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O novo decreto do Programa de Alimentação do Trabalhador, assinado por Lula, foi considerado um marco pela Associação Brasileira de Supermercados. Fernanda Câmara detalhou as mudanças e Mariana Almeida analisou os impactos econômicos e na inflação.

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Transcrição
00:00A Associação Brasileira de Supermercados considerou como um marco histórico o novo decreto do Programa de Alimentação do Trabalhador
00:08que foi assinado nesta terça-feira pelo presidente Lula.
00:12De acordo com a entidade, o decreto torna o programa mais justo, mais eficiente e mais acessível,
00:19beneficiando diretamente o trabalhador brasileiro e fortalecendo toda a cadeia de abastecimento de alimentos.
00:25E quem nos traz todos os detalhes é a Fernanda Câmara, que fala ao vivo aqui de São Paulo.
00:31Oi, Fernanda, bom dia pra você, boa quarta-feira.
00:35Quais foram as outras justificativas do governo pra essa mudança, pra esse novo decreto, hein?
00:43Tudo bem, Paula. Muito bom dia pra você, bom dia a todos.
00:47Olha, Paula, a Associação Brasileira de Supermercado diz que as mudanças propostas no programa
00:52que trata do Vale Alimentação e Vale Refeição pagos aos trabalhadores eliminam cobranças abusivas
00:58que elevavam os custos para o varejo e, consequentemente, pro consumidor.
01:02Entre as novidades, o decreto estabelece limites pras taxas cobradas pelas operadoras.
01:07A taxa máxima dos estabelecimentos será de 3,6% e a tarifa de intercâmbio terá teto de 2%.
01:15Também reduz o prazo de repasse dos valores dos estabelecimentos para até 15 dias corridos,
01:21o que determina que em até 360 dias qualquer cartão do programa funcione em qualquer maquininha de pagamento.
01:29A entidade ressaltou ainda, Paula, que o novo PAT é uma medida de combate à inflação
01:34e também um estímulo à concorrência.
01:37A taxa cobrada dos estabelecimentos não poderá ultrapassar 3,6%.
01:42A tarifa de intercâmbio terá teto de 2%, sendo vedada qualquer cobrança adicional.
01:49As empresas terão 90 dias para se adequar a essas regras.
01:53Em até 360 dias, qualquer cartão do programa deverá funcionar em qualquer maquininha, então,
02:00de pagamento com a implementação da interoperabilidade plena entre as bandeiras.
02:05Essa medida amplia a liberdade de escolha das empresas, trabalhadores e estabelecimentos também.
02:11O repasse dos estabelecimentos deverá ocorrer em até 15 dias corridos após a transação,
02:17norma que entra em vigor em até 90 dias.
02:21Atualmente, restaurantes e similares recebem os valores 30 dias após as transações.
02:27Sistemas com mais de 500 mil trabalhadores deverão ser abertos em até 180 dias,
02:33de maneira que quaisquer facilitadoras que observarem as regras da bandeira poderão participar desse arranjo,
02:40desse programa.
02:41Isso amplia a concorrência e reduz a concentração de mercado,
02:45uma vez que, no arranjo fechado, as funções do instituidor, emissor e credenciador
02:50podem ser exercidas pela mesma empresa.
02:54Entre as regras de proteção estão a proibição de práticas comerciais abusivas,
03:00como deságios, descontos, benefícios indiretos, prazos incompatíveis com repasses pré-pagos
03:07e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação.
03:11E, Paula, essas regras têm vigência imediata,
03:15assim como a obrigação das empresas beneficiárias de orientar os trabalhadores
03:19e cumprir todas as normas do programa.
03:22Eu volto com você, Paula.
03:25Muito obrigada, Fernanda Câmara, por essa primeira entrada ao vivo.
03:29Daqui a pouco a gente volta a se falar.
03:30Bom trabalho por aí.
03:32E quem já está comigo aqui no estúdio é ela, como sempre, Mariana Almeida.
03:37Mari, bom dia.
03:38Boa quarta-feira.
03:39Já chegamos no meio da semana, né?
03:40Meio da semana, Paula.
03:42Bom dia pra você e pra todo mundo que acompanhou agora.
03:44Mari, em relação a essas informações desse novo decreto do presidente Lula
03:48sobre o Vale Alimentação e o Vale Refeição,
03:51pelo que eu estava me informando aqui, e a Fernanda também adiantou algumas coisas,
03:55as empresas não gostaram muito dessas mudanças.
03:59Agora, do ponto de vista econômico, esse novo decreto,
04:02essas mudanças podem ajudar, inclusive, a combater a inflação, não é isso?
04:06Pois é, Paula, é que os agentes econômicos, eles estão ali, por definição,
04:11maximizando o seu lucro, né?
04:13Então, as empresas estão na busca da maximização e, muitas vezes,
04:16uma das estratégias importantes são estratégias de fidelização,
04:20de conseguir ampliar a margem com cada cliente.
04:22E na forma como o mercado estava funcionando antes,
04:25tinha um espaço maior pra isso.
04:27Ou seja, empresas grandes acabavam conseguindo impor custos mais altos
04:32e também de serem as únicas que vendiam em alguns estabelecimentos,
04:36garantindo, então, essa fidelidade.
04:38Isso é que foi regulamentado agora, na medida em que existe a necessidade
04:43das empresas, dos consumidores poderem usar os seus cartões
04:46em diferentes estabelecimentos.
04:48Isso amplia a circulação da concorrência.
04:51Do ponto de vista do sistema, é melhor.
04:54Por quê?
04:54Porque ampliar a concorrência significa, basicamente,
04:57reforçar o poder de escolha do consumidor.
04:59Ou seja, ele pode ir, escolher e comprar onde ele julgar
05:03que está entregando o melhor serviço.
05:05Nesse sentido, ele pressiona para que as diferentes empresas
05:08tenham que buscar o melhor serviço,
05:10tenham que buscar agradar esse consumidor.
05:12E aí é que tem essa ampliação possível no sistema
05:15de ganhos de eficiência para cada uma das empresas.
05:18Para a empresa, fica mais difícil manter a margem de lucro,
05:21mas para o consumidor fica mais interessante conseguir
05:23o seu poder de exigir essas inovações e a entrega de maior qualidade.
05:27Esse tema surgiu mais forte também quando a gente estava,
05:32mais lá no começo do ano, debatendo o preço dos alimentos
05:35e o preço que estava chegando os alimentos até o consumidor.
05:38Porque na produção, ele já vinha num processo de queda
05:41e estava demorando para ser repassado ao preço final.
05:44E uma das justificativas, inclusive dos supermercados,
05:47era esse alto custo pago para as empresas
05:50que fazem a gestão desses cartões.
05:53Por quê?
05:53Porque, de novo, não tinha uma regulamentação de preço base padrão
05:57e, além disso, ao aceitar uma, muitos estabelecimentos
06:00não podiam aceitar a outra.
06:02E como era necessário para a circulação,
06:04por que o supermercado precisa disso?
06:05Porque parte do recurso disponível para pagar os alimentos
06:09está nesses cartões.
06:10Então, para o mercado, para os estabelecimentos,
06:12eles precisam ter aquele cartão que as pessoas mais têm.
06:15E se você só pode aceitar um,
06:17ou se eles têm poder de impor essa aceitação exclusiva,
06:20o próprio estabelecimento acaba ficando mais pressionado
06:25a aceitar a bandeira A e não a B.
06:28Agora, ele vai poder também negociar com diversas bandeiras
06:31e as bandeiras vão ter que acelerar um pouquinho
06:33os benefícios que elas próprias oferecem
06:35para poder estar ali circulando,
06:38sendo meio de pagamento daquele estabelecimento.
06:40Então, muda bastante, dá uma chacoalhada no setor,
06:43estimula que as empresas entreguem mais
06:46e, possivelmente, estimula também uma maior concorrência
06:49do lado das bandeiras.
06:51De novo, vamos ver se, como no ponto de vista lá atrás,
06:54era isso.
06:54Isso era uma das travas em relação à repasse de benefícios
06:57de preço na produção de alimentos para o consumidor final.
07:02Vamos ver se, com esse achatamento,
07:04essa busca de ganho de eficiência
07:05nesse processo de meios de pagamento,
07:08de novo, é um miolo aqui,
07:10tem a produção, tem o consumidor,
07:11no processo de distribuição aqui
07:13e de sistema de pagamentos nos mercados
07:15e nos estabelecimentos comerciais
07:17de alimentação fora de casa,
07:19é que tinha essa ineficiência.
07:20Vamos ver se, com a imposição disso,
07:22baixa essa margem,
07:24baixa o custo que se tem
07:25para a realização dessa transação,
07:27dessa parte da cadeia
07:28e, com isso, o consumidor final ganha.
07:30Em tese, se o consumidor final ganha,
07:32viu, Paulo?
07:32Ele também consome mais, ele compra mais
07:34e o sistema como um todo ganha.
07:36Porque, com mais recurso na mão,
07:37podendo ampliar o seu poder de compra,
07:40no limite, o produtor lá na ponta
07:42e todo mundo na cadeia também pode ganhar.
07:43Só que seja um pouquinho de tempo,
07:45mas, se a medida gera concorrência,
07:47tende a gerar benefícios
07:48que, no final das contas,
07:49são para todo mundo.
07:50Ou seja, benefícios que são positivos.
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