Durante viagem à Malásia, Lula classificou a reunião com Donald Trump como um sucesso e destacou avanços no diálogo econômico. O presidente afirmou que o Brasil vive nova fase diplomática e defendeu mais protagonismo dos empresários nas negociações.
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00:00E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite deste domingo, já amanhã de segunda-feira na Malásia,
00:07que essa reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi surpreendentemente boa, como a Fernanda Sete nos adiantou.
00:14Segundo ele, a conversa deixou a impressão de que em breve não haverá mais impasses entre os dois países.
00:21Vamos ver um trecho da coletiva.
00:23Bem, dizer para vocês que é mais uma viagem exitosa do governo brasileiro ao exterior.
00:34Eu tinha vindo à Indonésia pela última vez, em 2008, quando nós estabelecemos uma parceria estratégica com a Indonésia.
00:42Nós temos um potencial extraordinário em todas as áreas para crescer a nossa relação com a Indonésia.
00:49Uma relação muito boa com o presidente Pabonso.
00:53E aqui, eu nunca tinha vindo aqui na Malásia.
00:59Nunca tinha vindo aqui.
01:00E, sinceramente, o primeiro-ministro Anuar é uma figura extraordinariamente agradável.
01:11Uma figura que gosta do Brasil.
01:12Uma figura que quer ter uma relação muito forte, sabe, com o povo brasileiro.
01:20Tivemos reuniões com os empresários nos dois países.
01:23Também os empresários brasileiros que vieram, que merecem os meus elogios.
01:28Porque eu sempre acho que o presidente da República não faz negócio.
01:33O presidente da República apenas abre as portas para que os homens de negócio façam negócio.
01:38São os empresários que sabem negociar, são os empresários que têm interesse específico, são os empresários que têm conhecimento.
01:46E, portanto, o papel do governo é fazer com que, em todas as viagens minhas, a gente leve uma delegação de empresários brasileiros e empresárias.
01:55Nós temos a cooperação das federações, das confederações, mas eu quero publicamente elogiar o Cooper Jorge Viana da Apex, que tem prestado um trabalho extraordinário, sabe, no ajuntamento dos setores empresariais para fazer essa viagem.
02:13E a receptividade tem sido extraordinária, há muita vontade de conhecer o Brasil, há muita vontade de fazer negócio com o Brasil, há muita disposição de conhecer o que é a transição energética que o Brasil está pensando,
02:28o que é essa coisa maravilhosa de um país que tem quase que 90% da sua energia elétrica totalmente renovável, sabe,
02:36de um país que é um país que tem petróleo e ao mesmo tempo é um país que defende que nós precisamos trabalhar rapidamente para que a gente não precise mais utilizar combustível fóssil,
02:46que a gente possa fazer a transição energética e as pessoas querem conhecer e nós precisamos também conhecer o que os países têm para oferecer para a gente.
02:55Tanto para a Indonésia quanto para a Indonésia, sabe, primeiro esses dois países da ASEAN, o nosso comércio nos dois países chega por volta de 12 bilhões de dólares,
03:07é muito pouco, dentro do potencial econômico do Brasil e desses países. Significa que está faltando um pouco mais de ousadia dos nossos empresários e dos nossos ministros, sabe,
03:20ao invés de ficar lá no Zap todo dia, tem que viajar o mundo para vender as coisas que o Brasil produz, as coisas que o Brasil tem para vender.
03:28Isso é uma coisa muito importante. E depois, ser convidado para participar, sabe, do 40º Congresso da AVEAN é motivo de muita alegria.
03:39Eu fui o primeiro presidente do Brasil a participar do G7, eu fui o primeiro a participar da reunião europeia com a SELAC,
03:46e estou sendo, fui o primeiro a participar da reunião da União Africana e estou sendo o primeiro presidente do Brasil convocado para participar da AVEAN,
03:55que é 11, que são 11 países, sabe, que têm uma afinidade muito grande pelo Brasil, que gostam do Brasil, que admiro o Brasil,
04:06que têm perspectiva de fazer investimento e de atrair investimento para cá.
04:11Então, o Brasil saiu daquele momento histórico que a gente devia, olhando para os Estados Unidos, achando que os Estados Unidos iriam resolver o problema da miséria do Brasil.
04:22Aí, quando se enjoava dos Estados Unidos, olhava para a União Europeia, achando que a União Europeia ia resolver o problema.
04:27E nós descobrimos o óbvio. Nós descobrimos que ninguém vai resolver o problema do Brasil.
04:32São os brasileiros que vão resolver. E, portanto, nós temos que saber disso. E, sabendo disso, nós temos que fazer a nossa economia crescer.
04:40Nós temos que aumentar o nosso comércio exterior. Nós temos que aumentar a nossa atração de investimentos estrangeiros no Brasil.
04:47Isso só se faz com uma química rolando de nós.
04:51Então, você não faz por WhatsApp. Você não faz por e-mail.
04:54Você faz isso pegando na mão das pessoas, olhando nos olhos das pessoas e convencendo, sabe, com palavras das pessoas, de que você está oferecendo um bom negócio.
05:06Maria Almeida, esse episódio de ontem da reunião, e a gente inclusive viu na coletiva do Lula, acredito que deixa o presidente brasileiro bem posicionado diante do setor produtivo brasileiro.
05:17Porque estava havendo aí uma certa inconsistência, um certo medo, e agora acho que deixa o pessoal um pouco mais tranquilo em relação a isso, né?
05:28É, Paulo. Olha, do ponto de vista do Lula enquanto figura política e da aceitação do seu governo,
05:35todo o episódio, desde que ele teve início lá em julho, quando o governo dos Estados Unidos coloca o tarifato até agora,
05:42parece que foi positivo, porque, de alguma maneira, criou uma certa unidade, no caso brasileiro, em termos da defesa da economia do país,
05:50arrefecendo, portanto, toda essa visão aí que tem sido negativa ao longo dos últimos tempos,
05:56de procurar aquilo que diferencia internamente as visões aqui brasileiras.
06:02Então, a tal da polarização, que já se fala muito, ela diminuiu quando, de repente, a defesa da soberania apareceu como ponto inicial.
06:09Ou seja, algo que une o conjunto aí de vários, né, dos dois lados mais polarizados, colocando, olha,
06:16precisa, na verdade, fazer com que a economia venha na frente, a economia do Brasil como um todo, sem intervenção externa.
06:22Agora, isso aconteceu em julho, mas, assim, a dúvida persistia.
06:25Quer dizer, o presidente Lula vai conseguir fazer algo, trazer algum ganho efetivo?
06:29Como, durante muito tempo, as portas da negociação estiveram fechadas?
06:33E, claro, lembrado, dentro dessa polarização, um dos temas foi exatamente a própria polarização,
06:38o julgamento do Jair Bolsonaro, que movimentou ali a ação de Donald Trump contrária ao Brasil.
06:45Então, embora a soberania tenha unificado, ficava essa dúvida de, será que tem força?
06:49Será que ele vai conseguir abrir essa conversa e trazer resultados concretos para a economia?
06:54O capítulo do fim de semana é um passo para... parece que sim.
06:58Ainda não é um sim. Por que ainda não é um sim?
07:00Porque não tem uma mudança, não tem nenhum anúncio.
07:02Tinha uma expectativa de que talvez o anúncio fosse já de um acordo, de uma derrubada.
07:06Não foi isso que aconteceu, mas foi construído aí um cenário de possibilidades
07:12para que exista uma separação do político com o econômico.
07:16E aí, o econômico, lembrando, não faz sentido para os próprios Estados Unidos.
07:19A tarifa dos Estados Unidos, ela prejudica os americanos.
07:22Claro, tem efeitos na produção brasileira, principalmente alguns setores que dependiam
07:27muito da exportação para aquele país, mas para os Estados Unidos, como a gente é
07:31deficitar em relação a eles e não o inverso, tem o efeito da carne, do café, que a gente
07:36sempre traz aqui, que acaba impactando no preço do produto lá interno.
07:40Então, quando você tira a política disso e aparece de novo, emerge, qual que é o efeito
07:45econômico, o maior prejudicado dos Estados Unidos, nesse sentido, talvez tenha muito espaço
07:49para realmente ter uma reversão.
07:51Então, com esse contexto todo, parece que o sinal é positivo, mas não dá para a gente
07:56tirar da frente ou esquecer o funcionamento de Donald Trump, que é, não existem acordos
08:01definitivos.
08:02É um processo contínuo de geração de certa instabilidade de dúvida, porque é na instabilidade,
08:07na dúvida que você continua falando dele e procurando o que você faria, como você
08:12negociaria com ele.
08:14Então, para o Brasil, agora, para o presidente Lula, o sinal é que ele soube fazer essa
08:19passagem e agora vamos ver quais são as consequências e se a gente consegue chegar realmente em um
08:23acordo, embora, como eu falei, eu sempre manteria aí a dúvida se consegue chegar em um acordo
08:31definitivo e o que a gente realmente consegue alcançar.
08:34Mas vamos com a notícia, hoje é positiva, Paula.
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