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A professora de Relações Internacionais da ESPM, Natalia Fingermann, avalia o tom da reunião entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Presidente Donald Trump na Malásia.

Segundo a especialista, foi "uma relação diplomática tranquila", na qual "tanto Lula quanto Trump pareciam estar confortáveis".

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/5WZo-go9qKM

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Transcrição
00:00E para entender melhor qual é o cenário em relação a isso, qual é o panorama que se apresenta depois do encontro entre Lula e Trump,
00:09a gente conversa agora com a professora de Relações Internacionais da ESPM, Natália Fiegerman, chegando conosco nesta edição do Fast News.
00:17Professora, boa tarde, bem-vinda.
00:20Boa tarde, Kuber, acho um prazer estar aqui contigo mais uma vez em Fast.
00:23O prazer é nosso. Professora, dá para a gente a sua análise inicial do que se pode tirar desse primeiro encontro,
00:32das manifestações que foram dadas após a reunião pelo chanceler brasileiro, os próximos passos, é positivo?
00:43Sem dúvida é positivo, né? Me parece que existia uma insegurança muito grande da chancelaria brasileira,
00:48principalmente no que se refere nos 10 minutos, né, que foi o tempo que a gente teve
00:55para a imprensa, né, que os dois presidentes estiveram juntos, as duas delegações juntos com a imprensa.
01:03A gente sabe que o presidente Donald Trump já causou mal-estar em outros presidentes
01:09que ele via como inimigos políticos e a diplomacia brasileira esperava que isso pudesse acontecer, né?
01:19Então havia um preparo da própria diplomacia para que qualquer desconforto, né,
01:26viesse a acontecer, como é que seria a iniciativa, a resposta do Brasil em relação a isso.
01:31Mas me parece que foi, muito pelo contrário, foi uma relação diplomática, tranquila,
01:39tanto Lula quanto Donald Trump pareciam estar confortáveis naquela situação,
01:45o que indica que a conversa entre os dois, que durou quase uma hora,
01:49foi uma conversa positiva para ambas as partes.
01:52Então sabemos, né, da volatilidade de Donald Trump,
01:57mas o que se constata hoje, nesse momento, é um saldo positivo dessa aproximação.
02:06Professor, eu vou chamar para a nossa conversa o Eduardo Maurício,
02:09ele vai te fazer a próxima pergunta.
02:13Olá, boa tarde.
02:15Professora, qual a sua opinião?
02:19Esse encontro entre Lula e Trump teve principalmente, né,
02:23foco diante do curto prazo, a questão do tarifácio e a questão da lei magnística.
02:29Mas na sua opinião, quais outros pontos devem aí ser objeto de um eventual novo encontro,
02:35uma eventual negociação com mais tempo?
02:39Boa tarde, Eduardo, tudo bem?
02:42Ó, Eduardo, me parece que a gente tem outros pontos de interesse dos Estados Unidos.
02:47Entre eles, e isso já fica claro até pelas próprias negociações que os Estados Unidos firmou
02:53no dia de hoje, por exemplo, com a Malásia e com a Tailândia,
02:57está a questão das terras raras.
02:59O Brasil tem aí, né, a segunda maior reserva de terras raras do mundo,
03:05a gente ainda tem 23%,
03:06e essas terras raras que temos no Brasil ainda são muito pouco exploradas,
03:12e esse é um tema que tem sido caro para a diplomacia norte-americana.
03:16Então, é bem provável que a gente veja esse tema surgir na mesa,
03:21e já sabemos que há aproximações, não somente dos Estados Unidos,
03:25mas também da Alemanha, do Japão,
03:28buscando explorar as terras raras brasileiras e trabalhar aqui dentro do Brasil.
03:34Então, eu acho que esse é um tema que a gente deve voltar a ver.
03:38Também um outro tema é a questão do etanol.
03:41Os Estados Unidos também produzem,
03:43se o Brasil tem uma tarifa muito alta em relação ao etanol,
03:47talvez pedir a redução dessa tarifa.
03:50E de interesse da diplomacia brasileira,
03:53me parece que seria importante,
03:55não somente a redução da tarifa,
03:57e do meu ponto de vista vai ser mais provável a gente ver a redução da tarifa,
04:01principalmente da carne e do café,
04:04num primeiro momento,
04:05mas também é cancelar a investigação que tem sido feita na sessão 301,
04:13que pode levar, no longo prazo,
04:16a consequências danosas para o comércio brasileiro.
04:20Então, eu acredito que talvez esse ponto surja nas discussões entre ambas as delegações
04:29no momento mais oportuno.
04:32Em termos políticos, a gente tem a questão da lei Magnitsky,
04:36mas também temos a questão regional.
04:39Então, Venezuela, com certeza, é um tema que deve emergir nessa discussão,
04:47mas eu vejo que é necessário que a relação entre as duas partes
04:51esteja mais consolidada,
04:54com uma confiança maior entre ambas as partes,
04:58para a gente entrar em temas mais sensíveis
05:00para a diplomacia brasileira e para a diplomacia norte-americana.
05:05Professora Natália, justamente sobre esse tema,
05:07é que eu quero te fazer a próxima pergunta,
05:08porque naquele pouco tempo de entrevista,
05:11antes da conversa entre o Lula e o Trump,
05:14alguém perguntou ao presidente Trump se a Venezuela seria assunto,
05:18e ele rechaçou, falou que acreditava que não,
05:21que isso não seria um assunto entre Estados Unidos e Brasil.
05:24Mas na entrevista, depois da reunião que foi consentida
05:27pelo ministro das Relações Exteriores, o Mauro Vieira,
05:31ele disse que o presidente Lula se colocou à disposição
05:34para ser um interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela
05:38no conflito que se estabelece ali.
05:40Ou seja, aparentemente já se mostra aí uma visão diferente
05:48que cada um dos presidentes tem em relação à Venezuela.
05:50O presidente americano rechaça a participação brasileira de início
05:53e o presidente brasileiro se coloca à disposição.
05:56O Brasil tem potencial para ser um interlocutor
05:59dos conflitos entre os americanos e os venezuelanos,
06:03em especial o regime de Maduro?
06:04Olha, o Brasil sempre buscou exercer um papel diplomático na região
06:12e de buscar a resolução de conflitos de maneira pacífica.
06:18A gente viu o Brasil exercendo esse papel mais recentemente
06:22quando a gente teve a questão de esse equívoco com a Venezuela
06:26junto à Guiânia e o Brasil fez sim esse papel de interlocutor
06:33e que foi buscar uma resolução pacífica para aquela questão.
06:37Agora, não sei se o Brasil tem a mesma capacidade hoje
06:42de se comunicar junto com o governo de Maduro.
06:45A gente sabe que as relações entre Brasil e Venezuela
06:49não estão em bons termos.
06:52Essas relações que já tiveram em bons termos,
06:55principalmente entre essas duas gestões,
06:58que são gestões que têm aproximações ideológicas
07:03em certos momentos,
07:07mas hoje elas não estão em bons termos.
07:09A Venezuela e o Maduro e o Lula
07:13já deixaram bem claro a discórdia que eles têm.
07:16Então, não vejo, vamos dizer,
07:20a mesma capacidade da diplomacia brasileira
07:23hoje em exercer esse papel,
07:27mas entendo o fato do presidente Lula
07:30colocar essa vontade para o presidente Donald Trump
07:35e mostrar essa vontade política
07:38de ser um interlocutor na região da América do Sul.
07:42Porque esse é um papel que o Brasil tem pleiteado
07:45junto aos Estados Unidos já faz muito tempo.
07:49Até para diminuir os custos de transação dos Estados Unidos,
07:53os Estados Unidos acabam, vamos dizer,
07:55buscando o Brasil para intermediar as suas relações
07:59e seus conflitos na América do Sul.
08:02Na América Central ele age independente,
08:05mas na América do Sul o Brasil sempre foi esse aliado estratégico
08:09que exerceu esse papel desde o Barão do Rio Branco.
08:13Perfeito.
08:14Conversamos aqui com a professora de Relações Internacionais da ESPM,
08:18Natália Figgerman.
08:19Muito obrigado, professora.
08:20Sempre um prazer te receber aqui na Jovem Pan.
08:23Obrigada.
08:23Bom domingo.
08:24Obrigada.
08:25Obrigada.
08:26Obrigada.
08:27Obrigada.
08:28Obrigada.
08:29Obrigada.
08:30Obrigada.
08:31Obrigada.
08:32Obrigada.
08:33Obrigada.
08:34Obrigada.
08:35Obrigada.
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