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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, levou pautas econômicas e políticas para a reunião com o Secretário de Estado Marco Rubio, em Washington. O Brasil tenta reverter o tarifaço e as sanções impostas por Donald Trump, alegando que as medidas prejudicam a economia.


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Transcrição
00:00Vamos agora a um outro tema, porque o presidente Lula se reuniu na tarde desta sexta-feira com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, onde teria recebido detalhes sobre a primeira conversa com os Estados Unidos sobre o tarifaço.
00:16O encontro entre o chanceler brasileiro e o secretário de Estado americano Marco Rubio durou pouco mais de uma hora e, segundo nota conjunta que foi divulgada pelos países, a conversa foi muito positiva e marcou também a reabertura do diálogo entre Brasília e Washington após meses de crise diplomática.
00:38Interlocutores do Planalto disseram que as discussões se concentraram em temas comerciais e também em relação às sanções contra autoridades.
00:48A expectativa do governo brasileiro é que as negociações avancem e o encontro entre Lula e Trump ocorra nas próximas semanas.
00:57Quero ouvi-los e quero começar com o Dávila. Dávila, de fato, você acredita que o pragmatismo econômico, as relações que existem, o superávit,
01:08brasileiro vai prevalecer em relação aos Estados Unidos e as questões políticas ficarão de fora mesmo, Dávila?
01:17Marcelo, o sinal quando Donald Trump encontrou Lula e disse que houve uma química era justamente para tentar colocar um ponto final na exploração política do episódio e começar a focar mais nas questões comerciais.
01:31E foi isso que ocorreu nesse primeiro encontro, parece que foi isso, porque nós não sabemos, né?
01:37Nesse primeiro encontro entre o secretário de Estado Marco Rubio e o chancelar Mauro Vieira.
01:43Então, parece que está andando bem as discussões sobre as questões econômicas, principalmente porque os Estados Unidos têm um interesse muito grande nos minerais raros,
01:54que o Brasil é o segundo maior produtor no mundo, esse é um componente vital para os Estados Unidos, tanto para a defesa americana como para a parte de tecnologia.
02:04Então, talvez essa possa ser o pomo do entendimento, não o pomo da discórdia, mas do entendimento à questão em torno de minerais raros no Brasil.
02:13Agora, o governo tem que tomar cuidado com seus atos diplomáticos, porque evidentemente a questão política pode contaminar a negociação econômica,
02:24principalmente se o Brasil insistir em temas políticos e mostrar discordância com os Estados Unidos numa questão importante, por exemplo, agora como da Venezuela.
02:36Então, quem pode colocar a perder essa negociação é o Brasil, se continuar a trilhar o caminho dessa diplomacia militante, ideológica, partidária,
02:47que não tem nada a ver com o papel tradicional da diplomacia brasileira de defender os interesses nacionais.
02:53Afinal de contas, o interesse nacional do Brasil hoje é reduzir as tarifas, retomar as exportações,
03:00porque, afinal de contas, elas estão impactando as exportações brasileiras.
03:05Já perdemos mais de 40 bilhões de reais em venda, já caiu 20% as exportações para o nosso segundo maior parceiro comercial.
03:14Palumbo, acredito que não há espaço mesmo para reversões aqui, intimidações em relação a mudanças jurídicas no país,
03:23e a questão econômica é a mais viável neste momento?
03:26Acho que nós perdemos o contato com o delegado Palumbo, então eu faço essa pergunta para você, Mota.
03:36É uma pergunta difícil, Marcelo.
03:43Eu vi que, em uma coletiva de imprensa, o chanceler brasileiro declarou que a reunião com o Marco Rubio
03:52foi marcada por uma atitude construtiva.
03:56O chanceler parece que teria dito também que a conversa foi o início de um processo auspicioso.
04:06Eu não sei quanto ao café, aço ou essas tais terras raras,
04:13mas uma coisa o governo brasileiro já mostrou que pode exportar.
04:18Há adjetivos.
04:19Eu estou até aqui imaginando que pode ter havido até o uso de inteligência artificial.
04:26O chat GPT me sugira aí dez adjetivos positivos para que eu possa descrever uma reunião
04:33na qual nada foi resolvido.
04:38Dá para imaginar até aquela cena de uma fábula clássica.
04:43espelho, espelho meu, existe governo mais esperto do que o meu?
04:48E aí o espelho responde, existe sim o governo de Donald Trump.
04:54Palumbo está de volta conosco, né, Palumbo?
04:57A gente observa agora que há um silenciamento do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos
05:03após esse encontro.
05:06Nós tivemos faz muito tempo que ele não dá entrevista, que ele não dá as suas declarações
05:10aí, evidentemente, que inclusive ajudaram a alavancar a popularidade do presidente Lula.
05:15O senhor acredita que, de fato, agora haverá espaço para discussões políticas ou só econômicas?
05:22Eu espero que o governo brasileiro deixe de lado o viés político ideológico
05:27para o bem da nação, para o bem da economia brasileira.
05:30Um chefe de Estado não pode colocar o seu viés político ideológico acima dos interesses da população.
05:38E a política é feita de gestos.
05:41Quando ele se intromete ou joga uma indireta, ou mesmo uma direta,
05:45tão clara quanto a Luiz Solar, em relação às atitudes do presidente americano
05:49com relação à Venezuela, já cria uma rusga.
05:54Não é o momento disso, é o momento de pacificação.
05:56Então, que se deixe de lado todo o viés político ideológico e pense na nação brasileira.
06:03E a grande verdade é que o povo brasileiro, que vai ser o principal atacado por essas tarifas,
06:10que vai sofrer o maior prejuízo, a grande verdade é que eles não estão nem aí
06:15com essa briga ideológica extremista de direita com a esquerda.
06:19Eles querem os produtos mais baratos na sua mesa, na sua casa, do consumo geral.
06:23E quando a gente vê um presidente sempre colocando o viés político ideológico
06:30acima dos interesses da nação, inclusive não era momento nenhum de se lançar
06:34nenhum tipo de indireta ou mesmo comentar sobre o assunto, fica muito difícil.
06:39Nessa briga, é muito claro que quem perde é o Brasil.
06:43Sem dúvida, Davila.
06:44E você percebe, então, esse silenciamento de toda a ação que havia
06:48lá nos Estados Unidos envolvendo a família Bolsonaro?
06:50Marcelo, o importante nesse momento é mostrar que a diplomacia brasileira
07:00pode superar as brigas políticas.
07:04Isso é que falta na diplomacia brasileira, porque parte do movimento
07:09de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos acabou tendo enorme repercussão no Brasil
07:13justamente porque a diplomacia é liderada por essa questão ideológica, militante e partidária.
07:19se a nossa diplomacia tivesse seguido a grande tradição do Barão do Rio Branco
07:26que sempre soube separar os interesses nacionais das questões político-partidárias
07:31e essa foi a grande tradição no Itamaraty durante tanto tempo
07:35nós não estaríamos com uma diplomacia aderiva, perdida e refém de pressão político-partidária ideológica.
07:43Esse é o problema.
07:44Então, aí a diplomacia perde o seu papel, a sua influência e a sua força.
07:51Então, hoje, a diplomacia brasileira tem uma oportunidade, neste caso específico das tarifas americanas
07:59para retomar a sua tradição de negociar coisas que concernem os interesses brasileiros
08:06e deixar de lado a política.
08:08Mas isso, Marcelo, parece cada vez mais difícil num governo populista
08:13que a cada esquina tenta, perde o controle e passa a atuar de maneira partidária, militante na política externa.
08:24É mais um palco para o populismo e isso debilita as relações exteriores e a conduta da nossa diplomacia.
08:31Vamos fazer uma rápida parada para você que nos acompanha pela rede.
08:38E agora eu quero ouvir o Roberto Mota também sobre essa questão política e econômica
08:42que envolve todo esse acordo e, é claro, as repercussões aqui no Brasil, Mota.
08:47O mundo é ideológico.
08:50Basta a gente dar uma olhada rápida nas notícias.
08:54Não existe quase nenhum país no mundo hoje, à exceção dos regimes fundamentalistas e das ditaduras do Oriente,
09:04não existe quase nenhum país do mundo hoje onde não esteja ocorrendo um embate entre a direita e a esquerda.
09:12Então, na minha opinião, não faz sentido nenhum se esperar da diplomacia brasileira
09:19ou de qualquer outra diplomacia que ignore isso.
09:22Eu acho que o chamado que nós temos que fazer é pelo bom senso,
09:28para quem acha que ainda vale fazer o chamado do bom senso para o atual governo do Brasil.
09:34Mas a pergunta é, quando você senta na mesa de negociação, qual é o seu objetivo?
09:43Essa é a pergunta que tem que ser feita.
09:45Quando você senta na mesa de negociação, você está visando o bem-estar da nação?
09:52Você quer colocar o seu país em uma situação que coloque ele numa trajetória de desenvolvimento
09:59para que as gerações futuras tenham uma vida muito melhor do que a nossa?
10:03Ou a sua preocupação é com a eleição do ano que vem?
10:07Ou o seu interesse principal é, seja lá o que for que acontecer,
10:11eu quero construir aqui uma narrativa que me dê uma vantagem eleitoral.
10:16Se você senta na mesa de negociação já comprometido com a defesa de aliados,
10:23como Venezuela, Cuba, Irã, China, o que você vai negociar lá exatamente?
10:29Nada.
10:30Você vai simplesmente enrolar, ganhar tempo, tentar criar narrativas,
10:36esperar até que chegue a eleição.
10:38E aí, ganhando a eleição, você vai continuar fazendo exatamente o que você fez até hoje.
10:46Exatamente, né, Davi?
10:47Aí fica aquela questão, um minuto para você, de olhar o longo prazo é sempre a próxima eleição, né?
10:54Quer dizer, não tem política de Estado.
10:56Tem, assim, a política que eu vou fazer, o populismo, para eu ganhar a próxima eleição e depois a gente se vira.
11:01É por aí, Davi, lá?
11:03É, mas na política externa não deveria ser assim.
11:06Na política externa deveria ser a questão de relações permanentes entre Estados.
11:12Tem que pensar o seguinte, relação entre Estado é uma relação permanente.
11:15Pode mudar o poder, pode mudar a eleição, pode mudar o presidente e o primeiro-ministro,
11:18mas as relações entre países são permanentes.
11:21Portanto, elas não podem ser contaminadas por a questão política e ideológica.
11:26Lógico, tem lá um recheiozinho, porque cada partido dá um tom,
11:29mas o fato é, se não tratarmos as relações exteriores como relações permanentes entre países,
11:35nós perdemos grandes oportunidades de chegar a grandes tratados, negócios e acertos.
11:41Por exemplo, vou dar um exemplo.
11:42A questão do acordo Mercosul-Comunidade Europeia passou por quantos governos, Marcelo?
11:47Nós temos mais de 20 anos de negociação contínua.
11:50Então, um governo esfria, o outro esquenta, mas o fato é que teve continuidade.
11:56Caso contrário, nós não teríamos chegado a um acordo sobre Mercosul-Comunidade Europeia
12:02se você tratasse a questão diplomática só unicamente sobre um prisma ideológico eleitoral.
12:08Então, temos de separar as coisas.
12:11Política externa significa interesses permanentes e relações permanentes entre países.
12:19Não dá para tentar trazer as relações internacionais o tempo inteiro para o jogo eleitoral.
12:24Isto é, debilitar o país.
12:26E é o que está acontecendo com o Brasil.
12:28A insignificância e a irrelevância do Brasil na política externa
12:32é fruto de uma política externa que se tornou mais um palco para o populismo político eleitoreiro.
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