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As tensões entre Brasil e EUA cresceram após Lula voltar a criticar Trump na imprensa internacional e ser respondido pela Casa Branca. Alberto Ajzental analisa o impacto das respostas e como elas afetam exportações brasileiras e o setor produtivo. O mercado pede diplomacia e foco econômico.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00A escalada nas tensões entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo.
00:04Após a fala do presidente Lula, que criticou a postura de Donald Trump
00:08e disse que o Brasil está aberto ao diálogo,
00:11a porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, respondeu em coletiva nesta quinta-feira.
00:17Vamos acompanhar o trecho da pergunta feita por um repórter
00:20e a resposta oficial da administração americana.
00:24O presidente do Brasil, Lula, disse recentemente que o presidente Trump
00:29foi eleito para governar os Estados Unidos e não para agir como imperador do mundo
00:34e também enfatizou que o Brasil está aberto a negociações.
00:38Gostaria de ouvir o que a administração tem a dizer sobre isso
00:41e, especificamente, quais áreas estão abertas a negociação no momento
00:46à luz das tarifas de 50%.
00:48O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo.
00:55Ele é um presidente forte para os Estados Unidos e também é o líder do mundo livre.
00:59E temos visto uma grande mudança em todo o mundo devido à forte liderança dele.
01:04Com relação ao Brasil, o presidente enviou uma carta anunciando uma nova porcentagem tarifária.
01:09Ele também instruiu nosso representante comercial, J. Misson Greer,
01:13a iniciar uma investigação sobre o Brasil, de acordo com a Sessão 301,
01:16da Lei de Comércio de 1974, destinada a tratar de práticas estrangeiras injustas
01:22que estejam afetando o comércio americano.
01:25Há anos, sabemos que as regulamentações digitais do Brasil e as fracas proteções à propriedade intelectual
01:31prejudicaram as empresas de tecnologia e inovação americana.
01:34A tolerância do Brasil, com o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais,
01:39coloca os fazendeiros e pecuaristas americanos em risco,
01:42que seguem melhores padrões ambientais em uma desvantagem competitiva.
01:46O presidente Trump sempre age no melhor interesse do povo americano e dos Estados Unidos da América
01:51e continuará agindo assim.
01:55O presidente Lula discursou hoje em Goiânia para estudantes da Universidade Federal de Goiás
02:00e aproveitou para criticar a postura do presidente dos Estados Unidos
02:04sobre o tarifaço e a intromissão em questões de soberania nacional,
02:08chamando Donald Trump de gringo.
02:11E também nesta quinta-feira, em entrevista à jornalista Cristiane Amonpour,
02:40da CNN Internacional, o presidente Lula voltou a disparar contra o americano
02:45ao dizer que ele não foi eleito para ser o imperador do mundo.
02:49Exatamente essa declaração a qual a porta-voz da Casa Branca foi perguntada
02:53e respondeu há pouco, como você viu aí.
02:55Para a gente falar sobre esse novo capítulo,
02:58nas relações tensas entre os dois países,
03:00eu recebo aqui no estúdio nosso analista de economia, Alberto Aizental.
03:04Boa tarde, Aizental. Tudo bem?
03:05Boa tarde, Turcê. Tudo ótimo.
03:07Aizental, qual avaliação você faz de mais esse tiroteio
03:10entre a Casa Branca e o presidente Lula?
03:13Olha, a gente pode usar as palavras deboche, desrespeito e provocação.
03:20O que a gente viu hoje é uma provocação pura.
03:25E tudo isso que a gente falou de provocação, deboche, desrespeito,
03:29não começou hoje, já vem de algum tempo.
03:32As relações entre o governo brasileiro e o norte-americano já não vêm boas,
03:38já faz algum tempo por questões puramente ideológicas, de ambos os lados.
03:45Então, assim, nesse momento, e não justificando a carta recebida pelo governo brasileiro,
03:52em termos de teor, conteúdo, forma, que não é nada apropriado,
03:59quer dizer, não tem justificativa, com certeza não é o momento apropriado
04:07para provocar ainda mais, quer seja mundialmente falando,
04:13ou para um público interno pequeno numa reunião, numa assembleia, numa reunião com estudantes.
04:22Então, parece que é feito de propósito, mas na medida que é feito dessa forma
04:29e na medida daquilo que está sendo feito, é o pior momento para isso.
04:36Não que o presidente Lula esteja errado, né, Isental?
04:38Vamos combinar que, quando ele diz que Trump age como imperador do mundo,
04:44eu não questionaria a veracidade do que ele está dizendo.
04:48Agora, o timing, o falar isso, o falar isso em público,
04:53no momento em que outras autoridades do governo tentam ser o adulto na sala
04:58na relação com os Estados Unidos, pode complicar essa negociação.
05:02É isso que você quer dizer?
05:03Turcio, o que eu quero dizer é que cada um tem a sua verdade
05:07e o mundo está cheio de verdades.
05:10E no relacionamento civilizatório, a gente nunca fala tudo o que pensa.
05:16E a gente não fala tudo para todas as pessoas em todos os momentos.
05:21Agora, estou falando de pessoas comuns, no relacionamento comum, no dia a dia.
05:28O que eu estou...
05:29Eu não estou dizendo se o que ele está falando faz ou não sentido,
05:33se é errado ou se é certo.
05:36O que eu estou dizendo é que é uma provocação,
05:40soa como uma provocação, é entendido como uma provocação.
05:45E tudo o que o momento atual não precisa para piorar a situação é uma provocação.
05:54Então, principalmente para jogar para os seus,
05:59para parecer que você é maior do que você é,
06:03para parecer que você é mais importante do que você é.
06:06Agora, é o momento da diplomacia, é o momento do silêncio,
06:12é o momento de saber usar a palavra apropriada no momento apropriado,
06:17no canal apropriado, com as pessoas apropriadas.
06:23Parece que é uma provocação, querendo piorar a situação, que já não é nada boa.
06:29Essa carta da Casa Branca, assinada por Donald Trump,
06:33que comunicou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros,
06:37comunicou ao presidente Lula,
06:39ela veio ali recheada de referências ideológicas, como a gente viu.
06:42Então, uma defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro,
06:45uma crítica ao judiciário brasileiro,
06:47não só pelos processos contra Bolsonaro,
06:50mas também pelos processos e pelas atitudes que já foram tomadas
06:53contra redes sociais que se excederam aqui no país.
06:56E o que a diplomacia, o que os negociadores brasileiros
06:59vêm tentando fazer é filtrar tudo isso
07:01e colocar no plano objetivamente econômico essa relação.
07:05Até porque no plano econômico não faz o menor sentido
07:08o Brasil ser taxado em 50%.
07:10É aquela velha história.
07:11Temos uma relação econômica de 200 anos com os Estados Unidos
07:14e os Estados Unidos são superavitários na relação comercial com o Brasil.
07:18Então, nos interessa deixar a discussão no terreno econômico.
07:22Esse tipo de declaração política, ele pode criar um ruído,
07:26ele pode criar uma fumaça nessa tentativa de, de novo, ser o adulto na sala?
07:32A gente repudia a carta, o que tem como teoria e a forma como foi feita.
07:38Não tem nem o que discutir isso.
07:41E a mistura de questões comerciais com questões ideológicas.
07:45Não tem nem o que discutir isso.
07:47Qual que é a postura mais inteligente, mais sensata nesse momento?
07:53É exatamente o que você...
07:55Você falou isso.
07:56Separa, filtra tudo isso de forma objetiva e pragmática.
08:02Vai no cerne da questão.
08:04O cerne da questão é a tarifa.
08:07Isso é pragmático.
08:08Uma tarifa de 50% não faz sentido
08:11e é muito danoso para os empresários brasileiros,
08:15é danoso para investimentos brasileiros,
08:19é danoso para quem produz no território nacional,
08:24é danoso para a economia brasileira.
08:26Isso é um fato.
08:28Então, se você já recebe uma informação,
08:32já vem um comunicado que já vem na linha de provocação,
08:37a forma mais inteligente de você responder
08:40é não levar isso em consideração,
08:44não aumentar a fervura,
08:46não colocar lenha na fogueira
08:49e focar no que é importante.
08:51O que é importante?
08:53O importante nesse momento é estabelecer um canal,
08:57pavimentar um canal, um caminho de comunicação
09:01que está cheio de buracos há bastante tempo,
09:05não é de agora.
09:06Essa carta também não veio de graça e com esse teor.
09:10Tem um histórico para trás.
09:13Quer dizer, muito simples se vitimizar e dizer
09:16não sabíamos e recebemos essa carta,
09:19olha que horror.
09:20Não, as relações já vêm estremecidas há um bom tempo.
09:24Isso foi construído.
09:26Essa perda de confiança vem sendo construída.
09:29O desprezo e o deboche vem sendo construído.
09:32A provocação idem.
09:34Culminou com essa carta.
09:36Agora, sabendo de tudo isso,
09:39nesse exato momento,
09:42Turcia, a gente conversa todos os dias aqui
09:45com os principais empresários do país,
09:48com os principais empresários dos principais
09:52e de todos os setores.
09:54Toda tarde, toda noite, a gente vem conversando com os presidentes das principais entidades representativas,
10:01com as federações de Estado.
10:04O setor produtivo do Brasil está em pânico.
10:08As cadeias produtivas estão sofrendo um choque.
10:12vão perder muito recursos, vamos perder emprego, vamos perder muito capital aqui.
10:20Tudo que o empresariado brasileiro quer é um governo com bom senso, sensato, sem bravatas
10:30e que consiga aliviar esse ruído, essa má comunicação.
10:37Então, voltando à tua pergunta, sim, só piora a comunicação.
10:42E se a gente sabe quem são os envolvidos, as suas personalidades e os seus egos,
10:51uma provocação vai trazer o quê?
10:55Uma situação pior ainda.
10:57O mercado, a economia, a população, não quer bravata.
11:02A população quer emprego, a população quer salário,
11:06a população quer bem-estar e a população quer uma economia melhor.
11:11Todos querem emprego, trabalhar e nutrir as suas famílias.
11:16Bravata e provocação só vai piorar a situação.
11:21Obrigado, Isental.
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