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Roberto Lee, CEO e fundador da Avenue, criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que manteve o aumento do IOF sobre remessas ao exterior. Em entrevista ao Real Time, ele alertou para os impactos da medida sobre investimentos, confiança e previsibilidade no ambiente de negócios.

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Transcrição
00:00A gente volta a falar agora sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter o decreto do IOF.
00:06Para isso, eu converso novamente aqui no Real Time com o CEO e fundador da Avenue, o Roberto Lee.
00:12Bom dia para você, Roberto. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:15Bom dia, Marcelo.
00:16Bom, queria saber primeiramente como é que você avalia essa decisão do ministro Alexandre de Moraes.
00:22Ontem a gente recebeu essa notícia com bastante surpresa, dado que o Congresso tinha revogado.
00:31Então, na prática, o ministro Alexandre de Moraes revoga o decreto, que revogou outros dois decretos.
00:39E, na prática, a gente está vendo agora o efeito de um imposto que deveria ter efeitos puramente regulatórios.
00:48Na prática, arrecadando e arrecadando bastante.
00:52São 3,5% para remessas para contas correntes no exterior e mais 1,1% para remessas com finalidade de investimento.
01:01Na prática, o que a gente entende aqui é uma aula de risco Brasil, ao vivo, para todos nós brasileiros.
01:13Uma imprevisibilidade grande no mundo tributário, ali gera cada vez incertezas, menos investimentos,
01:23menos atração de capital, mais fuga de capital.
01:27Enfim, eu acho que a gente, obviamente, não vê com bons olhos esse tipo de arrecadação,
01:34mas passamos a madrugada aqui adaptando os sistemas para já voltar com as alíquotas desde a abertura dos negócios de manhã.
01:45Imagina o sufoco que deve ser quando uma decisão dessa é tomada, porque vocês têm muitos clientes que dependem das transações.
01:52Também é fácil imaginar o impacto que isso tem num negócio como o seu, Roberto, porque vocês fazem muitas transações desse tipo internacionais.
02:01E eu queria saber, como é que você acha que isso vai ter um impacto de longo prazo nos negócios da Evno?
02:08Eu acho que, num mundo, Marcelo, que corre na velocidade da luz, com inteligência artificial, com corrida espacial,
02:16tanta coisa acontecendo e, ao mesmo tempo, guerras comerciais, guerras militares, guerras políticas,
02:22movimentos de mais incerteza só isolam mais o país.
02:26No nosso negócio aqui, o que a gente vê de forma imediata é um aumento nos volumes de brasileiros buscando evitar esse isolacionismo,
02:34pelo menos nas suas carteiras de investimento, enviando recursos para fora.
02:37Agora, quando esse recurso é enviado de forma apressada, não é bom.
02:42De forma planejada, com uma alocação estrutural feita gradativamente, a gente consegue ver qualidades de alocação muito maiores.
02:51Enfim, acho que o efeito aqui para o nosso negócio, ele acaba até sendo positivo,
02:57dado que a gente vê aumentos de volumes se acelerando rumo ao exterior,
03:03mas também a gente vê um maior isolamento do país em relação ao mundo,
03:08que, de novo, corre na velocidade da luz, com tanta inovação e com tanta transformação secular acontecendo.
03:15O ministro Haddad, ele já bateu na tecla várias vezes que, até o fim do governo passado, em 2022,
03:21o IOF era aumentado e, segundo ele, os parlamentares não reclamavam disso.
03:25Mas eu queria ouvir a sua opinião como empresário.
03:27Quando o IOF era maior, você sentia que havia mais dificuldade para fazer negócios?
03:33Quando ele foi diminuído, você acha que o panorama melhorou de fato para vocês?
03:37Sim, eu acho que a primeira vez que a gente viu esse aumento relevante de IOF
03:41foi no governo Dilma, com o ministro Mantega,
03:45que levou, se não me engano, o IOF a 6,38.
03:49Esse IOF, 6,38, ele é restritivo.
03:52O que a gente viu foi aquela alíquota vindo, se reduzindo, gradativamente,
03:59caminhando para o zero, de 6,38, 5,38, 4,38,
04:04caminhando novamente para o zero, a gente viu um stop, um freio nessa alíquota
04:10e, pelo contrário, um aumento do que era 0,38 de volta para 1,10 ou até 3,50.
04:18Então, e outra, à medida que a gente via essa alíquota se reduzindo
04:25ao longo dos últimos anos, a gente via, do outro lado, uma aceleração de negócios,
04:29mais troca com o mundo, mais liberalismo econômico.
04:34De novo, acho que aumentar barreiras financeiras entre troca
04:38é um imposto para você usar seu próprio dinheiro no final.
04:42Se colocar esse tipo de barreira, você só diminui a quantidade de transação
04:47que a gente faz como cidadão, como pessoas físicas.
04:50Então, acho que não é positivo.
04:53Você acha que o Ministério da Fazenda está ouvindo o apelo
04:57de setores da indústria como o seu?
04:59Porque vocês têm argumentos muito sólidos sobre a questão do IOF, por exemplo.
05:04Você acha que tem uma interlocução boa ou está faltando mais diálogo?
05:08Bom, Marcelo, a gente teve interlocução com parte do Congresso,
05:12com os nossos reguladores, Banco Central, CVM, mas com o governo em si, não.
05:18Acho que não só o nosso setor financeiro, como vários outros.
05:21Todo mundo foi meio pego de surpresa com o IOF.
05:25Eu acho que não teve esse tipo de...
05:27Nem tanto estudo, dado que o impacto foi inesperado.
05:32Você teve que sair com o segundo decreto logo em seguida,
05:35corrigindo algumas distorções.
05:36Então, acho que falta esse diálogo, de entender qual é o impacto no negócio
05:40do dia a dia das pessoas.
05:44O impacto não só nos empresários, nas nossas empresas,
05:47mas também a gente como cidadão, no uso dos recursos.
05:51Enfim, acho que todo mundo é solidário na questão fiscal.
05:56Acho que a gente tem que ter um país com muito mais segurança, não,
05:59muito mais justiça fiscal do que a gente tem hoje,
06:02mas precisa ter diálogo.
06:04Senão, os impactos, ao invés de ser positivos, são muito negativos.
06:06É, porque tem alguns impostos que eles acabam emperrando a economia
06:09em vez de ajudar, né?
06:11Vocês, mudando um pouquinho de assunto aqui, Roberto,
06:13estão fazendo um evento muito interessante em São Paulo,
06:15nesses dois dias, falando sobre a importância de diversificar a carteira
06:19no sentido de expandir também para investimentos internacionais.
06:23Você acha que nesses tempos de incerteza que a gente está vivendo agora,
06:27não só no Brasil, mas no mundo todo,
06:29essa diversificação, ela ganha ainda mais importância?
06:32Com certeza.
06:34Um país, um mundo, com tantas incertezas,
06:40com tantos pontos de interrogação pela frente,
06:44exige que todos nós investidores, brasileiros, franceses, americanos, chineses,
06:49tenhamos uma alocação internacional estruturalmente bem feita
06:55nas nossas carteiras de investimento.
06:56A gente como nação, a gente como Brasil, temos uma diversificação estrutural
07:01rumo ao exterior, no exterior, assim, muito, muito atrasada.
07:05Se a gente comparar com pares internacionais, Marcelo,
07:08a gente vai ver que essas alocações,
07:10o quanto que o cidadão daquele país investe fora,
07:14corre na casa de 30, 40, às vezes acima de 50%.
07:16No Brasil, a gente está em 2,5%.
07:19Então, o que eu vejo, através desses eventos que a gente promove,
07:23é que, através de conhecimentos, de educação financeira,
07:27a gente desperta no nosso público, nos investidores,
07:32em geral, a noção de que a diversificação internacional protege a gente,
07:37protege o nosso patrimônio, protege o nosso poder de compra,
07:40protege o futuro da gente mesmo e das nossas famílias.
07:44Então, esses eventos são, a gente prepara com muito carinho todos os anos.
07:50Temos vários palestrantes, nomes de peso,
07:53de economistas internacionais, economistas domésticos.
07:57E, assim, é uma anonimidade.
07:59Temos que, como nação, evoluir para sermos um país mais conectado com o mundo,
08:04com mais troca, com mais troca de produtos, com mais troca comercial,
08:08mas também com mais troca financeira,
08:09de nós investirmos e aproveitarmos no mundo inteiro de oportunidades.
08:15Roberto Lice e Oda Avenue, foi um prazer falar com você mais uma vez aqui no Real Time.
08:19Obrigado e bom dia.
08:20Bom dia para você.
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