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Renato Medicis, vice-presidente regional da AEGEA, falou no Fast Money sobre como a falta de saneamento afeta mais de 100 milhões de brasileiros e populações vulneráveis. Ele destacou projetos em Manaus e Pará que levam água tratada e coleta de esgoto, mostrando avanços e inclusão social.

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Transcrição
00:00Saneamento básico não é apenas uma questão de infraestrutura, mas um fator importante quando o assunto é reduzir desigualdades,
00:12proteger populações vulneráveis e fortalecer a adaptação às mudanças climáticas.
00:17O estudo A Vida Sem Saneamento, para quem falta e onde mora essa população, do Instituto Trata Brasil,
00:23mostra um cenário alarmante em que a falta de saneamento básico afeta principalmente populações mais vulneráveis
00:30e esses grupos acabam mais expostos aos impactos das mudanças climáticas.
00:35A gente vai receber aqui ao vivo no Fast Money o Renato Médicis, que é vice-presidente regional da AEGEA
00:41e vai falar com a gente sobre a importância dessa discussão lá na COP30.
00:45Tudo bem? Boa tarde. Seja muito bem-vindo ao Fast Money.
00:48Boa tarde. Boa tarde a todos. Bom estar aqui para falar com vocês.
00:52A gente que agradece a sua presença. O Felipe Machado, nosso analista, está aqui, Renato, para participar da conversa também.
00:59Bom, esse estudo do Instituto Trata Brasil, Renato, ele trouxe vários dados e me chamou muita atenção
01:05aquele que mostra que quem mais sofre com a falta de saneamento, então mulheres, negros, população indígena,
01:11moradores de periferia, são essas pessoas.
01:15Explica para a gente, porque pode não ser tão óbvio para todo mundo, qual que é a relação entre essa vulnerabilidade,
01:21a questão da falta de saneamento e a exposição maior às mudanças climáticas.
01:26Não, pois não. Acho que o Brasil está vivendo um momento ímpar no saneamento depois da edição do novo marco legal do saneamento.
01:35Hoje ainda são no Brasil mais de 100 milhões de brasileiros sem acesso à coleta e tratamento de esgoto
01:41e mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada.
01:46E num país com tanta desigualdade, com tanta vulnerabilidade, isso fica mais latente para essas populações.
01:53Mas o que a gente vê é um avanço muito grande nesse sentido,
01:58que não é meramente executar obras para fazer que o saneamento chegue para essa população.
02:03é também vencer barreiras, é o maior projeto que tem hoje no país de inclusão social e sanitária.
02:09Então é uma cadeia que vai desde o investimento, a realização das obras,
02:14a uma questão de educação ambiental,
02:17a uma questão de se encontrar também uma tarifa adequada para que isso seja acessível a essa população.
02:23E a gente já vem vendo isso em vários casos no Brasil,
02:26para que o saneamento seja, enfim, levado a todos,
02:29porque ele precisa chegar a todas as pessoas e a todas as populações.
02:33É uma questão de dignidade, né?
02:35Com certeza.
02:36Renato, boa tarde mais uma vez.
02:38Fiquei impressionado com esses números.
02:40100 milhões de pessoas...
02:42Repete, por favor.
02:43100 milhões de pessoas não têm acesso ao esgoto?
02:46100 milhões de pessoas ainda no Brasil não têm acesso ainda a coleta e tratamento de esgoto
02:51e mais de 35 milhões de pessoas no Brasil ainda não têm acesso à água tratada.
02:56Mas esses números vêm avançando depois da edição do novo Marco Legal do Saneamento.
03:01Vários projetos acontecendo de norte a sul do país.
03:04A EGEA hoje, que é a nossa empresa, já vem atuando em 890 municípios,
03:10desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas.
03:12Então a gente vê esse avanço acontecendo em várias frentes.
03:16Não, é claro, realmente números impressionantes mesmo.
03:20Renato, queria te perguntar o seguinte.
03:22De uns tempos para cá, o saneamento básico sempre foi visto no Brasil como uma questão estatal.
03:28O Estado deveria fazer o saneamento básico e, infelizmente, temos esses números até hoje.
03:33Como é que você vê, de uns tempos para cá, houve algumas privatizações em algumas companhias
03:38ao longo do... espalhadas pelo Brasil.
03:41Como é que você viu essa mudança e como é que isso pode influenciar de forma positiva
03:45para oferecer saneamento básico para mais pessoas?
03:49Para vencer esses desafios, é necessário haver essas parcerias,
03:54onde se soma-se ao público a participação privada, que não vem só com capital.
04:02Ela vem também com know-how, vem com o olhar do cliente, vem com eficiência, tecnologia das mais diversas.
04:09Então, a gente vê um avanço em várias frentes e em vários locais com diversos projetos.
04:16Foram feitos vários leilões ao longo do país, tanto desde privatização no Rio Grande do Sul,
04:21como concessões de saneamento em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Paraná, Santa Catarina, Pará, Piauí.
04:33E a gente vê o avanço acontecendo em todo o Brasil para que a gente possa recuperar todos esses anos
04:38e fazer com que a gente faça um salto tão grande na universalização,
04:43que em alguns lugares vão acontecer em 2033, outros em 2040,
04:47vencendo esse déficit histórico e fazendo essa inclusão social.
04:51Acho que isso é o grande benefício que o saneamento leva.
04:54Então, água é tratada, é vida, é saúde, é qualidade de vida, é dignidade.
04:58Então, a gente vê que essa soma já causa um grande avanço no investimento no país.
05:05E, bom, Renato, vocês por aí têm acumulado bastante experiência, têm acumulado bastante experiência na Amazônia,
05:11e é importante mesmo, vai ser o palco ali da COP30, enfim.
05:17E com projetos bem grandes em Barca Arena, Manaus e em Belém também.
05:21Como que esses casos ensinam, o que eles trazem para vocês e que você pode compartilhar com a gente
05:26sobre como é que é operar em territórios complexos, mas que também tem tanto potencial para a transformação?
05:34E, assim, é bom poder contextualizar isso.
05:36Quando você pega a Amazônia e falar de Amazonas, Pará,
05:41e você falar que ainda tem pessoas que não têm acesso à água tratada,
05:45parece até um dilema em regiões onde a gente vê tanta água e essa abundância.
05:50Mas é preciso que a água chegue com qualidade à casa das pessoas.
05:54E acho que quando a gente fala disso, de pessoas,
05:57essa questão do relacionamento, do conhecer a cidade, de estar próximo,
06:01fez com que a EGE conseguisse avançar nesse sentido com diversos cases.
06:06Quando a gente fala de Manaus, Manaus é uma cidade com 2 milhões e 200 mil habitantes.
06:11E você andando pela cidade, você tem diversas populações invisíveis,
06:17que são aquelas populações que não estão ali nas principais avenidas,
06:20nas principais ruas, mas que elas estão em alguns núcleos urbanos,
06:25vivendo em palafitas, por exemplo.
06:27Mas nem por isso essas pessoas não precisam ser atendidas
06:30ou não devem ser atendidas com serviço público de qualidade.
06:35E a gente conseguiu vencer isso em Manaus implantando um primeiro case
06:38numa região de um beco de palafitas, no beco do Nonato,
06:42onde essas pessoas hoje têm água tratada e esgoto coletado e tratado.
06:47E têm uma tarifa adequada à capacidade de pagamento deles.
06:51Quando você fala assim de dignidade,
06:53muitas vezes não está no natural de todo mundo entender o valor do que é isso
06:59para essas pessoas.
07:00Muitas dessas pessoas não têm nenhum comprovante de endereço.
07:04Então, quando ela recebe uma conta de um serviço público,
07:07como o de água e de esgotamento sanitário,
07:09ela tem pela primeira vez um comprovante de endereço.
07:13E foi também, nesse local, na Vila da Barca, em Manaus,
07:17foi feito também um grande programa de ampliação de tarifa social.
07:22O que é a tarifa social?
07:23É a tarifa com 50% de desconto para essa população vulnerável.
07:28E nessa população das palafitas, de extrema vulnerabilidade,
07:33o que é que foi feito?
07:34Essas pessoas que vivem nessa extrema vulnerabilidade pagam apenas R$ 10,00.
07:40Elas pagam apenas R$ 10,00 pela conta de água e esgoto.
07:43Então, assim, ela tem acesso a mais de 10 mil litros de água por apenas R$ 10,00.
07:50Então, isso faz com que essas pessoas consigam ter dignidade e acesso ao serviço.
07:55E esse caso de sucesso que a gente teve em Manaus foi replicado agora no Pará.
08:01A EGE venceu em abril concessão de saneamento no Pará
08:04para atuar em 126 municípios do Pará,
08:10mas que a gente já começou imediatamente o projeto em Belém,
08:13onde a gente está fazendo mais de R$ 200 milhões de investimento
08:16para melhorar a qualidade e regularidade da água,
08:19até com vistas da COP.
08:20Mas a gente preferiu começar atuando para uma comunidade
08:24chamada Vila da Barca,
08:26que é uma vila, historicamente, que passa por problemas,
08:29pessoas de extrema vulnerabilidade,
08:32e que a gente iniciou fazendo esse mesmo projeto em Manaus
08:35de levar água tratada e esgoto coletado e tratado.
08:38Então, são quase 5 mil pessoas
08:40que agora, já no final do ano,
08:43já têm a coleta e o tratamento de esgoto e água tratada.
08:47Então, existem medidas, existem soluções técnicas,
08:51existe engenharia, existe o olhar social
08:54para que essas pessoas consigam estar pagando.
08:57E você citou também o caso de Barca Arena.
09:00Barca Arena é uma cidade que fica próximo a Belém,
09:04região metropolitana de Belém,
09:06cerca de uma hora de balsa,
09:09e é uma cidade de 120 mil habitantes,
09:11onde a EG, em conjunto com o Poder Concedente e a Agência Reguladora,
09:18tomou a decisão de antecipar a universalização do saneamento em 10 anos.
09:23Então, agora, no mês de novembro,
09:25a cidade de Barca Arena vai ser a primeira cidade do Pará
09:28com 100% de água tratada e 90% de esgoto coletado e tratado,
09:33mostrando que é possível, sim, fazer saneamento,
09:37levar dignidade, levar saúde e qualidade de vida
09:40para essa região do país.
09:42Muito importante tudo isso.
09:44E lembrando que o estado do Pará está entre os piores
09:46na questão do saneamento básico, ainda está.
09:49Então, só esse tipo de ganho já faz...
09:52A COP30 já ter valido a pena a proximidade dela
09:55e tanta coisa boa ainda vai vir.
09:57Renato, quando a gente pensa em saneamento,
10:00a gente às vezes pensa em, sei lá, às vezes na região norte,
10:03a região centro-oeste, algumas regiões que a gente acha que precisa
10:06e precisam mesmo de mais estrutura de saneamento,
10:09mas isso acontece também até em estados como São Paulo,
10:12Rio de Janeiro, estados mais ricos.
10:15Quando é que a gente...
10:16Eu sei que não é a função da Aegeia consertar toda essa situação,
10:20mas como é que você imagina...
10:22Quando você imagina que o Brasil vai ter um saneamento básico,
10:25pelo menos com os índices mundiais,
10:28quer dizer, com uma porcentagem da população em níveis aceitáveis
10:31pelos índices mundiais,
10:34em níveis considerados regulares, pelo menos.
10:39Quando vai ser isso?
10:40Quando que a gente pode pensar em termos de datas?
10:44Hoje o novo marco legal do saneamento
10:47trouxe metas claras para ser atingidas.
10:51Entre 2033 e 2040,
10:54todos esses contratos de concessão
10:57têm metas claras e objetivas
10:59de universalização do saneamento.
11:01Então, toda essa soma de esforços
11:03entre o público e o privado
11:04e o avanço desses grandes projetos,
11:07seja desde o Rio Grande do Sul
11:09até a região norte do país,
11:11de universalização do saneamento,
11:13tem tomado essa atração
11:15e deve estar acontecendo nos próximos 10, 15 anos
11:20que a gente vai vir trabalhando
11:23todas as empresas que estão trabalhando,
11:26os governos, a soma de esforços
11:28para ter esse salto de qualidade
11:30que a gente já viu que já aconteceu
11:32de uma maneira muito clara nos últimos anos.
11:35Então, nos últimos cinco anos
11:36já houveram vários avanços.
11:38A gente vê cidade como Barca Arena
11:40no Pará sendo entregue,
11:42a gente vê o saneamento em Manaus avançando,
11:45a gente vê o Rio de Janeiro
11:46onde a EGEA vem atuando,
11:48passando por diversas mudanças de acesso
11:51onde a gente pôde levar água tratada
11:52para várias regiões do Rio de Janeiro
11:54que até hoje também,
11:56a gente fala no Rio de Janeiro,
11:57a gente fala no norte sem saneamento,
11:59mas a gente tem lugares no Rio de Janeiro
12:01onde tem população que ainda não tinha tomado
12:03um banho de chuveiro
12:04uma vez sequer na vida.
12:06Então, a gente já vê isso acontecendo,
12:08a bauneabilidade das preias do Rio de Janeiro
12:10melhorando também,
12:12Então, é um avanço gradativo
12:14que vem sendo feito
12:15sempre com esse olhar de inclusão das pessoas.
12:18Então, não é só a excepção das obras,
12:20mas também todo esse trabalho socioambiental
12:23visando, no final,
12:25equacionar tudo isso
12:26que nós viemos falando hoje
12:28de atingir a justiça climática,
12:29porque todo mundo está vendo
12:31que o clima está mudando,
12:33que o mundo está passando por transformações.
12:37Então, a gente tem que cuidar bem
12:38das pessoas e do bem que a gente tem,
12:42que é a água tratada.
12:43Perfeito.
12:44Quero agradecer, Renato Médicis,
12:46vice-presidente regional da EGE,
12:48pela participação ao vivo aqui com a gente
12:50no Fast Money.
12:51Muito obrigada e ótima tarde.
12:53Bom fim de semana.
12:54Eu que agradeço.
12:55Boa tarde a todos.
12:56Obrigado.
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