Pular para o playerIr para o conteúdo principal
A Norsk Hydro aposta na sustentabilidade com foco em energia limpa e tecnologia. A empresa norueguesa já investiu R$ 12,6 bilhões desde 2022 para descarbonizar sua operação no Pará e reforçar a presença global do alumínio brasileiro como referência em produção sustentável. O CEO, Anderson Baranov, em entrevista ao Jornal Times Brasil - Exclusivo CNBC, explicou a estratégia da empresa norueguesa.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Nosso assunto agora é atuação sustentável na Amazônia, sobre isso eu converso com Anderson
00:13Baranov, CEO da Norsk Hidro Brasil. Anderson, boa noite. Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:20Prazer estar com você aqui hoje. Eu queria começar te ouvindo sobre onde se concentra
00:24de fato a atuação da Norsk Hidro aqui no Brasil. O alumínio é o carro-chefe de vocês?
00:30É, alumínio e energia. Mas a nossa operação está toda no Pará, a maior parte dela.
00:36A gente tem uma mineradora em Paragominas que faz a, que extrai a bauxita e leva pra maior
00:43refinaria do mundo em Barca Arena através de um mineroduto de 244 quilômetros.
00:48Do outro lado da rua, em Barca Arena, a gente tem a Albrais, que é a maior produtora de alumínio
00:52do Brasil. E também temos operações aqui no Sul e Sudeste, mas são operações mais
00:57de estrudados, que a gente chama, e quatro plantas de energia hoje, solar e eólica.
01:02Qual é a estratégia de sustentabilidade de vocês?
01:05Bom, acho que a gente tem que começar sempre melhorando a nossa operação. Então, a nossa
01:09estratégia hoje é descarbonizar toda a operação até 2050. Desde 2022, nós já investimos
01:1512,6 bilhões na descarbonização, trocamos a matriz energética dessa maior refinaria
01:21do mundo de óleo para gás natural. E também investimos em quatro plantas no Brasil, em eólica
01:28e solar, pra que a gente possa também colaborar com o sistema e usar essa energia renovável
01:33também na nossa operação, inclusive nas caldeiras elétricas da própria Alonorte.
01:37Qual é a importância do Brasil pra operação da empresa como um todo, pensando na operação
01:43global? É muito estratégico, porque a base do alumínio é a bauxita e a alumina que
01:49fazemos aqui no Brasil. Então, é a matéria-prima da operação toda do mundo. A gente está em
01:5440 países, 42 países já instalados, com mais de 32 mil funcionários, então é estratégico
02:00a operação brasileira. E a bauxita de qualidade que nós temos na Amazônia é incomparável.
02:05Há quantos anos vocês estão no Brasil? Nós estamos no Brasil desde 2011. A empresa tem
02:09120 anos. Na verdade, a gente tinha pequena participação antes disso, mas a partir de 2011
02:15nós assumimos o controle da operação toda.
02:17De onde é, originalmente, a Norsk Hidro?
02:19É a empresa norueguesa.
02:20Norueguesa. Bom, por isso o nome também, né?
02:22É.
02:23Como é que a Norsk Hidro enxerga o futuro e as práticas e rotinas de produção, de extração mineral?
02:30A gente enxerga com bastante foco na tecnologia. Eu acho que a tecnologia veio para ficar e
02:36para melhorar a nossa operação, tanto na descarbonização. A Hidro tem uma preocupação
02:41muito forte com o meio ambiente e com pessoas. E por estar numa região como a Amazônia,
02:46que tem uma diversidade muito grande de comunidades muito diferentes, tradicionais, quilombolas,
02:52indígenas, é muito importante a integração das pessoas e das comunidades na nossa operação.
02:57Eu acho que essa estratégia é vencedora, tanto que hoje a Norsk Hidro no Brasil, ela
03:02tem 80% da mão de obra local, ou seja, nascido no Pará.
03:06Qual é a dimensão da companhia aqui no Brasil?
03:10A Hidro no mundo, ela é uma das maiores do mundo, se você considerar a operação integrada.
03:16É muito grande, assim, a operação, quando você vai numa mineradora, quando eu entrei
03:19há 11 anos atrás, eu fiquei encantado. É tudo muito grande. Por exemplo, a gente é o
03:23maior consumidor de soda cáustica do mundo, na Alonorte, que é a maior refinaria.
03:27Então, é tudo muito grande, porque a gente está nessa operação de extração dentro
03:32da Amazônia, que também você sabe que gera, assim, uma certa curiosidade de saber como
03:37a gente opera. A gente é fiscalizado 24 horas por dia e isso é bom, porque fez com que
03:41a gente melhorasse ano a ano.
03:42Com certeza. Tem essa, claro que tem essa curiosidade, né?
03:46Como opera ali dentro da Amazônia.
03:48Onde a presença da Norsk Hidro é mais forte? Em que países?
03:53Você diria que aqui no Brasil é uma presença muito forte?
03:55Eu vou puxar a sardinha para o meu lado. O Brasil é o mais importante do mundo.
03:59Mas, logicamente, na Noruega, onde é a sede, né? A gente produz e exporta boa parte da
04:03nossa alumina para os esmelters lá. Mas a gente tem operação no mundo inteiro.
04:08A nossa operação, por exemplo, nos Estados Unidos é bem grande também.
04:11Só que lá, diferente da Europa, a gente não usa a alumina da Alonorte.
04:15A gente usa o alumínio reciclado, que é outra grande vantagem do alumínio, ser 100% reciclável.
04:21Então, é uma empresa que está sempre inovando e preservando o meio ambiente e tentando
04:26cada vez melhorar a sua operação. Como a gente falou agora há pouco, dos investimentos
04:30em redução das emissões de carbono.
04:34De alguma forma, o tarifato do Donald Trump afetou vocês, as operações da Norsk Hidro?
04:39Por a gente exportar mais para a Europa, não muito. Mas cria uma incerteza de mercado
04:45que afeta a commodity. Eu estou hoje presidente do Conselho da Abau. Então, a gente vê que
04:51tem afetado bastante. E a gente espera que, a curto prazo, a diplomacia, ela resolva o problema
05:01e os países possam voltar a ter essa relação que tinham historicamente boa, né?
05:06Qual é a sua expectativa para a COP30 em Belém? Você estará lá?
05:10Estarei lá. A nossa operação, a maior parte, é lá. Minha expectativa é muito positiva,
05:14desde o início. Primeiro que eu pude participar de outras quatro COPs, onde se discutiu muitas
05:19coisas importantes, mas essa é diferente. Primeiro que aqui tem floresta, né? O Brasil
05:23tem que se orgulhar muito disso. E segundo, eu vejo como a COP dá ação. Você vê, como
05:28eu te expliquei agora, desde 2022, investindo em descarbonização, então a gente tem entregas
05:34já. E eu acho, eu acredito que vai ser a COP das pessoas, pela diversidade, pelas discussões
05:41que estão tendo. E eu acho que é uma oportunidade muito grande do Brasil mostrar, para quem fala
05:45da Amazônia sem conhecer, não só a parte positiva que tem a Amazônia, mas também os
05:50desafios, para que os investimentos possam vir para melhorar o que realmente precisa ser
05:54melhorado. Chega de relatório, vamos dizer assim, vamos para a ação.
05:57Você imagina que, de fato, a gente vai sair dessa COP com algum resultado concreto?
06:03Essa é a grande questão.
06:04Eu acredito que sim. Se você, eu morei em Belém três anos, vou para lá quase toda
06:10semana, já tem um legado, a cidade está totalmente transformada, é uma cidade muito
06:14difícil.
06:14Vai conseguir receber bem?
06:15Vai, tranquilo.
06:17Teve toda uma discussão em cima disso.
06:19É, teve, teve nas outras também, é normal, mas como essa é no Brasil, afeta mais os
06:23brasileiros, né? Mas já está tudo bem direcionado, acredito que mais de 120 delegações
06:29confirmaram presença, se eu não me engano. E vai ser um sucesso a COP, as discussões
06:33vão ser boas, vai ter o legado. Quando terminar a COP, o pós-COP é mais importante, ou tão
06:38importante quanto, porque a presidência fica com o Brasil até a próxima COP. Eu acho que
06:43as discussões e as ações vão trazer uma realidade diferente para o mundo, principalmente
06:49quando todo mundo passar a entender mais os desafios da Amazônia.
06:53Dessas outras quatro COPs que você participou, você sentiu que houve uma, um passo a mais
07:00a cada COP ou não?
07:02Sim, eu acho que tem uma evolução e algumas COPs você pode até ter a percepção que
07:08não teve evolução, mas teve muito questionamento, que fez com que a nossa COP fosse diferente.
07:13Por isso que a gente fala muito da COP das pessoas, da ação, porque chega de discutir, vamos
07:18agir e vamos avaliar e vamos medir essas ações para um mundo melhor, para que as operações
07:23na Amazônia, por exemplo, sejam cada vez melhores em termos ambientais e cada vez mais
07:28considerando as pessoas. Eu acho que é muito importante. Por exemplo, no meu setor de mineração,
07:33não se vive mais sem minério hoje. Tudo que a gente usa tem minério, desde uma embalagem
07:38de remédio, desde o avião que você usa, do celular. Então a gente precisa. Como fazer
07:43com que isso seja conectado à sociedade, como que isso possa ser bom para todo mundo,
07:48vamos dizer assim. Eu acho que esse é o grande segredo, inclusive incluindo a inteligência
07:52artificial. Como fazer com que ela beneficie tudo isso sem gerar desemprego. Eu acho que
07:58esse é um grande desafio que a gente vai ter para os próximos anos aí.
08:01Vamos lá, vamos acompanhar essa COP de perto, estaremos lá também.
08:04Com certeza.
08:04Anderson, muito obrigada.
08:05Eu que agradeço.
08:06Boa noite para você e boa COP.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado