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O Governo Cláudio Castro (PL-RJ) e a Polícia Civil confirmaram que 115 dos mortos na Megaoperação Contenção pertenciam a facções criminosas, rebatendo a narrativa de "chacina".

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/7IXp5ry2E88

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Transcrição
00:00E a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que até o momento mais de 95% dos criminosos mortos
00:08na mega-operação da semana passada tinham ligação com o Comando Vermelho.
00:13Dos 115 faccionados, 97 apresentavam histórico de crimes relevantes
00:18e 59 possuíam mandados de prisão em aberto.
00:22Segundo o governador Cláudio Castro, esses dados reforçam o início de um grande processo
00:27de combate ao crime organizado aqui no Brasil.
00:30Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Cury, afirmou que os criminosos só foram mortos
00:35pois reagiram à abordagem policial.
00:39Passar para o Luiz Felipe Dávila, que é um dado muito relevante, né, Dávila?
00:44115 mortos na operação tinham ligação com o crime organizado.
00:49Essa é uma informação muito relevante que também joga pelo ralo, por terra, na lata do lixo,
00:56muitas das defesas que foram feitas logo após a operação.
01:00Um minuto e meio.
01:01Não há dúvida.
01:02Quem morreu foram criminosos, bandidos, narcotraficantes, terroristas.
01:08E, nesse sentido, é preciso aplaudir a polícia, que fez um ótimo trabalho de inteligência.
01:13certamente a operação foi desencadeada quando eles entenderam que essa concentração de criminosos,
01:19terroristas, perigosos, estavam ali e era possível encurralá-los naquela momento e partir para o confronto.
01:26Então, foi, nesse sentido, foi exitoso.
01:29O que eu digo que é, que não é exitoso, é a recuperação do território.
01:34De novo, Caniato.
01:35Porque isso aconteceu.
01:37O Estado, esses dias, está lá.
01:38Bom, amanhã a polícia sai de lá, o Comando Vermelho volta para o lugar.
01:42Esse é o problema.
01:44Qual é a estratégia para recuperar território controlado pelo crime organizado?
01:50E isso faz parte desta ação que nós precisamos para desmantelar o crime organizado.
01:57O que está sendo feito, por exemplo, em parceria com Polícia Federal, COAF, Receita Federal,
02:02para desmantelar a movimentação financeira?
02:04O que está sendo feito no sentido de dar mais poder à polícia em atuar e não, como aconteceu no passado,
02:13por causa da DPF 635, coibir a polícia de policiar e ocupar território?
02:20Então, tudo isso mostra, Caniato, não é a única forma de mensurar o sucesso,
02:27a ação que combateu esses criminosos, que ela foi exitosa.
02:31Mas é o dia seguinte, é o day after, o que nós vamos fazer para recuperar o território
02:38que estava nas mãos do crime organizado?
02:41Como é que o Estado vai voltar a ocupar esse território e fazer valer a lei do país e não a lei do crime?
02:49Por isso, é fundamental que este esforço da classe política hoje,
02:55junto com esta aprovação da opinião pública à operação no Rio de Janeiro,
03:02sirvam como estímulo para enfrentarmos de verdade
03:07e não ficar trocando apenas acusação política e lacração.
03:12Seria ótimo se você, que nos acompanha, TV, rádio, internet, se você puder, participe da nossa enquete.
03:19Queremos saber como você avalia a situação que envolve a mudança de nomenclatura
03:26para quem participa de facção criminosa.
03:29Passar de facção para grupo terrorista, isso aumentaria bastante as penas.
03:33Volte na nossa enquete em jovempan.com.br
03:37Recebendo as pessoas que nos acompanham pela rede de rádio.
03:41Seja sempre bem-vindo aqui a Jovem Pan,
03:44as análises dos assuntos mais importantes do dia com os nossos comentaristas
03:47Roberto Mota, Luiz Felipe Dávila e também o Cristiano Beraldo.
03:52Beraldo, esses números que foram divulgados pela polícia do Rio de Janeiro,
03:56121 pessoas morreram na operação.
03:59Quatro bravos policiais, então 117 civis.
04:03Desses 117, 115 tinham alguma ligação com o crime organizado
04:09com a facção Comando Vermelho.
04:13Isso eu acho que reforça o sucesso, a eficiência da operação realizada na semana passada, não?
04:21Tem dúvida alguma.
04:23A operação foi extremamente bem-sucedida
04:26e agora a gente precisa encarar a realidade.
04:29Primeiro, essas 117 baixas na estrutura do Comando Vermelho
04:35não são suficientes para desestruturar, para desorganizar essa facção criminosa.
04:41Então hoje, esses aí já foram substituídos por outro.
04:45Então quando você olha do ponto de vista do poder público,
04:50existem duas formas de você fazer que, na verdade, elas acabam se complementando.
04:56Uma coisa é você fazer o combate.
04:59Então você coloca as tropas na rua,
05:02vamos supor que não houvesse, por exemplo,
05:04nenhuma reação contrária do governo federal
05:06ou do Supremo Tribunal Federal e da própria imprensa,
05:09parte da imprensa que tem feito um desserviço ao demonizar a ação da polícia.
05:14Então, mas vamos supor que houvesse liberdade plena
05:16para que o governador do Estado pudesse agir de forma efetiva e contínua.
05:22Ele conseguiria, ao longo do tempo, através do trabalho da polícia,
05:28impor uma nova realidade a esse ambiente do crime,
05:31que o crime parou de valer a pena.
05:33Então aquelas pessoas que estavam ali,
05:37sobretudo o impacto é primeiro naquelas camadas mais baixas,
05:42aquelas pessoas que ainda não estão prosperando na cadeia de poder do crime,
05:51aquelas pessoas vão procurar outras coisas para fazer,
05:54parou de valer a pena arriscar a sua vida para arrumar uns trocados.
05:58E aqui essa pressão vai subindo,
06:00até que você consegue deixar essas forças criminosas bastante reduzidas.
06:07Só que aí você tem um outro problema,
06:09que precisa se complementar no longo prazo a esse.
06:12Qual é o plano para você mudar a realidade daqueles ambientes?
06:15O David estava falando da questão da ocupação e tal,
06:18mas além da ocupação,
06:20como é que você vai proporcionar para aqueles jovens
06:23uma outra perspectiva de vida?
06:26Como é que você vai melhorar a dinâmica e o funcionamento dessas favelas,
06:30desses bairros,
06:31para que haja ali uma vida civilizada,
06:34que as pessoas morem indecentemente,
06:37andem por ruas organizadas,
06:40bem iluminadas,
06:41que tenham calçadas para as pessoas caminharam,
06:43que isso tudo vai impactando
06:45na forma como a pessoa vê o seu ambiente,
06:49aquele ambiente está ao seu redor.
06:50E, sobretudo, fundamentalmente,
06:54como é que você vai fazer com as escolas?
06:56As escolas precisam ter estruturas
06:59para não só o ensino,
07:01mas, sobretudo, para a prática de esporte.
07:03Se as crianças precisam ficar ocupadas
07:05desde o amanhecer do dia
07:07até o pôr do sol.
07:09Essas escolas precisam preparar
07:11esses jovens para o futuro.
07:13Isso vai acontecer na primeira leva?
07:15Não vai.
07:16Isso é um trabalho permanente de anos
07:18para que você transforme a realidade
07:20daquela região, daquele ambiente.
07:24Portanto, se não houver um compromisso
07:26de longo prazo,
07:27se não houver um projeto de longo prazo,
07:28se não houver um propósito
07:30de realmente recuperar
07:32e mudar a lógica de funcionamento
07:34dessas áreas que hoje estão comandadas pelo crime,
07:37você não conseguirá transformar
07:40aquela realidade
07:41e o crime vai sempre se reinventar
07:44em cima dessa pressão contrária gigantesca
07:47que existe sobre aqueles
07:50que ousam combater a bandidagem,
07:53atirar em quem puxar arma para a polícia
07:56e tentar restabelecer a ordem
07:58numa cidade absolutamente caótica
08:01como é hoje o Rio de Janeiro.
08:03Pois é, governador do Rio de Janeiro,
08:04Cláudio Castro,
08:05fala que essa mega-operação
08:08realizada na semana passada
08:10marca o início de um grande processo
08:13de combate ao crime organizado,
08:15uma tal que a gente precisa trazer
08:17e considerar sobre o início
08:19desse grande processo,
08:20mas levando em consideração
08:21esses dois aspectos,
08:24esses detalhes levantados
08:25pelo Beraldo e pelo Dávila.
08:27Um, a substituição rápida
08:29que o crime organizado faz.
08:30Bom, 115 foram eliminados,
08:33recrutam 115 de algum lugar
08:36para substituir essas figuras
08:38em determinados postos.
08:40E também a questão geográfica,
08:42territorial,
08:43que foi levantada pelo Dávila,
08:46que é importante que a polícia,
08:48o Estado,
08:48ocupem aquelas regiões,
08:51provavelmente atuando ali
08:54nessas duas comunidades,
08:56Alemão e também a comunidade da Penhamota.
08:59Nada disso vai acontecer
09:02enquanto as ideias certas
09:04não dominarem essa discussão
09:07e não entrarem no Estado brasileiro.
09:11Hoje, há pessoas no Estado
09:13que acham a situação das comunidades
09:15perfeitamente normal.
09:16Para elas, isso aí não é problema,
09:19é solução.
09:21Agora, quem tem o mínimo de bom senso
09:23percebe, o Brasil está à beira
09:24de uma falência institucional.
09:27Então, quem tem qualquer dúvida
09:29precisa assistir
09:30às cenas
09:32da operação do dia 28,
09:35que, aliás, são parecidas com cenas
09:37que o Rio de Janeiro,
09:39o Brasil já viu muitas vezes.
09:41São cenas muito parecidas
09:44com a operação de ocupação
09:46do Morro do Alemão em 2007,
09:49quase 20 anos atrás.
09:51Agora, tem algumas coisas
09:54que a gente precisa frisar aqui.
09:58Eu vejo muitas vezes
09:59a discussão sobre a operação
10:00tomando uma direção
10:03que não tem qualquer cabimento.
10:05Primeiro,
10:06essa operação
10:07foi realizada
10:08para cumprir
10:09mandados judiciais.
10:12Essa operação
10:12não foi para eliminar
10:13traficantes.
10:15Essa operação
10:16não foi para acabar
10:17com o tráfico de drogas.
10:18Eu vejo pessoas dizendo
10:19que não adianta nada
10:20fazer isso
10:21porque o tráfico de drogas
10:23continua.
10:23O tráfico de drogas
10:24existe em todo lugar do mundo.
10:26Então, a operação
10:27foi simplesmente
10:28para cumprir
10:29mandados judiciais.
10:31Quando a polícia chegou lá,
10:33encontrou um exército.
10:34O que vocês queriam
10:35que a polícia fizesse?
10:37Morresse?
10:38Entregasse as armas
10:39e se rendesse
10:40aos traficantes?
10:41Desse meia volta?
10:43Fingisse que não estava
10:44acontecendo nada?
10:45Não, olha, pessoal.
10:46disfarça, vamos embora,
10:48deixe os traficantes aí.
10:50A segunda coisa
10:51é que essa operação
10:53foi meticulosamente
10:55planejada pela polícia.
10:58Com muita estratégia,
11:00com muita inteligência,
11:01a palavra preferida
11:02dos críticos.
11:03A polícia precisa
11:05trabalhar com inteligência.
11:08Se a polícia
11:08estivesse trabalhando
11:09com burrice,
11:11haveriam dezenas
11:12de policiais mortos.
11:14aconteceram quatro mortes,
11:17que é uma tragédia.
11:19Mas toda a operação
11:21foi baseada
11:22em inteligência.
11:22A polícia
11:23conduziu
11:25o conflito
11:26para uma área
11:27onde não havia
11:29casas.
11:30Senão, vocês imaginam
11:31a quantidade de mulheres,
11:33crianças
11:33que teriam sido mortas
11:35nesse confronto?
11:36E o terceiro elemento
11:37é que a comunicação
11:38da polícia
11:39foi espetacular.
11:40pela primeira vez
11:42desde que eu acompanho
11:44o assunto
11:45de segurança pública,
11:46a narrativa
11:47do massacre
11:48não colou.
11:49Como colou,
11:50por exemplo,
11:51naquela operação
11:52do Jacarezinho,
11:53em que 21 criminosos
11:55foram mortos
11:55e a operação
11:58foi majoritariamente
12:00anunciada
12:00como um massacre.
12:02Dessa vez,
12:03isso não colou.
12:04mas
12:04não tenhamos
12:07ilusão.
12:08Enquanto
12:09o sistema
12:10de justiça
12:11criminal
12:11do Brasil
12:12continuar
12:13tratando
12:14o bandido
12:15como se fosse
12:16um coitadinho,
12:18mesmo que o governador
12:19fizesse uma operação
12:20como essa
12:21todos os dias,
12:23pouca coisa
12:24iria mudar.
12:26Porque
12:26os incentivos
12:28para atividade
12:28criminosa
12:29continuam
12:31aí.
12:31dá para conectar
12:33a notícia
12:34da pesquisa
12:35a essas discussões
12:37que são feitas,
12:38né, Dávila?
12:39E também
12:40trazendo
12:41para análise
12:42aquele desafio
12:45para o poder público
12:46que é
12:47a ocupação
12:48desses territórios
12:49onde o crime
12:50organizado
12:50hoje em dia
12:51domina.
12:52Qual é
12:53a prioridade?
12:56A questão
12:57número um
12:57quando a gente
12:58fala em uma
12:58operação
12:59bem sucedida,
13:00a eliminação
13:01de muitos
13:02criminosos,
13:02de muitos
13:03integrantes
13:03de uma facção
13:04criminosa
13:05e o day after,
13:06né?
13:06O que deve fazer
13:07o poder público
13:08no dia seguinte
13:08à operação?
13:10Tem aquele
13:11projeto
13:12do antigo
13:13governador
13:14do Rio de Janeiro,
13:14as UPPs,
13:16as unidades
13:17de polícia
13:17pacificadora
13:18e aquela
13:19espécie
13:20de uma guarita
13:21que ficava ali
13:21com alguns policiais
13:23e alguns entendiam
13:24que isso funcionava
13:25alguma coisa,
13:26que isso mudava
13:27a realidade
13:27daquela
13:28comunidade.
13:29Mas depois
13:30percebeu-se
13:31que não
13:31era bem
13:32assim.
13:32Qual é a saída
13:33então,
13:33Dávila?
13:35A saída,
13:36Caniato,
13:37é ter uma
13:37política pública
13:38com um objetivo
13:39claro,
13:40uma estratégia
13:41cristalina
13:41para recuperar
13:43parte de qualquer
13:43território,
13:44não precisa ser um...
13:45Veja só
13:46como isso
13:46acaba com o
13:47ceticismo
13:48e a desconfiança
13:49que as pessoas
13:50têm que tudo
13:51vai voltar ao normal.
13:52Nós já demos
13:53aqui hoje
13:53o exemplo
13:54do Plano Real.
13:55Nós demos
13:55o exemplo,
13:56por exemplo,
13:56da educação.
13:58Pegou
13:58um município
13:59pobre no interior
14:00do Ceará
14:01chamado Sobral
14:03e transformou
14:03ali num lugar
14:04assim que é
14:05exemplo de educação
14:07básica no Brasil.
14:08Todas as crianças
14:09bem informadas,
14:10alfabetizadas,
14:11acabou...
14:11Como é que consegue
14:12fazer isso?
14:13É essa mistura.
14:15Pressão popular,
14:17governo
14:18atuando na ponta,
14:20continuidade
14:21de boa política
14:22pública e transforma
14:23aquilo num caso.
14:24esse caso
14:25de Sobral
14:26no caso
14:27da educação
14:27foi levado
14:29para vários
14:30estados,
14:31inclusive São Paulo.
14:32O ICMS
14:33educacional
14:33foi adotado
14:34em 13
14:35estados brasileiros.
14:36Hoje já está
14:36em mais de 17
14:37estados brasileiros,
14:38um exemplo
14:39de uma única cidade.
14:41Então,
14:42é quase que
14:42um projeto
14:43piloto.
14:44Vamos fazer o seguinte,
14:45vamos pegar
14:45uma comunidade,
14:46nós vamos ali
14:47reassumir
14:48o Estado,
14:49vai controlar,
14:49o crime não
14:50volta jamais,
14:51vai ter
14:52bom serviço
14:53público,
14:53como reformar
14:54as escolas,
14:55ter bons professores,
14:56vamos fazer o Estado
14:57funcionar.
14:58Quando o Estado
14:59funciona,
15:00ganha a confiança
15:01da população.
15:02Ganhando a confiança
15:03da população,
15:04temos um exemplo
15:05para inspirar
15:06outras ações.
15:08Então,
15:08o que eu digo é,
15:10precisa ter o plano
15:11do dia seguinte,
15:12do day after,
15:14porque é isso
15:15que vai dar
15:16o bom exemplo.
15:17E o bom exemplo,
15:18Caniato,
15:18arrasta,
15:19na hora que você consegue
15:20fazer isso num lugar,
15:21isso depois começa
15:22virar política pública.
15:24É assim que nós temos
15:26uma coletânea de boas
15:27políticas públicas
15:28no Brasil,
15:29a despeito
15:30de um governo federal
15:31falido,
15:33de um Estado caro,
15:35corrupto e ineficiente.
15:36você tem bolsões
15:39de políticas exitosas
15:41que acabam estimulando
15:42outros governadores,
15:44outros prefeitos,
15:46a dar continuidade
15:47àquelas políticas públicas.
15:48Então,
15:49é preciso ter um plano,
15:51porque o único jeito
15:52que nós vamos vencer
15:53essa guerra
15:54é mostrando
15:55que é possível
15:57transformar a realidade
15:58em algum lugar.
16:00Pois é,
16:01inclusive pessoas
16:01da nossa audiência
16:02aqui dando alguns exemplos,
16:04inclusive o Jorge,
16:06dizendo que
16:07o Brasil poderia
16:08copiar,
16:09ou pelo menos
16:10se inspirar
16:11nos projetos
16:12de urbanização
16:13das favelas
16:14das cidades
16:14de Bogotá
16:15e Medellín
16:16na Colômbia.
16:18Obrigado pela participação,
16:19viu Jorge?
16:20Mas você,
16:21Beraldo,
16:21a população,
16:22a gente viu há pouco
16:23naquela pesquisa,
16:24apoia a realização
16:25de novas operações,
16:27ainda que o resultado
16:28seja
16:29a eliminação
16:30desses traficantes.
16:31só que os desafios
16:33vão além
16:34das operações,
16:35né Beraldo?
16:36É preciso pensar
16:37como administrar
16:38esses espaços.
16:40As pessoas
16:41não querem
16:41o crime organizado
16:42instalado ali,
16:43mas assim como
16:44o Hamas
16:45se utilizava
16:46da população
16:47de Gaza
16:47para se proteger,
16:49os traficantes
16:49fazem a mesma coisa
16:51com a população
16:52de bem
16:52que vive
16:53nas comunidades,
16:54né Beraldo?
16:56Exatamente,
16:57e isso a gente
16:57constata
16:58de forma muito evidente
17:00no noticiário
17:01do dia a dia,
17:02não precisa nem
17:02ter essas mega
17:03operações não.
17:04E o Brasil,
17:06ele se tornou
17:07tão problemático
17:08e o problema
17:08é tão grande,
17:09é um problema
17:10gigantesco
17:10até pelas dimensões
17:11do país,
17:13que não adianta
17:13a gente imaginar
17:14que uma solução
17:15única
17:16vai valer
17:17e vai resolver
17:18tudo,
17:18não há varinha
17:20de condão
17:21que você de repente
17:22vai chegar,
17:23vai bater
17:23e pronto,
17:24tudo se resolveu.
17:25O Brasil,
17:26ele só tem solução
17:28se essas soluções
17:29forem pensadas
17:31de forma
17:33muito setorizada.
17:36Então você tem
17:36que pegar o Rio de Janeiro,
17:37por exemplo,
17:38se hoje o foco
17:39é o
17:40ali,
17:42o Alemão,
17:44a Penha,
17:45enfim,
17:45você tem que pegar
17:46essas pequenas regiões
17:47e ali você estabelecer
17:50um plano,
17:50mas como eu disse,
17:51esse plano tem que envolver
17:53a parte de urbanização,
17:56você tem que ter
17:57uma parte educacional
17:59muito forte,
18:01você tem que ter
18:02um projeto econômico
18:04para aquela região,
18:05afinal de contas,
18:06você vai colocar
18:07as crianças na escola,
18:08aliás,
18:09tem que ser escola
18:09cívico-militar,
18:10inclusive,
18:11para que esses jovens
18:12aprendam o que é
18:13hierarquia,
18:14respeito,
18:15ter comportamento
18:16adequado,
18:17e a partir do momento
18:18em que elas saiam
18:19dessas escolas,
18:21que elas tenham
18:21preparo para fazer
18:23alguma coisa
18:24do ponto de vista
18:24profissional,
18:25para que elas entendam
18:26que é um caminho
18:28para que elas possam
18:29ter uma vida digna
18:31a partir de um trabalho
18:32honesto,
18:33para que elas mudem
18:35a sua cabeça
18:36que passaram
18:38anos e anos
18:39e anos,
18:39muitos,
18:40desde o nascimento,
18:42observando
18:42que quem era
18:44desejado,
18:44quem era festejado,
18:46quem tinha tudo,
18:47quem estava ali
18:48dentro da comunidade
18:49curtindo,
18:50com relógio caro,
18:51com roupa cara,
18:52com carro caro,
18:53com moto cara,
18:54era o bandido,
18:55não,
18:57é preciso colocar
18:58a partir de uma
19:00demonstração muito
19:01clara e óbvia,
19:02que o bandido,
19:04ele agora não é
19:05mais o rei do pedaço,
19:06o bandido,
19:07ou ele está morto,
19:08ou ele está preso,
19:10e uma vez preso,
19:11ele não tem mais
19:12contato com aquela
19:12realidade,
19:14o bandido é tudo
19:15que esse jovem
19:16não quer ser,
19:17é isso que precisamos
19:19construir,
19:20e de novo,
19:21teremos que construir
19:22isso pouco a pouco,
19:24o envolvimento
19:25dos prefeitos
19:26é fundamental,
19:28o empenho
19:29dos governadores
19:31com as suas forças
19:32de segurança
19:32é essencial,
19:34e não adianta
19:35você fazer
19:36esse processo
19:36depois que você
19:37tem a operação
19:39de tomada,
19:40de retomada
19:40do território,
19:41que a força policial
19:43seja aquela força
19:44opressora,
19:46porque não é mais
19:46o papel dela ali,
19:47quando você coloca
19:48para fora,
19:49você estirpa
19:50dali a criminalidade,
19:51a relação
19:53que as pessoas
19:53precisam ter
19:54com as forças
19:55policiais
19:56é completamente
19:56diferente,
19:57é aquela história
19:58do policial
19:59do bairro,
20:00você ter um convívio
20:02ali pacífico,
20:04onde as pessoas
20:05passem a enxergar
20:06na polícia
20:06uma força
20:08a quem recorrer
20:08no momento
20:09em que há alguma
20:09coisa errada,
20:10e que a polícia
20:11aja de uma forma
20:12muito efetiva
20:13e rápida,
20:14portanto,
20:14é preciso se pensar
20:16todo o processo
20:17urbanístico,
20:19além da segurança,
20:19óbvio,
20:20mas urbanístico,
20:22educacional,
20:23econômico,
20:24para que,
20:24então,
20:25ao longo do tempo,
20:26a realidade
20:27efetivamente se transforme
20:29nessas regiões.
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