Pular para o playerIr para o conteúdo principal
A doutora em Relações Internacionais e diretora da PUC-Campinas, Kelly de Souza, analisou no Fast Money o encontro entre Lula e Trump, destacando o tom cordial e a retomada da diplomacia presidencial. Segundo ela, a boa relação pessoal pode facilitar avanços econômicos e reduzir tensões entre os países.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Por aqui a gente fala mais sobre esse encontro que aconteceu no domingo entre os presidentes Lula e Trump.
00:05E agora a conversa ao vivo é com a doutora em Relações Internacionais, diretora de Relações Internacionais da PUC Campinas
00:11e pesquisadora do Observa China, a Kelly de Souza Ferreira.
00:16Tudo bem, Kelly? Bem-vinda, boa tarde. Bem-vinda mais uma vez ao Fast Money.
00:21Boa tarde, muito obrigada pelo convite.
00:23A gente que agradece a sua disponibilidade mais uma vez.
00:26Felipe Machado participa da conversa também.
00:28Bom, professora, eu queria saber quais eram as suas expectativas para este domingo.
00:34Claro que a gente ainda está no aguardo de detalhes da parte prática do negócio,
00:38mas do que a gente acompanha até agora, qual a sua percepção e a sua avaliação?
00:44Olha, é muito interessante observar porque eu acredito que muitas vezes as pessoas acreditam que nesses encontros,
00:51os libres devido à grande tensão, haverá um momento dessa tensão, haverá um clash de personalidades.
00:58Mas o que nós podemos ver é que justamente esses encontros, eles estão servindo de uma coisa muito útil.
01:04Não só aqui a ASEAN, mas até mesmo colocando sobre a questão do Lula ter estendido o convite da COP30 ao Trump,
01:13esses encontros servem para justamente reduzir a tensão.
01:17Uma vez que esses líderes de Estado se encontram, como foi até a entrevista que estava acontecendo agora há pouco,
01:23a declaração do Lula, que quando ele está nesses encontros, é um chefe de Estado conversando com outro chefe de Estado,
01:30mostra um profissionalismo que não só o presidente brasileiro,
01:34mas até mesmo os presidentes de outros países, até mesmo ali não estavam só os países da ASEAN,
01:41mas também estavam Lula, Trump, todos esses países estavam se colocando de uma forma muito diplomática.
01:49E isso é muito interessante porque você vê um resgate dessa diplomacia presidencial,
01:54no qual você tenta reduzir essas tensões, colocando justamente, bancando as posições do seu país
02:00e tentando achar uma solução pacífica.
02:04Não estou dizendo que ela é fácil, mas ela é uma decisão mais pacífica do que partir para um conflito
02:10ou uma escalada das tensões.
02:13Professora, a gente viu que é uma coisa que todo mundo está falando,
02:18e a gente viu mesmo nas cenas ali, um tom um pouco mais cordial,
02:21eles deram as mãos e eles tiraram uma foto sorrindo,
02:24um pouquinho até diferente da postura do presidente Donald Trump,
02:27é difícil você ver, inclusive, ele sorrindo.
02:29E nesse encontro com o presidente Lula, parece que teve uma certa boa relação pessoal.
02:35Na sua opinião, professora, qual é a importância dessa relação pessoal,
02:38dessa empatia que os dois tiveram no momento,
02:40para as decisões posteriores em relação ao comércio?
02:45Isso é muito interessante e isso realmente é muito importante, uma boa observação.
02:50O Rubens Recupero, que é um diplomata brasileiro, já aposentado agora,
02:55ele sempre colocava que todos os acordos das Nações Unidas eram resolvidos na Sala Verde,
03:00que é justamente a sala de café das Nações Unidas.
03:02E é justamente nesses encontros que você vê justamente isso.
03:06Os presidentes, eles desfazem os mitos, os estereótipos da distância,
03:10e ao se verem e se comunicarem, eles estabelecem boa relação.
03:14Não estou dizendo que Lula e Trump serão bons amigos e sairão para um café,
03:17mas o que eu estou colocando é o lado humano dos presidentes se conectam
03:22e isso ajuda justamente as relações.
03:25Nós temos de lembrar que um presidente,
03:27todos os países são comandados por presidentes e são pessoas,
03:32não é o Estado brasileiro que senta à mesa de negociação, vamos dizer assim.
03:36Ele é imaginário que senta à mesa de negociação,
03:39uma pessoa de carne e osso,
03:40e justamente essas emoções entram no ambiente das negociações.
03:44E justamente aí é onde você tem a chance de conseguir reduzir a tensão
03:49e fazer o que você observou, fazer o Lula, por exemplo,
03:53conseguir fazer o Trump soguir, sentir relaxado e estar à vontade ali
03:57para conseguir conduzir um bom acordo.
04:00E professora, o presidente Lula mesmo, na fala dele,
04:04na avaliação ali depois, na coletiva,
04:06ele destacou um respeito mútuo ali, mas diferenças ideológicas.
04:10Na prática, como garantir que essas divergências e pautas,
04:14muitas vezes divergentes, elas acabem não travando as negociações?
04:18Você acha que dá para a gente ter essa garantia
04:21de que vai tudo fluir no caminho positivo, do jeito que a gente espera,
04:27ou ainda tem risco ali de alguma coisa enroscada,
04:30do negócio azedar de novo?
04:31Olha, com o Trump, a única coisa que nós temos certeza é a imprevisibilidade.
04:38Mas o que é uma coisa muito interessante é que a política externa brasileira,
04:41com algumas exceções recentemente, em governos anteriores,
04:46ela sempre foi muito pragmática.
04:48Então, apesar de ter algumas posições que podem ser vistas como ideológicas,
04:55alguns choques justamente de como conduzir determinados assuntos,
05:00e aí eu estou focando muito em questões ideológicas, questões de segurança,
05:04mas as pautas econômicas, elas conseguem ser um pouco mais objetivas,
05:09furiosamente, porque são coisas que afetam o dia a dia dos dois países.
05:14E no caso dos Estados Unidos, ele não está conseguindo a resposta que ele esperava.
05:19A resposta que ele esperava, no momento, é o quê?
05:21Que todos os outros países se acovardassem e falassem sim, senhor,
05:25e fizessem o que os Estados Unidos estão desejando.
05:28Porém, o que nós vemos?
05:30Todos os outros países olharam para o Trump e falaram,
05:32tudo bem, você não deseja? Lamentamos.
05:35Mas nós vamos procurar alternativas.
05:36E isso está forçando o Trump à mesa de negociação.
05:39O Trump não é ingênuo, ele sabe muito bem o que ele tem de negociar,
05:43ele dá cartadas altas para ver se ele pressiona.
05:46E o que ele esperava era um pânico, ele não está tendo essa resposta.
05:50E por não ter essa resposta de pânico dos presidentes,
05:54e aí eu não vou colocar só o presidente Lula.
05:56Tem uma longa lista ali, o presidente Lula, o Canadá agora com o novo representante,
06:02o próprio Zelensky, Putin, Xi Jinping,
06:06ele não tem essa resposta que ele gostaria de pânico desses presidentes.
06:12E por não ter isso, as negociações acabam acontecendo,
06:16e acabam acontecendo de formas mais separadas da ideologia
06:20e muito mais voltadas a um pragmatismo econômico.
06:24Certo, quero agradecer a Kelly de Souza Ferreira,
06:26doutora em Relações Internacionais,
06:28diretora de Relações Internacionais da PUC de Campinas
06:31e pesquisadora do Observa China,
06:33pela participação aqui, a análise ao vivo no Fast Money.
06:36Obrigada, boa tarde, ótima semana.
06:39Obrigada.
06:40Tchau, tchau.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado