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No programa Direto ao Ponto desta segunda-feira (13), o apresentador Evandro Cini e a bancada recebem o ex-vice-presidente, Hamilton Mourão. Entre as principais pautas, os especialistas debatem os rumos da economia nacional, as perspectivas políticas para as eleições de 2026 e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
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NotíciasTranscrição
00:00:00emissoras do rádio. Direto ao
00:00:05ponto. Muito boa noite, bem-vindos
00:00:08ao Direto ao Ponto, é muito bom
00:00:10ter a companhia de vocês em mais
00:00:11esta segunda-feira. Você pode
00:00:13nos acompanhar pela TV, pela
00:00:14Rádio Jovem Pan e pelo aplicativo
00:00:15Panflix. Nós também estamos nas
00:00:17redes sociais. Siga a gente lá.
00:00:20Nosso convidado de hoje passou
00:00:22por algumas das principais
00:00:23instituições do país e viveu de
00:00:25perto um período conturbado do
00:00:26Brasil durante a pandemia da
00:00:28covid-dezenove. Filho de um
00:00:30militar, ingressou no exército em
00:00:31mil novecentos e setenta e dois na
00:00:33academia militar das agulhas
00:00:35negras. Subiu na hierarquia da
00:00:37força até o posto de general,
00:00:39tendo sido comandante militar do
00:00:41sul. Em dois mil e vinte e dois
00:00:42deixou ativa, se juntou ao PRTB e
00:00:45ingressou na política. Foi eleito
00:00:47vice-presidente da república na
00:00:49chapa com Jair Messias Bolsonaro e
00:00:51hoje é senador pelo Republicanos
00:00:53no Rio Grande do Sul. Antônio
00:00:55Hamilton Martins Mourão, o general
00:00:59Hamilton Mourão. Senador, seja
00:01:01muito bem-vindo, prazer recebê-lo
00:01:03no nosso Direto ao Ponto. Boa
00:01:04noite. É, boa noite aí a todas e
00:01:07todos. Satisfação poder participar
00:01:09desse debate com vocês e a gente
00:01:11tratar os temas que estão aí na
00:01:14crista da onda, como se diz.
00:01:16Será uma ótima conversa, tenho
00:01:17certeza. Já quero chamar a nossa
00:01:19bancada, Zé Maria Trindade, lá em
00:01:20Brasília, ao lado do senador. Zé,
00:01:22boa noite. Isso, muito boa noite,
00:01:25Cine, boa noite, senador e boa
00:01:26noite aos colegas que estão aqui
00:01:28nessa bancada. Além de José
00:01:29Maria Trindade, eu quero trazer
00:01:31também os outros participantes aqui
00:01:32da nossa bancada. A repórter do
00:01:34portal Metrópolis, Valentina
00:01:36Moreira. Boa noite, Valentina. Boa
00:01:38noite, tudo bem, pessoal? Tudo
00:01:39certo, obrigado por participar. O
00:01:41repórter da revista Isto É, João
00:01:43Vitor Revedilho, bem-vindo,
00:01:44João. Boa noite, Evandro, boa noite
00:01:46aos colegas de bancada, boa noite,
00:01:47senador. E recebemos também a
00:01:49advogada criminalista, Luísa
00:01:50Brown. Luísa, seja muito bem-vinda.
00:01:52Obrigada, boa noite, boa noite a
00:01:54todos que nos acompanham. Senador,
00:01:56eu quero começar te perguntando
00:01:57sobre o julgamento de Jair
00:01:59Messias Bolsonaro, porque durante
00:02:01o julgamento me veio uma dúvida
00:02:02que eu aproveito pra tirar agora
00:02:03pessoalmente, no tete-a-tete com o
00:02:05senhor. O seu afastamento durante o
00:02:08governo de Jair Bolsonaro, vocês
00:02:10tiveram ali um afastamento nessa
00:02:12relação, isso se deu porque o senhor
00:02:14em algum momento percebeu que havia
00:02:16algum movimento que poderia terminar
00:02:18mal? Não, em absoluto, né? O que
00:02:23aconteceu ao longo do nosso governo
00:02:25foi que o presidente Bolsonaro me
00:02:29dava algumas missões, principalmente
00:02:31relacionadas à área internacional,
00:02:34me deu a missão do controle das
00:02:36desmatamento e queimadas na na
00:02:38Amazônia, mas a partir dali, eu acho
00:02:42que do final de dois mil e vinte e um,
00:02:44né? Ele começou a pensar em outra
00:02:46pessoa pra ser o seu candidato a
00:02:48vice-presidente, mas eu em nenhum
00:02:51momento, né? Ao longo do governo,
00:02:52inclusive durante o meu depoimento
00:02:54como testemunha do presidente
00:02:56Bolsonaro no julgamento, eu vi, né?
00:02:59Algum tipo de articulação que
00:03:01levasse, né? A uma possível ruptura
00:03:04da ordem democrática. O senhor, então,
00:03:06foi surpreendido quando houve um
00:03:09movimento da Polícia Federal com
00:03:10operações e também depois denúncias
00:03:13da Procuradoria-Geral da República
00:03:14que foram acatadas pelo Supremo?
00:03:18Bom, surpreendido a gente não pode
00:03:21deixar de dizer que é, né? Mas porque
00:03:23vinham vários temas dessa natureza
00:03:25após o término do nosso governo sendo
00:03:28tratados aí por meio da imprensa e
00:03:31principalmente a partir do momento em
00:03:33que houve a busca e apreensão na casa
00:03:37do tenente-coronel Cid, a captura de
00:03:39celular, computador e ali se iniciou
00:03:42uma ficha em expedition por parte,
00:03:44né? Do executor do inquérito, né? E aí
00:03:49eu senti que alguma coisa poderia
00:03:51acontecer. Zé Maria Trindade, vai lá,
00:03:54tua pergunta, Zé. Pois é, senador, o
00:03:58senhor veio exatamente nessa linha do
00:04:01ex-presidente Jair Bolsonaro, a sua
00:04:05eleição foi exatamente no mesmo
00:04:07discurso e a partir de um certo momento
00:04:10até forças aliadas começaram a
00:04:13publicá-la ali contra o senhor e há
00:04:16notícias que o senhor precisa de
00:04:18avaliar sobre a possibilidade de o
00:04:21senhor ter imóveis de milhões de
00:04:25dólares nos Estados Unidos e que seria
00:04:28um agente da CIA. Fernando, como o senhor
00:04:31avalia essas notícias e é verdade que
00:04:35isso existe? Bem, Zé, eu poderia avaliar,
00:04:38né, num conceito que um colega meu de
00:04:40academia militar tinha de tratar esses
00:04:42assuntos que são totalmente fora do
00:04:45contexto e uma mentira de um absurdo
00:04:48tão grande e a gente tratar com uma
00:04:49olímpica indiferença. Mas eu tenho
00:04:52filhos e tenho netos, né? E isso é muito
00:04:54ruim, porque há uma campanha insidiosa
00:04:57contra a minha pessoa com argumentos
00:05:00totalmente falaciosos, criando, né,
00:05:03essas inverdades de que eu teria um
00:05:06terreno de 20 milhões nos Estados
00:05:07Unidos, que eu sou agente da CIA, aliás
00:05:09até uma dúvida, porque ora eu sou agente
00:05:12da CIA e ora eu sou agente da China, né?
00:05:14Então o pessoal tem que chegar a uma
00:05:16conclusão para qual serviço de
00:05:17inteligência eu realmente estava
00:05:19trabalhando. Então eu vejo isso, faz
00:05:21parte do jogo político, né? Existem
00:05:24pessoas que obviamente não gostam da
00:05:26minha da minha pessoa e mas a gente
00:05:29não é tem que se defender nessa hora
00:05:32e mostrar e provar para o restante da
00:05:35população que muitas vezes reverbera
00:05:37esse tipo de notícia que é um absurdo
00:05:40que está sendo veiculado contra alguém
00:05:42que a sua vida é um livro aberto e cuja
00:05:45honra e integridade são valores que eu
00:05:48jamais negociei. Vamos com a bancada
00:05:51aqui de São Paulo. Valentina, vai lá.
00:05:52Senador, eu queria aproveitar o tema
00:05:54para voltar sobre esse período que o
00:05:56senhor ainda atuava como vice-presidente,
00:05:58lembrando ali aquele período em que o
00:06:00ex-presidente Jair Bolsonaro havia
00:06:01perdido as eleições e havia ido para
00:06:03os Estados Unidos, né? Deixando o senhor
00:06:06no cargo de presidente da República.
00:06:09O meu colega comentou aqui a respeito
00:06:11sobre essa surpresa em relação às ações
00:06:14da Polícia Federal. Uma pergunta que eu
00:06:17tenho, não de um período um pouco
00:06:19anterior a isso, diz respeito à sua
00:06:21atuação naquele período ainda antes
00:06:24da transição, né? O período da
00:06:26transição, na verdade, que o senhor
00:06:27chegou a fazer um pronunciamento, né?
00:06:29Naquele momento, falando sobre um
00:06:32certo, a gente estava ali acompanhando
00:06:33a questão dos acampamentos na porta
00:06:35dos QG do Exército, toda aquela
00:06:38movimentação ali em Brasília. O senhor
00:06:39chegou a falar sobre um silêncio, né?
00:06:42Ou uma ausência de protagonismo de
00:06:45determinadas instituições naquele
00:06:46momento. A gente sabe que, né? Pouco
00:06:49tempo depois, teve a situação ali do
00:06:52oito de janeiro. Queria perguntar para o
00:06:55senhor, a quem que o senhor se referia
00:06:56naquele momento, né? E se você, se o
00:07:00senhor entende que houve uma falta de
00:07:02ação que já vinha daquele momento e que
00:07:04desencadeou nesse período ali, que
00:07:06depois foi chamado de uma trama
00:07:08golpista, se o senhor já percebia uma
00:07:11movimentação nesse sentido?
00:07:12Bom, Valentina, o que eu via naquele
00:07:16momento, né? Foram aquelas manifestações
00:07:18que ocorreram não só aqui no quartel
00:07:20general do Exército em Brasília, mas na
00:07:22frente de outros quartéis do do do
00:07:25Exército Brasileiro, né? Em São Paulo, no
00:07:28Rio Grande do Sul, né? No Rio de
00:07:30Janeiro e que eu julgava que eram
00:07:33inapropriadas, né? Não era o local de
00:07:35fazer manifestação, porque aí eu vou
00:07:37abrir um parênteses e dizer que se
00:07:39julgava-se que a eleição, né? Tivera
00:07:43algum tipo de fraude, que era a
00:07:45acusação que havia naquele momento,
00:07:48o protesto tinha que ter sido lá
00:07:49atrás, lá atrás. O que que eu digo
00:07:51lá atrás? Quando a Suprema Corte,
00:07:54numa interpretação canhestra, tira o
00:07:58atual presidente da República da
00:07:59cadeia, dá uma lavada nele e o coloca
00:08:02de volta ao jogo, usando o argumento
00:08:04que ele não podia ter sido julgado em
00:08:06Curitiba, a inicial dele tinha que ter
00:08:08sido aqui em Brasília. Então, lá atrás
00:08:10é que teriam que ter sido feito esses
00:08:11protestos. E não agora, naquilo, agora
00:08:14que eu cito naquele momento, no final
00:08:16de um processo eleitoral, onde nós
00:08:18disputamos com toda, né? A vontade
00:08:20possível, fomos prejudicados em vários
00:08:23momentos pelo árbitro que proibiu o
00:08:25presidente Bolsonaro de usar
00:08:27determinados fatos contra o seu
00:08:30principal oponente, então eu julgava
00:08:32que aquelas manifestações não estavam
00:08:33corretas e que nós, né? E
00:08:35principalmente, né? Nós que tínhamos
00:08:38o dever de liderar, deveríamos fazer
00:08:41com que aquelas pessoas retornassem às
00:08:43suas casas e entendesse que nós
00:08:45havíamos perdido a eleição, mas
00:08:47tínhamos condições de voltar no futuro.
00:08:49Queria só complementar minha
00:08:50pergunta, senador, pra perguntar
00:08:52justamente sobre essa resposta do
00:08:53senhor. O senhor percebe que houve
00:08:55algum tipo de inação institucional
00:08:57naquele momento? Faltou alguma atuação
00:08:59pra possibilitar que essas pessoas
00:09:01retornassem pras próprias casas e
00:09:04aqui eu quero perguntar se houve
00:09:06essa inação de qual, o que faltou de
00:09:09ação e qual instituição que deixou
00:09:12de atuar pra que essas pessoas
00:09:13tivessem retornado pras suas casas
00:09:15naquele momento ali, antes da
00:09:17transição do governo?
00:09:19Olha, seria levando da minha parte
00:09:22acusar A, B ou C, viu Valentina? O que
00:09:24eu vejo é que houve timidez das
00:09:27lideranças, inclusive eu mesmo, né? Eu
00:09:29era vice-presidente da república e
00:09:31poderia, desde o começo, ter me
00:09:33pronunciado a respeito daquilo,
00:09:34vendo que aquilo não ia levar a
00:09:36nada, né? Nós já tínhamos perdido a
00:09:38eleição. Então, foi um processo, como
00:09:41todo processo, né? E todo erro, ele
00:09:44vai numa sucessão, né? Acontece um
00:09:46errinho pequeno, outro a seguir e no
00:09:49final das contas se transforma num
00:09:50grande erro. Vamos lá, senador, com a
00:09:52pergunta da Luísa Abraão agora,
00:09:54advogada criminalista, vai lá.
00:09:56Senador, a proposta de anistia aos
00:09:59condenados pelo oito de janeiro e
00:10:01pela chamada trama golpista, perdeu
00:10:03força. E o que tá se encaminhando
00:10:05pra ir à discussão na Câmara,
00:10:07possivelmente essa semana ainda, é o
00:10:09PL da dosimetria, que pode reduzir
00:10:11as penas impostas. O senhor apresentou
00:10:14ainda em dois mil e vinte e três, um
00:10:16projeto de anistia, que era referente
00:10:18somente aos manifestantes do oito de
00:10:20janeiro, porque na época nem havia
00:10:22ocorrido ainda o julgamento de
00:10:23Bolsonaro e seus aliados pelo
00:10:25Supremo. Mas hoje, entre a dosimetria
00:10:30e a anistia, como o senhor se
00:10:32posiciona?
00:10:34Bom, o ótimo é inimigo do bom, não é,
00:10:36Luísa? Então, isso a gente sempre tem
00:10:38que olhar. Mas, a minha visão, desde o
00:10:41começo, foi que esse processo é um
00:10:44processo viciado. Nenhuma das pessoas
00:10:46que estão ali condenadas teve direito
00:10:48ao mínimo de dupla jurisdição.
00:10:50todos foram julgados diretamente na
00:10:53última instância, sem direito a
00:10:55qualquer, vamos dizer assim,
00:10:58esperneio, né? Vamos usar uma
00:11:00linguagem aí que, às vezes, a gente
00:11:01usa, que é o jus esperneandes. Não
00:11:04tiveram direito a nada. Então, pra mim,
00:11:06a grande solução seria a anistia, até
00:11:09como meio de pacificação do país, uma
00:11:11vez que, na minha visão, o que houve foi
00:11:15apenas uma baderna no dia oito de
00:11:17janeiro, e algumas pessoas inconformadas
00:11:20que, em conversas, ventilaram algumas
00:11:22hipóteses que não seriam as mais
00:11:24corretas, mas não passaram disso. Então,
00:11:26eu sempre fui um defensor da anistia.
00:11:29Agora, se a anistia não for possível, a
00:11:31redução das penas parece se apresentar
00:11:33como caminho, né, bom, mas não um que
00:11:38solucione a questão.
00:11:41Senador, o senhor disse que a anistia é
00:11:43importante pra pacificação do país, mas,
00:11:46de acordo com uma pesquisa divulgada
00:11:47agora, em outubro, pelo Poder Data,
00:11:49sessenta e quatro por cento da
00:11:51população é contra a anistia aos
00:11:54condenados pelo oito de janeiro.
00:11:56Diante dessa rejeição majoritária da
00:11:58população, o senhor ainda acredita que a
00:12:01anistia é o caminho mais adequado pra
00:12:03pacificação nacional?
00:12:05Olha, Luiz, eu não vou desconfiar da
00:12:07pesquisa, porque seria o aleviandade da
00:12:09minha parte desconfiar da pesquisa, né?
00:12:12Mas a realidade é que a grande parte das
00:12:14pessoas não tem toda a informação
00:12:16necessária pra, vamos dizer, sopesar, né,
00:12:21algo tão importante como um processo de
00:12:23anistia. Eu sempre lembro o seguinte, que
00:12:26ao longo da história do Brasil, nós
00:12:28tivemos movimentos de sangue, no nosso
00:12:31estado do Rio Grande do Sul, nós tivemos
00:12:32dez anos de revolta no século XIX e que
00:12:35foi pacificada por meio de uma anistia.
00:12:37Então, é uma tradição brasileira e eu
00:12:40vejo que seria, né, a melhor saída. Não
00:12:43arredo o pé disso, a anistia é a melhor
00:12:46saída para que o país se encontre
00:12:48consigo mesmo.
00:12:49Senador, só uma dúvida, a defesa do
00:12:51senhor pela anistia é por uma anistia
00:12:53ampla e irrestrita ou o senhor se
00:12:56concentraria apenas nos casos dos
00:12:58condenados do oito de janeiro?
00:13:00Não, Evandro, vai do presidente
00:13:02Bolsonaro ao último dos condenados do
00:13:05oito de janeiro. Toda a espada, porque
00:13:06no final das contas, o presidente
00:13:09Bolsonaro, o general Braganeta, Helena,
00:13:12todos eles são colocados no mesmo
00:13:14pacote do oito de janeiro. Há uma
00:13:15generalização brilhante feita pelo
00:13:18procurador-geral da república que
00:13:20coloca esse pessoal do presidente
00:13:22Bolsonaro no mesmo grupo da
00:13:25baguerna do oito de janeiro.
00:13:26Certo, vamos lá com o João Vitor da
00:13:28Istoé, vai lá.
00:13:28Senador, como a Luísa trouxe, o
00:13:30Poder Data aponta que 64% da
00:13:32população é contra o PL da anistia,
00:13:35e o Congresso Nacional tem
00:13:37reclamado nos últimos tempos em
00:13:38relação à interferência do
00:13:40judiciário no poder legislativo.
00:13:42Esse PL da anistia ou da
00:13:44dosimetria, como tá se desenhando,
00:13:46não é a mesma coisa, só que ao
00:13:48contrário, o legislativo
00:13:49interferindo no poder
00:13:50judiciário. E outra coisa que eu
00:13:52queria perguntar pro senhor, o senhor
00:13:53falou mesmo que é a situação de
00:13:55pacificação do país. Como que uma
00:13:58medida pode pacificar o país, sendo
00:14:00que constitucionalmente ela não é
00:14:03prevista de acordo com até
00:14:04mesmo ministros do Supremo Tribunal
00:14:07Federal?
00:14:09Bem, João, é a questão
00:14:11constitucional, vou começar pelo
00:14:12final, né? A gente, né, propõe a
00:14:15anistia que talvez tivesse que vir
00:14:17por meio de uma PEC mudasse
00:14:18determinados, né, vamos dizer
00:14:21assim, parâmetros da nossa
00:14:22constituição e, obviamente, tem que
00:14:26ser um acordo de os três poderes,
00:14:28né? O presidente Franklin Delano
00:14:31Roosevelt dizia que a constituição
00:14:33americana tinha dado três cavalos
00:14:35pra conduzir a nação americana, que
00:14:37seria o executivo, o legislativo e
00:14:39o judiciário. E esses cavalos, eles
00:14:41têm que andar lado a lado pra que o
00:14:42país ande pra frente. No nosso caso
00:14:44aqui é a mesma coisa, numa situação
00:14:46dessa de anistia, não pode ser uma
00:14:48solução unilateral do legislativo. O
00:14:52legislativo terá em concordância com o
00:14:54judiciário e com o executivo e todos,
00:14:56né, chegarem à conclusão que isso
00:14:58seria o melhor do país. Porque se não
00:15:00foi feita dessa forma, se for algo
00:15:02unilateral, ela não vai prosperar.
00:15:05Em relação à questão da
00:15:06interferência do executivo, do, na
00:15:08verdade, do legislativo no judiciário,
00:15:10essa parte o senhor acabou não
00:15:11respondendo e eu vou só complementar a
00:15:13pergunta, o senhor falou que é
00:15:16necessário que seja uma aliança entre
00:15:18os três poderes pra que se
00:15:20concretizasse essa anistia. Mas como
00:15:22convenceu o governo federal, sendo que
00:15:23o presidente Lula já disse que
00:15:24vetaria, o próprio Supremo Tribunal
00:15:26Federal já disse que vai, se caso esse
00:15:29processo chegar pro STF, vai barrar,
00:15:32como fazer essa articulação entre os
00:15:33três poderes? Mas a parte do
00:15:34executivo, do, da interferência do
00:15:36legislativo no judiciário, queria
00:15:38muito que o senhor respondesse.
00:15:41Olha, eu não vejo uma interferência do
00:15:43legislativo no judiciário dessa forma,
00:15:45né, João? Eu vejo o judiciário
00:15:47interferindo, legislando, né, nós temos
00:15:49o caso do marco da internet, nós temos
00:15:51a questão do marco temporal, onde o
00:15:54judiciário avança, né, em pautas que
00:15:56são privativas do legislativo. Então, eu
00:16:00vejo uma, não vejo essa, essa, vamos
00:16:03dizer, interferência por parte do, do
00:16:06legislativo em cima das decisões que o
00:16:08judiciário vem tomando. E em relação,
00:16:11né, a essa consertação, né, hoje o
00:16:15fulano diz que não, o cicrano também
00:16:16diz que não, mas conversando todo mundo
00:16:20se entende, da mesma forma, né, que no
00:16:22palco internacional, isso acontece.
00:16:25Vamos lá, Zé Maria Trindade, a sua
00:16:27mais uma vez.
00:16:28Pois é, quem, quem me falou, eh, eh, em
00:16:31primeira mão sobre o general Mourão
00:16:34foi o, então, presidente do Senado,
00:16:36José Sarney. Presta atenção nesse
00:16:39general, sei que o senhor estuda, eh,
00:16:43história, história política e sempre, eh,
00:16:45viveu muito ali entre, eh, o quartel e
00:16:50atividade política, né. Eh, houve um
00:16:52determinado momento que se misturou
00:16:54o próprio ex-presidente Jair
00:16:56Bolsonaro, diz que se voltar à
00:16:58presidência não coloca tantos
00:17:00militares assim. E recentemente, eh,
00:17:03há uma norma, eh, no exército
00:17:05brasileiro impedindo o pessoal da
00:17:08ativa de exercer funções em
00:17:12governos, né, independente do
00:17:14governo. E, e a situação está ali, eh,
00:17:17muito general, eh, eh, definindo que
00:17:21os militares não devem participar
00:17:22da política. Primeiro, o senhor, o
00:17:24senhor concorda com essa separação,
00:17:26quer dizer, o militar não deve fazer
00:17:28política. Há, inclusive, uma proposta
00:17:30de lei pra, eh, dar uma quarentena
00:17:32grande, né, eh, e, e, eu já ouvi o
00:17:36senhor comentando sobre, diferente do
00:17:38tenetismo, do governo Getúlio e da, e,
00:17:41e da, da ditadura militar. O senhor não
00:17:42concorda? O senhor acha que são
00:17:44ditaduras iguais? Há um preconceito e o
00:17:47porquê dessa confusão hoje que
00:17:49separou o pessoal da ativa da
00:17:52reserva? Quer dizer, tá uma, tá muito
00:17:54conturbado, eh, esse, esse ambiente da
00:17:57caserna, né? É, Zé Maria, é o,
00:18:02primeiro lugar, a questão da política e
00:18:04força armada, elas não podem se
00:18:05misturar. Eu tenho uma visão muito
00:18:09clara que quando a política entra pela
00:18:10porta da frente de um quartel, a
00:18:12disciplina e hierarquia saem pela
00:18:14porta do fundo. Então, discussão
00:18:16política dentro do quartel, não
00:18:18leva a bom termo. É óbvio que o
00:18:20militar da ativa, né, ele se vai
00:18:23se candidatar, ele é afastado, né,
00:18:26da, da sua função e se for eleito,
00:18:29né, ele não retorna mais pra força,
00:18:32acaba o tempo dele de serviço. Isso
00:18:34foi uma conquista do governo do
00:18:36presidente Castelo Branco, que foi
00:18:38quem definitivamente afastou os
00:18:40militares desse processo, porque
00:18:42antes era uma porta giratória.
00:18:43camarada era eleito deputado, passava
00:18:46quatro anos e aí, depois, ele não
00:18:48perdia a eleição e voltava pra dentro
00:18:50da força com toda a contaminação do,
00:18:53do, do papel político que ele havia
00:18:55exercido. Então, isso foi afastado pelo
00:18:57presidente Castelo Branco. Em relação
00:19:00à participação dos militares em
00:19:02governo, vamos lembrar que o grupo
00:19:04militar é um grupo que é formado,
00:19:07aperfeiçoado, pós-graduado, mestrado,
00:19:10doutorado, pago pela nação brasileira,
00:19:12ou seja, são pessoas que têm um
00:19:14conhecimento muito grande e têm uma
00:19:17característica da mobilidade dentro
00:19:19do país, né, de terem vivido nas mais
00:19:22diferentes regiões, ou seja, tem um
00:19:24conhecimento do Brasil. Então, não pode
00:19:26se desperdiçar, né, esse conhecimento.
00:19:29Então, se se julgar que alguém tem a
00:19:31capacidade pra exercer determinada
00:19:33função, ele exerça essa função.
00:19:35Em relação à atual dicotomia que tá
00:19:39havendo entre a ativa e a reserva, eu
00:19:42vejo, né, da seguinte forma, o nosso
00:19:44companheiro da reserva, da qual eu me
00:19:46incluo, né, eu já estou nessa situação
00:19:48há quase oito anos, né, eles têm a sua
00:19:52visão de mundo, vivem mais, né, nós
00:19:55temos aí uma com oitenta, oitenta e
00:19:58tantos anos, vinte anos a mais do que os
00:20:00atuais comandantes de força, né, e há uma
00:20:03diferença de pensamento. Então,
00:20:05obviamente, com o advento de rede
00:20:07social, essa discussão, ela toma um
00:20:10outro rumo, mas não é nada que não se
00:20:13resolva com uma boa conversa.
00:20:16Senador, durante a sua gestão com o
00:20:17ex-presidente Jair Bolsonaro, a
00:20:19política entrou pela porta do
00:20:20quartel?
00:20:23Não, Evandro, não entrou. Os quartéis
00:20:25continuaram, né, na sua atividade, cê pode
00:20:28ver que ao longo da, do governo do
00:20:30presidente Bolsonaro, não houve
00:20:32nenhuma manifestação de algum
00:20:34general, não houve manifestação de
00:20:36coronel, não houve nada nesse sentido
00:20:39de apoiar A, B ou C, né, então eu vejo
00:20:43que o exército, a marinha, a força
00:20:46aérea não foram contaminados, né, da
00:20:48forma como muitas vezes se se coloca,
00:20:51né, principalmente por meio do do
00:20:54nossos colegas da imprensa. E na
00:20:56realidade, as nossas forças armadas
00:20:58são grandes desconhecidas por parcela
00:21:02expressiva da população brasileira, que
00:21:04não serviu, né, não tem parentes
00:21:08militares, então desconhece como é que
00:21:10é o processo de seleção, o processo de
00:21:14mérito que ocorre dentro das forças, ou
00:21:16seja, existe, né, um, vamos dizer assim,
00:21:21uma, um antagonismo, não talvez seja
00:21:23forte essa palavra, mas existe uma falta
00:21:25de simpatia, uma falta de empatia, vamos
00:21:28colocar assim, entre determinado
00:21:30segmento da população brasileira e as
00:21:33forças armadas pelo desconhecimento
00:21:35que há uns dos outros. Mas, senador,
00:21:37rapidamente, o senhor menciona de maneira
00:21:39muito direta que não houve, que a
00:21:41política não entrou pela porta dos
00:21:42quartéis, mas essa versão não seria
00:21:46contrariada quando a gente vê generais
00:21:49dos quartéis também nos bancos dos réus
00:21:52no Supremo Tribunal Federal? E não é
00:21:54daí que surge, então, a possível
00:21:57especulação ou informação ou o fato,
00:22:01né, e aí vai do senhor interpretar qual
00:22:03maneira o senhor gostaria de seguir, de
00:22:05que, sim, a política teria entrado pela
00:22:08porta dos quartéis?
00:22:11Vamos lá, Evandro, os generais todos que
00:22:13estão citados aí, a exceção de um, que é o
00:22:16general Teófico, ainda está para ser
00:22:17julgado, todos estavam na reserva, fora do
00:22:21exército. Então, vamos lá. Já o Braganeto
00:22:23passou para a reserva no ano de dois mil
00:22:26e vinte. Já o Heleno passou para a
00:22:29reserva, acho que não me engano, em
00:22:30dois mil e onze. Paulo Sérgio foi, passou
00:22:33para, era ministro da defesa, mas o cargo
00:22:36de ministro da defesa obrigou a passar
00:22:37para a reserva. Estava na reserva desde
00:22:40dois mil e vinte e um. Então, eh, o
00:22:42almirante Garnier, como comandante da
00:22:44Marinha, o comandante de força, ele já
00:22:46pertence à reserva, apesar de ser
00:22:48comandante de força. Então, é importante
00:22:50que se conheçam esses detalhes, pra
00:22:52compreender que essa turma não comandava
00:22:54mais nem uma esquadra, como a gente
00:22:56diz. Vai lá, Valentina. Eh, senador, eu
00:23:01aproveito a resposta do senhor, assim,
00:23:03eh, justamente a respeito da opinião
00:23:05pública, né? Como o senhor mesmo disse, eh,
00:23:09a percepção da, da opinião pública é que
00:23:12o exército, é que as forças armadas
00:23:14estavam próximas ao governo Bolsonaro,
00:23:17apesar do senhor tá pontuando a
00:23:18questão de não necessariamente os
00:23:20oficiais serem da ativa, né? A
00:23:22população brasileira acompanhou o
00:23:24julgamento no último mês e foi a
00:23:26primeira vez que a gente acompanhou a
00:23:29condenação de generais, enfim, de
00:23:31pessoas oficiais da alta patente do
00:23:34exército e das forças armadas. Eh, eu
00:23:36entendo o que o senhor me diz a
00:23:38respeito da diferença entre estar na
00:23:40ativa e estar na reserva, mas eu
00:23:42queria perguntar pro senhor justamente
00:23:43sobre essa visão, né? Qual foi o
00:23:46saldo político e magético que a
00:23:49experiência no governo Bolsonaro
00:23:51passou pras forças armadas? Foi um
00:23:53saldo positivo ou as forças armadas
00:23:56em uma eventual nova candidatura do
00:23:58Jair Bolsonaro teria uma atuação
00:24:00semelhante, estaria disposta a se
00:24:02expor dessa forma? Como o senhor
00:24:04avalia isso?
00:24:06Valentina, eu vou tocar da seguinte
00:24:08forma, se o governo do presidente
00:24:09Bolsonaro tivesse um grande número de
00:24:13médicos, por exemplo, nos seus quadros,
00:24:16seria um governo de médicos? Há uma
00:24:19distorção nessa questão por haver alguns
00:24:22companheiros da forças armadas ocupando
00:24:23o cargo. É óbvio, né? E há sempre essa
00:24:28identificação, ah, é o general, o general tá
00:24:30condenado, passado, nós tivemos generais
00:24:33condenados no passado aqui no país, né?
00:24:36Então, os revoltosos lá de 22, o pessoal
00:24:39que foi revoltoso em 24, essa turma foi
00:24:42condenada. O pessoal que se revoltou em
00:24:4535, em 37, essa turma foi condenada.
00:24:48Então, nós temos vários casos anteriores
00:24:50aqui, se perde aí na memória da história
00:24:54do processo político brasileiro, né?
00:24:57Então, há essa, vamos dizer, essa visão, né?
00:25:01De que as forças armadas entraram de cabeça
00:25:04no governo do presidente Bolsonaro. O que,
00:25:07na minha visão, nós tivemos elementos
00:25:10oriundos das forças armadas lá dentro,
00:25:12mas exército, marinha e aeronáutica se
00:25:15fecharam e se mantiveram, né? Sem querer
00:25:18se miscuir nos assuntos políticos do
00:25:21governo.
00:25:22Senador, temos aqui a Luísa e o João. O João
00:25:25só levanta a mão, vai lá, João, e depois eu
00:25:26abro aqui o espaço pra Luísa.
00:25:27Tranquilo. Senador, só pra apontar uma
00:25:29diferença, porque o senhor falou que outros
00:25:31militares foram presos em épocas passadas,
00:25:33mas é a primeira vez que grandes militares
00:25:36de altas patentes sentam no Banco dos
00:25:38Céus do Supremo Tribunal Federal após a
00:25:40redemocratização e por uma lei que o
00:25:42próprio ex-presidente assinou, que é a
00:25:44situação do Estado Democrático de
00:25:45Direito. E eu queria até, dentro do que a
00:25:47Valentina apontou pro senhor, eu queria
00:25:49perguntar em relação à credibilidade do
00:25:52exército, porque o exército era sempre
00:25:54visto como uma instituição de alta
00:25:57credibilidade, mas após a questão dos
00:26:00QGs na frente, na frente das bases do
00:26:04exército e também com militares sentados
00:26:07no Banco dos Céus, eu queria saber como é
00:26:10que fica esse impacto da instituição, da
00:26:13credibilidade do exército e mais um adendo.
00:26:16Nós temos aí militares como Walter
00:26:18Braga Neto, como Augusto Helendo, sendo
00:26:21julgados pelo Tribunal Superior, pelo
00:26:23Superior Tribunal Militar pra, com a
00:26:25possibilidade de perder as patentes. E eu
00:26:28queria saber do senhor em relação a, em
00:26:30relação a essa credibilidade, mais uma
00:26:31coisa, a Polícia Federal, o ex-comandante
00:26:34do exército, disse que teria recusado a
00:26:37tentativa de golpe. O senhor acha que
00:26:39essa situação que ele pontuou na Polícia
00:26:42Federal, essa decisão dele não ter
00:26:44aderido ao plano golpista investigado
00:26:46pela PF, foi correta?
00:26:47Bom, João, são várias perguntas que tu me
00:26:54fizestes aí, né? Então, credibilidade. Vai por
00:26:56parte, senador. Eu vou valer das pesquisas
00:26:58também. As pesquisas dão a credibilidade do
00:27:01exército lá em cima, das forças armadas. Já
00:27:05tiveram melhor, caíram um pouco, mas
00:27:07continua das instituições com mais elevado
00:27:10grau de credibilidade aqui dentro do país.
00:27:12Condenação do Heleno, do Braga Neto, são
00:27:17condenações pesadas e agora, obviamente,
00:27:20irão para o tribunal de honra. Aí eu
00:27:22quero lembrar que o, a, o tribunal, a
00:27:25suprema, o superior tribunal militar, o
00:27:27julgamento ali, é se atentar contra a
00:27:30honra e o pundonor militar. Então, não é
00:27:32pura e simples, o cara tá condenado, ele
00:27:34atentou contra a honra militar. Então, é
00:27:36diferente. Ninguém ali é ladrão, ninguém
00:27:39ali matou, ninguém ali estuprou. Então,
00:27:42tem algumas coisas que vão ser analisadas
00:27:44dentro da suprema corte militar, né? Então,
00:27:48vamos aguardar o que que vai acontecer
00:27:50nesse julgamento. E, em relação ainda,
00:27:55vamos dizer assim, a questão da Polícia
00:27:58Federal, do depoimento do ex-comandante,
00:28:01do general Freire Gomes, eu não participei
00:28:04de nada disso aí, né? Apenas conheço pelo
00:28:07depoimento que foi dado e depoimentos
00:28:10lá, ao longo ali do, do julgamento. Então,
00:28:14não sei o que que houve em determinada
00:28:16reunião lá dentro do Palácio do Alvorada,
00:28:18onde teriam acontecido esses fatos. Então,
00:28:20me, me, me permito, né? É, não
00:28:25responder direito sobre isso, porque
00:28:26desconheço o assunto, estaria inventando
00:28:28alguma coisa. É, Luísa, vai lá.
00:28:31Senador, ainda na esteira das perguntas dos
00:28:34colegas, qual o senhor entende que seja o
00:28:36papel das Forças Armadas no equilíbrio
00:28:39democrático hoje? Elas falharam em
00:28:42proteger a Constituição em oito de
00:28:43janeiro de dois mil e vinte e três?
00:28:47Não, no oito de janeiro de dois mil e
00:28:49vinte e três, quem falhou clamorosamente
00:28:51foi o governo do atual presidente da
00:28:53república, que dispunha de todos os
00:28:56instrumentos legais para, uma vez, tendo
00:28:59recebido todos os informes vindos da
00:29:01BIM, que se, né, eh, estava se
00:29:05arregimentando a manifestação naquele
00:29:08domingo oito de janeiro, que havia
00:29:10possibilidade de essa turba avançar na
00:29:12direção da esplanada dos ministérios.
00:29:16E há um planejamento que se chama o
00:29:18plano escudo, centrado em cima do
00:29:21comando militar do Planalto, que pode
00:29:23ser acionado a qualquer momento e que
00:29:25não foi acionado, porque o gabinete de
00:29:28segurança institucional, chefiado naquele
00:29:30momento pelo meu colega e companheiro
00:29:32de turma, general Gonçalves Dias, se
00:29:34omitiu, né, em tomar essa atitude.
00:29:38Então, aconteceu naquele momento essa
00:29:40omissão do governo, que se tivesse
00:29:42tomado as providências, né, a tropa
00:29:46estaria em força naquilo que nós
00:29:48chamamos da linha de defesa que vai da
00:29:52catedral até o teatro nacional e teria
00:29:54impedido a massa de entrar na esplanada
00:29:57dos ministérios e não teríamos passado
00:29:59pelos dessabores que tivemos que passar
00:30:01depois.
00:30:02General, senador, perdão, são tantas
00:30:05atribuições, né, que nenhuma tá
00:30:07errada, mas enfim, vamos ao cargo mais
00:30:08recente. Eu acho que eu tava só
00:30:10trazendo aqui, tava verificando aqui um
00:30:12dado em relação a esse questionamento
00:30:13que foi feito pelo João sobre a
00:30:15credibilidade das forças armadas, é que
00:30:17teve uma pesquisa da Atlas que mostrou
00:30:20que essa credibilidade caiu mais de 70%
00:30:24e essa pesquisa foi encomendada lá em
00:30:26fevereiro de 2025, começo deste ano,
00:30:29depois de toda essa situação envolvendo
00:30:31o julgamento e também o governo do
00:30:33ex-presidente Jair Bolsonaro, do qual o
00:30:34senhor fez parte. O senhor entende,
00:30:36então, que teria havido uma recuperação
00:30:38do começo do ano até aqui, dessa
00:30:41imagem das forças armadas, após o
00:30:43julgamento no Supremo?
00:30:45Há outras pesquisas, né, que tem
00:30:48outros índices, viu, Evandro? Então, cada
00:30:50pesquisa tem sua metodologia, né, eu
00:30:53tive acesso a outras pesquisas, as
00:30:55forças armadas normalmente tinham uma
00:30:56credibilidade na faixa ali de 70% e
00:31:00tinham caído pra algo em torno de
00:31:02cinquenta e poucos por cento, ou seja,
00:31:04nesse turbilhão todo era algo
00:31:06plenamente aceitável, vamos dizer
00:31:08assim, e eu mantenho contato constante,
00:31:10né, com os comandos de força pra
00:31:13sentir a situação, como é que tá, como é
00:31:16que a turma vem reagindo a tudo isso
00:31:18que tá acontecendo e a gente roda
00:31:21pelo Brasil, né, eu rodo pelo meu
00:31:23estado, pelo Rio Grande do Sul, né, nas
00:31:25mais diferentes cidades onde tem
00:31:27guarnições militares, tudo continua
00:31:31com mudantes do quartel de Abrantes,
00:31:32né, como a gente costuma dizer.
00:31:34Senador, eu quero só mudar de assunto
00:31:36agora e te perguntar sobre a PEC da
00:31:37blindagem. Ela foi aprovada
00:31:39massivamente ali na Câmara dos
00:31:41Deputados, chegou ao Senado e foi
00:31:42derrubada também com um voto do
00:31:45senhor. Essa sua escolha por derrubar a
00:31:48PEC da blindagem teve a ver com a
00:31:50movimentação popular e com a
00:31:52repercussão também nas redes sociais
00:31:54ou o senhor já estava convicto de que
00:31:57qualquer blindagem não seria nem
00:32:00necessária, nem ética e nem moral no
00:32:03Congresso Nacional?
00:32:04Eu julgo que a PEC ela ultrapassou, né,
00:32:09alguns limites, vamos dizer assim,
00:32:12daquilo que seria necessário para
00:32:15deixar muito claro o Instituto da
00:32:17Imunidade Parlamentar, tanto que nós
00:32:20tínhamos uma emenda que havia sido
00:32:22proposta pelo senador Sérgio Moro, que
00:32:24deixava muito clara a imunidade material
00:32:26do parlamentar por seus discursos, por
00:32:29seus pronunciamentos, que vem sendo
00:32:31seguidamente, né, vamos dizer assim,
00:32:35cortada essa imunidade, né, nós tivemos
00:32:38o caso do Daniel Suiveira, independente,
00:32:40né, das expressões que ele utilizou,
00:32:44nós tivemos o caso do Marcos Duval,
00:32:47né, Marcos Duval virou um não senador,
00:32:49né, por, vamos dizer, pronunciamentos que
00:32:53ele fez, por atitudes que ele tomou,
00:32:55né, então eu achava que esse tipo de
00:32:58imunidade é que deveria estar
00:32:59preservado, quando ultrapassou esse
00:33:01limite, perdeu o meu apoio.
00:33:04O senhor acha que o, a Câmara dos
00:33:06Deputados agiu como moleque?
00:33:09É absoluto, né, eu não posso pegar e
00:33:13colocar essa pecha em cima dos meus
00:33:15colegas da Câmara dos Deputados,
00:33:17eles votaram dentro daquilo que eles
00:33:19consideraram o calor da disputa, e
00:33:20óbvio, aí vem a, a, a beleza do
00:33:24sistema bicameral, né, onde o Senado,
00:33:26ou, no caso contrário à Câmara, se
00:33:28o projeto partir do Senado, tem
00:33:30condições de corrigir algo que não
00:33:32saiu bem de uma das outras casas.
00:33:34E a relação entre o senhor e os
00:33:36seus colegas da Câmara, continuou
00:33:38normal? Não teve nenhum resquício,
00:33:40nenhuma consequência?
00:33:41É normal, a nossa bancada, a nossa
00:33:43bancada do Rio Grande do Sul, a
00:33:44bancada que todo mundo, nós somos
00:33:46amigos, nos damos muito bem, nos
00:33:48auxiliamos, nos apoiamos mutuamente,
00:33:50né, tem boa relação com todo mundo
00:33:53da Câmara, sem problema nenhum. Vai
00:33:55lá, Zé Maria. Pois é, senador, eh, a
00:34:00emenda parlamentar se transformou na
00:34:02grande vedete da política nacional,
00:34:05né? Me disse o deputado de que nós
00:34:07temos agora uma bancada de gestores e
00:34:10emendas parlamentares. Senador é um
00:34:12pouco mais, né? Ele, eh, administra um
00:34:15pouco mais, mas é mais de quarenta e
00:34:16cinco milhões de reais, alguns chegam a
00:34:19sessenta milhões de reais por ano, ou
00:34:21seja, é uma bolada grande num
00:34:23mandato, né? Então eles estão
00:34:24dominando. Cinquenta e cinco
00:34:26bilhões, eh, de recursos do orçamento
00:34:30vão para deputados e senadores. Isso
00:34:33mudou o eixo da política, senador, e
00:34:35agora no ano que vem a LDO deve ser
00:34:37votada nessa semana, a LDO obriga a
00:34:41liberação das emendas até o primeiro
00:34:43semestre, né? O início do segundo
00:34:45semestre, antes das eleições, quer
00:34:47dizer, as emendas dominaram a
00:34:49política, senador, eh, e o que o
00:34:51senhor acha desse instrumento que
00:34:53está tornando o Congresso Nacional
00:34:55muito forte? Bom, Zé Maria, eu estive
00:34:58dos dois lados do balcão, né? Então eu
00:35:00estive do lado do executivo e nós
00:35:02fomos os primeiros atingidos pelo,
00:35:04né? O aumento do volume das emendas
00:35:07quando surgiu aquilo que ficou
00:35:08chamado de orçamento secreto, ah, eu
00:35:11na minha visão julgo que as emendas
00:35:13individuais e de bancadas tem que ser
00:35:15preservada, né? A emenda individual que
00:35:18é o parlamentar poder atender, né? Os
00:35:22anseios ali dos municípios que
00:35:23compõem o seu estado, porque muitas
00:35:26vezes o prefeito não tem acesso, né?
00:35:29Aos recursos oriundos do governo
00:35:31federal, todos os municípios lutam
00:35:33com a cidade e desde que haja um
00:35:35projeto bom, algo que seja factível,
00:35:38deve ser apoiado pelo parlamentar. E a
00:35:41emenda de bancada, né? É fundamental
00:35:43para que os projetos estruturantes e
00:35:45nós, por exemplo, na bancada do estado
00:35:47do Rio Grande do Sul, somos sérios
00:35:49nisso, porque nós fazemos a reunião
00:35:50da bancada, são apresentados projetos e
00:35:54nós votamos nesses projetos para que
00:35:56sejam distribuídos recursos. Então eu
00:35:58vejo que essas duas emendas devem ser
00:36:00preservadas.
00:36:02Vamos lá, Valentina.
00:36:04Eu gostaria de voltar um pouquinho no
00:36:06assunto, só porque tem uma dúvida minha,
00:36:08senador, que ela ficou e ela fica há um
00:36:11tempo, que é em relação à relação do
00:36:14senhor com o ex-presidente.
00:36:16Lhe explico, a gente sabe, né?
00:36:18Comentamos aqui sobre essa finalização
00:36:20da sua, do seu período ali como vice
00:36:22da chapa do Jair Bolsonaro, mas
00:36:26durante o período que o Jair estava,
00:36:28né? No julgamento do STF, o senhor
00:36:30teve uma participação na condição de
00:36:32testemunha. Tem uma questão que eu
00:36:35acho que ela ficou em aberto, acho que
00:36:37o senhor não teve oportunidade de
00:36:39respondê-la em outras ocasiões, que eu
00:36:41queria perguntar para o senhor dar
00:36:42essa oportunidade, em relação a uma
00:36:44ligação, né? Que o ex-presidente teria
00:36:46feito para o senhor, às vésperas do
00:36:49seu depoimento ali, como na condição
00:36:52de testemunha, testemunhando a favor
00:36:54não só dele, né? Mas de outras pessoas
00:36:56ali que estavam passando por um
00:36:57julgamento. Queria perguntar para o
00:36:59senhor, o que foi discutido nessa
00:37:01ligação e se o ex-presidente Jair
00:37:04Bolsonaro chegou a combinar algum tipo
00:37:06de de fala do senhor no depoimento?
00:37:10A ligação, Valentina, foi feita pelo
00:37:13advogado do presidente Bolsonaro, o
00:37:15doutor Paulo Amador Cunha Bueno, cujo avô
00:37:18dele pertenceu à Força Expedicionária
00:37:21Brasileira e combateu lado a lado com
00:37:23meu pai, né? A guerra mundial na Itália,
00:37:26então nós temos essa afinidade. Então, o
00:37:29Paulo ligou para o presidente Bolsonaro
00:37:31porque o presidente queria me
00:37:32agradecer por ter me disposto a
00:37:35testemunhar em favor dele. Uma
00:37:37ligação de dois minutos, nada mais do
00:37:39que isso e assim ficou. E teve alguma
00:37:43conversa em relação à questão que
00:37:46seria discutida ali na condição de
00:37:48testemunha? Foi discutido a questão da
00:37:50trama golpista? Não, em absoluto, até
00:37:53porque as perguntas foram conduzidas
00:37:56primeiro pelo ministro Alexandre
00:37:57Moraes, depois pelo doutor Paulo
00:38:00Gonê e pelos advogados de vários dos
00:38:02réus que estavam ali. Então, não tinha
00:38:04o mínimo conhecimento do que que me
00:38:06seria perguntado e coloquei a minha
00:38:08visão sobre aqueles acontecimentos,
00:38:10até em determinado momento fui
00:38:12interrompido pelo ministro Alexandre
00:38:14Moraes, que disse que eu não era
00:38:15perito em ações de segurança.
00:38:18Vai lá, Luísa. Obrigada. Senador, em
00:38:21entrevista recente, o senhor afirmou que
00:38:23se tivesse sido o candidato a vice-
00:38:25presidente na chapa de Jair Bolsonaro em
00:38:27dois mil e vinte e dois, o ex-presidente
00:38:29não estaria nessa situação. E, há
00:38:32algumas semanas, o senhor foi alvo de
00:38:34críticas de Eduardo Bolsonaro,
00:38:36diretamente dos Estados Unidos.
00:38:38Hoje, o senhor ainda se considera um
00:38:40aliado político de Jair Bolsonaro e
00:38:42seus familiares?
00:38:45Luísa, eu e o presidente Bolsonaro
00:38:47temos uma visão de mundo muito
00:38:49similar. Nós somos conservadores,
00:38:52acreditamos no liberalismo econômico,
00:38:55acreditamos no capitalismo, acreditamos
00:38:58na democracia, acreditamos no pacto
00:39:00de gerações, que são as grandes
00:39:03ideias norteadoras daquilo que é o
00:39:05pensamento ocidental. Então, nós estamos
00:39:07aprumados nisso aí. Agora, óbvio que
00:39:10tem determinadas figuras associadas ao
00:39:14presidente Bolsonaro, que tem salvas a
00:39:17meu respeito e que volta e meia, tece
00:39:19algum tipo de crítica. O deputado
00:39:22Eduardo Bolsonaro, ele não me conhece,
00:39:25nunca conversou comigo, né? Fora de
00:39:28oi, tudo bem. Então, acho que ele
00:39:30deveria ser um pouco mais educado
00:39:33quando se referir à minha pessoa.
00:39:35Aliás, eu aproveito pra perguntar a
00:39:37sua avaliação política sobre a atuação
00:39:40de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
00:39:42O senhor acredita que houve algum tipo
00:39:44de tentativa de coação, de impedir que o
00:39:48processo envolvendo o pai dele
00:39:50continuasse no Supremo Tribunal Federal
00:39:52ou até de que Eduardo Bolsonaro tenha
00:39:54sido responsável por parte das sanções
00:39:56que foi aplicada pelos Estados Unidos
00:39:59ao Brasil?
00:40:02Olha, Evandro, eu vejo da seguinte maneira,
00:40:04nessa situação aí tem muita espuma e
00:40:06pouco chope. E por que que eu digo isso?
00:40:09Por que que eu digo isso pra vocês?
00:40:12Porque o presidente Donald Trump, ele tem
00:40:15uma visão político-estratégica dele, ele
00:40:17achava que tinha que enquadrar o Brasil. Na
00:40:20minha visão, ele usou como biombo a
00:40:22situação do presidente Bolsonaro, óbvio
00:40:25que recebeu informações via ali o
00:40:27deputado Eduardo Bolsonaro e a rede
00:40:29de apoiadores que tem ligação com o
00:40:31presidente Trump, mas o objetivo dele
00:40:33era enquadrar o nosso país dentro desse
00:40:36esquema tarifário dele, né? Num primeiro
00:40:39momento ele, né, nos colocou numa posição
00:40:43difícil, mas deve ter começado a
00:40:45raciocinar que o nossa relação comercial é
00:40:48muito mais favorável para os americanos do
00:40:51que para o Brasil e eu vejo que em
00:40:54determinado momento vai haver um novo
00:40:55entendimento, principalmente, né, agora
00:40:58que os dois presidentes da república
00:41:00resolveram falar um com o outro. E e só
00:41:03ampliando para as questões regimentais, o
00:41:05senhor entende que Eduardo Bolsonaro poderia
00:41:07continuar no mandato mesmo não estando no
00:41:10país? Qual a tua análise? Então a decisão da
00:41:15da Câmara, né? É algo que tem que ser
00:41:17decidido por eles lá. Eu acho que é
00:41:20difícil, né, a pessoa prosseguir com o seu
00:41:22mandato estando ausente o tempo todo, mas
00:41:25política é política, né? Sempre há uma
00:41:28solução para algo que não parece
00:41:30solucionado. Senadora, a Valentina só
00:41:32levantou a mão aqui, vai lá, Valentina.
00:41:34Só queria complementar essa pergunta a
00:41:37respeito do Eduardo, eu acho que o senhor
00:41:39foi um crítico, né, em alguns momentos em
00:41:41relação a essa questão da interferência
00:41:43americana e uma dúvida que eu acho que
00:41:46ficou, assim, no período anterior a
00:41:48essas tarifas, né, a gente via ali o senhor
00:41:52tecendo algumas, né, sempre crítica ao
00:41:54governo federal, mas que de alguma forma,
00:41:56né, essas tarifas, o que tem sido
00:41:58analisado em algum momento é que essas
00:42:00tarifas tenham servido para o governo
00:42:02federal de alguma forma, de colocar ali um
00:42:05mote político, de se posicionar de uma
00:42:07outra forma. Queria perguntar a visão do
00:42:09senhor, eh, essa condução do Eduardo
00:42:11Bolsonaro, ou até mesmo essa interferência
00:42:14do, eh, presidente americano Donald
00:42:16Trump, o senhor avalia que de alguma
00:42:18forma foi um tiro que saiu pela culatra
00:42:20aí na direita e no campo
00:42:22bolsonarista?
00:42:25Valiu, sim, dessa forma, valio porque
00:42:27deu um discurso que o atual governo não
00:42:30tinha, o atual governo estava nas
00:42:31cordas, voltou para o centro do ringue
00:42:33graças, né, a essa questão das tarifas
00:42:36que deu um inimigo externo, ele deu um
00:42:39discurso que nunca foi dele, né, agora a
00:42:42turma que sempre andava de vermelho
00:42:44virou patriota, tá, de verde e amarelo, e
00:42:47nós é que viramos os entreguistas. E aí
00:42:50eu quero deixar claro, viu, Valentina, que
00:42:52eu sempre fui um crítico da esquerda que
00:42:55sempre viajou para fora do Brasil para
00:42:57criticar o Brasil, para, colocou, por
00:43:00exemplo, o presidente Bolsonaro, ah, no
00:43:02tribunal de Haia como genocida, e outros,
00:43:05né, andaram por tudo que é comissão
00:43:07de direitos humanos, sempre criticando
00:43:08o Brasil. Eu também acho que nós, da
00:43:10direita, não deveríamos proceder dessa
00:43:12forma. Problemas dos brasileiros têm
00:43:14que ser resolvidos pelos brasileiros, e
00:43:16não por estrangeiros. Vamos lá, João.
00:43:19Bom, ainda dentro da que a Valentina
00:43:21perguntou, eu queria saber do senhor qual
00:43:23o impacto dessas ações do Eduardo
00:43:25Bolsonaro nas eleições de dois mil e
00:43:26vinte e seis, visto que o governo Lula
00:43:29acabou nadando de braçada nessa
00:43:31articulação e conseguiu melhorar a
00:43:33aprovação. Eu queria saber do senhor, em
00:43:35relação ao impacto disso nas eleições
00:43:37de dois mil e vinte e seis, e ainda, eu
00:43:39queria saber do senhor, mais uma
00:43:41coisinha, em relação ao senhor ter
00:43:42falado que nunca conversou com o
00:43:44Eduardo Bolsonaro. O senhor não acha
00:43:46estranho o vice-presidente da
00:43:47república, na época, não ter contato
00:43:49com uma pessoa que tinha muita
00:43:51articulação dentro do Palácio
00:43:53Tuanalto, filho do ex-presidente que
00:43:54estava direto no Palácio? Vai lá,
00:43:57senador.
00:43:57Bom, João, começando pelo fim aí, né? O
00:44:02deputado Eduardo Bolsonaro, ele
00:44:04comparecia lá ao Palácio do Tuanalto,
00:44:07né? Pra conversar com o pai, ou no
00:44:09Alvorada pra conversar com o pai, mas
00:44:11ele nunca foi lá na vice-presidência
00:44:13pra conversar comigo. Então, nós nunca
00:44:15conversamos, nunca sentamos pra trocar
00:44:17ideia sobre o que que ele pensa,
00:44:19sobre o que que eu penso. Nos
00:44:20encontrávamos em algumas solenidades,
00:44:22oi, como é que cê tá? Tudo bem? Esse
00:44:25foi o relacionamento que nós nós
00:44:28tivemos ao longo desse período. E na
00:44:30minha visão era algo perfeitamente
00:44:32normal, até porque eu não tinha
00:44:34função política. O presidente
00:44:36Bolsonaro nunca me atribuiu função de
00:44:38estabelecer qualquer tipo de ligação
00:44:40com membros do parlamento. Ele me
00:44:44dava, estavam mais ligadas à questão
00:44:47de relações internacionais.
00:44:49teve outra pergunta que cê fez, João,
00:44:52que eu já me perdi aqui, que eu tô
00:44:53ficando velho. Teve sim, senador, em
00:44:54relação ao impacto dessas ações do
00:44:56Eduardo Bolsonaro pra direita em
00:44:58dois mil e vinte e seis. Eu queria
00:44:59saber uma análise do senhor em relação
00:45:01a esse impacto. As eleições de vinte e
00:45:04seis ainda faltam um ano, né? É óbvio
00:45:06que nesse atual momento, né? Houve um
00:45:08impacto negativo, mas nós temos plenas
00:45:11condições, né? De reorganizar o nosso
00:45:14dispositivo, né? Nos unirmos em torno
00:45:17de um nome aqui, mas nós temos nomes
00:45:20extremamente viáveis e a partir daí
00:45:23disputar as eleições nas melhores
00:45:24condições. É óbvio que hoje eu li aí
00:45:27uma reportagem que dizia que o atual
00:45:29presidente tá chamando o Eduardo de
00:45:31meu camisa dez, né? Então, vou entrar
00:45:33em maiores detalhes a esse respeito.
00:45:36Senador, só rapidamente sobre essa
00:45:39questão da relação pra gente arrematar
00:45:40nosso papo sobre isso. O senhor se
00:45:42ressente de algo dessa relação que o
00:45:46teve durante o governo, seja com o
00:45:47ex-presidente, seja com a maneira como
00:45:49ele conduziu até as suas funções,
00:45:51enfim. Existe algum resquício, algum
00:45:53gostinho amargo nessa história?
00:45:57Olha, Evandro, eu passei quarenta e seis
00:45:59anos no exército, né? Eu aluno de colégio
00:46:03militar, ou seja, eu nasci e vivi a vida
00:46:05militar, que é uma vida espartana, vivi em
00:46:08vinte, porém, vinte e duas casas
00:46:11diferentes ao longo da minha vida
00:46:13militar e da mais um período do meu pai
00:46:15e minha mãe. Então, foi mudança o tempo
00:46:17todo, morei na África, morei na
00:46:20Venezuela, morei nos Estados Unidos. Então,
00:46:22foi muita coisa na vida pra gente, né?
00:46:25Se sentir, vamos dizer assim, chateado
00:46:30por não ter, né? Sido mais ouvido
00:46:33durante um período de governo. Eu
00:46:35procurei cumprir a minha missão como
00:46:37vice-presidente, né? Assessorei sempre
00:46:40com, vamos dizer, lealdade o presidente
00:46:43Bolsonaro, aquilo que eu julgava que tinha
00:46:45que dizer pra ele, eu dizia, e nós
00:46:47terminamos o nosso governo, não somos
00:46:50inimigos, muito pelo contrário, e ele
00:46:52sabe que ele pode contar comigo a
00:46:54qualquer momento.
00:46:56Vai lá, Zé Maria Trindade.
00:46:58Pois é, o senador, ele foi adido na
00:47:02Venezuela, adido militar. Também foi
00:47:04comandante de um pelotão de selva, né?
00:47:08No Amazonas.
00:47:08Obrigado, obrigado de selva, né?
00:47:10Não é exatamente uma montanha, que é a
00:47:12melhor arma do exército brasileiro. Não é
00:47:15uma montanha, mas é uma arma muito
00:47:17importante. Então, o senhor conhece bem a
00:47:19região, conhece a Venezuela, eu andei
00:47:22conversando com alguns comandantes, e
00:47:24eles dizendo da possibilidade de uma
00:47:27intervenção norte-americana na
00:47:31Venezuela. Eu queria perguntar, houve um
00:47:34momento ali, que até entendem que não
00:47:36foi bom, que o presidente, ou então
00:47:39presidente Bolsonaro, retirou toda a
00:47:41representação da Venezuela e se impediu
00:47:44que o Brasil tivesse conhecimento do que
00:47:47acontece lá dentro desse país, num
00:47:50regime fechado. Qual é a real situação
00:47:53da Venezuela hoje, senador? Maduro dispõe
00:47:56de armas? Eu sei que houve um determinado
00:47:58momento que gastou muito dinheiro nisso.
00:48:00Qual é a situação da Venezuela? Ela pode
00:48:03resistir? Como é que é isso?
00:48:05Olha, Zé Maria, a Venezuela é um case, né, que
00:48:08tem que ser estudado e tem muita coisa
00:48:10escrita a respeito de todo o processo
00:48:12político, né, instaurado desde a tentativa
00:48:16de golpe que o Chaves fez. Ali foi
00:48:19tentativa de golpe, gente, pra valer. Chaves
00:48:22saiu do quartel com a tropa dele, atacou a
00:48:24casa do presidente da república, atacou o
00:48:26palácio, morreu gente, isso é golpe, golpe
00:48:30mesmo. Bom, feito esse parênteses, desde que
00:48:32esse processo se iniciou, ele levou, né, o
00:48:36país a uma debacle, talvez nunca vista aqui na
00:48:41história da nossa América Latina. Oito
00:48:43milhões de venezuelanos se estima que estão
00:48:46vivendo fora da Venezuela, né? Isso num país de uma
00:48:50população de vinte e sete, vinte e oito
00:48:52milhões, seria a mesma coisa que vamos dizer
00:48:55que aqui setenta milhões, sessenta milhões de
00:48:57brasileiros tivessem saído do Brasil, pra
00:48:59entenderem a dimensão dessa tragédia. E
00:49:02óbvio, né, aí o narcotráfico se infiltrou,
00:49:06lamentavelmente as forças armadas
00:49:08venezuelanas estão envolvidas totalmente
00:49:10nesse processo e agora os Estados Unidos
00:49:13faz uma operação abafa. Mas dada a
00:49:15complexidade do país, dada a complexidade do
00:49:18terreno, eu julgo que não haverá uma
00:49:21intervenção militar, do padrão que foi
00:49:23feito em outros momentos da história e
00:49:26quando houve a intervenção em Granada, no
00:49:28Panamá, República Dominicana, né? Então
00:49:31acho que vai haver mais essa pressão numa
00:49:34tentativa de que o Maduro, né, abandone o
00:49:37poder, mas que eu acho difícil. E óbvio, a
00:49:41Venezuela tem uma certa capacidade de
00:49:43defesa, tem uma força aérea ainda atuante,
00:49:45mas que não é páreo pra força aérea
00:49:47americana. Agora, todos nós sabemos, pode
00:49:51bombardear, pode lançar míssil, mas na hora
00:49:53H tem que ter tropa no terreno e tropa no
00:49:57terreno significa combate corpo a corpo, aí a
00:49:59coisa muda de figura. E falando em
00:50:01Venezuela, senador, o senhor concorda com a
00:50:03entrega do prêmio Nobel da Paz pra Maria
00:50:06Corina Machado? Concordo, Evandro, eu conheci a
00:50:10Marina Corina Machado em dois mil e três
00:50:12quando eu tava na minha ditância lá na
00:50:14Venezuela e ela iniciou os movimentos
00:50:16contra o Chávez, revelação vinte e dois
00:50:18anos que essa moça tá nessa luta e ela não
00:50:21esmoreceu em nenhum momento, né? E em
00:50:23nenhum momento buscou qualquer solução de
00:50:26força para a mudança do regime que se
00:50:28instaurou na Venezuela. A Maria Corina é um
00:50:31mais gigante e mereceu esse prêmio. E como o
00:50:34senhor avalia a maneira como o governo se
00:50:36posicionou diante do prêmio Nobel entregue a
00:50:38ela? O governo tinha esperança que o prêmio
00:50:43fosse entregue ao nosso presidente, né? Mas o
00:50:46papel exercido aí pelo presidente da
00:50:48república não chega, né? A poder competir com
00:50:52aquilo que a Maria Corina vem fazendo, colocando
00:50:54aqui que são vinte e dois anos que ela tá nessa
00:50:56luta no sentido de devolver a dignidade e a
00:50:59liberdade do povo venezuelano. Vai lá, Luísa.
00:51:05Senador, o senhor disse recentemente ser a
00:51:07favor do impeachment do ministro Alexandre de
00:51:10Moraes, mas que isso seria muito difícil de
00:51:12passar no Senado. Há, no entanto, diversos
00:51:15senadores de oposição e alguns setores da
00:51:18sociedade que defendem essa possibilidade. O senhor
00:51:21não avalia que esse tipo de proposta enfraquece o
00:51:24Supremo como instituição e tensiona ainda mais a
00:51:28relação entre os poderes? Oi, Luísa, o impeachment, né?
00:51:33Nós já fizemos dois impeachment de presidente da
00:51:36república, né? É uma decisão drástica, né? E tá
00:51:40prevista na lei, né? Existe a previsão do ministro da
00:51:43Suprema Corte passar por um processo dessa
00:51:45natureza. É difícil, é complicado, vamos lembrar,
00:51:48somos nós, Senado Federal, que validamos a decisão do
00:51:52presidente da república de indicar a B ou C para o cargo
00:51:57na na nossa Suprema Corte. Se eu valido essa decisão, eu
00:52:01também tenho autoridade pra mudar, né? Essa validação em
00:52:06determinado momento se eu julgar que aquele ministro está
00:52:09incorrendo em algum crime de responsabilidade. Nós somos
00:52:12muito cobrados pelos nossos eleitores a esse respeito, não
00:52:15tem um único lugar que eu não vá nesse país, né? Eu não tô
00:52:19falando só no Rio Grande do Sul, é de norte a sul, de leste a
00:52:21oeste, onde a gente não seja cobrado por isso. Ou seja,
00:52:25existe, né? Um certo anseio na população. Agora, é muito
00:52:30difícil, porque é uma decisão drástica e são necessários
00:52:34cinquenta e quatro votos para que esse processo chegue a
00:52:38bom termo. Então, eu não vejo hoje que o Senado tenha
00:52:42condições de fazer um processo dessa natureza. Mas o senhor
00:52:44votaria favorável a esse pedido de impeachment?
00:52:47votaria favorável, porque eu julgo que o ministro
00:52:52extrapolou várias vezes, né? As competências dele,
00:52:56principalmente aí no caso das acusações que foram montadas
00:52:59em relação às pessoas que participaram do oito de
00:53:01janeiro. Temos agora o caso do Felipe Martins, tem muita
00:53:04coisa ainda que vai aparecer em algum momento, né? Você sabe
00:53:08que o mundo gira e vai continuar girando. Vai lá, Valentina.
00:53:14Já que a gente tá falando do mundo girar, senador, eu queria
00:53:17voltar com o assunto das eleições do próximo ano aí, aproveitando
00:53:20um pouquinho o que que o meu colega também, João, falou.
00:53:23Queria perguntar pro senhor, assim, a partir do que foi
00:53:26comentado da sua relação com ex-presidente, né? Jair
00:53:30Bolsonaro, das questões, né? Que foram levantadas, de como foi
00:53:34dado o encaminhamento da relação entre vocês dois, a gente
00:53:37sabe que o senhor em alguns momentos já se posicionou a
00:53:39favor de uma eventual candidatura à presidência do
00:53:42Tarcísio de Freitas, governador aqui de São Paulo. Queria
00:53:45perguntar pro senhor, senador, você avalia que em algum
00:53:47momento essa lealdade, essa relação entre o Tarcísio e o
00:53:51Bolsonaro pode ser tensionada e pode ser colocada à tona, como
00:53:55foi colocada com o senhor no passado?
00:53:59Olha, Valentina, eu vejo que o presidente Bolsonaro tá numa
00:54:02situação muito difícil, né? Em primeiro lugar, porque ele tá
00:54:05inelegível. Segundo lugar, absurdamente condenado a vinte e
00:54:08sete anos. Então, a saída que eu vejo para o presidente é ele,
00:54:14né? Convocar, dentro dos limites que ele tem hoje, uma união em
00:54:19torno de um nome que num futuro poderá lhe favorecer, né? Seja por
00:54:24meio de um indulto, seja por meio de algum outro tipo de estatuto que
00:54:28lhe devolva a liberdade. Então, eu acho que em determinado
00:54:32momento o presidente Bolsonaro vai tomar uma decisão de quem
00:54:36será aquela pessoa que vai carregar a bandeira dele, que ele
00:54:39tão bem carregou ao longo dos últimos anos.
00:54:42Mas o senhor avalia que esse nome já tá fechado em torno do
00:54:45Tarcísio? A gente chegou a comentar aqui a respeito do senhor
00:54:49mesmo, foi um pouco crítico em relação à condução das tarifas
00:54:53pelo próprio Eduardo. Queria perguntar pro senhor que o Tarcísio
00:54:57que é do mesmo partido do senhor, a gente tá falando de uma
00:55:00direita que já tá decidida no nome dele e o que que falta a ele
00:55:04hoje pra se colocar como candidato? Olha, Valentina, tem que
00:55:09ficar muito claro, né? Na minha visão que o grupo Bolsonaro está
00:55:13efetivamente alinhado com essa linha de ação, né? Caso contrário, o
00:55:18Tarcísio trocaria o certo pelo duvidoso, o certo seria a
00:55:21reeleição que ele tem praticamente garantida, né? Falo
00:55:24praticamente porque nunca, né? Você pode duvidar do que pode
00:55:28acontecer numa eleição lá com uma, para governador de São
00:55:32Paulo e aí teriam outros nomes a serem disponibilizados. Então
00:55:35nós temos que aguardar o melhor momento. Eu sei que há muita
00:55:38ansiedade nisso aí, mas faltou um ano pro processo eleitoral e
00:55:42tem muita água pra correr debaixo dessa ponte.
00:55:45É, é, senador, eu só quero te fazer uma questão sobre isso
00:55:47porque há um temor por parte de integrantes da direita de que
00:55:51essa demora pra uma indicação possa levar a uma fragmentação
00:55:55que enfraqueça a direita diante da competitividade com uma, talvez, uma
00:56:01nova candidatura do presidente Lula, que é o que se encaminha até
00:56:04aqui. O senhor acha que realmente há esse tempo todo e que não
00:56:08haveria um risco dessa fragmentação, talvez, tirar uma
00:56:12possibilidade maior de eleição de alguém da direita em dois mil e
00:56:16vinte e seis? É, Evandro, é óbvio que se não houver uma união, né, nós
00:56:22iniciaríamos o primeiro turno numa posição mais, uma posição
00:56:27desvantajosa. Agora eu lembro que em oitenta e nove, né, nós
00:56:31também tivemos uma eleição fragmentada, a direita tinha
00:56:33vários candidatos, só que eu lembro aqui de cabeça o colo, a
00:56:37FIFI Domingos, o Zé Maria que, pô, já me leva mais tempo de vida,
00:56:41eu acho que ele lembra melhor do que eu isso aí, né?
00:56:45Caiado, pava, né? Nós tivemos um momento de fragmentação e
00:56:50depois um segundo turno, né, onde o o presidente, o
00:56:54Wallace, né, disputou com o atual presidente da república, então
00:56:57tudo é possível, né? Agora, qual é o melhor cenário? Melhor
00:57:01cenário é chegarmos fechado com um único nome e já no
00:57:05primeiro turno é aquele combate, né, de um contra o
00:57:08outro. Ô Zé, o senador tá te colocando como decano dessa
00:57:11conversa.
00:57:12Eu aceito, eu aceito pra não desagradar o senador.
00:57:20Você que tá do lado dele, né?
00:57:22Não, não, não, não, esquecendo aqui dos assuntos nacionais, mas a
00:57:29grande notícia hoje é essa paz que eu diria até foi imposta pelo
00:57:34presidente Donald Trump, Israel Hamas, né? Eu queria que você
00:57:39analisasse essa novidade do presidente norte-americano,
00:57:44ocupar tanto tempo assim num processo de paz e dizer que é o
00:57:49exterminador de guerras e que é o homem da paz. O que que mudou,
00:57:53senador? Aquela velha dúvida machadiana, né? Mudou o Natal ou
00:57:59mudei eu, né? Não, a realidade é que o Trump, desde o começo do seu
00:58:04mandato, né, ele procurou se estabelecer como um pacificador, apesar de
00:58:09algumas ações dele não demonstrarem esse intuito dele de ser esse
00:58:13pacificador. Mas ele com duas guerras grandes pela frente, que é a guerra da
00:58:19Rússia e da Ucrânia e com o conflito Israel Hamas, ele tinha que buscar algum
00:58:23tipo de saída, né? E esse conflito do Oriente Médio, se arrastando aí, né, há
00:58:29dois anos, né? Uma população sendo totalmente, vamos dizer assim, afastada do
00:58:36seu território, refém de uma organização terrorista como é o Hamas, então tinha
00:58:41que haver alguma linha de ação que levasse a um cessar-fogo e
00:58:44consequentemente a um processo que afastasse os lados. Eu acho que se
00:58:49confirmar efetivamente, eu tenho minhas dúvidas, que o Hamas vai aceitar, né,
00:58:55esse processo da forma como ele está colocado e que em algum momento ele
00:58:59pode voltar às suas ações ofensivas, mas vamos, né, julgar que essa ação do
00:59:05Trump dará bons frutos e que nós teremos, então, um período de paz no
00:59:09Oriente Médio.
00:59:11Vai lá, João.
00:59:11Senador, eu quero voltar um pouquinho no que o Zé Maria falou, alguma
00:59:14algum tempo atrás, em relação ao orçamento. O orçamento vai ser
00:59:19votado pelo Congresso Nacional, provavelmente, na quinta-feira, só que
00:59:23tem um valor ali, que é um pouco alto, que está sendo debatido, em relação ao
00:59:27fundo eleitoral. Atualmente é de um bilhão, só que vai passar para
00:59:30quatro ponto nove bilhões de reais. É um valor muito alto, é uma eleição
00:59:36muito cara de dois mil e vinte e seis, esse valor ali de três ponto nove
00:59:39bilhões não poderia ser revertido para outras coisas, como por exemplo,
00:59:43para a saúde e educação?
00:59:46Bom, aí tem um pecado original, viu? Porque o que acontece?
00:59:51Até a eleição de dois mil e quatorze havia o financiamento privado da eleição,
00:59:58aí depois se votou para o financiamento público. Então, a partir do momento que
01:00:02é o financiamento público, ele tem que efetivamente permitir que os candidatos
01:00:07façam as suas campanhas e tenham condições de, vamos dizer, transmitir os seus
01:00:15programas e as suas ideias para os eleitores. Então, a realidade é essa. Ou a gente volta
01:00:22para o modelo antigo ou se compreende que efetivamente tem que financiar essa
01:00:27questão eleitoral. E, óbvio, vamos dizer, a quantia que estava inicialmente, que era
01:00:33um ponto, alguma coisa aí de bilhão, não tinha condições de se fazer uma eleição
01:00:40com esse recurso. Seria, vamos dizer assim, tipo uma eleição na base da rede social e
01:00:46olhe lá. Então, é difícil, complicado. As pessoas vão olhar que isso poderia estar
01:00:51sendo melhor gasto em outra coisa, mas foi uma decisão da nação brasileira, né?
01:00:56Que aceitou que o financiamento de campanha passasse a ser público.
01:01:01Mas um bilhão não é suficiente para segurar uma eleição, senador? E só mais uma dúvida
01:01:06rápida. O financiamento de campanha, a gente não pode... O financiamento de campanha
01:01:09privado, a gente não pode ter o mesmo problema que nós vimos lá em dois mil e quatorze,
01:01:13entre dois mil e dez e dois mil e quatorze, em relação à Lava Jato, com o interesse das
01:01:17empresas sendo colocadas em primeiro lugar no Congresso Nacional?
01:01:21Aí é aquele velho problema, né? Aconteceu a questão, tira o sofá da sala, né?
01:01:27Em vez de se punir os culpados e se melhorar os instrumentos de controle, não é?
01:01:33Não, então vamos mudar. Tira o sofá da sala, não tem mais financiamento privado,
01:01:37porque tem roubalheira com o privado. Então, eu vejo dessa forma. Eu acho que tem que
01:01:41melhorar os instrumentos de controle, não é? Banir efetivamente da política aqueles
01:01:46políticos que usam uma campanha eleitoral para se locupletar e, consequentemente,
01:01:52dar mais honestidade nessa questão. Eu vejo dessa forma. Posso até ser, vamos dizer
01:01:58assim, um visionário, mas a gente tem que ter, né? Vamos dizer, alguns ideais que a
01:02:02gente não pode abandonar em nenhum momento.
01:02:04Senador, eu quero saber também a sua análise sobre essa última derrota que o governo
01:02:08federal teve, mesmo depois de ter feito uma intensa negociação com partidos do
01:02:13Centrão, entre eles o partido do senhor também, de se derrubar uma MP que garantiria a arrecadação
01:02:21que o governo precisaria para o próximo ano, para ter, digamos, um fôlego a mais, não
01:02:26necessariamente respirar com liberdade, porque a situação está bem caótica. Eu quero entender
01:02:32se o senhor concordou com esse movimento de derrubada dessa MP e se o senhor entende que
01:02:39mesmo depois de uma negociação firmada, é crível que os partidos que atendam a essa
01:02:45negociação, e isso segundo contaram os próprios ministros da Fazenda e também a
01:02:50ministra Gleisi Hoffmann, se é crível que esses partidos voltem atrás ou desfaçam um
01:02:56acordo ali, no momento da votação.
01:03:01É, Evandro, vamos contar a historinha da MP, né?
01:03:04Vamos lá.
01:03:04Vamos lembrar que no mês de maio o governo editou aquele decreto aumentando o IOF, né?
01:03:11Não consultou ninguém, o governo precisa de dinheiro porque ele gasta demais, né?
01:03:16E não consegue fechar as contas em hipótese alguma e não admite rever gastos, né?
01:03:22É algo que não passa pela cabeça desse governo.
01:03:25Então ele editou aquela medida do IOF.
01:03:28Ó, nós caçamos a medida do IOF.
01:03:31Quando nós caçamos a medida do IOF, o governo tomou duas ações.
01:03:35Recorreu ao economista-chefe Alexandre de Moraes para tomar uma atitude em relação ao seu decreto,
01:03:41né?
01:03:41E editou essa MP que seria uma compensação do IOF.
01:03:45A decisão do STF, ela apenas retirou do decreto do IOF a questão do risco sacado.
01:03:52E o dado que eu tenho é que só em agosto o IOF arrecadou 45 bilhões de reais.
01:03:56E a MP continuou.
01:03:59E aí o relator, o Ricardo Zaratini, né?
01:04:02Foi desidratando o problema da LCI, da LCA.
01:04:07Havia uma coisa boa na MP, e eu concordo, que era o aumento da taxação das BETs de 12% para 18%.
01:04:14Isso estava bem.
01:04:15Mas você via nitidamente que era mais uma taxação do governo para aumentar o seu recurso.
01:04:22Ele já recebeu 12 bilhões em recente medida que foi aprovada, mais 10 bilhões de outra medida.
01:04:28Então o governo está somando o recurso aí.
01:04:31Então, o que aconteceu?
01:04:33Na comissão, a comissão se reuniu no penúltimo dia, foi feita a votação,
01:04:39o governo ganhou por 13 a 12, estava perdendo por 15, conseguiu virar no último segundo.
01:04:46Eu sou membro, eu era membro da comissão, votei contra, né?
01:04:49E resultado, a gente sabia que quando fosse para a câmera, a derrota estava assegurada para o governo.
01:04:55Ou seja, mesmo com essa negociação, o governo contou antes da hora com essa possibilidade para o orçamento do ano que vem.
01:05:02Porque a visão que nós temos, Evandro, é que o governo não tem nenhum compromisso com o equilíbrio das contas.
01:05:10Vamos ver, o arcabouço fiscal, ele já tem uma banda que é para, vamos dizer, acomodar aqueles gastos extras que aparecem em qualquer governo.
01:05:20O governo hoje, para esse ano, tem uma meta zero, mas ele está mirando na parte inferior da banda, menos 31.
01:05:27E tem 40 bilhões que ficam de fora.
01:05:30Então é menos 74 bilhões de reais que nós vamos terminar a dívida subindo o tempo todo.
01:05:37Tanto que nós temos um projeto que estamos discutindo dentro da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,
01:05:43de colocar algum tipo de limitação nessa relação dívida-PIB como forma de tentar canter os gastos públicos.
01:05:52A Valentina também tem uma pergunta sobre isso, vai lá.
01:05:55É, exatamente. Dentro desse tema da, enfim, do MP...
01:05:59Da MP.
01:06:00Da MP, exato.
01:06:01Da medida provisória, senador.
01:06:03Eu acho que uma dúvida que ficou, assim, agora o governo que a gente vê, depois da derrota,
01:06:09é de uma tentativa de explorar outras frentes de arrecadação e até de cortes
01:06:15para tentar compensar essa derrota aí em relação à medida provisória.
01:06:19Queria perguntar para o senhor, né?
01:06:22Se isso dá força, por exemplo, a projetos como a revisão da aposentadoria dos militares,
01:06:27que já foi mencionada pelo ministro da Fazenda em outras ocasiões, e se o senhor é a favor dessa revisão?
01:06:33Olha, Valentina, existe uma discussão, em primeiro lugar é o seguinte, o militar não se aposenta, o militar vai para a reserva.
01:06:42Por quê?
01:06:43Uma força armada, ela é constituída da ativa e da reserva.
01:06:46Eu ainda sou mobilizável.
01:06:48Em caso de guerra, eu serei chamado, obviamente, vou comandar uma zona de retaguarda, aos 72 anos de idade, até os 75 eu posso ser convocado.
01:06:57Então, isso tem que ficar muito claro, né?
01:06:59Há uma falta de noção de que nós não temos um sistema previdenciário.
01:07:04O militar não tem sistema previdenciário.
01:07:06Temos um sistema de proteção social, que é um sistema de pensão.
01:07:10Por quê?
01:07:10É um grupo que você imagina, se entrarmos em guerra hoje, metade desse grupo pode morrer.
01:07:15E aí? A contribuição desse pessoal, as viúvas que vão ficar, os filhos que vão ficar, então é um ônus que a nação arca.
01:07:26A nação pode também decidir, não teremos forças armadas, como fez a Costa Rica, partiu para essa opção.
01:07:33Então, tudo são decisões que foram tomadas em algum momento e que têm que ser arcadas pelo conjunto da nação.
01:07:39Nós já aumentamos a idade limite de transferência para a reserva, já aumentamos esse tempo de permanência, né?
01:07:47Que antes era 30 anos, passou para 35, em algum momento vai passar para 40.
01:07:51Então, essas revisões serão feitas, obviamente, sempre no sentido de, na visão de cálculo atuarial,
01:07:59nós diminuímos o peso que o nosso grupo tem sob o orçamento federal.
01:08:04Entendido. Eu queria só reforçar minha pergunta, senador, em relação a isso,
01:08:10porque o que a gente observa mesmo, em relação aos gastos previdenciários,
01:08:14eu, numa breve pesquisa aqui, que o Brasil, enfim, é um país que supera gastos previdenciários em relação aos militares,
01:08:20em relação, por exemplo, a um país como os Estados Unidos.
01:08:23E eu queria perguntar para o senhor, assim, tratando sobre essa questão do equilíbrio fiscal,
01:08:26se caberia uma revisão desse sistema previdenciário, se o senhor vê lugar para isso,
01:08:33e onde que o senhor, se sim, né, onde que o senhor atacaria em relação a isso?
01:08:38Não pode comparar com os Estados Unidos, Valentina,
01:08:41porque nas Forças Armadas Americanas, eles têm uma linha de corte aos 20 anos de serviço.
01:08:48Então, vamos imaginar o seguinte,
01:08:50formam-se, por ano, na Academia Militar de West Point, mil oficiais.
01:08:5420 anos depois, 60% vai embora, 600 deles vão embora, né?
01:09:00Por quê? Porque eles restringem o acesso aos postos mais elevados.
01:09:04Então, é algo que poderia ser pensado aqui no Brasil.
01:09:07Você diminuiria essa cauda, né, do nosso sistema de proteção social,
01:09:12obrigando que, com o major ou o máximo tenente-coronel,
01:09:16determinados companheiros que não atingissem um nível mínimo,
01:09:22ou um nível X de desempenho, fossem compulsoriamente transferidos para a reserva,
01:09:26levando apenas 60% dos seus salários.
01:09:29Então, é algo que pode ser discutido aqui no país.
01:09:32Mas, requer uma ampla discussão, né, sobre esse assunto e uma mudança, né,
01:09:37vamos dizer assim, na mentalidade que existe hoje nas Forças Armadas.
01:09:42Vai lá, Luísa.
01:09:43Senador, o senhor classificou o voto do ministro Luiz Fux,
01:09:47no julgamento da trama golpista, como exemplar.
01:09:51Nesse voto, o ministro condenou o candidato a vice-presidente,
01:09:55general Braga Neto, e o ajudante de ordens,
01:09:58que, segundo a narrativa da Procuradoria-Geral da República,
01:10:01seria um subordinado dentro do grupo.
01:10:04Mas, absolveu os demais acusados.
01:10:07O tenente-coronel Mauro Cid, inclusive,
01:10:11confessou os crimes,
01:10:12delatou os outros réus
01:10:14e apresentou provas das suas alegações.
01:10:17O senhor não considera contraditório
01:10:19esse entendimento do ministro?
01:10:22É absoluto.
01:10:23O ministro condenou, na minha visão,
01:10:25o Braga Neto e o Cid
01:10:26para aquela história do dinheiro
01:10:29na caixa de vinho, né,
01:10:31que nunca foi esclarecido.
01:10:32Onde foi entregue, quanto era,
01:10:34como é que foi,
01:10:35se era em dólar, em real, em euro,
01:10:38mais a esse dado
01:10:40e que esse dinheiro
01:10:41teria sido usado
01:10:42para o oito de janeiro.
01:10:43Então, é a única ligação
01:10:44que poderia se ter.
01:10:45Então, vejo que, na minha visão,
01:10:47o ministro condenou por isso.
01:10:50Vamos lá.
01:10:50João.
01:10:51Eu queria voltar um pouquinho
01:10:52em relação ao que a Valentina falou
01:10:54da previdência dos militares, senador,
01:10:56porque nós temos aí, em discussão,
01:10:58a reforma administrativa
01:10:59que está sendo debatida
01:11:00pela Câmara dos Deputados,
01:11:01que vai mexer no judiciário,
01:11:03mas ainda não deve mexer totalmente
01:11:04na situação dos militares.
01:11:06Mas aqui, fazendo também
01:11:08uma rápida pesquisa,
01:11:09os militares, eles representam
01:11:1050% dos gastos previdenciários.
01:11:13O senhor disse que o governo
01:11:14gasta muito.
01:11:15Eu queria reforçar a pergunta
01:11:17da Valentina,
01:11:18se essa situação da previdência
01:11:20dos militares
01:11:21poderia entrar na reforma
01:11:23administrativa
01:11:23e queria uma análise do senhor
01:11:25sobre essas mudanças propostas
01:11:27pelo relator do projeto,
01:11:28o deputado federal Pedro Paulo,
01:11:30do PSD do Rio de Janeiro,
01:11:32que prevê, inclusive,
01:11:33o trabalho home office
01:11:34para alguns servidores
01:11:36durante as sextas-feiras.
01:11:38Eu queria saber
01:11:39se isso é uma solução
01:11:40ali em relação aos gastos,
01:11:42para reduzir os gastos
01:11:44da União,
01:11:45e também uma solução
01:11:46para diminuir ali
01:11:48a carga
01:11:50dos comissionados
01:11:52no orçamento da União.
01:11:53O que acontece é que
01:11:58o governo sempre
01:11:59é o encarado
01:12:00por parcela da população,
01:12:02como um lugar
01:12:03onde você pode
01:12:04arrumar um emprego.
01:12:06Então, há sempre essa ideia.
01:12:07E o grupo político
01:12:08que chega
01:12:09em determinado momento
01:12:10ao governo
01:12:11sempre procura
01:12:12colocar os seus
01:12:13naquelas posições.
01:12:15E aí, em vez de diminuir,
01:12:17engorda
01:12:17essa fatia
01:12:19de gente que trabalha
01:12:20para o governo.
01:12:21o nosso governo
01:12:22diminuiu o número
01:12:23de funcionários,
01:12:24porque aqueles
01:12:25que foram se aposentando,
01:12:27nós não contratamos novos,
01:12:28não fizemos novas contratações.
01:12:31Procuramos fazer
01:12:31remanejamentos,
01:12:32porque tem gente
01:12:33oxosa num lado
01:12:34e gente com
01:12:35acúmulo de trabalho
01:12:36em outro.
01:12:36Eu acho que isso
01:12:37é importante
01:12:38numa reforma administrativa.
01:12:40Acho também
01:12:41que é importante
01:12:41na reforma administrativa,
01:12:43pelo que eu vi ali
01:12:44do texto do Pedro Paulo,
01:12:46um salário inicial
01:12:48homogêneo
01:12:49para todo mundo,
01:12:50e uma ascensão
01:12:51até o salário maior
01:12:52ao longo
01:12:53dos 35, 40 anos
01:12:55de carreira,
01:12:55porque não é
01:12:56o que a gente vê hoje.
01:12:57Tem carreiras
01:12:57que o cara
01:12:58entra ganhando
01:12:58já 80, 85%
01:13:00do que ele vai ganhar
01:13:01no final da carreira.
01:13:02Então, há
01:13:03uma falta,
01:13:04vamos dizer assim,
01:13:06de isonomia
01:13:07entre as diferentes
01:13:09carreiras do serviço público.
01:13:10A própria questão
01:13:11do tempo de serviço,
01:13:13a própria questão
01:13:14de haver
01:13:15uma liberdade
01:13:17de remanejamento
01:13:18que hoje,
01:13:18ah, eu fiz
01:13:19o meu concurso
01:13:20é para a função A,
01:13:21eu não posso desempenhar
01:13:23a função B.
01:13:24Então, o camarada
01:13:24C é multifunção.
01:13:26Então, são coisas
01:13:27que melhorariam
01:13:27o serviço público
01:13:29e dariam mais
01:13:30flexibilidade
01:13:31para o gestor.
01:13:32E, óbvio,
01:13:33essa questão
01:13:34do home office
01:13:35é muito discutida.
01:13:36e tem lugares
01:13:39em que o home office
01:13:40funciona
01:13:40perfeitamente,
01:13:42onde há uma produção
01:13:43e tem outros lugares
01:13:44que eu tenho visto aí
01:13:46que as pessoas
01:13:47têm se queixado
01:13:48que aqueles
01:13:48que estão nessa situação
01:13:49não estão produzindo nada.
01:13:51Então, é algo
01:13:53que tem que ser bem discutido.
01:13:54Há um anseio
01:13:55em parte da sociedade
01:13:56por isso.
01:13:57Tem gente que trabalha
01:13:58assim em qualquer lugar
01:13:59do mundo,
01:14:00mas são funções diferentes.
01:14:01Com a aposentadoria
01:14:08do ministro Luiz
01:14:09Roberto Barroso,
01:14:10haverá agora
01:14:11um novo processo
01:14:12de indicação
01:14:12de um nome
01:14:13que terá
01:14:14e passará
01:14:15pelo aval
01:14:15do Senado Federal.
01:14:17E também começa
01:14:17aquele processo
01:14:18que a gente conhece
01:14:19como beija-mão.
01:14:20Primeiro,
01:14:20eu quero perguntar
01:14:21para o senhor
01:14:21se ao longo
01:14:22da sua gestão
01:14:22como senador
01:14:23alguém beijou
01:14:24tua mão,
01:14:25no sentido de
01:14:25o senhor viveu
01:14:27esse processo.
01:14:28Houve beijar
01:14:28a tua mão,
01:14:29senador?
01:14:29Ah,
01:14:31eu não vou dizer
01:14:31dessa forma,
01:14:32Evandro,
01:14:33assim fica até
01:14:33deselegante,
01:14:34mas os candidatos
01:14:36vão lá
01:14:36conversar,
01:14:37conversei com o ministro
01:14:38Zanin,
01:14:39com o ministro Dino,
01:14:40que era meu colega
01:14:41no Senado,
01:14:42com os candidatos
01:14:43ao STJ,
01:14:44e assim,
01:14:44CNMP,
01:14:46CNJ,
01:14:47conversa,
01:14:48uns ali
01:14:49são mais tímidos,
01:14:50chegam com currículo,
01:14:51a turma que é
01:14:51dos conselhos,
01:14:52agora quem vai
01:14:53para ministro
01:14:54de tribunal superior
01:14:54é para se fazer
01:14:55conhecido.
01:14:57Eu acho que é
01:14:58liturgia,
01:14:59é uma coisa
01:14:59litúrgica,
01:15:00isso aí é importante.
01:15:02Há muitas promessas
01:15:03nesse processo
01:15:04de beijamão,
01:15:04senador?
01:15:06É minha parte
01:15:07não,
01:15:07Evandro,
01:15:08porque eu não
01:15:08cobro promessa
01:15:09de ninguém,
01:15:10eu apenas
01:15:10coloco
01:15:12meus pontos
01:15:12de vista,
01:15:13minha visão,
01:15:14e aquilo
01:15:16que eu espero
01:15:17que a pessoa
01:15:18faça na função
01:15:20que ele se propôs
01:15:21a cumprir.
01:15:22Eu resolvi usar
01:15:23o termo
01:15:24beijamão
01:15:25exatamente
01:15:25porque é a forma
01:15:27como ele fica conhecido
01:15:28e ficou conhecido
01:15:29ao longo dos anos.
01:15:30O senhor concorda
01:15:31de haver um rito
01:15:33de beijamão
01:15:34em que um indicado
01:15:36para o Supremo Tribunal
01:15:37Federal
01:15:38tenha que passar
01:15:39em conversa
01:15:40com os senadores
01:15:41para depois
01:15:42ser aprovado
01:15:44nessa sessão?
01:15:45O senhor acha
01:15:45que é necessário
01:15:46isso
01:15:47para um ministro
01:15:48que depois
01:15:48vai para a Suprema Corte?
01:15:50Na realidade,
01:15:53Evandro,
01:15:53eu vejo isso
01:15:54mais para a pessoa
01:15:55se tornar conhecida
01:15:57porque muitos
01:15:59são desconhecidos.
01:16:01A gente não conhece
01:16:02ou então conhece
01:16:03o camarada
01:16:04só
01:16:04ou a pessoa
01:16:05de ouvir falar.
01:16:08Você cria
01:16:08até um estereótipo
01:16:09daquela pessoa.
01:16:10Então, às vezes,
01:16:11é importante
01:16:11o contato pessoal
01:16:13e eu lembro sempre
01:16:14o seguinte,
01:16:15nada substitui
01:16:16o contato pessoal
01:16:16em todas
01:16:18as situações
01:16:19da vida.
01:16:20Em consequência,
01:16:21eu acho
01:16:21que é importante
01:16:22que o candidato
01:16:25vá lá,
01:16:25converse,
01:16:26mostre como é
01:16:27que ele é.
01:16:28Talvez,
01:16:28muitas vezes,
01:16:29desconstrua
01:16:30algum estereótipo
01:16:30que a gente tem
01:16:31a respeito dele.
01:16:32Eu acho importante
01:16:33isso.
01:16:34Zé,
01:16:34eu já vou passar
01:16:35para você,
01:16:35só o João levantou
01:16:36a mão aqui
01:16:36em relações.
01:16:37Vai lá,
01:16:37João.
01:16:37É porque eu queria,
01:16:38em relação exatamente
01:16:39a essa pergunta
01:16:39do Evandro,
01:16:40eu queria perguntar
01:16:40para o senhor,
01:16:41senador,
01:16:41em relação
01:16:42a Rodrigo Pacheco,
01:16:43que é um dos cotados
01:16:44para ser ministro
01:16:45do Supremo Tribunal Federal.
01:16:46Há uma conversa
01:16:49de bastidor ali
01:16:49nos corredores do Senado
01:16:50de que o nome dele
01:16:51poderia ser unanimidade,
01:16:52principalmente porque
01:16:53na avaliação dos senadores
01:16:54não haveria uma interferência
01:16:56do Pacheco
01:16:56no legislativo,
01:16:57como os próprios
01:16:58congressistas falam
01:16:59e até a gente debateu
01:17:01aqui no programa
01:17:02no começo dele.
01:17:03Eu queria saber
01:17:04do senhor
01:17:04se o nome do Pacheco
01:17:06realmente tem essa
01:17:07unanimidade,
01:17:07se teria o voto
01:17:08do senhor
01:17:09ou também
01:17:10se o nome
01:17:10de Jorge Messias,
01:17:11que é um outro cotado
01:17:12para entrar na vaga
01:17:14do ministro Luiz Roberto Barroso,
01:17:16teria o aval do senhor
01:17:17que o senhor avalia
01:17:18do advogado-geral
01:17:18da União também?
01:17:21Bom,
01:17:22o advogado-geral
01:17:23da União,
01:17:24para mim,
01:17:24é um militante
01:17:25do atual governo
01:17:26e não tem condições
01:17:27de ser ministro do STF
01:17:28que vai ser
01:17:28outro teleguiado
01:17:29do governo Lula
01:17:31lá dentro do STF.
01:17:32Acho que
01:17:32seria uma péssima escolha
01:17:34do presidente
01:17:34e corre risco.
01:17:37O Pacheco,
01:17:39o senador Pacheco,
01:17:40meu colega,
01:17:42eu tenho
01:17:43um profundo apreço
01:17:44e respeito
01:17:44pelo Pacheco
01:17:45porque eu acho
01:17:45que ele é um camarada
01:17:46prudente,
01:17:48discreto,
01:17:49tem conhecimento
01:17:50jurídico,
01:17:52é confiável
01:17:53e, principalmente,
01:17:55ele tem postura.
01:17:56O Pacheco
01:17:57não se mistura,
01:17:58não faz
01:17:58oba-oba,
01:18:00ou seja,
01:18:01eu vejo no Pacheco
01:18:02alguém que daria
01:18:03dignidade ao STF.
01:18:06Zé Maria Trindade,
01:18:07vai lá.
01:18:09Pois é,
01:18:10olha,
01:18:10muita gente acha
01:18:12que,
01:18:12e vem aí,
01:18:13a origem,
01:18:14eu acho,
01:18:14que é da música
01:18:15do Vandré,
01:18:16que os militares
01:18:17ficam nos quartéis
01:18:19só marchando,
01:18:20perdidos,
01:18:20em indecisos cordões,
01:18:22não é assim.
01:18:23Militar,
01:18:24ele estuda,
01:18:26faz cursos,
01:18:26cursos,
01:18:27cursos e cursos
01:18:28e cursos.
01:18:28apesar do ministro
01:18:30dizer que o senhor
01:18:32não tem conhecimento
01:18:33de segurança pública,
01:18:34eu acho que o senhor
01:18:34é um técnico
01:18:37em segurança pública
01:18:38e fez isso,
01:18:39não segurança pública,
01:18:40segurança até muito
01:18:41mais ampla.
01:18:43Mas,
01:18:43a minha pergunta
01:18:44é sobre o que está
01:18:45acontecendo no Brasil
01:18:46hoje.
01:18:48O presidente Lula
01:18:49fala muito em soberania,
01:18:50mas a falta de soberania
01:18:51em vários pontos
01:18:53do território nacional.
01:18:54toda a capital
01:18:56hoje,
01:18:56a gente fala muito
01:18:57do Rio de Janeiro,
01:18:58das comunidades,
01:18:59mas toda a capital
01:18:59hoje tem
01:19:00uma zona
01:19:02de exclusão,
01:19:03tem uma faixa
01:19:04de gás.
01:19:06E hoje
01:19:07o Brasil
01:19:08está sendo tomado
01:19:09pelo crime
01:19:10organizado,
01:19:11interiorizou
01:19:12nas pequenas cidades.
01:19:13Senador,
01:19:14como resolver
01:19:15esse tipo de problemão?
01:19:17Pois é,
01:19:18Zé Maria,
01:19:18o Brasil tem
01:19:19um encontro
01:19:20marcado
01:19:20com a questão
01:19:21da segurança pública.
01:19:22Nós viemos
01:19:23empurrando
01:19:23esse assunto
01:19:24com a barriga,
01:19:26é algo que tem
01:19:27que ser,
01:19:28vamos dizer assim,
01:19:30uma ação
01:19:30consertada
01:19:32de todos
01:19:34os níveis
01:19:35de governo,
01:19:37do judiciário,
01:19:38de nós,
01:19:40do legislativo,
01:19:41de modo que se dê
01:19:42os instrumentos
01:19:43necessários,
01:19:44não só
01:19:45para a polícia
01:19:45efetuar as suas ações,
01:19:47mas é um conjunto,
01:19:49porque
01:19:49você precisa
01:19:51melhorar
01:19:51o sistema penal,
01:19:53você precisa
01:19:54efetivamente
01:19:55melhorar
01:19:56a educação
01:19:57do povo,
01:19:58você precisa
01:19:59dar mais
01:19:59tecnologia
01:20:00para que a polícia
01:20:01cumpra as suas missões
01:20:03e tem que haver
01:20:04integração de esforços,
01:20:06acesso a banco de dados,
01:20:08então,
01:20:08são coisas que nós
01:20:09temos que
01:20:10atacar,
01:20:12parte daquela
01:20:13PEC aí
01:20:14que está parada
01:20:15lá na Câmara,
01:20:15que foi apresentada
01:20:16pelo governo
01:20:17da segurança pública,
01:20:18toca em alguns
01:20:19assuntos dessa natureza,
01:20:20então nós
01:20:22temos atacado
01:20:23isso de forma
01:20:23muito difusa
01:20:25e consequentemente
01:20:27nós temos
01:20:28esse problema
01:20:29das grandes cidades
01:20:29e temos
01:20:30o problema
01:20:31de falta
01:20:31de soberania
01:20:32no interior
01:20:33da Amazônia
01:20:34por todos os crimes
01:20:35que ocorrem,
01:20:36desde o narcotráfico,
01:20:38passando pelas
01:20:39ilegalidades
01:20:39de mineração
01:20:41ilegal,
01:20:42de exploração
01:20:42ilegal de madeira
01:20:43e outras
01:20:45que lá
01:20:45ocorrem.
01:20:46E o senhor
01:20:46entende que o governo
01:20:47está conduzido bem
01:20:48o diálogo
01:20:49para tentar
01:20:49organizar um plano
01:20:50nacional de segurança
01:20:51pública?
01:20:53Não,
01:20:53o governo
01:20:54ele tem uma visão
01:20:55também preconceitosa
01:20:57sobre o assunto,
01:20:59parcela do governo
01:21:00julga que o bandido
01:21:01é alguém que
01:21:03a sociedade
01:21:05abandonou,
01:21:06protege o bandido,
01:21:08então o governo
01:21:08tem que sair
01:21:09dessa visão
01:21:10porque o povo pobre
01:21:11é o que mais sofre
01:21:12com a bandidagem,
01:21:13aquele bandido
01:21:14que rouba o celular,
01:21:15que o lascado
01:21:16sai,
01:21:16anteontem mesmo
01:21:19eu estava aqui
01:21:20numa grande cidade,
01:21:21não vou dizer aí
01:21:22para não ferir
01:21:23certibilidade,
01:21:24vindo num táxi
01:21:25e vi um camarada
01:21:27numa moto
01:21:27encostar o outro
01:21:28com um revólver
01:21:29na mão
01:21:29para tirar o celular
01:21:30do cara,
01:21:31então é o que a gente
01:21:32vê hoje
01:21:33e anda o tempo
01:21:34todo sobressaltado
01:21:35com ações
01:21:36dessa natureza,
01:21:38então o governo
01:21:38tem que ser mais duro
01:21:39e efetivamente
01:21:41entender
01:21:42que nós
01:21:43vivemos
01:21:44na minha visão
01:21:45uma guerra
01:21:46aqui dentro
01:21:47do nosso país,
01:21:47lamentavelmente é isso,
01:21:48é só olhar o número
01:21:49de baixas
01:21:50e comparar
01:21:51com outras guerras
01:21:52que ocorrem
01:21:52mundo afora.
01:21:54Senador, chegamos aos
01:21:54últimos três minutos,
01:21:55uma última pergunta
01:21:56aqui da Luísa,
01:21:57vai lá.
01:21:58Senador,
01:21:58uma pergunta agora
01:21:59como representante gaúcha
01:22:00aqui na bancada,
01:22:01o senhor foi eleito
01:22:02pelo Rio Grande do Sul
01:22:03em dois mil e vinte e dois,
01:22:05cumpre mandato
01:22:05até dois mil e trinta e um,
01:22:07representando o Estado
01:22:08em um dos momentos
01:22:09mais desafiadores
01:22:10da sua história recente
01:22:11que foram as enchentes
01:22:12de dois mil e vinte e quatro.
01:22:14Como o senhor avalia
01:22:15a atuação
01:22:16dos governos
01:22:17estadual e federal
01:22:18durante e após
01:22:19a tragédia?
01:22:20Pois é, Luísa,
01:22:23eu considero
01:22:24que o governo federal,
01:22:25ele agiu lentamente
01:22:27nesse socorro
01:22:28ao Rio Grande do Sul.
01:22:28Foi muita,
01:22:29muita conversa
01:22:30e os recursos
01:22:32chegando de forma,
01:22:34né,
01:22:34vamos dizer assim,
01:22:35fatiadas,
01:22:36em vez de terem
01:22:37tomado logo
01:22:38as atitudes
01:22:39que eram necessárias,
01:22:40né,
01:22:41e o governo estadual
01:22:42agiu dentro
01:22:43dos limites dele,
01:22:45né,
01:22:45o nosso governo
01:22:46é muito limitado,
01:22:47você sabe que a dívida
01:22:48do Estado do Rio Grande do Sul
01:22:50é tenebrosa,
01:22:51nós conseguimos aí
01:22:53um adiamento
01:22:54de pagamento
01:22:55por três anos,
01:22:56mas dois mil e vinte e sete
01:22:57ela volta
01:22:57a ter que ser paga,
01:22:59existe muita coisa
01:23:00pra ser feita
01:23:01e principalmente hoje
01:23:02qual é o grande problema?
01:23:04A situação
01:23:04dos nossos agricultores.
01:23:06Os nossos agricultores
01:23:07estão afogados
01:23:08num mar de dívida,
01:23:10oriundo aí
01:23:11das secas
01:23:12e enchentes
01:23:12que enfrentaram
01:23:13ao longo
01:23:13dos últimos cinco anos,
01:23:15não há mais
01:23:16essa situação
01:23:17de conseguir
01:23:18renegociar a dívida
01:23:20e o governo
01:23:21terá que partir
01:23:22pra uma solução
01:23:23e é uma solução
01:23:23que o governo
01:23:24terá que fazer dívida.
01:23:25Eu acabei de criticar
01:23:26aqui a questão fiscal,
01:23:28mas nesse caso
01:23:29seria uma dívida
01:23:30necessária
01:23:31pra poder assumir,
01:23:33né,
01:23:33essa situação
01:23:34que se encontra
01:23:35os agricultores
01:23:36do Rio Grande do Sul
01:23:36e consequentemente
01:23:38dar um respiro
01:23:39pra essa turma
01:23:39que no futuro
01:23:40irá pagar isso
01:23:42com juros aceitáveis,
01:23:43né,
01:23:44que o governo
01:23:44puder cobrar deles.
01:23:45Só aproveitando
01:23:46que a gente embarcou
01:23:47pro Rio Grande do Sul,
01:23:49Grêmio ou Internacional,
01:23:50senador?
01:23:52O Guarani de Bagé,
01:23:53Evandro.
01:24:01Eita!
01:24:02O Flamenguista.
01:24:05Ah, isso aí
01:24:05todo mundo sabe
01:24:06que eu sou flamenguista.
01:24:09É uma boa forma
01:24:10de escapar
01:24:11dessa pergunta.
01:24:13Senador Hamilton Mourão,
01:24:14obrigado pela tua participação
01:24:15conosco hoje,
01:24:16até a próxima,
01:24:17é sempre um prazer recebê-lo.
01:24:19Nada,
01:24:19obrigado aí
01:24:20pelas perguntas
01:24:21das moças
01:24:21e dos rapazes,
01:24:22né,
01:24:23e aí eu incluo
01:24:24Zé Maria
01:24:24no grupo dos rapazes
01:24:25pra ele não ficar
01:24:26chateado comigo,
01:24:28né,
01:24:28e até uma próxima
01:24:29oportunidade.
01:24:31Seu Zé Maria Trindade,
01:24:32obrigado pela tua
01:24:33participação comigo
01:24:33aqui hoje
01:24:34e a gente se vê
01:24:35no 3 em 1.
01:24:37Eu que agradeço,
01:24:38é um privilégio
01:24:38participar desse programa,
01:24:40um programa que vai a fundo
01:24:41e isso é muito importante.
01:24:43Obrigado, viu?
01:24:43Muito boa noite,
01:24:44boa noite a todos.
01:24:45Boa noite.
01:24:45Luísa,
01:24:46obrigado.
01:24:47Eu que agradeço
01:24:47pelo convite,
01:24:48boa noite.
01:24:49Valentina,
01:24:49volte sempre.
01:24:50Muito obrigada.
01:24:51Então, Vitor,
01:24:51é um prazer te receber.
01:24:53Muito obrigado,
01:24:53Evandro,
01:24:54aos meus colegas de bancada,
01:24:54ao senador e a quem
01:24:55está nos acompanhando
01:24:56aqui na Jovem Pan.
01:24:57A você que permaneceu
01:24:58conosco até aqui,
01:24:59uma ótima noite
01:25:00e muito obrigado.
01:25:01A gente se vê
01:25:01ao longo da programação
01:25:02da Jovem Pan.
01:25:03Fiquem com Deus.
01:25:04Tchau.
01:25:04A opinião dos nossos comentaristas
01:25:08não reflete necessariamente
01:25:10a opinião do Grupo Jovem Pan
01:25:12de comunicação.
01:25:13Realização Jovem Pan.
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