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O presidente Lula desembarcou em Nova York (EUA) para a Assembleia Geral da ONU, em meio à tensão com Donald Trump após o tarifaço de 50%. Léo Valente trouxe os detalhes e Mariana Almeida analisou o impacto desse possível encontro.

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Transcrição
00:00O presidente Lula já desembarcou em Nova Iorque para a Assembleia Geral da ONU que começa nesta terça-feira.
00:07O encontro terá como foco os conflitos globais e tensões comerciais lideradas pelos Estados Unidos.
00:14Lula irá discursar na abertura do evento, seguido pelo presidente norte-americano Donald Trump.
00:21Esta é a primeira vez que os dois chefes de estados irão se encontrar pessoalmente
00:25desde a posse de Trump em janeiro e as constantes trocas de farpas devido ao tarifácio de 50%
00:33imposto pelos Estados Unidos sobre os produtos importados do Brasil.
00:38E para falar sobre este assunto eu vou chamar ao vivo o Léo Valente, que está chegando conosco no Agora
00:43e tem as informações.
00:44Léo, muito bom dia para você.
00:47Léo, é a primeira vez que o presidente Lula pode se encontrar com Trump ali nos bastidores
00:52e, segundo o Planalto, sem citar o nome do presidente dos Estados Unidos,
00:58o presidente brasileiro deve reafirmar a soberania e também deve falar sobre multilateralismo.
01:07Não é isso?
01:08Seja bem-vindo ao Agora.
01:12É isso mesmo, Eric.
01:13Bom dia para você, bom dia para todo mundo que está acompanhando agora nessa segunda-feira.
01:17Como você falou, Lula deve abordar essas questões que se tornaram ainda mais relevantes
01:22depois dos últimos momentos da política e da diplomacia internacional que a gente vem acompanhando
01:28aqui em relação ao Brasil e aos Estados Unidos.
01:31Esses são temas que o presidente costuma reforçar durante as suas falas internacionais,
01:37principalmente em momentos em que há esse encontro da Assembleia Geral das Nações Unidas,
01:43dessa sessão de debates que, de maneira regular, já é aberta pelo Brasil desde a primeira vez.
01:50Já é uma tradição que o Brasil abra essa sessão de debates em que os chefes de Estado
01:55fazem esses discursos em que apontam o que é mais importante para cada uma dessas nações
02:01que participam desse momento lá das Nações Unidas.
02:04Então, o presidente Lula chega nesse momento reforçando ainda mais essa postura,
02:09lembrando, claro, dessas últimas sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o Brasil,
02:16muito por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado,
02:22crime pelo qual ele foi condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.
02:29Então, há essa tensão em relação à viagem.
02:33O presidente já viajou no domingo, ontem.
02:36Hoje, ele tem algumas agendas já previstas e amanhã faz esse discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas
02:44e vai ser seguido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
02:48Por isso que há essa expectativa, já que, tradicionalmente, a sequência é essa,
02:53Brasil e Estados Unidos.
02:55E, no momento agora, há ainda mais expectativa por causa dessa tensão entre os dois países.
03:00Os Estados Unidos já disseram que vão aplicar novas sanções contra o Brasil por causa do resultado do julgamento.
03:06Esse anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Marco Rubio, responsável pela diplomacia dos Estados Unidos,
03:12mas nada ainda foi confirmado porque não houve prazo também, não houve uma definição de que tipo de sanções seriam essas.
03:20A questão agora é que fica, então, essa expectativa, né, por esse encontro, pelo menos no mesmo ambiente,
03:26entre os dois países, já que há essa tensão.
03:30O presidente deve falar sobre a defesa da democracia, também da soberania brasileira
03:35e a defesa também do multilateralismo, né, já que hoje a gente vem acompanhando muito os Estados Unidos
03:41tomando decisões sem consultar os ambientes de diálogo internacional,
03:46como é o caso das Nações Unidas, que chega a essa octagésima, né,
03:50já é a reunião de número 80, né, 80 anos já de reunião da Assembleia das Nações Unidas,
03:56no momento em que ela está bem enfraquecida por causa das questões envolvendo tanto a guerra entre Rússia e Ucrânia
04:03e principalmente a questão da guerra entre Israel, né, das ações de Israel na faixa de Gaza
04:12para combater o grupo militante palestino Hamas e também a pressão internacional que existe
04:19para que essa guerra, para que essa ofensiva acabe,
04:21que se soma também aos anúncios de ontem de reconhecimento do Estado palestino,
04:27entre eles de um aliado importante dos Estados Unidos, que foi o Reino Unido.
04:32Eric, a gente começa a chover aqui, a gente vai ter que cortar o nosso vivo.
04:36Tá certo, então se proteja, Léo Valente, já já, Léo Valente volta com mais informações
04:41sobre a chegada do presidente Lula a Nova Iorque e a participação do líder brasileiro na ONU,
04:48na Assembleia da ONU, que começa amanhã.
04:51E o meu bom dia agora vai para a Mariana Almeida, nossa analista que está conosco aqui no Agora.
04:55Bom dia, Maria Almeida, como é que foi de final de semana? Tudo bem?
04:58Tudo bem, Eric, bom dia para você, bom dia para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
05:02Mariana Almeida, podemos ter então o primeiro encontro entre o presidente Lula e Donald Trump,
05:08desde que o republicano voltou ao poder, em meio a essa crise diplomática, né,
05:13iniciada pelo presidente dos Estados Unidos em relação ao tarifácio,
05:18até pelas questões mais políticas do que econômica.
05:21E aí o presidente Lula que deve fazer um discurso duro em relação a multilateralismo e soberania,
05:27mas sem citar Donald Trump.
05:30Vai ser interessante ver como que os Estados Unidos, ou a comitiva norte-americana, vai receber esse discurso, né?
05:35Pois é, porque na prática, né, Eric, a gente até assim que começou, que veio o tarifácio,
05:40ficou um pouco aquela dúvida se ou não ia acontecer uma conversa entre Donald Trump e Lula
05:44para fazer uma negociação, porque tem uma crise bilateral, tem uma crise entre os dois países que está posta
05:49e que ficou esse vácuo de não abertura diretamente entre os chefes de Estado.
05:54Tiveram outras tentativas de conversa e o próprio presidente Lula acabou entendendo
05:59que não era o momento de você sentar, dado que não tinha espaço de negociação anterior
06:03entre os técnicos que tivessem vislumbrado um acordo.
06:06Então, eles vão agora para esse ambiente que não é bilateral, que ao contrário, que é multilateral,
06:11mas sem ter tido, no meio dessa crise bilateral, no meio da crise entre os países,
06:16sem ter negociado, sem ter conversado, e aí vão falar, mas vão falar sobre o mundo,
06:21nesse ambiente multilateral, mas permeados por essa questão.
06:24Então, ou seja, Lula começa e certamente vai se posicionar como defensor do multilateralismo,
06:31puxando o papel que tem tentado assumir para si, também com o respaldo dos BRICS,
06:35os outros países ali que fazem parte do bloco da renda média e que têm defendido essa relação
06:42de negociação multilateral, as conversas em espaços institucionais instituídos,
06:47mas como tem possibilidade de provocação nesse discurso, tem possibilidade de desdobramento na relação bilateral.
06:53Então, é isso. É uma conversa nesse ambiente mais geral, onde Lula vai defender multilateralismo.
06:58Donald Trump, nesse sentido, não é o espaço onde ele está mais confortável, digamos assim,
07:06porque o que Donald Trump tem feito sistematicamente é atacar o multilateralismo,
07:10e essa é uma reunião do espaço mais simbólico que é a ONU.
07:14Ele, normalmente, nesses espaços, apela para a fala sobre o ideal americano,
07:20a possibilidade americana de participar num papel de defesa internacional,
07:24mas isso cada vez mais fragilizado, porque mesmo a questão da guerra, ele não conseguiu avançar.
07:29Então, Donald Trump ali um pouco mais fragilizado, possivelmente se sentindo pressionado e atacado
07:35em relação a Lula, que vai defender o seu papel ali multilateral.
07:39E aí, a grande questão é, para o caso brasileiro, como ficam as compreensões,
07:44como vai ser entendido esse possível embate depois na relação bilateral.
07:48Se isso vai ou não vai gerar algum tipo de anúncio posterior que afete diretamente a economia e a política brasileira.
07:54Então, vai ser um momento bem tenso e importante para entender o papel do Brasil,
07:59mas também a capacidade do Brasil de cumprir um papel internacional
08:02e, ao mesmo tempo, defender essa situação nacional que está agora bastante em crise
08:07e pressionada pela relação norte-americana, Klein.
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