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Os EUA firmaram um acordo com o Japão para fortalecer o acesso a terras raras, metais essenciais na produção de alta tecnologia. O professor Vitor de Pieri, professor associado do Instituto de Geografia da UERJ, analisou no Real Time o impacto geopolítico e o papel do Brasil nesse novo cenário global.

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Transcrição
00:00O mundo está ávido pelas chamadas terras raras do conjunto de metais críticos usados na produção de alta tecnologia.
00:07Os Estados Unidos, que estão entre os mais sedentos, acabam de fechar um acordo com o Japão, que foi bastante comemorado pela Casa Branca.
00:15Sobre esse acerto entre americanos e japoneses, e também o interesse do planeta pelos metais críticos,
00:21a gente conversa agora com o Vitor de Pieri, que é professor associado do Instituto de Geografia da UERJ,
00:26e especialista também em geopolítica e relações internacionais.
00:31Bom dia, professor. Seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:34Bom dia, Marcelo. Um prazer sempre. Bom dia a todos e todas que estão acompanhando o programa.
00:41Bom, Donald Trump e a primeira-ministra japonesa, Asana Itakaishi, exaltaram essa nova era dourada, nas palavras deles,
00:48para a aliança entre Japão e Estados Unidos.
00:51Como que esse acordo, que foi agora anunciado, se encaixa na geopolítica mundial?
00:56Então, Marcelo, hoje em dia, quem dominar as terras raras, futuramente terá um poder incrível,
01:04porque as terras raras hoje, elas são utilizadas para uso civis e tecnológicos, usos militares,
01:12e é um ponto de tensão com a China, um dos pontos.
01:16A China, ela possui um monopólio de refino e, enfim, de toda a produção,
01:24que a produção das terras raras, elas perpassam somente a mineração,
01:29elas passam pelo processamento e pela produção de componentes,
01:33inclusive os semicondutores, que são essenciais na produção de,
01:38desde carros elétricos, turbinas eólicas, mísseis guiados, enfim, sistemas de radares.
01:46Então, é uma competição geopolítica, que a gente pode dizer até que é uma nova guerra fria tecnológica.
01:58Então, é super importante esse encontro para o Ocidente,
02:01que é um Ocidente que vem passando por crises contínuas.
02:05Professor, o Trump deve se reunir amanhã com o presidente da China, o Xi Jinping.
02:09Paralelamente a isso, o americano tem costurado uma série de acordos
02:13para tentar minar a influência chinesa na geopolítica do planeta.
02:17Que impactos, um eventual acordo, se for um bom acordo,
02:21feito pelos Estados Unidos com a China, que impactos pode ter?
02:25Na verdade, existe um descompasso.
02:28Hoje em dia, o mundo está vivendo um processo de decadência
02:34da hegemonia ocidental.
02:37A gente tem reparado isso.
02:41E com a ascensão de novos atores no cenário internacional,
02:44dentre eles a China, até mesmo o Brasil,
02:47se a gente for considerar o sul global todo, os BRICS, etc.
02:54Então, essa aproximação com a China deriva de uma aceitação,
03:02até mesmo, de uma nova arquitetura de poder internacional, a meu ver.
03:07Comparado com o que se tem no resto do mundo,
03:11o que você acha que o Brasil pode oferecer aos Estados Unidos em termos de terras raras?
03:16Então, o Brasil é uma das principais reservas de terras raras.
03:20Ele tem um grande potencial de exploração,
03:25mas, sobretudo, o Brasil conseguiria se destacar não só através da mineração desse produto,
03:36que é super complexa.
03:38São 17 minerais que estão misturados no solo e nas rochas.
03:45E, para você dividir eles, você necessita de uma série de etapas.
03:51Então, o Brasil, para ele se destacar nesse cenário,
03:54ele precisa dominar todas as etapas, desde a cadeia produtiva,
04:00desde a mineração até o processamento, até a produção de componentes.
04:05O Lula esteve há pouco tempo em viagem à Ásia.
04:09Se eu não me engano, na Malásia, ele ofereceu para os empresários
04:14atuarem na produção de eletrocondutores,
04:18se instalarem em empresas aqui para se produzir eletrocondutores.
04:22A China tem 90% do controle da produção e da exploração das terras raras
04:32e da produção de eletrocondutores, se a gente for considerar Taiwan.
04:36Então, o Brasil pode surgir como um player importante nessa dinâmica
04:43em função de ter todo o controle, de ter toda a reserva de recursos.
04:49A questão é, vamos dominar o processamento e vamos produzir os componentes?
04:55Aí vai precisar de muito investimento público e muita vontade política.
05:00Está certo.
05:01Eu conversei aqui com o professor Vitor de Pieri,
05:03que é professor associado do Instituto de Geografia da UERJ
05:06e também especialista em geopolítica e relações internacionais.
05:10Muito obrigado pela sua participação, professor, e bom dia.
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