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DESCRIÇÃO:
Uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 64 mortes, tornando-se a ação policial mais letal da história do estado.
A ofensiva, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 81 pessoas presas e apreendeu dezenas de fuzis. Reportagem: Rodrigo Viga.
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Uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 64 mortes, tornando-se a ação policial mais letal da história do estado.
A ofensiva, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 81 pessoas presas e apreendeu dezenas de fuzis. Reportagem: Rodrigo Viga.
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NotíciasTranscrição
00:00Hoje foi um dos dias mais violentos da história do Rio de Janeiro, com as reações do crime organizado a uma mega operação.
00:10As últimas informações chegam agora aqui no Jornal Jovem Pan.
00:13Rodrigo Viga com os detalhes desde cedo, não é Viga? Na rua acompanhando a reação das autoridades.
00:19Viga, boa noite pra você, bem-vindo. A gente se conhece aqui na Jovem Pan há mais de 20 anos.
00:23Quantas vezes você trouxe informações sobre operações aí no Rio de Janeiro?
00:27Pra você, é possível dizer que essa hoje foi a mais letal, não só nos números, mas também na grandiosidade da reação do crime organizado.
00:37Bom trabalho, Viga.
00:39Sem dúvida alguma, Tiago. Boa noite pra você, pro nosso ouvinte, espectador e internauta da Jovem Pan.
00:44É aquele dia que entra pra história, né Tiago? Mas não é um dia pra você comemorar, e sim para refletir e analisar tudo o que vem acontecendo
00:52desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, bastante complicada, complexa, que literalmente não terminou.
01:00Está terminando pra aqueles que estão tentando voltar pra casa com muita dificuldade.
01:05É bem verdade que nesse momento, segundo uma atualização feita pelo Centro de Operações aqui do Rio de Janeiro,
01:10nós temos apenas três pontos de bloqueio na cidade. Bloqueios esses formalizados, impostos pelo crime organizado.
01:19Através de barricadas, através de veículos pesados, caminhões, ônibus, que são tomados pelos traficantes
01:25e acabam interditando vias, ruas e avenidas da cidade.
01:30Durante a tarde, tivemos mais de 20 bloqueios na cidade do Rio de Janeiro.
01:32É verdade que a polícia rapidamente interveio, mas isso gerou um caos, uma sensação de pânico, de insegurança
01:40aqui na cidade do Rio de Janeiro. Tanto que muitas escolas públicas e privadas pararam de funcionar,
01:46fecharam as portas. Isso vale também para universidades e ainda para empresas dispensando,
01:53liberando mais cedo os seus funcionários diante dessa situação de tensão aqui no Rio de Janeiro.
01:58Meu caro Tiago, ouvinte, espectadores e internautas da Jovem Pan, estou com os números atualizados aqui
02:03que me passaram nesse momento da Secretaria de Segurança Pública, que apontam para 64 mortes,
02:10sendo quatro agentes de segurança, dois policiais civis e dois policiais militares, e ainda 60 criminosos.
02:17São, nesse momento, segundo esses dados que a gente conseguiu levantar junto às autoridades de segurança,
02:23nada mais, nada menos do que 81 criminosos presos e ainda 93 fuzis apreendidos nessa mega-operação
02:31que se concentrou nos complexos de favela da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.
02:37Desde cedo, os agentes de segurança foram até lá para cumprir 100 mandatos de prisão
02:41contra integrantes do Comando Vermelho e muitos de outros estados que acabaram sendo presos,
02:45do norte e do nordeste do país, e 150 de busca e apreensão.
02:49Foi uma atuação diferente, é importante a gente frisar aqui, estrategicamente bem pensada,
02:55bem planejada, há 40 dias em que, dessa vez, foram utilizados 2.500 homens,
03:01nada mais, nada menos do que 32 blindados e sem a presença de helicópteros,
03:05para evitar o que se chama aqui de efeito colateral.
03:08Qual foi a estratégia usada dessa vez, Tiago?
03:10As forças de segurança se posicionaram estrategicamente para empurrar e encurralar
03:16esses traficantes em região de mato.
03:17Até ali, foi estabelecido, nessa região de mata dos complexos, um verdadeiro campo de batalha,
03:23onde esses 60 criminosos morreram e, infelizmente, 4 agentes das forças de segurança.
03:29Agora, existe toda uma polêmica em torno dessa operação,
03:33uma vez que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse mais cedo,
03:36aqui no Centro Integrado de Comando e Controle,
03:39que pedidos anteriores foram feitos pelo governo do estado do Rio de Janeiro,
03:44de ajuda, de apoio a essas intervenções em comunidades aqui do estado.
03:50Como em outras três oportunidades, esses pedidos foram negados.
03:55Dessa vez, segundo Cláudio Castro, não foi feita nem a tentativa,
03:58porque já sabia qual era a resposta.
04:01Vamos ouvi-lo aqui na Jovem Pan.
04:04É uma operação maior do que a de 2010
04:07e, infelizmente, dessa vez, como ao longo desse mandato inteiro,
04:13não temos o auxílio nem de blindados, nem de nenhum agente das forças federais,
04:21nem de segurança, nem de defesa.
04:24É o Rio de Janeiro completamente sozinho nessa luta hoje
04:29e estão fazendo a maior operação da história do Rio de Janeiro.
04:35Esse, então, governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro,
04:38interrompe a entrevista porque estava recebendo a informação
04:40da prisão de um importante traficante na operação desta terça-feira.
04:46Tiago, volta para casa.
04:47Muito complicada, caótica.
04:49Mais de 120 ônibus tiveram que mudar o seu destino,
04:52no seu itinerário, por conta dessas ações criminosas no Rio
04:57e também a resistência, esses bloqueios que foram montados em toda a cidade,
05:02principalmente em zonas norte, sudoeste,
05:05uma pontinha da zona sul, que é uma espécie de bolha do município do Rio de Janeiro.
05:09Nós tivemos aí, como eu disse, mais de 50 unidades de saúde e de ensino fechadas,
05:13escolas públicas, privadas e ainda uma tremenda dor de cabeça.
05:18As estações de trem e de metrô lotadas, tanto que algumas catracas foram liberadas
05:24para que não houvesse confusão nessas estações.
05:26E vimos também hordas, pessoas em grande número,
05:30borbotões de pessoas numa verdadeira romaria,
05:33porque o trânsito estava bloqueado,
05:35caminhando por ruas e avenidas do Rio de Janeiro
05:37para conseguir chegar aos seus destinos.
05:39Pois bem, você sabe que sempre tem vários ângulos de um mesmo fato,
05:45de um mesmo acontecimento.
05:46Aqueles que já estão dizendo e chamando disso de um banho de sangue,
05:50o carandiru do Rio de Janeiro ou algo do janeiro.
05:53É o caso, por exemplo, do representante, fundador da ONG Rio de Paz,
05:58Antônio Carlos Costa, que lamentou o resultado dessa operação,
06:04que ainda não terminou, ainda tem conflito,
06:06em algumas das 26 comunidades alvos da operação desta terça-feira.
06:11Vamos ouvi-lo aqui na Jovem Pan.
06:13A operação mais letal da nossa história,
06:17chamada nos próprios círculos policiais de operação suicida.
06:24Isso não é novidade.
06:26Não traz inovação alguma à política de segurança pública.
06:31É a repetição de práticas já provadas ineficazes.
06:37Não aceitaremos que se naturalize o derramamento de sangue.
06:42Exigimos responsabilidade, respeito à vida
06:45e uma política de segurança que preserve pessoas,
06:49não que as destrua.
06:50Esse aí é o Antônio Carlos Costa, só para fechar.
06:55Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União
06:57estão questionando a operação do governo do estado do Rio de Janeiro,
07:01querem explicações para saber se aquelas regras previstas
07:05na chamada DPF das favelas foram seguidas,
07:08querem as imagens das câmeras dos uniformes dos policiais
07:12e querem saber também se a violência aplicada pela polícia
07:16foi submedida, foi uma reação à resiliência dos criminosos
07:21aqui do Rio de Janeiro.
07:2228 de outubro de 2025, vivemos esse dia
07:26que vai entrar para a história do Rio de Janeiro
07:29como aquele dia em que o caos se estabeleceu
07:32e ainda não foi totalmente normalizado por aqui, meu caro Tiago.
07:37Ô Viga, vou pedir só um minuto da sua atenção,
07:39vou chamar os nossos comentaristas que querem fazer perguntas para você.
07:42Afinal, não é todo dia que a gente tem uma operação como essa
07:44e também a sua participação aqui, sempre presente.
07:47Fica à vontade.
07:48O Cristiano Vilela está entrando aqui, a Dora Kramer participa com a gente.
07:52O Vilela faz a pergunta para o Rodrigo Vigo.
07:54Viga, que está na Jovem Pan há muito tempo
07:57e categoricamente, Vilela, afirma que essa foi a maior operação
08:02já vista no Rio.
08:04A Dora Kramer aqui com a gente também.
08:05Vilela, sua pergunta. Boa noite para você.
08:08Boa noite. Boa noite, Viga. Boa noite, Dora.
08:10Boa noite, Thiago Berrache.
08:12Viga, com relação à atuação que tivemos hoje,
08:16a esse episódio que tivemos hoje no Rio de Janeiro,
08:18o grande ponto que chama a atenção é essa divergência
08:22entre o governo do estado do Rio de Janeiro e o governo federal.
08:26Um dizendo que não foi ouvido
08:29e o governo federal dizendo que não foi chamado.
08:32Dentro das informações que você tem, das informações que você apurou,
08:36dá para se ter uma ideia de que lado está a razão?
08:40Houve algum tipo de comunicação prévia?
08:43Não houve comunicação prévia?
08:45Qual a informação, qual a leitura que você tem desse episódio?
08:49Obrigado, Vilela.
08:50Sempre prazer falar com você.
08:51Eu estou disposto aqui de dois documentos,
08:54dois ofícios encaminhados pelo governo do estado do Rio de Janeiro
08:57ao Ministério da Defesa,
08:59e não ao Ministério da Justiça e Segurança Pública,
09:02que é capitaneado pelo ministro Ricardo Lewandowski,
09:05que hoje lá no Ceará disse que não sabia de nada,
09:08não tomou conhecimento
09:09e que vem acatando mais de dez pedidos ao longo dos últimos tempos.
09:12Ora, com todo respeito ao ministro Lewandowski,
09:15que a gente que acompanha de perto o que vem acontecendo,
09:17esses pedidos, eles foram majoritariamente, prioritariamente,
09:21para a continuidade da Força Nacional de Segurança aqui no Rio de Janeiro.
09:25A Força Nacional não está habilitada, não está capacitada.
09:28São policiais de outras praças, de outras cidades, de outros estados,
09:32que não conhecem o dia a dia, não conhecem o cotidiano do Rio de Janeiro.
09:36Não é simples subir numa favela, numa comunidade,
09:39onde os bandidos estão armados até os dentes.
09:41Hoje foram recolhidos noventa e três fuzis,
09:45e isso significa dizer que nesse ano de vinte e cinco,
09:47nós teremos um recorde novamente na apreensão de fuzis aqui no Rio de Janeiro.
09:51No ano passado foram mais de setecentos,
09:53e esse ano vamos bater novamente esse recorde.
09:55Então, estou de posse desses dois ofícios.
09:57O que quer o governo do estado do Rio de Janeiro?
09:59Não quer, inicialmente, nessa etapa, para intervenções e operações,
10:05a presença de seres humanos, de agentes federais nas comunidades,
10:09porque entende a polícia do Rio de Janeiro
10:11que ela é mais habilitada, velha, ela é mais capacitada para exercer esse ofício.
10:15Os pedidos foram feitos para equipamentos,
10:18para blindados veículos que iriam facilitar o acesso das forças de segurança
10:24a áreas estratégicas dessas favelas e dessas comunidades.
10:29E isso não foi cedido, não foi dada a oportunidade de concessão ao governo do estado do Rio de Janeiro,
10:35porque o entendimento que veio lá de Brasília é que seria necessária a decretação de uma GNO,
10:40a garantia da lei e da ordem, para a cessão de equipamentos,
10:43e não de profissionais e não de seres humanos,
10:46da indignação do governo do estado do Rio de Janeiro.
10:49E teremos pela frente, Vivilela, a gente não pode tirar isso do horizonte,
10:52do nosso parabrisas,
10:54um processo de retomada de território aqui no Rio de Janeiro,
10:58previsto, inclusive, na flexibilização da DPF das favelas.
11:02E, para isso, todos vão estar ou terão de estar de mãos dadas,
11:06inclusive, bancando, financiando essa estratégia,
11:09porque, senão, o Comando Vermelho vai continuar se expandindo.
11:12São 1.900 favelas no estado do Rio de Janeiro na atualidade,
11:1570% dominadas por essa facção criminosa.
11:19Aqui em 2024, sem medo de nada e de ninguém,
11:22disse aos quatro ventos e aos quatro cantos,
11:24estamos iniciando uma campanha de expansão territorial no estado do Rio de Janeiro
11:28e também em nível nacional, Vivilela.
11:29Dora Kramer, boa noite para você.
11:32Eu quero saber, antes da sua questão para o Viga,
11:35se a sua rotina aí no Rio foi afetada por causa dessa mega-operação.
11:39Bom trabalho, Dora.
11:41Boa noite, Thiago. Boa noite, Viga.
11:43Boa noite, Vilela. Boa noite a todos.
11:45Não, não foi afetada porque eu tenho situação privilegiada.
11:49Eu moro na Zona Sul, eu trabalho em casa,
11:53mas a pessoa que saiu daqui, que trabalha aqui a 1h30,
11:56foi chegar em casa na Baixada Fluminense às sete da noite, né?
12:00O Viga, mas vamos lá.
12:02O Viga, meu Deus, você tem, acho que tem idade,
12:07você viu aquela tomada de território no próprio complexo do Alemão em 2010, né?
12:12Era uma esperança e não deu certo.
12:15Mas não quero falar disso, eu quero fazer uma questão prática para você.
12:18Você lembrou, 28 de outubro, dia de São Judas Tadeu,
12:22junto com São Jorge e São Sebastião,
12:25um santo muito cultuado aqui no Rio de Janeiro,
12:28santo das causas impossíveis e dos aflitos.
12:34Viga, objetiva e jornalisticamente, como vai ser o dia de amanhã?
12:39As pessoas saem de casa, o que está previsto?
12:43Já que a operação não terminou, você falou,
12:46são 26 comunidades ainda em conflito.
12:50O que as pessoas podem esperar para o dia de amanhã?
12:53Sairão de casas tranquilas para trabalhar
12:56ou esse terror contínuo, crescente, vai continuar?
13:04Dória, boa noite para você.
13:05É sempre um prazer falar com você também aqui no microfone da Jovem Pan.
13:08Eu acho que você, como moradora do Rio de Janeiro,
13:13eu também, felizmente sou um privilegiado que moro na bolha da Zona Sul,
13:17onde tudo é um pouco diferente, né, Dória?
13:20Mas hoje eu vi um grau de ousadia um pouco maior do crime organizado,
13:24porque eles chegaram na Zona Sul ali, no limite,
13:28no túnel Santa Bárbara, que é a ligação entre o bairro ali do Catumbi,
13:33vamos dizer assim, perto da Marquês de Sapucaí,
13:35com o bairro de Laranjeiros, onde fica a sede do governo do estado do Rio de Janeiro,
13:41o Palácio Guanabara.
13:42Pois bem, então, o crime organizado chegou a esse grau de ousadia,
13:47tentando adentrar em áreas que são, de certa forma, quase que infiltráveis, né?
13:53Não filtráveis, vamos dizer assim,
13:56são quase que invioláveis aqui da cidade do Rio de Janeiro.
13:59Infelizmente, Dória, a gente que mora aqui no Rio de Janeiro há muito tempo,
14:03já está criando uma carcaça, já está criando uma couraça
14:06para aprender, lidar, se proteger com esse tipo de realidade.
14:11Amanhã será um novo dia, um novo dia de operações da polícia
14:15em outros cantos, em outras comunidades do Rio de Janeiro,
14:18e, ao que tudo indica, pode ser um dia de calmaria.
14:21Agora, resta saber até aonde vai o grau de ousadia dessa facção criminosa
14:27que resolveu retalhar, resolver fazer frente às forças de segurança
14:32e tomar ônibus, veículos pesados, veículos leves,
14:36caminhões também da Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio de Janeiro
14:40para bloquear vias e avenidas, tentando afetar aquele bem sagrado
14:44constitucionalmente previsto, que é o de ir e vir da população.
14:48Minha cara adora ouvir espectadores e internautas da Jovem Pan.
14:53O plano de retomada de territórios que está sendo desenhado,
14:57na verdade, já está pronto e foi entregue ao Conselho Nacional
15:01do Ministério Público, prevê uma estratégia diferente daquela
15:03da pacificação do ano de 2010 e prevê melhorias do ponto de vista social,
15:10do ponto de vista econômico, do ponto de vista financeiro,
15:13porque as comunidades reúnem muita gente, muitas pessoas,
15:17a maioria absoluta de bem, é uma economia forte e é preciso transformar
15:21essa economia forte em algo para o bem da sociedade, porque quem está
15:26se apropriando desse ativo, tem que estar se apropriando desse mercado
15:31consumidor, quem está se apropriando desses bilhões e bilhões reais
15:35que são movimentados nas comunidades e favelas do Rio e também do Brasil
15:39é o crime organizado. Tanto que, Dora, é importante ficar com essa mensagem
15:44na cabeça. Hoje, o tráfico de drogas representa de 20% a 25% do faturamento
15:51da principal facção criminosa do Rio de Janeiro, nas mais de mil comunidades
15:56onde o Comando Vermelho atua no total de 1.900 no território fluminense.
16:00Outros 75% vêm da economia das favelas. Que economia é essa?
16:04É ali a mercearia, é o supermercado, é o transporte alternativo, é a internet,
16:09é o Wi-Fi e outros serviços que estão no fulcro, no cerne dessas comunidades
16:14que movimentam muitos e muitos bilhões, mas o crime organizado enxergou
16:19isso como oportunidade de negócios e o Estado precisa se apropriar
16:24no bom sentido desse mercado. Dora.
16:26Ô Viga, só temos a te parabenizar por esse dia de fôlego do seu trabalho
16:31de reportagem aí no Rio de Janeiro, empunhando o microfone pesado
16:34da Jovem Pan, trazendo sempre as informações. Um abraço pra você,
16:38volto sempre por aqui, a gente continua em contato.
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