No Direto Ao Ponto, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) comenta a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso no STF, que abre uma nova vaga para indicação de Lula (PT/SP).
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00:00Com a aposentadoria do ministro Luiz Roberto Barroso, haverá agora um novo processo de indicação de um nome que terá e passará pelo aval do Senado Federal.
00:14E também começa aquele processo que a gente conhece como beija-mão.
00:18Primeiro eu quero perguntar para o senhor se ao longo da sua gestão como senador, alguém beijou tua mão, no sentido de o senhor viveu esse processo.
00:25Houve beijar a tua mão, senador?
00:27Ah, eu não vou dizer dessa forma, Evandro, assim fica até deselegante, né?
00:32Mas os candidatos vão lá conversar, conversei com o ministro Zanin, com o ministro Dino, que era meu colega no Senado, com os candidatos ao STJ, e assim, CNMP, CNJ, conversa, uns ali são mais tímidos, chegam com currículo, a turma que é dos conselhos.
00:50Agora, quem vai para ministro de tribunal superior é para se fazer conhecido, né?
00:55Eu acho que é liturgia, né? É uma coisa litúrgica, isso aí é importante.
01:00Há muitas promessas nesse processo de beija-mão, senador?
01:04É minha parte não, Evandro, porque eu não cobro promessa de ninguém.
01:07Eu apenas coloco os meus pontos de vista, a minha visão e aquilo que eu espero que a pessoa faça na função que ele se propôs a cumprir.
01:20Eu resolvi usar o termo beija-mão exatamente porque é a forma como ele fica conhecido e ficou conhecido ao longo dos anos.
01:27O senhor concorda de haver um rito de beija-mão em que um indicado para o Supremo Tribunal Federal tenha que passar em conversa com os senadores para depois ser aprovado nessa sessão?
01:43O senhor acha que é necessário isso para um ministro que depois vai para a Suprema Corte?
01:48Na realidade, Evandro, eu vejo isso mais para a pessoa se tornar conhecida, né?
01:55Porque muitos são desconhecidos, né?
01:58Muitos a gente não conhece, ou então conhece o camarada só, a pessoa, de ouvir falar, né?
02:05Você cria até um estereótipo daquela pessoa.
02:08Então, às vezes, é importante o contato pessoal e eu lembro sempre o seguinte, nada substitui o contato pessoal em todas as situações da vida.
02:18Em consequência, eu acho que é importante, né, que o candidato vá lá, converse, mostre como é que ele é, né?
02:26Talvez, muitas vezes, desconstrua algum estereótipo que a gente tem a respeito dele.
02:30Eu acho importante isso.
02:31Ô Zé, eu já vou passar para você. Só o João levantou a mão aqui em relações. Vai lá, João.
02:35É porque eu queria, em relação exatamente a essa pergunta do Evandro, eu queria perguntar para o senhor, senador, em relação a Rodrigo Pacheco,
02:41que é um dos cotados para ser ministro do Supremo Tribunal Federal.
02:44Há uma conversa de bastidor ali nos corredores do Senado de que o nome dele poderia ser unanimidade,
02:50principalmente porque, na avaliação dos senadores, não haveria uma interferência do Pacheco no legislativo,
02:55como os próprios congressistas falam e até a gente debateu aqui no programa, no começo dele.
03:01Eu queria saber do senhor se o nome do Pacheco realmente tem essa unanimidade, se teria o voto do senhor,
03:06ou também se o nome de Jorge Messias, que é um outro cotado para entrar na vaga do ministro Luiz Roberto Barroso,
03:13teria o aval do senhor, que o senhor avalia, do advogado-geral da União também?
03:19Bom, o advogado-geral da União, para mim, é um militante do atual governo e não tem condições de ser ministro do STF,
03:26que vai ser outro teleguiado do governo Lula lá dentro do STF.
03:29Acho que seria uma péssima escolha do presidente e corre risco.
03:34O Pacheco, o senador Pacheco, meu colega, eu tenho um profundo apreço e respeito pelo Pacheco,
03:43porque eu acho que ele é um camarada prudente, discreto, tem conhecimento jurídico, é confiável,
03:51e principalmente ele tem postura.
03:54O Pacheco não se mistura, não faz oba-oba, ou seja, eu vejo no Pacheco alguém que daria dignidade ao STF.
04:04Zé Maria Trindade, vai lá.
04:07Pois é, olha, muita gente acha que, e vem aí, a origem eu acho que é da música do Vandré, né,
04:14que os militares ficam nos quartéis só marchando, perdidos, em indecisos cordões, não é assim.
04:20Ele está, ele estuda, faz cursos, cursos, cursos e cursos e cursos.
04:27Apesar do ministro dizer que o senhor não tem conhecimento de segurança pública,
04:31eu acho que o senhor é um técnico em segurança pública e fez isso,
04:37não segurança pública, não segurança até muito mais ampla.
04:40Mas a minha pergunta é sobre o que está acontecendo no Brasil hoje.
04:45O presidente Lula fala muito em soberania, mas a falta de soberania em vários pontos do território nacional.
04:53Toda a capital hoje, a gente fala muito do Rio de Janeiro, das comunidades,
04:56mas toda a capital hoje tem uma zona de exclusão, tem uma faixa de gás.
05:03E hoje o Brasil está sendo tomado pelo crime organizado, interiorizou nas pequenas cidades.
05:10Senador, como resolver esse tipo de problemão?
05:15Pois é, Zé Maria, o Brasil tem um encontro marcado com a questão da segurança pública.
05:20Nós viemos empurrando esse assunto com a barriga.
05:24É algo que tem que ser, vamos dizer assim, uma ação consertada de todos os níveis de governo,
05:34do judiciário, de nós, do legislativo, de modo que se dê os instrumentos necessários,
05:42não só para a polícia efetuar as suas ações, mas é um conjunto,
05:47porque você precisa melhorar o sistema penal, você precisa efetivamente melhorar a educação do povo,
05:56você precisa dar mais tecnologia para que a polícia cumpra as suas missões,
06:00e tem que haver integração de esforços, acesso a banco de dados.
06:05Então, são coisas que nós temos que atacar.
06:10Parte daquela PEC aí, que está parada lá na Câmara,
06:13que foi apresentada pelo governo da segurança pública,
06:16toca em alguns assuntos dessa natureza.
06:19Então, nós temos atacado isso de forma muito difusa,
06:23e, consequentemente, nós temos esse problema das grandes cidades
06:27e temos o problema de falta de soberania no interior da Amazônia
06:32por todos os crimes que ocorrem,
06:34desde o narcotráfico, passando pelas ilegalidades de mineração ilegal,
06:39de exploração ilegal de madeira,
06:41e outras que lá ocorrem.
06:44E o senhor entende que o governo está conduzindo bem o diálogo
06:46para tentar organizar um plano nacional de segurança pública?
06:50Não. O governo, ele tem uma visão também preconceituosa sobre o assunto.
06:55A parcela do governo julga que o bandido é alguém que a sociedade abandonou,
07:04protege o bandido.
07:05Então, o governo tem que sair dessa visão,
07:08porque o povo pobre é o que mais sofre com a bandidagem,
07:11aquele bandido que rouba o celular, que o lascado sai.
07:16Anteontem mesmo, eu estava aqui numa grande cidade,
07:19não vou dizer aí para não ferir certibilidade,
07:21vindo num táxi, e vir um camarada numa moto encostar o outro
07:26com um revólver na mão para tirar o celular do cara.
07:29Então, é o que a gente vê hoje, né,
07:31e anda o tempo todo sobressaltado com ações dessa natureza.
07:35Então, o governo tem que ser mais duro e efetivamente entender
07:40que nós vivemos, na minha visão,
07:43uma guerra aqui dentro do nosso país.
07:45Lamentavelmente é isso, é só olhar o número de baixas
07:48e comparar com outras guerras que ocorrem mundo afora.
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