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O presidente Lula (PT) sinalizou insatisfação com a indicação de Marco Rubio para liderar as negociações do tarifaço com o Brasil. Lula pediu a Donald Trump que Rubio negocie "sem preconceito", em uma crítica velada à postura ideológica do Secretário de Estado.
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NotíciasTranscrição
00:00E o governo Lula revelou ter perdido ou pedido a suspensão das sanções e do tarifácio para poder prosseguir com as negociações com os Estados Unidos.
00:09O presidente brasileiro afirmou que a gestão de Donald Trump impôs as tarifas baseadas em supostas mentiras
00:15e afirmou ter entregue aos americanos um documento com todas as exigências do Brasil.
00:21Além da suspensão das medidas em sua fala, Lula também sinalizou ter pedido a retirada de Marco Rubio das negociações.
00:30Afirmando que os Estados Unidos deveriam enviar pessoas que gostam do Brasil e que estão dispostas a negociar verdadeiramente.
00:38Já Trump destacou que, apesar da boa reunião, não possui a certeza de que algo vai acontecer.
00:44Reforçando também que o interesse em fechar um acordo é totalmente do Brasil.
00:48Deixa eu já chamar os nossos comentaristas.
00:50O Luiz Felipe Dávila chegando para analisar este encontro entre Lula e Trump lá na Ásia
00:56que gera toda a expectativa por parte dos brasileiros a respeito da possibilidade de um acordo.
01:02Como é que você vê esse cenário?
01:05O que vai acontecer, hein?
01:06Dávila, boa noite, bem-vindo.
01:10Boa noite ao Mota, ao Beraldo e à nossa querida audiência.
01:14Olha, primeiro, temos sempre de celebrar quando a diplomacia brasileira tem, assim, um ar de racionalidade
01:25e foca nas questões unicamente comerciais.
01:29Esta pauta toda que diz que Lula soltou é o custo a acreditar, Coba.
01:35Se ele diz que Marco Rubio não é o negociador, eu entendo que se o presidente fez isso,
01:42ele cometeu uma agafe diplomática gigantesca.
01:45Afinal de contas, quem escolhe os seus negociadores é o presidente do país.
01:49É que nem o meu Trump chegasse e falasse assim, não, não, quero que o Mauro Vieira esteja na discussão.
01:54Isso não existe, isso é a autonomia de cada país.
01:57Mas o entendimento, a reunião entre os dois, assedimentou o caminho para as discussões comerciais.
02:04Agora, se elas vão sair do papel ou não, não sabemos.
02:09Porque o presidente do Brasil tem mania de politizar ou transformar tudo num palanque eleitoral.
02:16Mas para o bem do Brasil, seria ótimo que esta negociação saísse e de maneira exitosa.
02:25Ou seja, que as tarifas fossem derrubadas e as exportações do Brasil poderiam voltar a fluir para os Estados Unidos.
02:33Parece ter alguns itens, só para a nossa audiência entender um pouco melhor, Coba.
02:38Por exemplo, quase 70% da carne hoje utilizada para fazer hambúrguer dos Estados Unidos é exportada do Brasil.
02:48Então o hambúrguer americano está ficando mais caro.
02:50E Trump é uma pessoa que tem uma visão muito nacionalista e pragmática.
02:55Ou seja, se isso começa a afetar o preço do hambúrguer do americano, ele vai sentar e negociar.
03:02E é isso um pouco que ele está fazendo com o presidente Lula.
03:05A mesma coisa com o café.
03:06Então esses produtos que façam com que a inflação suba dos alimentos,
03:11é melhor negociar do que deixar os americanos cada vez mais insatisfeitos.
03:16Agora, não podemos esquecer um fato muito importante.
03:20Até hoje, três meses e meio se passaram desde que Donald Trump anunciou as tarifas contra o Brasil.
03:28Nesses três meses e meio, o governo brasileiro não fez um único gesto para negociar.
03:33E isto penalizou extremamente as exportações brasileiras.
03:39Nós perdemos aí mais de 10 bilhões de reais em exportação.
03:43Mais de 14 mil empregos foram destruídos por causa desta teimosia política, ideológica e eleitoreira do presidente brasileiro.
03:53Por isso, mostra que quando tem um ar de praticidade, objetividade e pragmatismo para focar unicamente nas questões comerciais,
04:06isso abre um caminho para um possível acordo.
04:09Mas ainda não é hora de celebrar.
04:12É hora de se preocupar com os próximos passos.
04:14Porque a boa atenção do presidente Trump em relação ao Brasil é apenas o começo de uma negociação e não o fim como o governo já começou a celebrar.
04:27Deixa eu já chamar também o Cristiano Beraldo, chegando para também analisar este encontro ocorrido entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos,
04:37Lula e Donald Trump, que deram ali uma entrevista antes do encontro acontecer
04:42e depois a repercussão toda que tanto representantes americanos quanto brasileiros também deram à imprensa do mundo todo sobre este encontro.
04:52Cristiano Beraldo chegando dos Estados Unidos para analisar o que esperar, a partir de agora, desta negociação.
04:59Boa noite, Kobayashi. Boa noite, Dávila. Boa noite, Mota. Boa noite, audiência que prestigia diariamente os pingos nos listos.
05:07Opa, é interessante porque quando você acompanha a repercussão na imprensa brasileira, você vê vários canais e várias figuras ligadas à esquerda
05:17colocando uma versão que não condiz nem com a realidade daquilo que se ouviu falar, sendo dito pelo presidente norte-americano e também pelo presidente brasileiro,
05:30mas também contrasta muito com a forma com que a imprensa internacional destacou, deu ali de interpretação ao encontro dos dois presidentes.
05:44E é interessante porque o presidente norte-americano, a dinâmica desse encontro, ela foi bastante curiosa, houve uma entrevista coletiva prévia.
05:52Então, não é que eles conversaram e depois falaram sobre a conversa, ficaram ali os dois presidentes com as suas equipes,
06:02o presidente norte-americano com aquela postura que ele sempre adota, com o corpo inclinado para frente, com as mãos uma passando na outra,
06:11enfim, com aquela cara de quem está liderando, quem está comandando ali o espetáculo, falando daquele jeito bastante assertivo com os repórteres,
06:21teve um episódio interessante que foi uma das repórteres começou a falar alto para tentar chamar a atenção e aí o presidente Donald Trump pergunta
06:32quem está falando alto? Foi você? Não faça isso, isso não é bonito você falar alto desse jeito e tal.
06:38Então ele foi colocando a turma na linha ali como ele costuma fazer.
06:41E o presidente brasileiro, recostado, de perna cruzada, ele foi sendo levado ali pela onda que estava passando por ele,
06:53até que chega um ponto que o presidente brasileiro fica incomodado e ele pede para que a entrevista seja interrompida.
07:01algo que o presidente norte-americano acha, não, está certo, está certo, essas perguntas realmente elas estão muito chatas,
07:09vocês fazem perguntas muito chatas e tal, e eles encerram a entrevista.
07:14Mas isso já foi uma demonstração muito efetiva do presidente brasileiro incomodado com o protagonismo de Donald Trump.
07:22E é óbvio que Donald Trump terá o protagonismo, ele é o presidente dos Estados Unidos,
07:28hoje a economia mais importante do mundo, o país que tem as forças armadas mais importantes do mundo,
07:34o país que tem um domínio tecnológico extremamente avançado, ainda é uma referência mundial.
07:41Então, obviamente, ele é a figura mais importante naquela sala.
07:44E para terminar dessa parte introdutória, Coba, outra coisa que me chama muita atenção é quando ele é,
07:53o Donald Trump é perguntado se eles tratarão de Jair Bolsonaro,
07:59e ele fala para o repórter ou para a repórter que perguntou que isso não é da sua conta,
08:06that's none of your business, isso não é da sua conta.
08:08Mas muita gente no Brasil traduziu isso como se o Bolsonaro não é da nossa conta.
08:16Não, não foi isso que ele disse, ele só quis desviar o assunto ali, não quis responder a repórter
08:21e colocou a repórter como uma figura enxerida, digamos assim, né?
08:26Obviamente, é uma piada, porque é o papel da repórter ser assim.
08:30Então, foi uma dinâmica 100% controlada por Donald Trump e que já nos seus primeiros momentos
08:38mostraram que havia um líder e havia alguém que estava ali para acompanhar, tentar acompanhar.
08:46E só para finalizar, achei curioso também quando o presidente brasileiro,
08:50ele numa tentativa, não sei exatamente se de afirmar que ele tinha se preparado para reunião,
08:57ele diz, olha, eu tenho uma lista longa aqui de assuntos para tratar com o presidente
09:00Donald Trump, inclusive eu trouxe essa lista escrita em inglês, porque se não der tempo
09:06da gente falar, eu entrego para ele.
09:07Ele diz, como assim?
09:08Primeiro, você está tendo uma reunião com o presidente dos Estados Unidos,
09:13se você não levar algo, uma demanda em inglês, aí realmente fica difícil.
09:19E depois você se colocar no assunto, olha, eu sei que ele não tem muito tempo,
09:23então eu fiz aqui a minha listinha, porque se eu não puder falar tudo,
09:27parece uma criança escrevendo a cartinha para o Papai Noel, vai no shopping,
09:31aí se não der tempo de eu falar tudo para o Papai Noel que eu quero,
09:35eu vou entregar a minha listinha para ele.
09:37Que conversa é essa?
09:38Isso não é postura de estadista, isso não é postura do presidente de um país
09:42que quer ser levado a sério.
09:44Então, vi assim, de forma muito evidente, uma situação incômoda para o presidente brasileiro,
09:50diante da qual ele teve dificuldade de encontrar o comportamento adequado.
09:56Chegando também ao vivo e diretamente do Rio de Janeiro,
09:58o Roberto Mota, para analisar este encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos.
10:04Mota, como é que você avalia este encontro?
10:07Temos um acordo à vista ou não?
10:11Oba!
10:12Essa vai ser uma questão muito interessante para a gente explorar aqui.
10:17Boa noite para você, boa noite aos meus colegas de bancada.
10:20Boa noite, boa noite à nossa audiência.
10:23Era uma reunião de países do sudeste asiático.
10:28Não se sabe muito bem o que o governo brasileiro foi fazer por lá.
10:33Se o que o governo queria era uma boa foto, é justo dizer.
10:39Conseguiu.
10:40Agora, a conversa com o Donald Trump pareceu que foi mais uma conversa para combinar a próxima conversa.
10:51Mas isso não importa muito.
10:53O que importa é que foi uma oportunidade para tirar uma boa foto.
11:00O que importa é a narrativa.
11:02Trump me pareceu um pouco desconfortável, inclusive, ele respondeu a uma pergunta de uma forma muito dura.
11:12Uma jornalista perguntou se o assunto Bolsonaro estaria na pauta.
11:17E Trump respondeu, não é da sua conta.
11:20A reunião, me parece, não foi tão boa quanto o governo brasileiro esperava.
11:28Mas também está longe de ter sido tão ruim quanto os opositores do governo gostariam.
11:36Não aconteceu nenhum momento Zelensky.
11:41E só com isso, o governo brasileiro está no lucro.
11:46Agora, há quem enxergue tudo isso de uma forma diferente.
11:51Um amigo que é bem informado comentou comigo que essa reunião teria sido um engodo geopolítico.
12:00Uma estratégia para desmobilizar a resistência da esquerda enquanto os Estados Unidos conduzem operações mais difíceis.
12:13Em outros lugares, como por exemplo, a Venezuela.
12:17Segundo esse meu amigo, a reunião teria gerado um grande mal-estar na esquerda latino-americana.
12:24Que agora estaria chamando o governo brasileiro de traidor.
12:31Luiz Felipe Dávila, eu quero entender a respeito de um dos pedidos que foi feito.
12:36Que tem sido repetido, não só pelo presidente Lula, mas por todos os seus interlocutores.
12:39O próprio ministro das Relações Exteriores também falou a respeito disso.
12:43Que é um pedido de que as sanções, inclusive tarifácio e aplicação da lei Magnitsky, né?
12:49Nos dois campos aí, nas duas frentes.
12:50Sejam suspensas, já de imediato, a partir de agora, enquanto eles continuam a negociar.
12:57Qual é a chance disso acontecer?
13:00Zero.
13:01Sim, objetivamente, zero.
13:04A chance do presidente Donald Trump simplesmente suspender as tarifas e falar que não tem mais lei Magnitsky.
13:11E agora vamos começar na negociação.
13:13É uma coisa inacreditável.
13:15Se o governo brasileiro espera isso, ele está sofrendo de alguma forma de delírio diplomático.
13:22Isso não faz o menor sentido.
13:25Ir à mesa de negociação com os Estados Unidos é preciso muita objetividade e pragmatismo.
13:31Eu vou dar aqui um exemplo que é assustador.
13:34Saiu recentemente um estudo, Koba.
13:36Por exemplo, nós sabemos que os Estados Unidos têm enorme interesse nos minerais raros no Brasil.
13:42Veja só, Koba, apenas 27% do território nacional hoje possui um mapeamento preciso sobre o potencial mineral efetivo.
13:53Ou seja, como o governo brasileiro vai negociar minerais raros, você nem sabe onde está o mineral raro.
13:59Só tem 27% do Brasil mapeado.
14:02É uma vergonha.
14:03Nós não temos dados.
14:05Nós não temos informação.
14:06Como é que o governo brasileiro vai sentar-se à mesa com os Estados Unidos e negociar um dos itens mais importantes nessa pauta, que é os minerais raros,
14:16se nós não temos dados, números e projeção de qual é o potencial de explorar esse mercado se a gente só tem 27% do território nacional mapeado.
14:25Pior, temos uma burocracia desastrosa no Ministério de Minas e Energias no Brasil, que mais de 80 mil processos administrativos estão represados, não foram nem aprovados.
14:38Então eles não conseguem nem aprovar as licenças.
14:40Aí sabe o que acontece?
14:42Caduca a licença, o investidor perde o interesse.
14:45Ou seja, se você pegar um único item, você vê o total despreparo do Brasil para uma negociação séria, objetiva, sobre um item fundamental para os Estados Unidos, que é a questão dos minerais raros.
15:01Então isso mostra que essa diplomacia de bravata, ó, primeiro vamos tirar aí as tarifas, acaba com a lei magnífica para a gente começar a discutir.
15:10Não tem menor senso na linguagem diplomática, isso é mais uma bravata eleitoreira para agradar a audiência doméstica.
15:19Então, este despreparo do governo brasileiro para negociar coisas concretas, como este item,
15:27mostra como é difícil chegar a um acordo objetivo com um governo absolutamente despreparado e contaminado pela diplomacia ideológica,
15:40militante e eleitoreira.
15:42O Cristiano Beraldo, um outro tema que chamou muito a atenção, foi nessa entrevista prévia que você mesmo já citou,
15:48alguém perguntando a respeito da Venezuela, se seria ou não um assunto entre os dois presidentes e o presidente americano rechaça.
15:54Falou, acredito que não, que esse não vai ser um assunto.
15:57Mas aparentemente foi, porque na entrevista que concedeu depois da reunião o Mauro Vieira, chanceler brasileiro,
16:05ele disse que o presidente Lula, inclusive, se colocou à disposição dos Estados Unidos para ser um interlocutor nas relações entre os Estados Unidos e a Venezuela.
16:15Ou seja, o presidente brasileiro querendo liderar aqui o cenário deste conflito, apaziguar a situação entre os vizinhos e os americanos.
16:23Olha, eu não sei nem o que dizer, Cova, porque você veja a situação que se cria.
16:30Os Estados Unidos estão tentando preservar a infestação de drogas que existem em seu território,
16:37que tem consequências muito graves do ponto de vista de saúde, tem um gasto brutal com segurança, segurança de fronteira,
16:44coisa que o Brasil não faz, não toma nem conhecimento, mas que os Estados Unidos levam a sério.
16:48E monitoramento nos portos, nos aeroportos, na fronteira terrestre, fronteira para o mar, enfim.
16:56Para todo lado, os Estados Unidos gastam muita energia, muito dinheiro, tentando proteger o país da entrada desenfreada de drogas.
17:05Boa parte dessas drogas vem da Venezuela, é produzida na América do Sul, produzida especialmente na Bolívia e na Colômbia,
17:12atravessa a fronteira para a Venezuela e, a partir da Venezuela, contando com não só a complacência,
17:19mas especialmente a ajuda do governo de Nicolás Maduro, essas drogas partem dali para entrar no território norte-americano.
17:29Os Estados Unidos têm um histórico de negociação próprio, Donald Trump, em diversos momentos,
17:34você tem ali altos e baixos da relação com a Venezuela, apesar de toda a tensão que existe por questões naturais.
17:42Só que agora os Estados Unidos chegam num ponto em que, enfim, cessou a tentativa de resolver pela negociação
17:51e eles estão se preparando ali para simplesmente aniquilar esta força que ameaça os Estados Unidos.
17:58Pois bem, não é uma acusação aleatória, não é um apontar de dedos, não é uma falação sem alguma base que a sustente.
18:10É uma decisão tomada em cima de provas e constatações bastante robustas e evidentes.
18:18O papel que o Nicolás Maduro tem no tráfico internacional de drogas hoje é um papel reconhecido.
18:26E aí vai o presidente brasileiro, mesmo tendo ouvido Donald Trump dizer que aquele tema não seria o foco da negociação,
18:38não seria o foco da reunião, e o presidente brasileiro, Koba, que está lá na Malásia nesta oportunidade única,
18:46porque, apesar de dizer ontem que as medidas de aumento de tarifas em relação ao Brasil foram tomadas baseadas em informações que não eram verdadeiras,
18:59o governo brasileiro, ao contrário do que disse o presidente, não reagiu de forma rápida,
19:05não correu até o governo norte-americano para esclarecer essas mentiras,
19:10essas informações incorretas que estavam sendo usadas.
19:14Somente ontem, anteontem, meses depois, é que o presidente brasileiro teve essa oportunidade.
19:21Qual era o papel do presidente brasileiro para o bem do Brasil?
19:27Defender com unhas e dentes a redução das tarifas que foram impostas ao Brasil.
19:34É esse o maior bem que o presidente brasileiro poderia produzir para a nossa economia,
19:40permitir que as empresas brasileiras que têm produção destinada ao mercado norte-americano pudessem voltar a produzir e ser competitivas.
19:48Mas aí ele pega esse momento tão delicado e tão raro, e ao invés de focar exclusivamente nisso,
19:57ele fala, presidente Trump, pera aí um pouquinho, pera lá um pouquinho.
20:00Vamos falar aqui do meu amigo Nicolás Maduro, tadinho.
20:05Você colocou ali porta-aviões, colocou o grupo da CIA para poder tirar o Nicolás Maduro do poder,
20:15mas não, coitadinho, ele ganhou uma eleição legítima.
20:18Ele é o legítimo presidente da Venezuela.
20:22E se você precisar falar com ele, para a gente encontrar aí uma forma de resolver essa situação,
20:28não, conta comigo, que eu sou a chapa dele.
20:32E o presidente brasileiro, Coba, se coloca como interlocutor de um traficante,
20:39depois, dias depois, de dizer que o traficante é vítima do usuário.
20:45Então, essa dinâmica vai formando um cenário em que é absolutamente impossível levar o presidente brasileiro,
20:57o governo brasileiro, a sério.
20:59E aí vem pedido para tirar Marco Rubio da negociação,
21:03vem uma série de comportamentos que são absolutamente inaceitáveis,
21:08e que o presidente Donald Trump, naquela entrevista prévia, já deixou claro.
21:12Nós não sentamos a mesa com a China, nós não sentamos a mesa com a Malásia,
21:17nós não sentamos a mesa com a Indonésia, nós não sentamos a mesa com o Brasil sem informação.
21:21Ele diz isso textualmente.
21:23Nós temos muita informação quando a gente vai sentar numa mesa para negociar.
21:29Então, o presidente brasileiro jogou tudo no lixo,
21:34em nome da defesa de um discurso absolutamente ideológico, não sustentável,
21:39até porque o presidente brasileiro foi extremamente atacado na Índia,
21:43lá que é o I dos BRICS, mas a imprensa indiana estava lá, esculhambando a postura do Lula.
21:50E ele, além de tudo, ainda vai defender um traficante internacional de drogas.
21:54E realmente não há nenhuma esperança de que isso produza efetivos resultados.
21:59Roberto Motta, e a sua avaliação da participação,
22:02O que esperar da participação do Brasil neste conflito entre Estados Unidos e Venezuela,
22:08entre Trump e Maduro?
22:11Eu acho que a gente tem que reformular essa pergunta, Koba.
22:15O que esperar da participação do governo do PT nessa história?
22:20Não é do Brasil.
22:22O Brasil não tem absolutamente nada a ver com isso,
22:26a não ser pelo apoio que ele deve dar ao povo da Venezuela.
22:33Agora, essa história é uma história meio maluca, né?
22:36Mais uma.
22:38Porque quem decide sobre essas sanções não são dois presidentes.
22:44Quem decide sobre as sanções é um presidente apenas,
22:49chamado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
22:53A gente fica achando que esse encontro, de alguma forma,
22:58beneficiou o governo do PT, né?
23:01Cuja preocupação principal é a narrativa.
23:04Nada além disso.
23:06Mesmo neste caso da Venezuela,
23:09ao se oferecer para fazer a intermediação,
23:12isso é jogar para a plateia, né?
23:15Mas é preciso lembrar que há muita coisa ainda em jogo,
23:21além das sanções magníticas.
23:25Eu acho que a situação da Venezuela é provavelmente a mais urgente.
23:29Ninguém sabe o que vai acontecer por lá,
23:32ninguém sabe se uma invasão da Venezuela está nos planos.
23:36Mas tem também a investigação sobre a sessão 301,
23:42que ainda está em andamento.
23:44O resultado ainda vai sair.
23:46Essas são apenas algumas de muitas pautas
23:51que ainda podem colocar o governo brasileiro
23:55em uma situação muito difícil.
23:58Isso é claro.
24:00Se o próprio governo não der outro tiro no pé
24:03com mais uma declaração pitoresca
24:07sobre traficantes de drogas.
24:10Agora são 18 horas e 25 minutos.
24:13A gente vai para o nosso primeiro e rápido intervalo
24:16para quem está nos acompanhando pela nossa rede.
24:18É rapidinho, a gente já volta.
24:19Por aqui a gente segue com mais opinião
24:21a análise do Luiz Felipe Dávila
24:23sobre essa questão,
24:25agora envolvendo o conflito todo
24:27entre os Estados Unidos e o regime de Nicolás Maduro.
24:30Todas as operações que são prometidas pelos americanos,
24:33inclusive em território venezuelano.
24:36Algumas embarcações que já foram atingidas,
24:38algumas pessoas inclusive já morreram,
24:39pessoas ligadas ao narcotráfico
24:41e o presidente brasileiro se colocando à disposição
24:44para intermediar a situação entre os dois países.
24:48O que será que o presidente americano
24:50pensaria da participação do presidente brasileiro
24:53nessa mediação, Dávila?
24:55Quando vê os vídeos da visita de Maduro ao Brasil,
24:59recebido com pompas, tapete vermelho,
25:01quando vê que o partido do presidente brasileiro
25:03celebrou a vitória, entre aspas, de Nicolás Maduro
25:07na última eleição fraudada que foi, né?
25:10Claramente fraudada que foi,
25:12inclusive com representantes no dia da posse.
25:15Será que é esse o perfil de interlocutor
25:17que os Estados Unidos precisam?
25:20Você gostaria de ter um interlocutor como esse
25:23que é totalmente parcial?
25:24É óbvio que não.
25:26Então, é um interlocutor no descrédito total.
25:29Na verdade, o que o presidente Donald Trump quer
25:32é uma espécie de, no máximo, de neutralidade do Brasil.
25:36Para o Brasil não se meter, não tomar uma posição muito dura,
25:39muito enfática na defesa do ditador.
25:43E isso é um constrangimento para a diplomacia brasileira.
25:46A diplomacia brasileira, tradicionalmente,
25:50apoia justamente as democracias.
25:53Então, como é que vai defender agora um ditador
25:56contra o restabelecimento da democracia na Venezuela?
26:00É uma situação muito complicada para a diplomacia brasileira.
26:04É contraditória ao desejo político-partidário ideológico,
26:10essa afinidade do presidente da república
26:14com o ditador e narcotraficante,
26:17e a diplomacia tradicional do Brasil
26:20de defesa dos interesses nacionais,
26:22que é justamente apoiar regimes democráticos.
26:24Então, é como é que você vai ser contra
26:26a volta da democracia e, ao mesmo tempo,
26:29apoiar um ditador?
26:30E, além de tudo, criar um enorme problema com os Estados Unidos
26:33no meio de uma negociação tarifária
26:36de extrema importância para os interesses nacionais.
26:40É isso que eu digo.
26:41O Brasil vai ter que ter um pouco mais de responsabilidade
26:46e juízo na conduta da política externa
26:48nesse momento extremamente delicado.
26:50Se ele pender para o lado ideológico e militante,
26:53como vem ocorrendo ultimamente,
26:56vamos perder uma enorme oportunidade
26:59de derrubar essas tarifas
27:00que prejudicam as exportações brasileiras,
27:04destroem empregos no Brasil e investimentos.
27:06Nós não podemos esquecer algo muito importante.
27:09Apesar do comércio insignificante do Brasil com os Estados Unidos,
27:15na verdade, as exportações e importações brasileiras
27:17representam 1,1% do comércio com os Estados Unidos.
27:22Então, é nada.
27:23Mas tem algo fundamental, Koba.
27:27Os americanos são os investidores número um do Brasil.
27:31Investimento estrangeiro no Brasil,
27:33o maior investidor estrangeiro no Brasil são os Estados Unidos.
27:37Então, você criar um problema com os Estados Unidos nesse momento
27:41não é apenas perpetuar o sofrimento dos exportadores
27:47e a destruição de empregos.
27:49é impedir o fluxo de investimento dos americanos no Brasil,
27:55que, na verdade, são os nossos maiores investidores internacionais.
27:59Então, é preciso estar de olho nos interesses nacionais
28:03e não nas questões eleitoreiras e partidárias.
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