EUA deram aval a Israel para ataques ao Catar? Especialista avalia | VISÃO CRÍTICA - Vídeo Dailymotion

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Os recentes ataques israelenses ao Catar contaram com o aval dos EUA? No Visão Crítica, o especialista em geopolítica Danilo Porfírio analisa a situação, comentando uma possível estratégia de dissuasão contra o Catar em busca o distanciamento do país de lideranças muçulmanas e do Hamas.  Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/LEH4V5uE8Is  Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews  Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews  Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan  #VisãoCrítica

Transcript

00:00Ah, professor Danilo Porfiro, depois desse pito aqui faz nada, eu falo só da Turquia.

00:06Como eu falei, eu gosto muito de futebol.

00:08Aí outro dia, ligando lá, a tarde vinha rapidamente as eliminatórias da Europa.

00:16Era o jogo Espanha e Turquia em Istambul.

00:18Se não me engano era em Istambul, não era em Ancras, era em Istambul.

00:22Antes de começar o jogo tinha uma enorme bandeira turca, havia todo um nacionalismo turco.

00:27Porque durou 15 minutos, porque em 15 minutos já estava 3x0 para a Espanha.

00:30Foi 6x0 no final.

00:32A Turquia não é tão ruim assim, né?

00:34Vale lembrar, porque acompanha o futebol, que a Espanha é a melhor seleção do mundo hoje.

00:38Mas foi um show.

00:39Os primeiros 15 minutos eu parei e falei, já está bom esses 15 minutos.

00:44Que eu fiquei realmente abismado pelo belíssimo futebol da seleção espanhola.

00:48Agora, o curioso é o caso da Turquia, né?

00:51Porque ela foi duramente afetada pelo final da Primeira Guerra Mundial,

00:55que destruiu vários impérios.

00:56O Império Alemão, o Império Turco Otomano, o Império Russo, o Império Austro-Húngaro, tal, esse aí, então, foi para o espaço.

01:06E a Turquia foi diminuindo o tamanho até chegar a esse tamanho atual.

01:09Para vocês aqui que nos acompanham, a gente usa a expressão turco para quem não é turco.

01:13Porque a pessoa vinha com o embaixador da Turquia, a pessoa era si, libanesa, tal, e ficou essa expressão.

01:19Uma vez, inclusive, o presidente Lula cometeu um fora danado, acho que no governo Lula 1 ou Lula 2,

01:24chegando à Turquia e fazendo referências, às vezes confundindo o passaporte com a imigração siro-libanesa,

01:32que não tinha nada a ver com a Turquia.

01:33Mas são problemas que ocorrem.

01:37A questão da Turquia.

01:39O embaixador Guilherme Lula lembrou a presença da Turquia na África, inclusive na Líbia.

01:45Se a gente olhar os conflitos que tem hoje na Líbia,

01:48que a Líbia não tem governo central já há um bom tempo.

01:50É uma confusão danada.

01:52Alguém sente saudade, tem pessoas sentindo saudade do cadáver.

01:55Como é que fica, então, como você fez a referência?

01:59A Turquia, nessa história toda, ela tem presença na Síria? E aí?

02:03A Turquia, então, o senhor estava falando da origem da Turquia moderna, contemporânea.

02:10Nós temos que lembrar que a Turquia resulta de dois fenômenos.

02:14O colapso do Império Otomano por meio da derrota na Primeira Guerra Mundial

02:19e a sujeição da sua Vercel, que é o Tratado de Sebre.

02:24Perfeito.

02:25E, obviamente, a insurreição militar dentro das forças otomanas, nacionalistas, turcas,

02:36sob o comando do coronel Ataturk, que cria um governo secular, radicalmente secular,

02:45relacionando a ideia de islã político como obsoleta, ultrapassada.

02:49Tanto que eu sempre digo isso aos meus alunos.

02:51É um nacionalismo turco, secular, no qual a Constituição é inspirada na França e o Código Civil é suíço.

02:59Então, ele traz, ele importa essas referências.

03:04Nós vamos ver no governo, professor Erdogan, duas pessoas, duas personalidades.

03:14Nós temos que enxergar o Erdogan da década de 90, ainda como um líder partidário e um primeiro-ministro,

03:23que ainda tinha esperança de enxergar a Turquia como parte integrante da União Europeia.

03:32E foi convidada a desconsiderar esse projeto.

03:39Nós temos que lembrar o discurso, professor Rubem, do Habermas e do próprio Hatzinger,

03:47o Papa Ben 16, falando da ideia do quê?

03:50Da incompatibilidade da Turquia dentro desse espaço político europeu-ocidental e etnocêntrico.

04:00Vem o segundo momento.

04:02A ascensão de uma retórica otomanista, neo-otomana.

04:10O Erdogan defende a ideia do quê?

04:11Da restauração de uma grandeza turca pelas tradições do Império Otomano.

04:17É uma vertente daquilo que nós chamamos de neocalifismo.

04:22Restaurar a grandeza pelas próprias tradições.

04:25E é aí que o quê?

04:27A Turquia começa a assumir um papel de ação dentro do Grande Oriente Médio.

04:35Primeiro, um processo de resistência contra as ações, certas ações de Israel,

04:45encampando para si o quê?

04:47A defesa da questão palestina.

04:50Devemos lembrar que antes do governo Erdogan, a Turquia era um dos principais aliados de Israel.

04:57É verdade.

04:58Um dos principais aliados de Israel.

05:01A Turquia se torna uma referência, professor, inclusive na Primavera Árabe,

05:07para o quê?

05:08A Irmandade Muçulmana como modelo de governo.

05:10O presidente Mohamed Moussi enxergava o modelo ideal de democracia islâmica, a Turquia.

05:19E não encontrando um espaço dentro do Oriente Médio regional,

05:26ele começa a agir o quê?

05:28Em outros ambientes do mundo islâmico.

05:31Ele tenta um processo de aproximação e de mediação com o novo governo Talebã,

05:38o novo agora Talebã, no Afeganistão.

05:41Não é bem sucedido.

05:44Há o quê?

05:45Tem uma presença hoje no norte da Síria,

05:49mas por interesses, professor Vila, próprios à questão dos curdos.

05:56Tem um bom alinhamento com o Catar,

06:00o mesmo Catar que abriga a Irmandade Muçulmana hoje.

06:04E uma coisa que eu quero fazer um parênteses aqui.

06:08Sobre o ataque do Catar.

06:10Israelense contra o Catar.

06:12Há, imesuravelmente, o aval americano.

06:16O sistema de defesa do Catar,

06:19como espaço estratégico norte-americano na região do Golfo Pérsico,

06:23é o Patriot,

06:24que é administrado pelos americanos.

06:27Não funcionou no ataque contra Israel.

06:30Ao meu ver, há uma justificativa.

06:34Uma dissuasão do Catar em relação ao quê?

06:39Ao distanciamento do país

06:42com lideranças da Irmandade Muçulmana,

06:45com lideranças do Hamas.

06:47E por que digo isso, professor?

06:50Porque ainda no primeiro governo Bush,

06:53a questão do Al Jazeera e desse alinhamento custou o quê?

06:56O isolamento do Catar

06:57entre os países do Golfo Pérsico,

07:03entre eles o quê?

07:04A Arábia Saudita também.

07:06Então foi uma dissuasão.

07:07E para finalizar,

07:08e a tentativa o quê?

07:10De aproximação da Turquia

07:12dos povos ou dos países muçulmanos

07:16do norte da África.

07:17Sempre voltamos à questão do Grande Oriente Médio.

07:21Sobre a Líbia,

07:23entregue aos senhores da guerra.

07:27Culpa.

07:28Diversos.

07:29Entre eles,

07:32Miopia Ocidental.

07:34É.

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