Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Donald Trump recebeu Javier Milei na Casa Branca e anunciou ajuda financeira de US$ 20 bilhões à Argentina. O republicano mencionou Lula, defendeu o dólar e criticou o Brics, reforçando a disputa por influência na América do Sul. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00E o presidente americano, Donald Trump, recebeu na Casa Branca o presidente da Argentina, Javier Milley.
00:06Entre os assuntos tratados, a ajuda econômica aos argentinos e a influência dos Estados Unidos na América do Sul.
00:13Trump citou o Brasil, o presidente Lula, e voltou a atacar o BRICS, como o Mário Almeida acabou de dizer.
00:20A correspondente, Louise Maiana, acompanhou esse encontro em Washington e traz os detalhes pra gente.
00:25Pois é, o presidente Donald Trump teve esse encontro, que foi um encontro muito esperado com o líder argentino, Javier Milley.
00:35Esse encontro foi muito esperado depois que Scott Bessent, que é o secretário de Tesouro, anunciou essa ajuda financeira à Argentina.
00:44Nesta terça-feira, o presidente Donald Trump confirmou, portanto, esse auxílio financeiro,
00:50que envolve um aporte de 20 bilhões de dólares em uma transação chamada SWAP,
00:56que envolve justamente a troca de câmbio da moeda entre esses dois países.
01:01O presidente Donald Trump também chegou a dizer que essa ajuda é condicionada,
01:06que o governo argentino precisa sim estar alinhado com as expectativas e com o posicionamento político dos Estados Unidos.
01:14O presidente Donald Trump fez essa argumentação justamente porque a Argentina está à beira de uma nova eleição legislativa.
01:23Então, existe também uma grande expectativa em torno disso.
01:26O presidente, claro, rasgou elogios a Javier Milley, colocou, portanto, essa condição
01:33e também chegou a dizer que a Argentina vai ser uma espécie de termômetro
01:37para que os Estados Unidos avaliem a influência que a política e o governo americano têm em relação à América do Sul.
01:45O presidente Donald Trump também chegou a falar do Brasil.
01:49Ele recordou o encontro que teve bem rapidamente com o presidente Lula na ocasião da Assembleia Geral da ONU.
01:56Chegou a falar que existe esse diálogo entre os dois países e também falou sobre o grupo dos BRICS,
02:02que envolve também o Brasil, Rússia, China, entre outras economias.
02:07Donald Trump chegou a dizer que fez ameaças ao grupo, dizendo que o grupo ameaça a moeda americana, o dólar,
02:15e disse que depois dessas ameaças o grupo se desfez.
02:19Muitos membros quiseram sair desse grupo, o que não é verdade,
02:24já que a gente também acompanha a movimentação de membros do BRICS,
02:27justamente na tentativa de manter relações comerciais entre si e entre esses países membros.
02:34Nós separamos um trecho da fala de Donald Trump, justamente o trecho em que ele fala do Brasil e da América do Sul.
02:40Vamos acompanhar, portanto, o que disse o presidente americano.
02:43A Argentina é um dos países mais bonitos que já vi, e queremos vê-la ter sucesso.
02:49É muito simples.
02:50Quero dizer, não precisamos fazer isso.
02:53Não fará uma grande diferença para o nosso país, mas fará em termos de América do Sul.
02:58Se a Argentina se sair bem, outros a seguirão.
03:01E muitos outros estão seguindo.
03:03Há países na América do Sul que há dois anos nunca teriam sido sequer cogitados para como democracias
03:11ou apenas como países que querem fazer um comércio justo e equilibrado.
03:15E agora todos, quero dizer, você mencionou a Bolívia,
03:19mas há muitos outros países que estão vindo em nossa direção.
03:22E o Brasil, como você sabe, tive uma conversa muito boa com o presidente.
03:26Maria Almeida, Estados Unidos e Argentina competem em alguns mercados.
03:34Inclusive, tem alguns empresários americanos, eu vi algumas notícias dizendo e reclamando
03:39sobre essa...
03:41Colocaria a Argentina numa posição estratégica
03:44por causa desse acordo novo que o Donald Trump está propondo.
03:47Mas existe também toda uma intenção, não só política como econômica,
03:52em ele estar fazendo isso, fazer essa troca cambial, não é isso?
03:54É, Paulo, acho que tem...
03:56Primeiro, só destacar que é sempre bom lembrar que o Donald Trump, nessa história,
04:00ele vai soltar algumas fábricas, mas é voltar a falar que a conversa com o Brasil foi boa, né?
04:04É, exato.
04:05Para manter aí a nossa lua de mel.
04:06Mas, dito isso, voltando para a sua pergunta,
04:08acho que tem uma questão sobre a relação econômica,
04:14que nesse caso está muito no centro do debate,
04:17que não é só a troca comercial,
04:18mas é o aspecto da gestão monetária e da centralidade do dólar como moeda internacional.
04:23Não à toa o Donald Trump faz a crítica, nesse momento, aos BRICS,
04:27exatamente relembrando e criticando a tentativa dos BRICS de pensar em uma moeda própria.
04:33E que por que eu estou falando que nesse assunto, nesse tema, faz muita diferença,
04:36e a relação com a Argentina também?
04:37A Argentina, ela, em algum momento, dolarizou a sua economia.
04:41Não dolarizou inteiramente, não é que só circula o dólar,
04:43mas ela criou uma paridade com o dólar muito profunda,
04:46que se estabeleceu como uma moeda que circula nacionalmente,
04:50e, portanto, virou uma dependência em relação ao dólar do país.
04:56Ou seja, nas transações argentinas,
04:59uma coisa que faz muita, muita diferença,
05:01inclusive com agora, com os avanços até que se teve,
05:04do ponto de vista da estabilização monetária,
05:06a dúvida que voltou a pairar foi,
05:08ok, se temos alguma estabilização da inflação,
05:11mas as pessoas confiam na moeda local,
05:13ou qualquer flutuação elas correm de novo para o dólar,
05:16porque o dólar está mais fácil, está mais acessível,
05:18não tem um controle cambial.
05:19Então, controle cambial, tem vários modelos cambiais,
05:24mas é isso, não existe uma única entidade que faz a gestão,
05:27pode circular, é legalmente estabelecido a circulação inteira.
05:30Então, o acesso ao dólar acaba sendo facilitado.
05:33O que significa que, na estabilidade,
05:35todo mundo procura essa moeda,
05:36se todo mundo procura, ela pode ficar ausente.
05:38Se ela ficar ausente, começa a ter escassez,
05:41se tem escassez, o câmbio se altera,
05:43se o câmbio se altera, empurra para a inflação,
05:45se empurra para a inflação, a moeda local volta de novo a perder força.
05:49É uma escadinha de eventos, é puxado,
05:51mas veja que no centro é o quê?
05:53O dólar continua dominando a ideia e a negociação,
05:57e tem muita centralidade na economia argentina.
06:00É um exemplo de como o dólar acaba ocupando esse espaço.
06:04Então, quando o presidente Donald Trump quer salvar a Argentina,
06:08ou quer se dispor a colocar a Argentina como um país relevante,
06:12não é só enquanto a sua economia,
06:14suas trocas em alguns setores,
06:15mas é nesse lugar do uso da moeda.
06:17Dizer que isso é estável,
06:18de alguma maneira falar,
06:20não há necessidade de fugir do dólar.
06:22O dólar está aí, usem,
06:23pode ser disponível para a economia internacional.
06:27Isso porque é muito bom para a economia americana
06:28ser essa moeda que tem tanta dependência externa.
06:32Por quê?
06:32Porque daí todo mundo precisa do dólar,
06:34ele emite o dólar,
06:35quem faz o dólar é os Estados Unidos, não o resto.
06:37Portanto, tem muito mais facilidade para emitir a moeda,
06:40para se financiar,
06:41para gerar a dívida mais barata.
06:43Lembrando que o tamanho da dívida faz muita diferença,
06:45mas o custo da dívida também.
06:47E é isso, sempre os Estados Unidos,
06:49por ter o dólar,
06:49teve um custo de dívida muito barato.
06:51E a Argentina é um exemplo do que significa
06:53o uso do dólar internacionalmente.
06:55Se a Argentina consegue caminhar melhor,
06:58se fortalecer mantendo o dólar nesse patamar central,
07:02para Donald Trump é um exemplo importante,
07:04uma força, uma resistência um pouquinho maior
07:06do papel dessa moeda,
07:08em contraposição a quem está tentando derrubar,
07:10como é o caso dos BRICS.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado