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Entre janeiro e maio de 2025, as exportações brasileiras para os Estados Unidos atingiram 16,7 bilhões de dólares, um recorde. Fabrizio Panzini, diretor da Amcham, analisa os fatores por trás desse crescimento e as perspectivas para a balança comercial Brasil-EUA.

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Transcrição
00:00Voltamos ao vivo com o Money Times para falar agora sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos,
00:05que bateram recorde e atingiram 16,7 bilhões de dólares no acumulado entre janeiro e maio deste ano,
00:12de acordo com dados da edição especial do Monitor do Comércio Brasil-Estados Unidos, elaborado pela Anchan Brasil.
00:19A gente vai entender melhor esse resultado, o que dá para esperar para os próximos meses em relação à balança comercial entre Brasil e Estados Unidos.
00:27A nossa conversa é com o Fabrício Panzini, que é diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Anchan.
00:33Tudo bem, Fabrício? Boa tarde, seja bem-vindo ao Money Times.
00:38Obrigado, Natália. Obrigado, Felipe.
00:41Bom, vamos lá. Comecei já com esse dado de um recorde no primeiro semestre deste ano.
00:48E quero ouvir a tua avaliação e a que fatores a gente pode atribuir.
00:51Esse resultado surpreendeu de alguma forma, Fabrício?
00:53É, primeiro, uma boa notícia, de fato, porque a gente atinge um valor bastante elevado,
01:02o crescimento que mantém, e uma boa notícia pelo fato de que o perfil das vendas do Brasil para os Estados Unidos
01:11é um perfil de alto valor agregado, de produtos até com mais alta tecnologia, em alguns casos.
01:17De certa forma, surpreende, por conta de toda essa agenda de aumento de tarifas
01:25que os Estados Unidos aplicou durante esse tempo, esses últimos meses.
01:32Então, você tem ali casos de produtos que têm crescimento,
01:36outros casos que já começam um pouco a sentir mais o valor da tarifa aplicada pelos Estados Unidos.
01:45Então, é uma ótima notícia, no sentido de que segue crescendo, cresceu a 5%.
01:52Se a gente comparar com o crescimento das exportações brasileiras para o mundo,
01:57foi bastante maior, ela caiu 0,9%.
02:02Então, isso mantém os Estados Unidos como nosso segundo maior destino,
02:06e, sobretudo, a importância desse perfil, dessa qualidade,
02:12daquilo que a gente o Brasil vende para os Estados Unidos.
02:14Felipe, sua pergunta para o Fabrício.
02:18Tudo bem, Fabrício. Boa tarde.
02:19Fabrício, a gente viu que, assim, claro, as tarifas ali em relação ao aço,
02:23o ferro para o Brasil são bem altas, mas em relação às outras tarifas,
02:27o Brasil estava com aquele valor mais baixo de 10%.
02:30Isso acabou ajudando o Brasil no contexto internacional,
02:33uma vez que os outros países que trocavam,
02:35que tinham trocas comerciais dos Estados Unidos,
02:37estavam com tarifas muito mais altas?
02:39Isso, assim, 10% de tarifa nunca é algo para ser comemorado, né?
02:47Porque, embora tenha sido menor que outros países,
02:51isso afeta a nossa competitividade.
02:53E te dou também, Felipe, um outro exemplo, né?
02:57Quando a gente compara com os países do antigo NAFTA,
03:00agora o Acordo e o SMCA,
03:03eles estão com tarifas mais baixas, né?
03:05Eles estão com zero em relação ao Brasil.
03:09Então, a gente vê que, por um lado,
03:12ter ficado naquele grupo de países que tem 10% de tarifa
03:15foi bom para o Brasil, porque mostra que nós não somos essa ameaça
03:20para os Estados Unidos.
03:22Por outro lado, há algumas diferenças,
03:24como no caso de países aí México e Canadá,
03:27que a gente sofre um pouco.
03:28Agora, Felipe, eu diria que o aumento das exportações,
03:31elas tiveram mais relação com outros aspectos, digamos assim, né?
03:38São produtos que os Estados Unidos, né?
03:41Alguns bens que os Estados Unidos têm aumentado a demanda,
03:44que precisam, e que o Brasil é o líder mundial, né?
03:47Que foi puxado alguns produtos aí, principal,
03:50que ajudaram a impulsionar essa pauta.
03:52Vou dar alguns exemplos para vocês, né?
03:54O caso do suco de frutas, o caso de carnes,
03:58o caso de café e o de aeronaves, né?
04:02São produtos, né?
04:03Natureza distintas, né?
04:05Mas todos eles, o Brasil tem uma posição internacional muito boa.
04:09E isso fez que, mesmo num cenário de aumento de tarifa,
04:13o Brasil conseguisse, de certa forma,
04:15aumentar as exportações para o mercado dos Estados Unidos
04:17diante de outros fatores, né?
04:19Demanda, aumento de preço internacional, entre outros aí.
04:23Tá bom.
04:24E a gente comentou, então, né?
04:26A questão do aumento das tarifas sobre aço e etc.
04:30Queria saber qual que é a tua percepção,
04:32a sua expectativa para a dinâmica desse comércio Brasil-Estados Unidos
04:35no segundo semestre,
04:37considerando também as conversas entre Estados Unidos e China, né?
04:40Que estão em andamento.
04:42Perfeito.
04:43Olha, um pouco...
04:44O Brasil tem uma exportação muito diversificada
04:47para os Estados Unidos em termos de produtos.
04:48Então, é claro, a questão do aço, né?
04:5225% e agora que subiu para 50%,
04:55a gente já começa a ver uma certa estagnação
04:58ou queda dessas exportações.
05:00Então, há setores que estão sentindo queda, né?
05:03Também chama atenção para alguns outros equipamentos
05:06e máquinas ou celulose
05:08que têm ou uma competição com produtores locais dos Estados Unidos
05:12ou com produtores ali na América do Norte
05:14e acabam reduzindo um pouco.
05:17Então, mas essa diversificação,
05:18ela ajuda muito, né?
05:19Porque, às vezes, um ou outro setor cai,
05:21mas outros estão subindo, né?
05:23Caso do combustível também acaba subindo um pouco.
05:27Então, a nossa perspectiva é que siga um comércio bom
05:30ao longo de 2025,
05:32mas a gente já começa a ver sinais
05:35de que alguns setores começam a enfrentar um desafio maior
05:39por conta da tarifa,
05:41alguma estagnação ou alguma queda.
05:45Então, é importante a gente estar atento a esse movimento ao longo do ano.
05:49E em relação à China,
05:51isso que você comentou, né?
05:52Acho que, de um lado,
05:53tem uma importância mais macro, né?
05:56De dois países como os Estados Unidos e China se entenderem,
06:00porque isso evita que a gente crie, né?
06:02Até uma recessão, né?
06:05Uma estagnação ou inflação mundial.
06:08Então, isso é importante para o Brasil também.
06:10Agora, pontualmente, pode ter, né?
06:13O Brasil deixar de ganhar algumas coisas.
06:16Mas eu acho que é importante que os países se entendam.
06:20E mais ainda, né?
06:21Acho que é importante que o Brasil, né?
06:23Nosso governo, nosso setor empresarial,
06:25continue dialogando com os Estados Unidos
06:27e encontre os espaços para que a gente tenha quedas dessas tarifas,
06:32porque é um valor muito elevado, né?
06:34Os Estados Unidos não têm um valor tarifário desse
06:37há muitas e muitas décadas, né?
06:39Por mais que alguns setores consigam superar,
06:43para outros é um custo um pouco mais difícil.
06:45Então, a gente aí tem trabalhado muito, né?
06:49Em diálogo com os dois governos
06:50para tentar reverter esse cenário.
06:53Certo. Felipe, mais uma sua.
06:55Fabrício, você usou como exemplo
06:56é até legal ter usado o exemplo, né?
06:59Suco de laranja, carne, café.
07:01E do outro lado, aeronaves, ou seja,
07:03imagino que seja a Embraer, né?
07:04Quanto por cento da Embraer
07:05corresponde aí a essas exportações
07:07desse período que você citou?
07:10Olha, as aeronaves, elas vão pôr aqui,
07:13elas têm um valor de exportação
07:17nesse primeiro...
07:19nos primeiros cinco meses, né?
07:22De aproximadamente 800 milhões,
07:24de um total aí de 16, 17 bi que o Brasil exportou, né?
07:30Então, é o quarto maior produto
07:33que o Brasil exporta para os Estados Unidos, né?
07:36Claro, os combustíveis pelo seu preço, etc.,
07:39eles acabam tendo um nível maior,
07:41mas ele é o quarto maior produto.
07:43Então, ele responde aí a um valor
07:45bastante importante da nossa pauta.
07:48E é um exemplo muito bom, né?
07:51Porque a gente tem muita compra de aeronaves
07:54maiores dos Estados Unidos,
07:57venda de aeronaves menores para eles
07:59a partir do Brasil,
08:00e uma troca de partes e peças
08:02nesse setor muito relevante, né?
08:05Então, é por isso que qualquer intervenção
08:07nesse comércio,
08:08cadeias que são muito integradas,
08:10acabam sofrendo um pouquinho,
08:12mas é um ótimo exemplo de produto
08:15de alta tecnologia
08:16e valor agregado dessa pauta.
08:20E para finalizar,
08:21eu queria te ouvir sobre, então,
08:22como que fica a nossa relação
08:24com os Estados Unidos, né?
08:25Em relação a déficit, superávit,
08:28porque a gente sabe
08:29que o presidente Donald Trump, né?
08:30Tem um olhar
08:31com uma lente de aumento
08:33em relação a isso,
08:34e aí eu quero te ouvir
08:36para entender
08:36como é que está essa relação,
08:38se ela tem um potencial
08:39de se fortalecer ainda mais.
08:41Pois é,
08:42é uma relação bastante equilibrada,
08:44segundo os dados, né,
08:46que são levantados
08:47pelo governo brasileiro.
08:49Nesses primeiros cinco meses,
08:51o Brasil acumulou um déficit
08:52de um bilhão com os Estados Unidos,
08:54então, mantém um pouco
08:55esse déficit
08:57que a gente tem com os Estados Unidos,
08:58que já vem há alguns anos,
09:00e que tem se reduzido um pouco,
09:03mas esse é um ponto interessante
09:05de ressaltar, né?
09:06O Brasil é um país
09:07que tem déficit
09:07com os Estados Unidos,
09:09mas bastante equilibrado
09:10até o comércio.
09:11Então, por isso que a gente
09:12sempre demonstra, né,
09:15olha, existe aqui,
09:17o Brasil está entre aqueles países
09:18que mais, né,
09:20em termos líquidos,
09:21compra produtos
09:22dos Estados Unidos,
09:24e além de tudo,
09:25nós não temos tarifas
09:26muito altas
09:27para os Estados Unidos, né?
09:29A nossa média tarifária
09:31para os Estados Unidos,
09:32por conta de a gente
09:33comprar muito, né,
09:34aeronaves, combustíveis,
09:37medicamentos,
09:38são produtos que acabam
09:39tendo uma tarifa muito baixa
09:40do Brasil,
09:41que o Brasil estimula
09:42essa importação, né?
09:44Então, é um,
09:44eu acho que é um fator
09:45que tem contado
09:47a favor do Brasil,
09:49e espero aí
09:50cenas dos próximos capítulos,
09:52porque entendo
09:53que vai ser necessário
09:54a gente, né,
09:55chegar no nível
09:56mais baixo de tarifa.
09:57Tá certo.
09:58Quero agradecer
09:59Fabrício Panzini,
10:00diretor de Políticas Públicas
10:02e Relações Governamentais
10:03da Anchan,
10:04participando ao vivo aqui
10:05do Money Times.
10:06Obrigada.
10:06Obrigada, até a próxima.
10:07Boa tarde.
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