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No Direto Ao Ponto, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avalia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no STF, negando ter participado de qualquer reunião para a ruptura da ordem democrática.

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Transcrição
00:00Senador, eu quero começar te perguntando sobre o julgamento de Jair Messias Bolsonaro,
00:05porque durante o julgamento me veio uma dúvida que eu aproveito para tirar agora pessoalmente,
00:09no tete-a-tete com o senhor.
00:10O seu afastamento durante o governo de Jair Bolsonaro, vocês tiveram ali um afastamento nessa relação,
00:17isso se deu porque o senhor em algum momento percebeu que havia algum movimento que poderia terminar mal?
00:23Não, em absoluto. O que aconteceu ao longo do nosso governo foi que o presidente Bolsonaro me dava algumas missões,
00:35principalmente relacionadas à área internacional, me deu a missão do controle do desmatamento e queimadas na Amazônia,
00:43mas a partir dali, eu acho que do final de 2021, ele começou a pensar em outra pessoa para ser o seu candidato a vice-presidente.
00:54Mas eu em nenhum momento ao longo do governo, inclusive durante o meu depoimento como testemunha do presidente Bolsonaro no julgamento,
01:02eu vi algum tipo de articulação que levasse a uma possível ruptura da ordem democrática.
01:10O senhor então foi surpreendido quando houve um movimento da Polícia Federal com operações
01:16e também depois denúncias da Procuradoria-Geral da República que foram acatadas pelo Supremo?
01:22Bom, surpreendido a gente nunca pode deixar de dizer que é, né?
01:27Mas porque vinham vários temas dessa natureza após o término do nosso governo sendo tratados aí por meio da imprensa
01:35e principalmente a partir do momento em que houve a busca e apreensão na casa do tenente-coronel Cid,
01:43a captura de celular, computador e ali se iniciou uma phishing expedition por parte do executor do inquérito,
01:53e aí eu senti que alguma coisa poderia acontecer.
01:57Zé Maria Trindade, vai lá, tua pergunta, Zé.
01:59Pois é, senador, o senhor veio exatamente nessa linha do ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:08a sua eleição foi exatamente no mesmo discurso,
02:13e a partir de um certo momento até forças aliadas começaram a publicá-la ali contra o senhor.
02:20E há notícias que o senhor precisa de avaliar sobre a possibilidade de o senhor ter imóveis de milhões de dólares nos Estados Unidos,
02:32de que seria um agente da CIA.
02:35Fernando, como o senhor avalia essas notícias e é verdade que isso existe?
02:41Bem, Zé, eu poderia avaliar, né, num conceito que um colega meu de academia militar tinha,
02:46de tratar esses assuntos que são totalmente fora do contexto e uma mentira de um absurdo tão grande,
02:53e a gente tratar com uma olímpica indiferença.
02:56Mas eu tenho filhos e tenho netos, né, e isso é muito ruim,
02:59porque há uma campanha insidiosa contra a minha pessoa,
03:03com argumentos totalmente falaciosos,
03:06criando, né, essas inverdades de que eu teria um terreno de 20 milhões nos Estados Unidos,
03:12diz que eu sou agente da CIA, aliás, até uma dúvida,
03:15porque ora eu sou agente da CIA e ora eu sou agente da China, né,
03:18então o pessoal tem que chegar a uma conclusão para qual serviço de inteligência eu realmente estava trabalhando.
03:24Então, eu vejo isso, faz parte do jogo político, né,
03:28existem pessoas que obviamente não gostam da minha pessoa,
03:32mas a gente tem que se defender nessa hora e mostrar e provar para o restante da população,
03:40que muitas vezes reverbera esse tipo de notícia,
03:43que é um absurdo que está sendo veiculado contra alguém que a sua vida é um livro aberto
03:49e cuja honra e integridade são valores que eu jamais negociei.
03:54Vamos com a bancada aqui de São Paulo. Valentina, vai lá.
03:57Senador, eu queria aproveitar, né, o tema para voltar sobre esse período que o senhor ainda atuava como vice-presidente,
04:02lembrando ali aquele período em que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia perdido as eleições
04:07e havia ido para os Estados Unidos, né, deixando o senhor no cargo de presidente da República.
04:13O meu colega comentou aqui a respeito sobre essa surpresa em relação às ações da Polícia Federal.
04:20Uma pergunta que eu tenho, não, de um período um pouco anterior a isso,
04:24diz respeito à sua atuação naquele período ainda antes da transição, né,
04:30o período da transição, na verdade, que o senhor chegou a fazer um pronunciamento, né,
04:34naquele momento, falando sobre um certo...
04:37A gente estava ali acompanhando a questão dos acampamentos na porta dos QG do Exército,
04:42toda aquela movimentação ali em Brasília.
04:44O senhor chegou a falar sobre um silêncio, né,
04:46ou uma ausência de protagonismo de determinadas instituições naquele momento.
04:52A gente sabe que, né, pouco tempo depois, teve a situação ali do 8 de janeiro.
04:58Queria perguntar para o senhor a quem que o senhor se referia naquele momento, né,
05:02e se você, se o senhor entende que houve uma falta de ação que já vinha daquele momento
05:09e que desencadeou nesse período ali, que depois foi chamado de uma trama golpista,
05:13se o senhor já percebia uma movimentação nesse sentido.
05:16Bom, Valentina, o que eu via naquele momento, né,
05:21foram aquelas manifestações que ocorreram não só aqui no Quartel General do Exército em Brasília,
05:26mas na frente de outros quartéis do Exército Brasileiro, né,
05:31em São Paulo, no Rio Grande do Sul, né, no Rio de Janeiro,
05:36e que eu julgava que eram inapropriadas, né,
05:38não era o local de fazer manifestação.
05:40Porque aí eu vou abrir um parênteses e dizer que se julgava-se que a eleição, né,
05:47tivera algum tipo de fraude, que era a acusação que havia naquele momento,
05:52o protesto tinha que ter sido lá atrás, lá atrás.
05:55E o que eu digo lá atrás?
05:56Quando a Suprema Corte, numa interpretação canhestra,
06:01tira o atual presidente da República da cadeia,
06:05dá uma lavada nele e o coloca de volta ao jogo,
06:08usando o argumento de que ele não podia ter sido julgado em Curitiba,
06:11a inicial dele tinha que ter sido aqui em Brasília.
06:14Então, lá atrás é que teriam que ter sido feitos esses protestos.
06:17E não agora, agora que eu cito naquele momento,
06:20no final de um processo eleitoral,
06:22onde nós disputamos com toda a vontade possível,
06:26fomos prejudicados em vários momentos pelo árbitro,
06:29que proibiu o presidente Bolsonaro de usar determinados fatos
06:33contra o seu principal oponente.
06:35Então, eu julgava que aquelas manifestações não estavam corretas
06:39e que nós, e principalmente nós que tínhamos o dever de liderar,
06:45deveríamos fazer com que aquelas pessoas retornassem às suas casas
06:48e entendessem que nós havíamos perdido a eleição,
06:51mas tínhamos condições de voltar no futuro.
06:54Queria só complementar minha pergunta, senador,
06:56para perguntar justamente sobre essa resposta do senhor.
06:59O senhor percebe que houve algum tipo de inação institucional naquele momento?
07:03Faltou alguma atuação para possibilitar que essas pessoas retornassem para as próprias casas?
07:08E aqui eu quero perguntar se houve essa inação,
07:12de qual, o que faltou de ação e qual instituição que deixou de atuar
07:17para que essas pessoas tivessem retornado para as suas casas naquele momento ali,
07:21antes da transição do governo?
07:22Olha, seria levando da minha parte acusar A, B ou C, viu, Valentino?
07:29O que eu vejo é que houve timidez das lideranças, inclusive eu mesmo, né?
07:33Eu era vice-presidente da República e poderia, desde o começo,
07:37ter me pronunciado a respeito daquilo, vendo que aquilo não ia levar a nada, né?
07:42Nós já tínhamos perdido a eleição.
07:44Então, foi um processo.
07:45Como todo processo e todo erro, ele vai numa sucessão, né?
07:50Acontece um errinho pequeno, outro a seguir e no final das contas se transforma num grande erro.
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