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Donald Trump acusou a China de agir de forma hostil ao reduzir a compra de soja dos EUA e ameaçou encerrar negócios ligados ao óleo de cozinha. A tensão reacende a guerra tarifária e pressiona o mercado global de commodities.

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Transcrição
00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a subir o tom contra a China.
00:13Em uma postagem agora há pouco nas redes sociais, ele acusou o Pequim de agir de forma hostil ao reduzir a compra de soja norte-americana
00:21e ameaçou encerrar negócios ligados ao óleo de cozinha como retaliação.
00:26Vamos ver o post então, dar uma olhadinha, a gente está aqui mais ao vivo da CNBC norte-americana,
00:32a gente vai dar uma olhadinha no post, na Truth Social, onde Donald Trump fez essa declaração.
00:38Olha, acredito que a China, propositalmente de não comprar a nossa soja, está causando dificuldades aos nossos produtores
00:45e é um ato economicamente hostil.
00:48Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha e outros elementos do comércio como retaliação.
00:56Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China.
01:03Vinícius, a escalada está aumentando, né, dessa guerra tarifária, porque a China anunciou aí uma sanção
01:12a cinco subsidiárias norte-americanas ali na Coreia do Sul, no setor naval.
01:17E agora os Estados Unidos novamente falando sobre a soja.
01:20Lá em abril, no Liberation Day, quando tem realmente aquela guerra mais acirrada das tarifas,
01:25a China parou de comprar soja dos Estados Unidos.
01:28O Brasil, inclusive, se beneficiou.
01:30A Argentina e o Uruguai também agora, recentemente, também teve vendas aumentadas para a China em relação à soja.
01:38Donald Trump foi cobrado pelos produtores de soja norte-americanos.
01:42E aí, tá, ó, nesse sentido, a retaliação pode vir nesse setor, Vinícius?
01:47Olha, dá vontade de rir um pouco, né, porque até a fritura entrou na fritura, né?
01:54Tá tentando fritar a China.
01:55É, batata frita.
01:57A gente vai fazer mais batata frita com óleo importado para a China, a gente vai produzir aqui.
02:01É meio doido, quer usar um pedaço de comércio muito pequeno.
02:04Mas mostra que alguma coisa está acontecendo e está acontecendo de maneira descontrolada, como sempre acontece no Trump.
02:12Tá irritável com alguma coisa, quer responder de alguma maneira, a gente não sabe o tamanho da resposta.
02:17Se é para valer, se não é, ou se ele vai amarelar, como dizia lá no começo do ano, lá em abril.
02:22É taco, né, ele sempre, o Trump sempre amarela.
02:24Agora, é engraçado, né, não vai ser com o fim da compra de óleo de cozinha, né, de fim da batata frita, frita no óleo chinês, que vai dar o problema.
02:37Mas isso indica que tem, tem tensão.
02:39E hoje a gente já viu duas viradas.
02:41Começou o dia ruim, né, com o Bessett, deu entrevista, o Scott Bessett é o secretário dos Estados Unidos,
02:47deu entrevista para o jornal britânico Financial Times e disse o seguinte,
02:49a China quer levar o mundo, está em recessão, o que é mentira, e quer levar o mundo junto com ela.
02:53Aí as coisas estavam mal.
02:55Aí teve a sanção chinesa, contra, como você acabou de dizer, contra as subsidiárias dos talheiros coreanos, americanos.
03:02E depois o Trump deu uma aliviada, etc., e agora vem a história do óleo de cozinha.
03:07Quer dizer, há sinais de que a coisa está meio fora de rumo.
03:11Agora a gente não sabe quanto, porque a gente já viu a tensão chegar no nível máximo e para ter uma trégua,
03:18e a gente achar que está negociando um tratado por meses e depois tudo voltar por vinagre.
03:24Então, é mais um sinal de que a coisa não anda bem.
03:27Vinícius, fica aí, a gente vai chamar agora o professor José Niemeyer, do IBMEC do Rio de Janeiro.
03:33Ele vai ajudar a gente a entender um pouco essa situação, né, quase uma picuia neste momento entre Donald Trump e Xi Jinping,
03:40mas há uma escalada aí na tensão tarifária entre os dois países, a retomada desta guerra tarifária.
03:48Professor José Niemeyer, muito boa tarde para o senhor.
03:50Seja muito bem-vindo aqui ao Radar.
03:52Tudo bem contigo?
03:54Oi, Eric.
03:55Que bom estar com você de novo.
03:56Um abraço a você, ao comentarista e aos assinantes da NBC, CNBC.
04:02Obrigado, viu, professor?
04:04A gente estava comentando aqui, eu e Vinícius Torres Freire, que Donald Trump agora pincelou a questão da soja.
04:09A questão da soja que está sendo muito debatida internamente lá pelos norte-americanos,
04:14os produtores, inclusive, cobrando de Donald Trump, porque eles perderam muito mercado e também faturamento.
04:21E agora, Trump parece que pincelou essa questão da soja para tentar responder à China.
04:27Como é que o senhor está analisando aí essa retomada, então, da escalada tarifária entre os dois países,
04:34apesar do que a gente tem um gap, né, até dia 1º de novembro, para que algo seja implementado na prática realmente, né, professor?
04:43Olha, Eric, vocês comentam muito bem os temas de economia internacional na CBC,
04:48parabéns ao Vinícius também, eu sou admirador do trabalho dele.
04:51E eu posso contribuir sempre com os temas de economia política internacional,
04:56que tem a ver também, faz uma interface importante com a economia internacional.
05:00Ficou claro, depois do que Trump fez com relação a um assunto da alta política,
05:06que é a questão do Oriente Médio, todo o apoio que ele deu ao armistício conjuntural entre Hamas e Israel,
05:14que ele iria, na área que nós consideramos mais da baixa política, na área econômica, comercial,
05:19continuar sendo muito agressivo e pouco cooperativo.
05:22Ele diz que é um ato hostil da China, mas ele deveria saber que é muito melhor ele continuar importando produtos
05:31que têm a ver, como disse o Vinícius, com a fritura da cozinha norte-americana,
05:35do que querer produzir tudo aquilo que vai produzir fritura na cozinha norte-americana.
05:41Então, ele erra mais uma vez, ele vai gerar inflação por isso,
05:45ele vai gerar expectativa de aumento da dívida pública,
05:47mais uma vez, o presidente Trump erra ao querer transformar os Estados Unidos em uma altaquia,
05:52produzir tudo, desde aquilo que se usa na cozinha do norte-americano médio, vamos dizer assim,
05:59que é muito importante para a questão da inflação,
06:01até produzir alta tecnologia que eles produzem bem.
06:04Eles deveriam escolher o que eles querem produzir de bens e serviços
06:07e não tentar transformar os Estados Unidos da América em uma altaquia,
06:11produzindo tudo aquilo que eles necessitam de bens e serviços.
06:15Vinícius.
06:15E, Maia, agora, o que tem se dito desde sexta-feira é o seguinte,
06:20que as ameaças chinesas e americanas, as mais recentes, para ser específico,
06:25são tão graves e implementadas, que não parece impossível que isso chegue às vias de fato
06:32e realmente seja implementado.
06:33Tarifa de importação, imposto de importação americano de produtos chinês
06:37indo para mais de 150%, juntando-se 100% e a China fechando o mercado
06:42de todos os produtos relacionados a terras raras e terras raras.
06:45Isso dá problema para os dois lados.
06:49Causa problema na economia doméstica, na economia do outro,
06:51é tão grave que a gente imagina que não vai para frente.
06:53Agora, a coisa parece meio desembestada.
06:57A gente está vendo aí de novo essa troca, essa escaramuça.
07:00Você acha que isso pode realmente sair do controle
07:04ou isso é a tentativa de chegar ao final da negociação com mais vantagem,
07:08com mais força, mais trunfos na mão?
07:12Vinícius, a economia norte-americana, que você sabe bem disso,
07:16representa 30 trilhões do PIB, tem 30 trilhões de PIB.
07:20A economia chinesa, 20 trilhões, em torno de 20, quase 20.
07:24Isso são 50 trilhões.
07:25O PIB da Alemanha, que é um país importante,
07:28quarta economia do mundo, é 5 trilhões.
07:31Quer dizer, 10% do PIB desses dois países juntos.
07:35Ele forma uma máquina econômica internacional.
07:37E eu não acredito que ameaças como essa tenham um caráter estrutural.
07:41Como você bem colocou, são ameaças de cunho conjuntural.
07:45Agora, o que é importante notar é que quem geralmente está fazendo ameaça
07:49no campo econômico comercial são os Estados Unidos da América, não a China.
07:54Como se a China conseguisse, tivesse muito fôlego para bancar as coisas da economia
08:00como elas estão na conjuntura atual.
08:02Me parece que é o Estado norte-americano, não é uma questão de governo,
08:06mas é o Estado norte-americano, que por N razões, questões de déficit público aumentado,
08:12expectativa de inflação, perda da hegemonia, na minha opinião,
08:15estratégica militar nos últimos 50 anos, 40 anos,
08:19são os Estados Unidos da América que estão demonstrando mais fraqueza
08:22do ponto de vista econômico e passando isso para os agentes econômicos,
08:26agentes financeiros, são os Estados Unidos que estão mostrando mais fraqueza.
08:30Na hora que o Brasil, por exemplo, recebe um tarifácio, o Brasil mostrou um nível
08:35de pouca, talvez, eficiência e foi tentar negociar com os Estados Unidos.
08:39Mas os Estados Unidos não estão fazendo isso, por exemplo, com relação à China
08:42ou outros mercados, União Europeia, Índia.
08:45Eles estão agindo de maneira, em si, muito agressiva e taxando todo e qualquer
08:50serviço e produto e isso, na minha visão, mostra o enfraquecimento do poder
08:55relativo norte-americano no cenário econômico global.
08:58E eu acho que não é só a minha opinião, eu acho que isso fica claro
09:01para qualquer analista minimamente informado.
09:05O professor Neymar, segundo o Trump, tudo começa agora, neste momento,
09:09nessa retomada da escalada aí, dessa guerra comercial,
09:14com a restrição da China aos minerais raros ou às terras raras.
09:20Hoje, agora há pouco, Donald Trump recebeu lá na Casa Branca o Javier Milley,
09:25da Argentina. E um dos assuntos ali conversados entre os dois foi justamente
09:30o acesso ao pouco de mineral raro que a Argentina tem para os Estados Unidos.
09:36Trump falou o seguinte, olha, eu estou te dando uma ajuda aí de swap cambial
09:39de 20 bilhões de dólares, mas em contrapartida me ajuda.
09:43Ele já está se calçando, fazendo um plano B, porque se a China começar a dobrar a aposta,
09:50pode ficar complicado, até porque os minerais raros são muito usados,
09:53por exemplo, imãs em produtos de defesa, armamentícios, como, por exemplo,
09:58inclusive, caças. Então, Donald Trump já foi negociar ali com a Argentina.
10:04Esse é um ponto realmente sensível nessa batalha entre os dois países?
10:08Erick, muito boa informação. Nem tinha essa informação que eles estavam negociando
10:13minerais das terras raras argentinas. Isso mostra também uma perda de poder relativo,
10:19uma pressão para comprar um material que é fundamental para a indústria de defesa,
10:23indústria de alta tecnologia de defesa, principalmente para poder aéreo,
10:27que parece que é um dos pontos neurálgicos hoje das questões de segurança internacional.
10:32Então, mostra, na minha visão, mais uma vez, uma demonstração de fraqueza
10:37querer comprar a todo custo um produto de um outro país soberano e independente.
10:42Inclusive, isso dá também um problema de informação.
10:45O presidente Trump trabalha esse relacionamento bilateral com os países
10:48como se os países não fossem estados soberanos e independentes,
10:52e sim como se fossem empresas privadas, que você pode trocar informações
10:57sem perceber o respeito entre as outras nações envolvidas.
11:03Isso também é uma possibilidade para o Brasil, porque o Brasil tem um estoque
11:07de minerais de terras raras relevante, depois da China, o Brasil.
11:11Então, talvez isso até tenha entrado na negociação, na conversa que vai haver
11:15entre autoridades brasileiras e norte-americanas, que a nação está aí fácil.
11:19Mas eu acho muito estranho esse tipo de negociação, onde você garante
11:24parte do financiamento, do balanço de pagamento argentino,
11:28porque o que está acontecendo na Argentina é uma crise de balanço de pagamento.
11:30Eles estão precisando de capital, seja capital direto, eles não vão conseguir,
11:34eles estão precisando de capital direto, para poder fechar o balanço de pagamento,
11:37porque eles estão com questões graves nas contas correntes, como a gente chama.
11:41Agora, ele fazer sempre essas trocas, você me dá isso, eu te dou aquilo,
11:45eu acho que é no mínimo, no mínimo, muito alternativo para o presidente,
11:50que é a principal potência econômica do planeta.
11:53O Trump não sai perdendo nunca, né, Vinícius e o professor Niemeyer.
11:58Vinícius, quer fazer mais uma pergunta para o professor Niemeyer?
12:01Assim, o Niemeyer, no curto prazo, nem o Brasil, muito menos a Argentina,
12:06vai conseguir suprir os Estados Unidos de terras raras ou de minerais críticos,
12:11porque isso demora muito para explorar.
12:13Agora, eles têm que chegar a um acordo em breve, porque, ou então,
12:18eles podem empurrar isso com a barriga e deixar as coisas como estão,
12:20fingindo que não tem que chegar a uma decisão, como eles estão fazendo mais ou menos desde maio.
12:26Agora, no final das contas, o Trump quer realmente fazer alguma coisa com a China,
12:32quer tirar a vantagem que ele acha que a China está tirando dos Estados Unidos.
12:36No final das contas, o que pode o Trump querer da China?
12:39O que ele pode conseguir?
12:41Porque ele vai querer cantar a vitória como ele sempre quer cantar a vitória, como acabou de dizer o Eric.
12:46Ele pode conseguir, com relação a alguns produtos e principalmente serviços chineses,
12:51melhorar a relação de troca entre os dois países.
12:55Mas naquilo que interfere em produtos e bens ligados diretamente à agenda estratégica da China,
13:02de se transformar na principal potência econômica,
13:05que, mais do que isso, de ter uma influência global e, no médio prazo, na minha visão,
13:10também no campo da segurança internacional,
13:13vindo a relação hoje de China e Rússia, no campo da estratégia militar,
13:17eu acho que ele não vai conseguir tudo com aquilo que ele quer.
13:20Ele vai conseguir específicas vitórias com relação a alguns bens e produtos,
13:25sem esquecer, é bem de serviço, sem esquecer, Vinícius,
13:28que a China, credores privados, chineses, públicos, grandes empresas chinesas,
13:33o próprio Estado chinês, são credores fundamentais que garantem a vida da dívida pública norte-americana.
13:42A dívida pública norte-americana, vocês sabem bem disso,
13:44ela é financiada muito por capital chinês, privado e público.
13:48É, os chineses que têm a maior parte dos treasuries, dos títulos do governo norte-americano,
13:54e essa era uma das preocupações, ou continua sendo, né?
13:56Porque se os chineses resolverem liquidar de uma vez só,
13:59pode complicar muito, ou ainda mais, a economia norte-americana.
14:04Professor José Niemeyer, obrigado mais uma vez pela sua participação,
14:07sempre bom conversar com o senhor.
14:10Um abraço e uma ótima terça-feira.
14:13Eu que agradeço, Eric, gostei muito de conversar com o Vinícius,
14:15admirador do trabalho dele, um abraço a ele, um abraço a você e a você.
14:20Obrigado, viu?
14:21Vinícius, obrigado você também, já já a gente volta a conversar.
14:24Até mais, Eric.
14:24Então,
14:25obrigado.
14:26Obrigado.
14:27Obrigado.
14:28Obrigado.
14:28Obrigado.
14:29Gravão.
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