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Rafael Lucchesi, CEO da Tupy, detalhou como o empresariado busca nos EUA reverter o tarifaço imposto ao Brasil. Ele analisa os desdobramentos e o papel crucial da integração entre os sistemas produtivos do Brasil e dos EUA.

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Transcrição
00:00Essa missão empresarial nos Estados Unidos com o objetivo de abrir caminhos para reverter a taxa de 50% sobre produtos brasileiros.
00:09E para analisar esse movimento e também o impacto no setor, a gente conversa agora com o Rafael Luquezzi, que é CEO da Tupi e acompanha a missão a partir aqui do Brasil.
00:21Oi, Rafael, bom dia para você. Muito obrigada pela gentileza de participar ao vivo com a gente aqui comigo e com o Mário Almeida do Agora.
00:27Oi, Paulo, é um prazer estar com vocês aqui.
00:30Prazer é o nosso de te receber. Bom, Rafael, a Tupi, então, como a gente disse aqui na chamada da entrevista, ela faz parte dessa missão empresarial lá nos Estados Unidos para tentar minimizar e reverter essas taxas, essa taxa de 50%.
00:45O que está exatamente em negociação e qual é o impacto prático dessa taxa para a Tupi hoje? Como que interfere?
00:53Bom, prazer estar aqui com vocês. O Ricardo Fioramonte, que é o nosso vice-presidente de vendas, está agora em Washington participando dessa missão.
01:04Nós entendemos que essa missão, muito bem liderada pela CNI, é um passo importante na medida em que ela cria novos canais mais pragmáticos,
01:13mais ajustados ao comércio entre as empresas, no sentido da defesa dessa relação bilateral que tem sido tão construtiva para os países.
01:28Há uma forte integração do sistema produtivo brasileiro com o sistema produtivo norte-americano.
01:34A Tupi é um bom exemplo disso, Paulo. Nós exportamos para os Estados Unidos uma grande quantidade da nossa produção,
01:44tanto no Brasil quanto no México. A Tupi tem plantas no Brasil, no México e em Portugal.
01:50E nós atendemos uma parte representativa do mercado norte-americano, já que a Tupi é uma líder global da produção de blocos e cabeçotes,
02:01que compõem a estrutura dos motores, dos caminhões e das máquinas agrícolas, mundo afora, especialmente nos Estados Unidos.
02:10Da produção brasileira, respondendo a segunda parte da sua pergunta, 14% vão para os Estados Unidos.
02:18Mas como nós somos uma empresa global, aqui temos plantas em três países e em três continentes,
02:25isso permite uma boa flexibilidade e resiliência da nossa produção e exportação para todos os mercados.
02:34E isso tem se demonstrado extremamente importante e estratégico para esse momento que nós vivemos,
02:42de maiores barreiras comerciais, de maior protecionismo.
02:46Isso acaba dando uma força competitiva, um valor intangível muito forte para a Tupi como empresa global.
02:56Rafael, você estava comentando logo no início sobre como os sistemas produtivos brasileiros e dos Estados Unidos são integrados.
03:04Quando veio a tarifa de 50%, a discussão e muito do que veio justificando não estava exatamente falando de economia,
03:13veio várias camadas da política. Essa missão é também uma aproximação com as empresas e com esse sistema produtivo norte-americano
03:21para tentar estruturar também algumas estratégias conjuntas.
03:25Queria que você falasse um pouquinho sobre o papel das contrapartes lá nos Estados Unidos
03:28e como que a missão pode fortalecer mais a pressão do lado de lá para a gente girar um pouco o debate mais para a questão econômica.
03:38Legal, você tocou num ponto-chave.
03:39Eu acho que a discussão do comércio bilateral é uma discussão técnica e comercial
03:45e não deveria estar contaminada com uma discussão política.
03:50Então, isso demonstra que ao longo da relação econômica desses dois sistemas produtivos,
03:58o norte-americano com sua economia gigante e espetacular,
04:02e o brasileiro também uma economia muito grande,
04:05houve uma integração.
04:06Então, a relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é muito fecunda,
04:13porque existe uma forte complementaridade.
04:16Isso, à luz do livre comércio, estabelece uma relação com muita força competitiva.
04:23Acabou se criando uma moldagem,
04:26tanto em vários segmentos, poderiam falar do setor siderúrgico,
04:31poderiam falar da fundição, poderiam falar de vários outros segmentos.
04:37O Brasil tem uma enorme força no agronegócio.
04:40Há pouco sombreamento e competição e há muita complementaridade.
04:45E aí, essa relação é boa porque explora isso.
04:51Por exemplo, no nosso caso, nós atendemos a todas as grandes empresas
04:56que fabricam caminhões e máquinas agrícolas e máquinas de construção nos Estados Unidos,
05:03as OIMs.
05:05E essas empresas têm na Tupi um parceiro importante das suas cadeias.
05:10E, é claro, que elas estão junto conosco, evidando esforços para a construção dessa relação
05:17e, no sentido do que se pretende essa missão, muito bem liderada pela CNI,
05:23de forma pragmática, talvez avançar na lista de exceções,
05:28criando uma abrangência maior.
05:31A exportação brasileira para os Estados Unidos tem 10 mil produtos, 10 mil NCMs.
05:38E a lista de exceções abrangeu menos de 700.
05:43Então, talvez, numa segunda rodada, ampliar esse volume de exceções
05:49e isso criando interesses compartilhados de cadeias produtivas norte-americanas
05:56que têm empresas brasileiras que se encaixam dentro dessas cadeias,
06:02tornando as cadeias norte-americanas mais competitivas.
06:06Então, isso é importante para os interesses das empresas norte-americanas.
06:12Esse é o ponto defendido pela ANCHAN.
06:14Esse é o ponto defendido por várias associações norte-americanas
06:19e também para o cidadão norte-americano.
06:22Porque, ao ter o seu sistema mais competitivo, vão ter preços mais baixos.
06:28E isso impacta também os interesses da administração norte-americana,
06:32porque a inflação, é claro, tem uma função inversa na popularidade dos governos.
06:39Rafael, inclusive você já liderou também, em outra ocasião, por mais de décadas, a CNI.
06:45Então, a gente sabe que o esforço que a CNI está fazendo na tentativa de reverter,
06:51de minimizar essas tarifas, existe algum sinal concreto já, você diria,
06:57de abertura para a negociação por parte do governo americano?
07:02Eu trabalhei 18 anos na CNI, fui diretor lá e tive um papel importante,
07:08sempre apoiando a liderança empresarial, que hoje é muito bem exercida,
07:13pelo presidente Ricardo Albano.
07:15Ele, em declarações que nós vimos pela imprensa ontem,
07:20tem tido uma posição muito serena, muito pragmática, muito clara,
07:24na defesa dessa relação.
07:27Eu acho que essa missão, ela é uma missão que tem um enorme potencial
07:31de ampliar esses canais de forma pragmática,
07:36amenizando, como você muito bem definiu, Paulo, essa relação,
07:40construindo um melhor equilíbrio, uma ponderação mais comercial,
07:46que tem uma perspectiva mais do diálogo interempresarial,
07:50que é importante para a competitividade, a de empresas norte-americanas
07:55em diversos segmentos e dessa forte complementaridade.
07:59A exportação brasileira para os Estados Unidos, 82% são de produtos industriais
08:05e as nossas importações dos Estados Unidos, 90% são de produtos industriais.
08:12Então, isso é muita qualidade, porque a indústria tem maior capacidade
08:16de inovar tecnologicamente, de assegurar maior produtividade,
08:21de gerar mais e melhores empregos.
08:23Então, são dois sistemas econômicos que estão hoje sofrendo
08:27e não há uma fundamentação lógica no comércio bilateral
08:32à medida em que ele é bem equilibrado.
08:35A nova política comercial ou o comércio justo recíproco,
08:39que tem sido apontado por essa nova administração dos Estados Unidos,
08:44ela visava combater o déficit estrutural da economia norte-americana
08:49de mais de 1 trilhão e 200 bilhões de dólares.
08:53Mas quando nós olhamos a relação de comércio internacional
08:57entre o Brasil e os Estados Unidos,
09:00os Estados Unidos têm um superávit estrutural.
09:03Então, eu acho que o bom senso vai prevalecer
09:07à medida em que essa interlocução com uma camada mais empresarial,
09:13tratando dos interesses também dos sistemas econômicos
09:17e das cadeias norte-americanas,
09:20possam apontar uma ampliação do canal empresarial,
09:26do canal comercial,
09:28que deve ser a pauta central dessa questão e desse assunto.
09:32Eu acho que a CNI acertou em cheio ao liderar essa missão
09:37e eu acho que ela vai trazer bons resultados
09:40para o sistema econômico brasileiro.
09:43Todos nós, então, torcendo para que, de fato,
09:45hajam bons frutos, bons resultados dessa missão.
09:50Muito obrigada pela sua participação,
09:52Rafael Luquezzi, que é CEO da Tupi.
09:54Eu e Maria Almeida agradecemos muito sua presença.
09:56Um ótimo restinho de semana para você
09:59e boa sorte aí nas negociações.
10:02Muito obrigado.
10:03Até a próxima.
10:03Prazer estar com vocês aqui.
10:05E como falamos mais cedo,
10:07aqui no Agora,
10:08a diretora de Relações Internacionais...
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