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Enquanto o Ocidente fala sobre inovação e geopolítica, a China tem outro foco — e talvez mais estratégico: elevar o nível econômico e social da sua população como um todo.

Esse movimento, impulsionado por investimentos em educação, infraestrutura e tecnologia, está mudando o jogo global.

No Miragem Podcast, discutimos como esse foco coletivo pode redefinir o futuro do trabalho, do consumo e da própria ideia de desenvolvimento.

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Transcrição
00:00Bom, nessa linha, Tuta, que você está comentando de liberdade, tem uma coisa que eu acho bem bacana.
00:16Por mais que a gente...
00:19É difícil a gente, eu, querer falar, por exemplo, da China, tendo passado 10, 12 dias ali, 15 dias ali.
00:24E, obviamente, fomos em lugares muito específicos, grandes universidades, grandes corporações, grandes escolas.
00:30Então, não dá para ter... Conversamos com pessoas, obviamente, mas não dá para ter essa noção real de como funciona.
00:36Mas uma coisa que deu para a gente ver é o seguinte, é que a China, eles têm...
00:38Primeiro, eles têm esse lado pacífico deles, né?
00:40Então, essa coisa que a gente tem de ameaça de guerra e tal, isso não é uma coisa que faz parte da sociedade.
00:45Eu nem lembro a última vez que a China teve guerra.
00:48Deve ter sido uns 80, 100 anos, sei lá, em território nacional.
00:51E fora do território chinês ainda, sei lá, mais de 100 anos que eles devem ter tido guerra.
00:54Então, não é um país bélico, não é um país violento, não é um país que gosta de guerra.
00:59Eles querem desenvolver o mercado interno.
01:01E eu tive a oportunidade de conversar com uma pessoa dentro de uma universidade lá,
01:04um dos diretores da universidade, ele estava comentando que a China é muito guiada pelos planos quinquenais que eles fazem.
01:10Sim. Inclusive, eles falam que as gerações lá mudam de acordo com esses planos.
01:16Exato, exato, exato.
01:17Então, são planos que eles fazem de 5 em 5 anos.
01:21Falam que cada geração lá são 5 anos.
01:22É isso. E eles determinam qual é o foco do país como um todo ao longo desses 5 anos.
01:28E eles... E seguem a risca.
01:30Até hoje, eles não falharam em praticamente nada desses planos.
01:33Não sei há quanto tempo que existem esses planos que eles fazem, acho que são uns 25 anos que eles fazem.
01:36Mas eles seguem a risca e já publicaram o próximo plano de 5 anos deles,
01:42que começam em 2027, se não me engano, até 2031, 3032.
01:47Desde 31, 27, 32, não me lembro exato.
01:50E o foco principal do país nesses próximos 5 anos é elevação do nível econômico e social da população como um todo.
01:59Então, o que eles vão focar nos próximos 5 anos?
02:03Já conseguiram muito estirar pessoas de pobreza, etc.
02:05Mas eles querem elevar, ainda per capita, de toda a população, de todos os indivíduos,
02:10dar mais condições de educação para cada vez mais esses indivíduos estarem mais capazes, cultos de se desenvolver.
02:17Melhores condições de saúde, melhores questões de infraestrutura, melhores questões de transporte e logística.
02:22Então, o objetivo deles é um foco total na população para subir o nível da população como um todo
02:28para poder dizer que a população chinesa tem uma equivalência à população americana ou europeia,
02:31alguma coisa nesse sentido, em termos de qualidade de vida, em termos de índice de desenvolvimento humano
02:36e todas essas outras métricas que importam.
02:38E eu acho isso, cara, como plano de governo, volta de novo na questão cultural deles.
02:44Podia falar, pô, eu vou desenvolver um artificial super intelligence, eu vou dominar o mundo, vou fazer isso e aquilo.
02:49Não, não é esse o foco.
02:50O foco principal é justamente ter esse desenvolvimento da população.
02:54Eles são muito focados neles mesmos, eles têm uma herança cultural, inclusive, de se acharem o dono do mundo.
03:00Eles se acham o centro do mundo, o nome da China, lá para eles, lá o nome que eles usam, quer dizer centro do mundo.
03:06Até porque eles sempre foram uma grande potência.
03:07Até porque quem está lá não tem noção do mundo.
03:11O mundo é a China.
03:12Assim, são bilhões de habitantes, um país continental.
03:16Você andar no próprio país pode demorar horas e horas de voo.
03:22Por exemplo, quem mora em Pequim não tem...
03:25Tem horas e horas de voo de Shanghai, por exemplo.
03:28E é isso.
03:30Eu fico na dúvida se esse plano também não é para eles transformarem a população deles no mercado consumidor.
03:36Porque esse é um gap da China.
03:40Eles têm, sei lá, três, cinco vezes o tamanho da população americana.
03:47Quatro a cinco vezes o tamanho da população americana.
03:48Essas são 320, 330, eles são 1,4, são as 4,5.
03:51E o maior consumidor do mundo é o americano.
03:54Você vê o tamanho potencial da americana.
03:56E parece que a China, mesmo com toda essa evolução,
03:59eles somando o povo todo deles, não conseguem ser tão consumidor.
04:03E acho que isso é um pouco cultural, não só uma questão financeira.
04:06Acho que eles também não gostam de gastar tanto, né?
04:07Eles guardam bastante.
04:08É, eles tiveram muita pobreza, né?
04:10A China de 1850 a 1950 foi um...
04:13Cara, eu chamo de século das trevas, alguma coisa assim.
04:16Que realmente foi uma época fúnebre ali para eles.
04:19Eles perderam tudo.
04:20Era uma pobreza gigantesca.
04:21Aí em 1950 eles começam a reconstrução.
04:23Com 1949, que para eles é a data da fundação da República Popular da China, né?
04:28Com Mao Tse Tung.
04:29Que, obviamente, ninguém pode falar mal dele.
04:31Todo mundo sabe aqui no Senado que o cara foi o maior assassino da história da humanidade.
04:35Aqueles caras que ele matou mais de 45 milhões de pessoas.
04:37Qualquer Stalin, Hitler, fica tudo no fichinho perto do Mao.
04:40Assim, Mao era Mao mesmo.
04:41Mas para eles, cara, até de novo, pela pressão, condicionamento cultural que eles fazem, Mao é o fundador da China e tal.
04:48Toda essa história.
04:49Os chineses não me ouçam aqui.
04:50Não queiram me perseguir por causa disso.
04:53Mas foi uma casa muito crítica até 1950.
04:56Aí começaram a desenvolver.
04:57Tiveram um grande salto depois do Deng Xiaoping.
04:59Foi em 1970 e pouco, depois que o Mao sai.
05:01Que aí abriu a China, abriu a economia, começou a investir em educação, começou a favorecer.
05:05Mas eles herdaram muito essa pobreza extrema.
05:07Então, por isso, eles são cautelosos mesmo para gastar.
05:09E são pobres ainda, em vias de regra.
05:11Obviamente, você tem uma parcela pequena, uma concentração de renda brutal, né?
05:15Quem está no Partido Comunista, os grandes empresários.
05:17São podres de rico.
05:18O parlamento chinês, que é de altíssimo nível, as pessoas que estão lá, são pessoas mestradas, doutorados.
05:24São pessoas de muito mais nível do que no Ocidente.
05:26Eles exigem, inclusive, que eles tenham essa formação.
05:29E o que acaba acontecendo é que eles têm muito dinheiro.
05:31A renda per capita do pessoal do parlamento, por exemplo, é um...
05:34É outro país.
05:35Exatamente.
05:36É o décimo PIB do mundo, só eles ali.
05:40E agora o resto da população ainda é muito pobre.
05:42E esse é o foco deles.
05:43Você tem que estar a desenvolver por quê?
05:44Você dá riqueza para o povo, você aumenta o consumo, você aumenta a produtividade,
05:46você aumenta a capacidade de tomar decisões, você melhora as condições básicas de saúde, de higiene.
05:50Diminui a dependência também, né?
05:52O governo paga mais imposto, o governo fica mais rico, consegue investir mais ainda.
05:58Então, obviamente, é um benefício direto na hora que isso acontece no governo.
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