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No Visão Crítica, o ex-embaixador Rubens Barbosa analisa o conflito entre Israel e Palestina. O especialista em relações internacionais explica que, para o problema ser resolvido, é preciso mais do que o apoio internacional à criação de um Estado Palestino, pois, enquanto os EUA apoiarem Israel, nada vai mudar no cenário geopolítico.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/LEH4V5uE8Is

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Transcrição
00:01Eu vou colocar uma questão bem atual. Nós temos, claro, as questões que envolvem o Oriente Médio, a tensão, as questões da faixa de Gaza.
00:11O acordo, para mim, surpreendente entre o Paquistão e a Arábia Saudita, recentemente, que pode envolver até uma transferência de tecnologia militar do Paquistão,
00:22que é um país que tem a bomba atômica, uma OTAN islâmica, entre aspas, etc. Mas eu não queria ir para esse ponto, porque afinal são tantas coisas importantes para serem discutidas.
00:32Eu colocaria para o embaixador Rubens Barbosa a questão da Assembleia Geral da ONU. Por tradição, o Brasil é o primeiro a falar.
00:41Se causou estranheza a fala do presidente Lula e depois, em seguida, a fala do presidente Trump. Obrigado por ter aceito o nosso convite.
00:52Olha, eu acho que o que o presidente Lula mencionou no discurso foi uma repetição do que era a posição tradicional do Brasil.
01:02Nesses últimos anos, a posição nossa foi crítica da ação do governo Nathaniel.
01:12Eu acho que ele reiterou todas as afirmações que ele fez aqui antes e ficou muito vigor, ficou muito forte no discurso das Nações Unidas.
01:25E coincidiu com a reunião que foi feita na véspera da abertura, em que acho que 11 países, no final, reconheceram a política do segundo estado.
01:41E que vem da ONU também, em 1947, quando a ONU aprovou a constituição do estado de Israel e do estado palestino.
01:55Houve uma reação muito negativa por parte dos estados palestinos.
02:01E isso é uma guerra, nós já tivemos guerra dos 100 anos e tal.
02:07Essa é uma guerra que vem há 80 anos, né?
02:10E agora ficou mais difícil ainda, porque mais de 150 países reconhecem a necessidade,
02:20para se chegar a um acordo de paz lá, reconhecem a necessidade de ter um segundo estado.
02:26Quando Israel está fazendo exatamente o contrário com o apoio dos Estados Unidos.
02:32Então é uma situação muito complexa.
02:35Eu acho que esse apoio das lideranças europeias, agora França, Inglaterra, Portugal,
02:41ela é importante politicamente, mas eu acho que vai ter pouco efeito prático.
02:47Enquanto os Estados Unidos continuarem a apoiar Israel, nada vai mudar.
02:51Porque Israel agora, na minha visão, se tornou uma potência militar, além de ter bomba atômica,
03:02tem um poderio militar crescente, declarou agora que vai constituir uma política de defesa independente,
03:12vai construir os seus equipamentos militares.
03:16Isso só é possível ser feito com apoio americano.
03:19Porque depois desses anos todos de guerra, desse ano todo de guerra e com os gastos que Israel está tendo,
03:27inclusive humanos, é uma reação da sociedade, a economia está passando por um momento muito difícil.
03:36Então eu acho que essa situação complicou ainda mais agora, com tudo isso,
03:43com toda essa pressão sobre Israel e com Israel se mantendo a sua posição e dobrando a aposta.
03:52O primeiro-ministro disse que não vai existir nunca o Estado de Israel, o Estado de Palestina.
03:57Então aí nós temos agora essa posição americana, que é o único garantidor da posição inflexível de Israel.
04:09Professora Natália Fingerman, justamente pegando esse gancho do embaixador Rubens Barbosa,
04:18houve agora recentemente esse grande reconhecimento de vários países importantes do Estado Palestino.
04:26E quando nós olhamos hoje o desenho do mapa da região, nós temos Israel, tem a Cisjordânia e a faixa de gás.
04:35E no meio tem o Estado de Israel, a faixa de gás passando pelas situações que nós já sabemos,
04:41muito complexas, se é um genocídio ou não.
04:44Eu sei que é uma discussão de conceito sobre genocídio, mas é uma tragédia que lá está ocorrendo.
04:49Se quiser substituir por uma tragédia humanitária, é uma tragédia humanitária.
04:54E a Cisjordânia com ameaça, inclusive, do atual governo de Israel, não do Estado de Israel.
04:59Vamos sempre separar Estado e governo, porque a única democracia no Oriente Médio é Israel.
05:04Eu faço sempre questão de acentuar isso, mas esse atual governo, que se tiver eleições perde,
05:09está fazendo todo o possível de manter a guerra para não ter eleições,
05:13mas ameaça até incorporar o território de Israel a Cisjordânia,
05:17o que seria um ato realmente de agressividade máxima.
05:20E atacou recentemente o Qatar de forma surpreendente, criando muita tensão na região.
05:26Como é que a senhora avalia essa situação?
05:30Uma situação... Bom, primeiro, obrigada, né, Vila, pelo convite.
05:33Um prazer estar aqui, um prazer estar aqui acompanhada com companhias tão de alto nível.
05:40Fico muito feliz.
05:41Olha, eu vejo essa situação sendo uma situação de muita instabilidade para os demais países do Oriente Médio.
05:49O Qatar, que é, vamos dizer assim, um intermediador muito importante na região,
05:53que exercia esse papel de intermediação e atuava dessa maneira já faz alguns anos
05:59e com muito respeito, tanto pelos países árabes quanto por Israel, né,
06:04tinha esse fato de ser um país neutro, que garantia uma certa credibilidade
06:11frente aos demais atores, se sentiu ameaçado.
06:15Isso coloca Israel numa situação de isolamento ainda maior, né, frente aos países da região,
06:23que se sentem numa situação de ameaça, né, não é somente o Irã que é ameaçado,
06:30mas eles também se veem como potenciais, vamos dizer assim, núcleos de ataque, de ameaça.
06:37Então, é uma situação muito delicada.
06:40Eu acredito que a gente precisava ter um reposicionamento do governo norte-americano
06:47em relação a Israel para resolver essa situação de uma vez por todas.
06:52Mas também vejo que os países europeus tomaram uma decisão agora,
06:58que do meu ponto de vista é tardia e de um impacto limitado.
07:02Por muito menos outros países do mundo sofreram sanções econômicas.
07:08Por muito menos.
07:09Então, caberia à Europa e alguns países, né, importantes do mundo
07:15tomarem uma posição sobre impor sanções a Israel.
07:19E parece que fica sempre uma espera sobre um posicionamento norte-americano.
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