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O Doutor Inovação, Pedro Batista, contou como a China está se tornando referência em saúde digital, biotecnologia e IA, e como o Brasil pode aproveitar essa parceria tecnológica. E comenta sobre oportunidades e investimentos bilaterais.

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Transcrição
00:00Durante décadas, a China foi vista como a fábrica do mundo, uma imagem associada à produção em larga escala e muitas vezes de produtos de baixo custo, qualidade questionável.
00:11Só que essa percepção está mudando, especialmente no setor da saúde.
00:16O país asiático tem investido massivamente em pesquisa e desenvolvimento, transformando-se num polo de inovação em áreas como saúde digital, inteligência artificial, biotecnologia e equipamentos médicos de ponta.
00:29Quem esteve recentemente na China e vai contar tudo para a gente o que está rolando por lá nessa área é Pedro Batista, médico e sócio da Horus AI.
00:37Tudo bem, doutor Pedro? Bem-vindo mais uma vez.
00:40Doutor em inovação na área.
00:42Bom, doutor Pedro, conta para a gente. Eu fiquei acompanhando essa viagem ali pelos esforços.
00:46Essa viagem foi no mínimo fantástica. Mais de 20 executivos das principais health techs brasileiras presentes.
00:53E vou te falar que a China surpreendeu a todos, não só com o nível de desenvolvimento, mas também com as possibilidades para o mercado brasileiro.
01:03E dentro disso é interessante a gente começar a pontuar.
01:06O brasileiro ocidental, ele tem pouco conhecimento em relação à história da China, ao que aconteceu com a China nos últimos séculos.
01:13A China, ela sempre foi uma das maiores economias do mundo, até pelo tamanho da sua população.
01:17E nos últimos 30, 40 anos, a China, ela fez uma das maiores mudanças da história da economia mundial,
01:25que foi justamente tirar a sua população que ultrapassou 95% da faixa da pobreza e hoje é menos de 1,2%.
01:33E junto com isso, a gente também trouxe uma série de desenvolvimentos que o governo chinês foi aprimorando
01:40e fazendo sempre baseado em programas quinquenais ou então a cada 10 anos.
01:46Hoje, a gente começa a, como sendo o terceiro maior parceiro comercial da China.
01:54E claro, a China sendo o nosso primeiro grande parceiro comercial,
01:59tem aí uma série de possibilidades que o mercado de saúde vai colocar no colo do Brasil,
02:05principalmente por essa nova taxação que chega aos Estados Unidos.
02:09E isso pode virar totalmente o foco para o Brasil e o Brasil passar a ser o segundo maior parceiro comercial da China logo após a Rússia.
02:19Então, muita possibilidade.
02:20A gente fala muito aqui do agro, de como que o Brasil pode se beneficiar dessa,
02:26da temperatura elevada ali, das tensões entre Estados Unidos e China, né?
02:29Então, na saúde também tem esse potencial muito forte, né?
02:33E tem esse potencial porque o Brasil, ele justamente está passando a ser um dos melhores países para interações com a China.
02:41Não só pelo alinhamento prévio, mas também pelos interesses que vêm nas indústrias brasileiras,
02:47não só de materiais e principalmente equipamentos, mas também na indústria farmacêutica.
02:54A indústria farmacêutica brasileira hoje, ela com certeza é uma das principais dependentes dos insumos provenientes da China.
03:01E aí daqui a pouco a gente vai falar um pouco como essas relações bilaterais trazem benefício para a gente.
03:06E aí, uma vez que a gente começa a ter 62,5% dos hospitais brasileiros utilizando o IA,
03:13e as grandes notícias sobre hospitais que vêm da China é que já existe toda uma automatização,
03:19o que a gente viu lá é perfeitamente isso.
03:22Segurança, controle dos processos e principalmente um foco total no fluxo que os pacientes passam por dentro das unidades de atendimento
03:32e, óbvio, na agilidade que isso precisa trazer para cada um de nós que vai ser atendido.
03:37Então, nessa primeira tela, esse número aqui já é um dado atual?
03:41Esse é um dado atual, publicado esse ano sobre o Brasil, com o nível de utilização.
03:46E essa utilização, ela passa por vários padrões que a gente consegue incorporar.
03:50No próximo slide, a gente passa a ver que existe sim vários setores onde a gente pode utilizar,
03:57desde a gestão hospitalar, aqui a gente vai ter muito ganho, Nath.
04:00Deixa eu te perguntar só uma coisa que eu fiquei em dúvida da data anterior, nem precisa voltar,
04:04mas eu vi ali Health China 2030, o que é isso?
04:07Fantástico.
04:09Health China 2030 foi justamente o plano que o governo chinês colocou,
04:13que começou em 2010, focando em 2030, para que toda a estrutura de saúde,
04:21desde os equipamentos até os modelos assistenciais, até a informação que chegava para o tratamento da população,
04:28fosse extremamente efetivo.
04:30Ou seja, a China até 2030, ela vai ter um dos serviços de saúde mais tecnológicos de todo o mundo.
04:38Só que o mais legal é que países como o Brasil, que tem essa proximidade, vão aproveitar disso,
04:44porque a China, ela precisa exportar isso para configurar essas tecnologias em todo o mundo.
04:49E ela está convidando os principais parceiros comerciais para estarem junto a ela,
04:54e dessa maneira a gente poder desenvolver a tecnologia junto.
04:57Esse tipo de equipamento que está sendo mostrado aqui, por exemplo,
05:00são equipamentos que tem nos hospitais, onde você, com o seu celular,
05:04você aproxima e você começa a fazer o seu atendimento a partir daí,
05:08sem precisar de contato com mais nada.
05:11O paciente, ele coloca qual é a dificuldade dele, ele coloca qual é o exame que ele quer fazer,
05:16e ele já é direcionado automaticamente para vários locais dentro do hospital,
05:20simplesmente pela tecnologia que já está aprimorada.
05:24Então, isso vem para o Brasil, não somente como uma situação tipo,
05:29ah, vamos importar tecnologia chinesa. Não, não, não.
05:32O interesse hoje é que indústrias brasileiras, empresas brasileiras,
05:37agreguem essa evolução tecnológica, agreguem esses padrões de novas tecnologias
05:43para que a gente possa colocar isso no dia a dia e ser produzido aqui.
05:48Pedro, mas por que eles mandariam para cá para ser produzido,
05:51se a mão de obra na China...
05:53É melhor exportar, não é?
05:54Exato, a mão de obra na China é tão vasta.
05:56Por que é que as indústrias automobilísticas chinesas hoje estão montando as fábricas no Brasil?
06:03Justamente porque os bons parceiros comerciais, os mais próximos,
06:07também serão beneficiados por essa capacidade chinesa de bom desenvolvimento,
06:13alta tecnologia e, principalmente, capacidade de investimento do governo chinês
06:17e das empresas chinesas em parceiros.
06:20Então, hoje o capital acumulado na China, ele é muito grande,
06:23e essa possibilidade de investimento em novos parceiros vai acontecer cada vez mais
06:27nos próximos anos até chegar em 2030.
06:29Boa.
06:30E aí podemos voltar para aquela arte que você já ia trazer.
06:33Exato.
06:33Justamente para a gente entender o uso dessas tecnologias,
06:37principalmente em gestão hospitalar, ou seja, tudo o que existe de fluxos,
06:41tudo o que existe de demandas que são do dia a dia dentro de uma estrutura de gestão,
06:46ela vai ser muito otimizada porque fica totalmente automatizada.
06:49Então, imagina que você está com um familiar internado e esse familiar precisa de uma alta hospitalar.
06:56Toda alta hospitalar, após o médico passar, ela é feita de maneira tecnológica,
07:01ela é feita de maneira totalmente informada.
07:03A sua prescrição, as receitas, as orientações, elas chegam já de forma ultra segura
07:09para que você possa seguir tudo o que o médico colocou para você.
07:12Além disso, quando a gente está falando de diagnóstico e tratamento,
07:15BDI é uma das principais empresas chinesas que hoje tem a análise de DNA
07:21como a sua fonte básica de venda de produtos no mundo todo.
07:26Essa empresa, ela se tornou a maior empresa de análise de DNA do mundo,
07:31à frente até da Illumina, uma empresa americana,
07:33que produz hoje o equipamento que faz essa análise de DNA.
07:36E os chineses não só passaram a ser os maiores em detenção de banco de DNA,
07:42mas também no desenvolvimento de novas tecnologias, medicamentos e padrões de análise com esse banco de DNA.
07:50Nossa, estou imaginando o valor, o tanto de informação importante que tem num banco de DNA.
07:54E aí vem uma situação interessante, por que os chineses conseguiram fazer todo esse desenvolvimento tão rápido?
07:59Vou repetir, o dado hoje de saúde, o dado hoje relacionado a tudo que é produzido dentro da China,
08:07é de posse do governo chinês.
08:09E isso acelera demais a capacidade produtiva,
08:13e isso acelera demais o desenvolvimento de novas tecnologias.
08:16E aí, se a gente tem tanta tecnologia desenvolvida, a medicina fica ultra personalizada.
08:21Se eu tenho o DNA muito bem avaliado, eu tenho medicações que são indicadas para determinado paciente,
08:30porque toda a carga genética dele está analisada e com uma possibilidade terapêutica muito mais efetiva
08:35do que a gente não está acostumado hoje em dia.
08:38Doutor Pedro, eles têm, então, esse banco absurdo, né?
08:42Mas da população chinesa, eu imagino que uma população mais ocidental...
08:47Tem outras características, né? Como a população do Brasil, isso tem muito valor também.
08:50Olha que interessante. O Brasil, ele tem a sua legislação própria a respeito de dados.
08:56Porém, a legislação chinesa, ela coloca que toda empresa chinesa precisa fornecer os dados para o governo chinês.
09:04Aí fica uma antítese entre o que a gente tem de legislação nacional e a legislação que eles têm lá fora.
09:11Isso fica resumido a uma parte que chama-se anonimização.
09:14E a própria Lei Geral de Proteção de Dados, ela já coloca a anonimização dos dados
09:18como premissa básica para o bom tratamento em relação a dados de pacientes ou, então, de outros civis.
09:27Dito isso, provavelmente essas parcerias que o governo brasileiro, principalmente as empresas brasileiras,
09:34passam a firmar com as empresas chinesas, elas vão chegar nesse limite que, sim,
09:39os dados vão estar protegidos para garantir a anonimização da nossa identidade,
09:45mas nem por isso vão deixar de ser compartilhados para o desenvolvimento tecnológico
09:50de uma maneira que nenhum paciente seja exposto.
09:52Respeitando a LGPD.
09:53Exatamente.
09:55E, bom, já tem acordos bilaterais entre Brasil e China, né, nessa área de inteligência artificial e de saúde.
10:02Onde precisa de mais acordos para que a gente tenha uma presença cada vez maior delas aqui?
10:07Em maio de 2025, então, agora, recente, a gente teve esse grande acordo da indústria farma fechado.
10:14Grandes farmacêuticas brasileiras já estão se beneficiando desse acordo.
10:18Todos os insumos, o que a gente chama de IFAs dentro do mercado farmacêutico,
10:24eles passam a ter uma ampliação muito grande.
10:26E aí, na minha opinião, o que é mais importante é que as novas IFAs desenvolvidas pelas fábricas chinesas
10:33com medicações sem patente ainda fora do país e agora podendo vir para indústrias brasileiras
10:41dispersarem isso no mercado brasileiro e no mercado mundial, pode gerar um novo modelo de negócio.
10:48Ou seja, patentes de alta tecnologia que podem ser produzidas pelo mercado brasileiro
10:54com a anuência das fábricas chinesas sendo disseminadas no Ocidente pelo Brasil.
11:00É muita oportunidade que está surgindo e a gente tem que ficar muito atento.
11:05Não à toa, as idas e vindas de empresários brasileiros para a China aumentou mais de 40% só esse ano.
11:13Isso, 40% esse ano, empresários de todas as áreas.
11:16De todas as áreas.
11:17Muitos da saúde.
11:18Antigamente, a gente tinha um controle maior porque o Brasil precisava ter o passaporte validado pelo governo chinês para a entrada.
11:27Desde 2025, qualquer brasileiro que quiser ir à China já pode ir sem precisar de visto ou qualquer autorização.
11:35Legal.
11:36E a gente está falando de que montante de investimentos e, Pedro, você que voltou recentemente dessa viagem,
11:42voltou com a sensação de ter avançado assim no futuro.
11:45Quantos anos eles estão à frente da gente?
11:47Esse ponto é muito interessante, Nath.
11:50Primeiro que assim, andar na rua das cidades chinesas é uma experiência à parte porque não tem barulho.
11:56Os carros hoje são mais de 70% elétricos.
12:00Então, você já sente essa evolução, esse futurismo no caminhar na rua.
12:04De poluição sonora, do ar e tudo, né?
12:07Pequim é uma outra cidade do que era 10 anos atrás.
12:10Então, a gente escutava a poluição chinesa, todo mundo andando de máscara por causa da poluição.
12:14Isso também foi abolido.
12:16A qualidade do ar, a qualidade de vida melhorou demais.
12:21E aí, óbvio, quando a gente está falando da capacidade de investimento que tudo isso traz para o Brasil,
12:27o cálculo é da ordem de 30 bilhões de dólares até 2030.
12:33Um prazo curto, né?
12:34Um prazo muito curto.
12:36E só o que a gente viu de investimento justamente das montadoras chinesas já é um pequeno exemplo do que vai acontecer na saúde também.
12:44Então, se você que é um empresário da saúde, se você que trabalha no mercado de saúde,
12:50começa a ficar mais ligado porque tem grupos de brasileiros, executivos brasileiros,
12:54que já deu esse primeiro passo e vai ocorrer tudo muito rápido.
12:58E óbvio, quanto mais a gente conseguir trazer para a nossa população, com segurança, com firmeza,
13:03com certeza quem tem a ganhar é o nosso país.
13:05Exatamente.
13:06Ficar ligado, então, para não ficar para trás e para aproveitar essas oportunidades,
13:09para estar preparado para lidar com tudo isso quando chegar, né?
13:12É isso aí.
13:12Doutor Pedro, obrigada, viu?
13:14Obrigado, Nath.
13:14Prazer em mim estar aqui com vocês.
13:16Valeu.
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