.
13:37O presidente da República é o principal garoto propaganda dessa dupla de ex-detentos.
13:44Então, eu olhei isso e pô, está tudo acabado.
13:47Só que o pragmatismo norte-americano é tão forte que agora o próprio presidente Donald
13:53Trump já citou os dois nominalmente, dizendo que os Estados Unidos não querem ser dependentes
13:58deles.
13:59Não continuará havendo os seus pecuaristas sendo oprimidos por estrangeiros que entram
14:06no mercado norte-americano, achando que vão fazer aqui o que fizeram no Brasil.
14:11Então, dentro deste cenário e desse ambiente, eu não vejo a estratégia do Brasil ter a menor
14:18possibilidade de produzir um avanço concreto.
14:22Obrigado.
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