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A neurocientista Elisa Kozasa conversou com Marcio Atalla no #VivaBem desta semana para falar sobre saúde emocional. O papo rendeu bastante e a especialista comentou como pequenas pausas de três minutos podem mudar o humor de alguém.

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Transcrição
00:00E para ensinar um pouco mais como lidar melhor com esse turbilhão de sentimentos,
00:10eu tenho o prazer de receber a mestre e doutora em Neurociência, Elisa Coçasa.
00:16Obrigado, Elisa, pela sua presença.
00:18Eu que agradeço muito o seu convite e é uma oportunidade de a gente falar de alguma coisa
00:24que afeta todos os dias das pessoas, as emoções.
00:28E esse livro justamente tem esse papel de ajudar as pessoas a lidar melhor com as emoções.
00:36Então é Emoções como Lidar, da editora Manoli, e esse exemplar é seu.
00:40Obrigado, adorei.
00:42Fica a dica e agora a gente vai começar esse papo, porque eu tenho muita dúvida sobre esse assunto.
00:49Como lidar com as emoções.
00:51Eu tendo a acreditar que cada um de nós tem um tipo de marca registrada, vamos dizer assim,
01:02na maneira como a gente lida com isso.
01:05Umas pessoas mais explosivas, outras pessoas menos explosivas,
01:08umas pessoas que deixam se abater mais, outras que são mais otimistas.
01:12E a pergunta é, é possível mudar ou regular a maneira como a gente lida com os acontecimentos?
01:21Olha, Márcio, em primeiro lugar, eu adorei que você usou o termo regular as emoções.
01:26Porque quando a gente tem aquela ideia de controlar, ou seja, fazer uma coisa assim coerciva,
01:32nos obrigarmos a agir de uma determinada maneira, isso não vai funcionar,
01:36ou não vai funcionar por muito tempo, ou ainda pode te adoecer.
01:39Existem alguns estudos, por exemplo, do Bross, que é um grande pensador na área de emoções
01:47e da fisiologia das emoções.
01:49Ele tem um experimento clássico em que ele passa uma série de vídeos de situações desagradáveis e tal.
01:57E aí um grupo de pessoas, ele pede para tentar suprimir as emoções.
02:01E o outro grupo para tentar lidar do tipo assim, ah, é um vídeo, talvez não seja algo assim tão real.
02:08Assim, a pessoa tentar manejar de alguma maneira.
02:11Aquelas pessoas que tentavam suprimir, elas não só aumentavam a frequência cardíaca,
02:16mas aumentavam também a pressão arterial, além de toda a tensão no corpo.
02:21Quer dizer, você está fazendo mal para você quando você simplesmente tenta suprimir uma emoção.
02:27Então, o que seria ideal?
02:29O ideal seria a gente justamente se treinar para conseguir manejar melhor essas emoções
02:37a partir da forma como nós somos.
02:41É claro que existem traços de personalidade, como você mesmo comentou,
02:45mas a gente pode aprender a manejar melhor as emoções, seja qual for este traço.
02:52Então, se eu conseguir conhecer um pouco mais o meu mundo emocional,
02:57saber, por exemplo, qual é a minha base de dados emocional, né?
03:01Então, o que eu chamo de base de dados emocional?
03:04Eu estou chamando de todo o meu histórico emocional.
03:08Como é que eu lido com determinadas situações?
03:11Eu tendo a explodir, por exemplo, ou eu tendo simplesmente a me calar e entristecer?
03:16Eu preciso conhecer quais são esses padrões que estão nessa base de dados emocional?
03:21Porque isso vai me ajudar a perceber quando a emoção está surgindo e falar,
03:28peraí, não, como é que eu posso responder melhor nesse momento?
03:33Então, assim, é um processo que acontece enquanto a emoção surge.
03:39Ela surge, eu percebo que ela surge, eu olho para a situação
03:42e eu tenho uma oportunidade de escolher como responder emocionalmente.
03:47É claro que isso exige treinamento, como você mesmo tinha usado o termo, o treinamento.
03:52A gente faz treinamento físico e acha isso muito natural,
03:56mas nos treinarmos emocionalmente, o processo de autoconhecimento,
04:00tudo isso vai nos ajudar a lidar melhor com as emoções.
04:04Você falou em autoconhecimento e eu quero pegar daí.
04:06É fundamental você ter esse autoconhecimento, reconhecer que algum tipo de atitude
04:14está te desagradando e, eventualmente, desagradando os outros.
04:18Então, o primeiro passo, ele parte desse reconhecimento de uma reação
04:25que talvez não esteja fazendo bem para você e nem para os outros.
04:28E, a partir do reconhecimento, você passar por um processo de autoconhecimento
04:34para, por exemplo, a pessoa é colérica, é nervosa, reage rápido.
04:40Mas, na hora que ela vai fazer ali o padrão dela de autoconhecimento,
04:45ela percebe que ela é assim em determinadas situações, não são em todas.
04:51E aí vem esse processo de autoconhecimento.
04:56Esse é o primeiro passo?
04:57Sim, e eu posso dizer que esse processo de autoconhecimento,
05:01ele, inclusive, é mais amplo.
05:03É um processo que ocorre durante a vida.
05:07E que não apenas treinamentos podem te ajudar,
05:10mas você fazer uma psicoterapia, uma análise.
05:15Então, é um processo constante.
05:18O que eu acho muito interessante sobre a nossa vida emocional
05:23é que os desafios nunca são idênticos.
05:26Mas a gente pode reconhecer padrões e, a partir do reconhecimento desses padrões,
05:31as nossas respostas, nós podemos aprender a modular como vamos responder.
05:37Pode dar aquela vontade de gritar com alguém que você percebe que está te ofendendo.
05:43Mas, naquele momento, você falou assim, nossa, mas será que isso é o melhor mesmo?
05:48Talvez seja melhor eu dizer agora, olha, eu acho que eu não estou me sentindo bem nessa situação agora.
05:55Eu prefiro sair um pouco, esfriar a cabeça, daqui a pouco a gente volta a conversar.
06:00Vamos lá.
06:00Eu entendo isso.
06:03E aí eu penso assim, a pessoa tem um padrão, né?
06:07Então, vamos supor, ela sempre explode ou, enfim, tem ali algum tipo de padrão.
06:11É errado eu afirmar que, por mais negativo que seja esse padrão que essa pessoa tenha,
06:18alguma recompensa ela deve ter?
06:21Porque, se ela repete por tanto tempo, alguma coisa faz ela voltar para esse ciclo.
06:30Sim.
06:31Como reconhecer isso?
06:32É, dá uma sensação, talvez, de vitória na hora que você grita e o outro se cala, né?
06:39Mas, se você começar a perceber o prejuízo que você está causando a você mesmo e ao seu redor, né?
06:47Porque o prejuízo é seu também.
06:49Certamente, você não é uma pessoa que deve conseguir formar bons vínculos se você vive explodindo e assim por diante.
06:57E é importante também notar, e é uma das coisas que a gente...
07:00Eu tenho um capítulo só sobre isso no livro, escrito pelo psiquiatra Cândido Moreira,
07:05é quando o desequilíbrio emocional se torna transtorno mental.
07:11Então, a gente também precisa perceber se aquela pessoa que explode com frequência,
07:16ela não precisa de um cuidado maior, né?
07:20Talvez não só de um psicólogo, mas também tomar medicação, né?
07:25Psiquiátrica.
07:25E isso é uma coisa que, felizmente, nós podemos falar cada vez mais, inclusive nos ambientes de trabalho, né?
07:34Porque o estigma da doença mental, em especial nesse setembro amarelo,
07:40ele vem sendo quebrado aos poucos.
07:44Então, hoje em dia, as pessoas se sentem mais à vontade para falar sobre transtornos mentais,
07:50saúde mental, bem-estar, nos seus ambientes de trabalho, com os amigos e assim por diante.
07:58É, como você falou, só a consciência, ela não vai ser suficiente para mudar um comportamento.
08:03Você precisa fazer esse treinamento e ajuda profissional, ela é muito importante.
08:07Inclusive, uma das coisas que eu acho muito importante das pessoas pensarem sobre a necessidade,
08:12realmente, de um cuidado profissional, é o prejuízo que esse comportamento está causando na sua vida diária.
08:19Isso tem prejudicado o meu desempenho no trabalho?
08:24Os meus relacionamentos em casa, familiares, meu sono, né?
08:29Meu apetite, inclusive.
08:30Muitas vezes, a pessoa, depois de um rompante desses, ela não consegue nem comer ou vai comer demais, né?
08:37Então, se há um prejuízo nas suas atividades diárias, na forma de você ser no seu dia a dia,
08:44é hora de você realmente se questionar se vale a pena ir para um psicólogo, psiquiatra,
08:51um profissional de saúde mental.
08:52E cada vez mais, isso é visto com naturalidade.
08:57Eu acho que isso é muito importante.
08:58Elisa, a atividade física, ela consegue modular tudo isso.
09:02As pausas também.
09:04Eu ainda junto minha pausa com brincar com os meus cachorros.
09:08Qual a importância, não só da atividade física, mas também desses momentos de relaxamento e até dos pets?
09:16Sim.
09:17A gente pode começar falando da atividade física.
09:20Eu, hoje em dia, eu percebo que a atividade física, ela é indicada, pelo menos para os principais,
09:29os transtornos mentais não exervalentes, como ansiedade e depressão.
09:32Faz parte do tratamento a pessoa fazer atividade física com regularidade.
09:38Assim como a medicação, a atividade física faz parte do tratamento.
09:42Exatamente.
09:43Então, entenda que a atividade física, ela tem todos os benefícios físicos, mas também mentais e emocionais.
09:52É claro que se você estiver fazendo atividade física, você vai ser menos propenso a explodir,
09:59porque você está lá com as suas endorfinas, você está mais relaxado.
10:05E a percepção de relaxamento vai fazer com que a gente tenha uma outra qualidade de resposta emocional.
10:13Um outro aspecto são as pausas.
10:17E a gente percebe que...
10:18Eu tenho feito alguns estudos sobre o papel de pausas mais breves do que meditações longas.
10:24As meditações, sem dúvida nenhuma, mais longas, ajudam.
10:28Mas se você conseguir instituir no seu dia a dia pequenas pausas, do tipo, eu paro, respiro um pouco, percebo como eu me sinto.
10:39A gente sabe...
10:40Eu tenho alguns estudos que a gente já aplicou um protocolo de 3 minutos e 20 segundos de pausa.
10:46E isso muda o estado emocional.
10:49A gente aplicou já em mais de um estudo esse protocolo.
10:53E a gente percebe que isso é o suficiente para a pessoa se acalmar.
10:56Ou, pelo menos, para ela se perceber.
11:01Se ela não estiver calma, pelo menos ela vai perceber que não está.
11:05E isso muda a possibilidade dela responder emocionalmente.
11:10Vamos lá.
11:12Dois aspectos aqui.
11:14Acho que inconscientemente, eu fazia isso desde pequeno.
11:18Minha mãe falava...
11:19Ué, você estuda 20, 25 minutos e para 10 minutos, 5, e aí volta a estudar.
11:24Isso não pode fazer bem.
11:25E para mim fazia muito bem, né?
11:28E a outra coisa que eu quero trazer para os dias de hoje é...
11:32Você falou em fazer pequena pausa.
11:34A pessoa vai fazer uma pequena pausa, ela pega o celular para ver o Instagram.
11:38Ela está conectada o dia inteiro.
11:40Ela está recebendo informação o dia inteiro.
11:42Qual a importância dessa pausa?
11:44Ser pausa mesmo.
11:45E não ser uma pausa de pegar e consumir algum outro tipo de informação.
11:48A diferença está no nível de estimulação que você tem, né?
11:53Quando você está numa tela, você está sendo estimulado, então você não está descansando.
11:59Você pode até estar se distraindo, o que também tem o seu benefício, tá?
12:03Eu não sou daquelas pessoas que vão execrar as mídias sociais, né?
12:08Porque muitas vezes uma pequena distração durante o dia também é interessante.
12:14Benéfica, né?
12:14É benéfica.
12:16Em especial, dependendo do algoritmo que você cria para o seu Instagram ou para outras mídias sociais, né?
12:23Se você vai sempre atrás de notícias, vamos dizer assim, sobre catástrofes, polarização, conflitos,
12:31é claro que na hora que você abrir ali, você vai se sentir mal.
12:34Mas se o seu algoritmo está voltado para o bem-estar, você vai ter uma distração positiva.
12:41Então, eu acho que isso é um outro aspecto bastante importante.
12:43Eu tinha um professor na faculdade que falava um dia, Valdir Barbante, preciso trazer esse cara aqui,
12:48e sempre cito ele, ele falava, um dia vocês vão entender que uma coisa é você não contrair o músculo,
12:54outra coisa é você relaxar.
12:56É muito diferente.
12:57E na época a gente não entendia e hoje a gente entende perfeitamente.
13:02E tem uma questão que até a Joana trouxe ali no Saia do Sofá,
13:07que é a questão dos cães ou de algum tipo de pet.
13:13E aí eu vou trazer para a felicidade, né?
13:15Uma vez um médico chinês virou para mim e falou assim,
13:18a primeira coisa, se você quer viver melhor,
13:22é você tentar entender a diferença entre felicidade e prazer.
13:26Então escreva as coisas que te dão felicidade, escreva as coisas que te dão prazer.
13:31E me traz daqui a uma semana.
13:33Eu levei para ele, realmente a lista de felicidade era bem pequenininha,
13:37de prazer era bem maior,
13:39e a de felicidade eram coisas que não custavam praticamente nada.
13:42que era ficar com os meus cachorros, estar com a minha família,
13:45jantar com os meus amigos sexto e sábado, né?
13:47Você tinha essas coisas que tinham muito mais a ver com relação
13:50ou com coisas, como ficar com meus cachorros.
13:55Qual o benefício para a saúde emocional
13:58de você, por exemplo, ter um pet, ter um cachorro
14:02e ter um momento dedicado com ele?
14:03Olha, eu acho que posso falar bastante do assunto,
14:07porque além de ter adotado quatro cachorros
14:10que estão lá comigo no meu dia a dia,
14:13eles dormem comigo, inclusive, tudo, é uma bagunça.
14:17Eu também tenho ajudado uma ONG de resgate, etc.
14:23Eu acho que tem um aspecto, primeiro,
14:26da troca de amor incondicional.
14:31Muito.
14:32E nós ficamos mais felizes
14:38quando nós podemos fazer algo para alguém
14:41do que quando recebemos alguma coisa e usamos para nós.
14:46Tem alguns experimentos que mostram isso, inclusive.
14:49Então, essa questão de você se sentir útil com um propósito
14:54são uma das bases para a felicidade, para uma boa vida.
14:57Eu estou começando justamente a ler um livro sobre a boa vida
15:02e de um pesquisador da Universidade de Chicago.
15:06E ele fala justamente a questão da felicidade,
15:10a busca da felicidade,
15:12que envolve os relacionamentos,
15:15e isso já é muito bem estabelecido.
15:18Busca de propósito ou propósitos,
15:21porque, à medida que nós vamos amadurecendo,
15:24também esses propósitos vão mudando.
15:28E ter uma vida psicologicamente interessante.
15:33Olha que legal.
15:34Geralmente se fala de uma boa vida relacionada à busca de felicidade
15:38e à busca de um propósito.
15:42Mas ter uma vida interessante é outro fator que nos pode fazer
15:49ter um pulo do gato nessa questão da boa vida.
15:54Você sabe que eu gosto muito, você citou aí, ser útil.
16:01Quando você se sente útil, aquilo te faz muito bem.
16:05Melhor do que quem você está ajudando.
16:08Pode ter certeza, eu concordo.
16:09Agora, o que eu percebo nos dias atuais?
16:13Eu não quero nem dizer que o passado era melhor que o presente, nada disso.
16:18Mas eu percebo que, atualmente,
16:20existe muita pressa em se conquistar absolutamente tudo.
16:25Talvez porque a gente está num meio ambiente
16:29onde as respostas são praticamente imediatas.
16:32Agora, na era da inteligência artificial,
16:34então, qualquer dúvida, no seu bolso,
16:37você tem a resposta com muita exatidão.
16:39Só que a vida, ela não tem essa mesma velocidade.
16:45É um processo ali de promoção de um trabalho,
16:49uma relação pessoal que você vai construindo,
16:51tudo isso leva um tempo, leva frustração,
16:55leva muitas vezes a você ir repetindo e ter um processo mais longo.
16:59Mas como muitos estímulos no nosso meio ambiente têm uma resposta imediata,
17:04talvez as pessoas transfiram e acabam ficando muito mais ansiosas,
17:12muito mais deprimidas e não atinjam aquilo que elas chamam de felicidade.
17:19Existe esse ciclo?
17:20Existe essa dificuldade hoje por conta de um meio ambiente que estimula tudo a recompensa muito rápida?
17:27Sim, e eu gostaria de lembrar o quão importante é uma atividade esportiva
17:33para te ajudar a perceber que nada é imediato nesse campo.
17:40Um progresso mais permanente só é conquistado com o dia a dia.
17:46Eu tive algumas experiências na minha vida, desde a arte marcial.
17:51Então, eu comecei a treinar Aikido quando eu tinha 12 anos de idade.
17:55E fui bem até os meus 45 anos.
17:59Cheguei ao quinto grau, faixa preta, em Aikido, enfim.
18:03E eu acho que isso foi uma grande lição para a minha vida,
18:07de que as coisas realmente importantes, elas levam tempo.
18:12e que esse tempo pode ser acompanhado de prazer.
18:21Então, cada pequeno passo é uma pequena vitória
18:26que vai fazendo com que você perceba que está tendo um florescimento, um crescimento.
18:33Então, eu certamente recomendaria, principalmente para os pais que estão vendo
18:39que os seus filhos estão muito frustrados,
18:42principalmente quando é dito um não,
18:47talvez seja a hora de fazer com que eles comecem uma atividade esportiva.
18:52Seja lá qual for, pode ser um futebol, inclusive.
18:55Você vai aprender a chutar bola, a fazer uma embaixadinha,
19:00a entender as regras, a respeitar.
19:03Trabalhar em grupo.
19:04Trabalhar em grupo.
19:06Eu acho que isso tudo é muito importante.
19:09Você sabe que quando eu falo da atividade física, do esporte,
19:13na vida, principalmente do adolescente, mas serve para todo mundo,
19:17uma coisa que eu vejo de bonito, sabe o que é?
19:21É a derrota.
19:23A derrota é maravilhosa.
19:25Eu não gosto de perder, mas aquilo te ensina muito.
19:29Então, você vai, sei lá, você tem um jogo e você perde.
19:32Não adianta você chorar, você querer mudar, aquilo não volta.
19:37Mas a beleza é saber que daqui uma semana, duas, sei lá quando, vai ter outra.
19:43E que para isso você vai ter que olhar, tentar acordar ali todo dia e fazer um pouquinho,
19:50tentar tirar o seu melhor, porque aí o resultado pode ser diferente.
19:53Então, é uma lição de humildade, de aceitação, que eu acho que quem faz atividade física
19:58consegue perceber isso melhor na vida, eu estou enganado ou eu sou um maluco?
20:05Se você é maluco, eu também sou.
20:08Eu acredito perfeitamente nisso.
20:10E eu acho que as novas experiências que a gente se permite ter
20:17fazem com que a gente sempre se sinta aprendendo, crescendo
20:25e se tornando o ser humano melhor.
20:29Eu parei por uma questão até de coluna e tal, tem muita queda, né?
20:33Arte marcial.
20:34Comecei a surfar.
20:37E tem sido uma descoberta incrível, né?
20:40Eu comecei a surfar já adulto, eu com 30 e poucos anos, agora eu estou com 56.
20:45Eu só parei um pouco agora que eu operei o pé, mas é uma experiência incrível
20:51você perceber que mesmo nessa idade você pode aprender e pode ter uma sensação
20:58de estar completamente mergulhado naquele momento, né?
21:01Eu acho que isso é uma das coisas também que o esporte nos traz.
21:06Você fala tanto em mindfulness e estar no momento presente, mas não tem outra maneira
21:12de você estar se não for no momento presente quando você está numa atividade esportiva.
21:16É, isso que você falou é muito verdade.
21:20A gente fala muito de saúde física, saúde mental, mindfulness e eu costumo falar, quando
21:25você está numa piscina, no seu caso numa prancha surfando, eu numa quadra de tênis
21:31ali, você está lá, você não está com o seu celular, você não está falando com
21:35ninguém, você está ali.
21:37Não é possível que isso não traga um benefício para a sua cabeça.
21:41Sim.
21:42Sim.
21:42Sim.
21:43Sim.
21:43Sim.
21:44Sim.
21:45Sim.
21:46Sim.
21:47Sim.
21:48Sim.
21:49Sim.
21:50Sim.
21:51Sim.
21:52Sim.
21:53Sim.
21:54Sim.
21:55Sim.
21:56Sim.
21:57Sim.
21:58Sim.
21:59Sim.
22:00Sim.
22:01Sim.
22:02Sim.
22:03Sim.
22:04Sim.
22:05Sim.
22:06Sim.
22:07Sim.
22:08Sim.
22:09Sim.
22:10Sim.
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