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Christian Levin, CEO global da Scania, falou com exclusividade para o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC em Södertälje, na Suécia. Ele defendeu o livre comércio, o acordo Mercosul-UE e anunciou novos investimentos no Brasil, com foco em exportações e transição energética.

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Transcrição
00:00Prazer todo nosso.
00:02Em tempos de tarifaço, o presidente da Scania, Christian Levine,
00:06defendeu o livre comércio e a aprovação do acordo entre Mercosul e União Europeia.
00:12Ele falou com exclusividade a Felipe Machado, enviado especial a Sodertalje, na Suécia,
00:20e disse que a formação do bloco comercial vai beneficiar as operações da montadora,
00:27que tem foco nas exportações.
00:30Ele afirmou ainda que a companhia sueca prevê ampliar os investimentos no Brasil
00:34e usar a participação na COP30 para engajar outras empresas em ações voltadas à transição energética.
00:44Aqui estamos nós em Söderstel, perto de Estocolmo, conversando com Christian Levine,
00:49presidente e CEO da Scania, e também CEO do Trayton Group.
00:53Vocês virão ao Brasil para a COP30 em novembro deste ano.
00:55Por que essa conferência é tão importante para a Scania?
00:58E qual é o objetivo de vocês?
01:00Somos parte do problema do aquecimento global?
01:02Temos que fazer algo a respeito.
01:04Nós investimos muito em produtos, mas agora nós percebemos que isso não é suficiente.
01:09Nós não podemos fazer essa mudança sozinhos.
01:12Trata-se de uma mudança sistêmica.
01:14Portanto, precisamos acompanhar o que às vezes chamamos de ecossistema inteiro.
01:18O que seria isso?
01:19Bem, o ecossistema é simplesmente todo o ambiente que inclui os nossos clientes
01:22e as empresas de transporte e ajudá-los a dar esse passo.
01:25A Scania está no Brasil há cerca de 60 anos.
01:28Como essa história começou?
01:30E por que o mercado brasileiro é tão importante para a empresa?
01:33Você está certo sobre o Brasil.
01:35Na verdade, são mais de 60 anos.
01:37Em breve, comemoraremos 70 anos no país que se tornou, de certa forma,
01:42nosso segundo mercado doméstico.
01:44E, a propósito, muito maior do que nosso primeiro mercado doméstico,
01:47a Suécia, 10 vezes maior.
01:51Mas nós vimos, meus antecessores viram muito tempo antes,
01:54todo o potencial do Brasil, sendo um território muito grande,
01:59rico em número de habitantes e, é claro, também matéria-prima de agricultura,
02:03precisando muito de transporte.
02:05E como os sistemas ferroviário e marítimo não eram muito desenvolvidos,
02:09havia lugar para os caminhões.
02:10E eu acho que hoje os caminhões fazem cerca de 60%, 70% do transporte de carga no Brasil.
02:15Portanto, eles foram muito previdentes e disseram,
02:19precisamos investir no Brasil.
02:21E nós fizemos isso não apenas no Brasil,
02:24mas logo no início, como nós fizemos também na Suécia,
02:26nós buscamos a exportação.
02:28Assim, logo no começo, entramos na Argentina
02:30e assumimos uma posição dominante lá.
02:33Depois, passamos para o Peru, para o Chile, Venezuela, etc.
02:37E hoje, nós realmente sentimos que toda a América Latina,
02:41mas com o coração no Brasil, é a nossa segunda casa.
02:44O que vem por aí para o Brasil, para o mercado brasileiro?
02:47Existem planos de investimentos no país ou lançamentos de novos produtos?
02:51O Brasil está se tornando cada vez mais importante no contexto da Scania,
02:55mas também no contexto do grupo Trayton,
02:58onde temos, além da Scania, a Volkswagen, caminhões e ônibus.
03:02Nós estamos trabalhando cada vez mais em sintonia no grupo.
03:05Estamos focando mais em pesquisa e desenvolvimento.
03:08Já existem recursos nesse sentido em ambas as marcas.
03:11A Scania está investindo em mais capacitação
03:14e, juntos, nós formamos uma equipe realmente forte no Brasil.
03:18E, novamente, não apenas para o Brasil,
03:20mas para trabalhar em todo o sistema de produção,
03:23ou seja, todos os veículos da Scania.
03:25E isso inclui o Brasil.
03:27E quais são os próximos passos?
03:30Bem, nós queremos apresentar as novidades dessa transição na FENATRAN,
03:34que é a nossa grande vitrine de exposição no Brasil.
03:36Da última vez, nós mostramos tudo o que tínhamos disponível,
03:41mas também um pouco do que estava sendo planejado.
03:44E, por um lado, trata-se de combustíveis alternativos
03:47em que acreditamos que o Brasil será talvez o maior mercado do mundo.
03:50E, em segundo lugar, sobre eletrificação,
03:52onde vemos certos segmentos, como o de ônibus urbanos, por exemplo,
03:56que já estão fazendo a transição para baterias elétricas.
04:00Você fala muito sobre sustentabilidade.
04:02Por que esse é um conceito tão essencial para a Scania,
04:05mas também para todo o sistema de transporte?
04:08Nós temos que fazer essa transição, por assim dizer.
04:10Mas é claro que não se trata de filantropia.
04:12Não fazemos isso apenas pelo clima e pelo planeta.
04:15Mas a sustentabilidade e a lucratividade precisam andar de mãos dadas,
04:18porque fazer o que é certo também precisa ser lucrativo.
04:21E, voltando à sua pergunta sobre a COOP,
04:23o que eu realmente espero e acredito
04:26é que nós possamos convencer um número maior de países
04:29a realmente estabelecer seus planos
04:31para que eles se tornem realidade
04:33nessa transição que é tão importante.
04:36Hoje, nós não vemos mais um futuro
04:38em que investiríamos sem levar em conta as mudanças climáticas.
04:41Isso é impossível.
04:43Como você vê o futuro dos veículos autônomos?
04:45Esta é uma tecnologia promissora
04:47que começa a ganhar mercado.
04:49Nós começamos a investir nela há muito tempo,
04:52há muitos anos.
04:54E é verdade que ainda não vimos
04:55nenhum grande avanço comercial.
04:58Mas isso já está acontecendo agora.
05:00Então, este ano, nós estamos entregando
05:02nossos primeiros caminhões totalmente autônomos.
05:05No site da empresa, você chama os motoristas de caminhão de heróis.
05:08O senhor tem muito respeito por eles.
05:10Qual é a importância e os desafios
05:12para essa atividade no futuro?
05:14Sempre haverá necessidade de motoristas de caminhão.
05:17Vamos começar com isso.
05:18Não acho que possamos robotizar todas as atividades.
05:20Mas o fato é que, em todos os países do mundo,
05:24todos os países que visitei até hoje,
05:26e há muitos com presença da Scania
05:27ou do grupo Tayton,
05:29existe escassez de motoristas de caminhão.
05:32Essa é a maior ameaça ao sistema logístico global,
05:35porque poucos jovens se enxergam
05:37na profissão de motorista de caminhão.
05:39Isso é muito lamentável,
05:41porque é uma atividade fantástica.
05:43E nós vemos os motoristas como heróis.
05:45Nós fazemos tudo o que podemos
05:47para tornar a vida deles mais fácil,
05:49mais confortável.
05:50Mas acho que também temos que perceber,
05:52e esta é uma discussão difícil,
05:53que por um lado vamos fazer tudo
05:54para satisfazer o motorista.
05:56Por outro, estamos trabalhando
05:57numa tecnologia que, a longo prazo,
05:59deixará motoristas de sobra.
06:00Como você disse, o Brasil é
06:02e será, talvez, concorrente da Índia,
06:04o principal país do mundo
06:05na produção de biocombustíveis.
06:08E acho que podemos concluir
06:09que não existe apenas uma solução.
06:12É muito fácil chegar à solução de engenharia
06:14de que o veículo elétrico, a bateria,
06:16é a solução definitiva,
06:18porque é perfeita do ponto de vista
06:20da eficiência energética.
06:21Desde o início de 2025,
06:23nós vivemos em um novo mundo.
06:24Como essa incerteza geopolítica
06:26afeta o ambiente de negócios da Scania?
06:29Nós somos dependentes da exportação.
06:31Nós estamos sediados em um pequeno país.
06:34A Suécia representa menos de 2%
06:36da nossa produção.
06:38Portanto, nós sempre fomos voltados
06:40para a exportação.
06:41Já na década de 40,
06:42a liderança aqui em Söderstelle disse
06:44precisamos nos concentrar
06:46em veículos pesados e nas exportações.
06:48E essa tem sido uma estratégia
06:50vencedora desde então.
06:51E é claro, tudo o que prejudica
06:53as exportações,
06:55sejam os problemas para usar
06:56o canal do Panamá ou o canal de Suez,
06:59sejam as tarifas,
07:00sejam os obstáculos ao comércio global,
07:02tudo isso é ruim para nós.
07:04Somos realmente defensores do livre comércio.
07:07E acreditamos que ele não é bom
07:08apenas para nós e para nossos negócios.
07:10acreditamos que ele está tornando
07:12o mundo mais rico e mais lucrativo.
07:14Acho que já houve períodos
07:16como esse antes na história.
07:17Temos muita sorte de ter o Brasil
07:19como um grande centro de manufatura.
07:21Temos a Europa como um grande centro de manufatura.
07:24Estamos construindo um grande centro
07:26agora na China.
07:27E eu espero que o acordo União Europeia
07:29e Mercosul seja ratificado e implementado,
07:32porque assim esses obstáculos serão eliminados.
07:35E então também poderemos enviar produtos
07:37de onde for mais lucrativo
07:39ou onde você tiver capacidade.
07:41Porque, é claro, isso é outra coisa.
07:43Muitas vezes nós ficamos completamente
07:45sem estoque no Brasil.
07:47É uma pena que não possamos pegar produtos
07:49de uma de nossas outras fábricas
07:50e satisfazer a demanda de nossos clientes
07:52e vice-versa.
07:55Nos vemos no Brasil.
07:56Nos vemos no Brasil.
07:57E aí
08:02E aí
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