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A megaoperação contra o PCC, que desarticulou um esquema bilionário, virou disputa política entre o governo de Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Aliados de Tarcísio se incomodam com a tentativa do Planalto de tomar o protagonismo da ação.

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00:00Quero chamar a atenção que a enquete do dia, a pergunta que a gente publica no portal da Jovem Pan, jovempan.com.br, tem a ver com essa notícia.
00:08Então se você puder, entre no nosso portal, vote na enquete do dia do programa Os Pingos nos Is, daqui a pouco a gente traz mais detalhes a respeito dessa discussão.
00:17Mas a gente segue trazendo um outro aspecto dessa notícia, o Mota chegou até a adiantar no início do comentário dele, eu vou trazer as informações e vou passar justamente para o Roberto Mota.
00:27Porque essa mega operação contra o PCC se tornou alvo de uma disputa política por parte do governo federal e o governo de São Paulo.
00:36Aliados de Tarcísio de Freitas ficaram incomodados com esse movimento do Planalto de tomar para si o protagonismo da ação.
00:44Inclusive com a realização de uma entrevista coletiva com as participações de ministros e do diretor-geral da Polícia Federal, André Rodrigues.
00:52No final da manhã de hoje, o mandatário paulista divulgou um vídeo nas redes sociais exaltando essa ação contra o crime organizado,
01:00mas fez questão de ressaltar o trabalho da polícia de São Paulo, sobretudo a inteligência responsável por coletar informações desde 2023,
01:10que abasteceram a investigação do Ministério Público paulista e deu subsídios para essa ação realizada hoje.
01:16Tarcísio e o secretário de Segurança Pública, Guilherme de Ritch, fizeram questão de ressaltar que o combate ao crime organizado
01:24é pauta prioritária desde o início da gestão e afirmou que as ações contra o PCC vão continuar.
01:31Pessoas próximas ao governador dizem que a postura do governo Lula já é reflexo do fato do presidente ter dito
01:39em uma reunião ministerial nesta semana que Tarcísio seria o seu adversário na disputa presidencial.
01:47Começar essa com o Roberto Mota. Mota, disputa política, busca por protagonismo.
01:54Quem é quem nessa operação, Mota?
01:56A gente precisa entender uma coisa.
02:01Combate ao crime é uma decisão política.
02:05Não existe polícia eficiente que dê resultados se quem manda na política não estiver convencido
02:14de que é preciso combater o crime.
02:17Nada vai acontecer.
02:19Por isso é surpreendente, nesse momento, que pessoas e instituições que sempre foram indiferentes ao combate ao crime
02:28e olha, eu estou usando um eufemismo aqui, hein, gente?
02:32É surpreendente que essas pessoas e essas instituições agora estejam pedindo crédito de uma operação contra facções.
02:40Combate ao crime é uma decisão política.
02:43Daí vem os resultados espetaculares de alguns governos estaduais nos últimos anos, principalmente o governo de São Paulo,
02:53mas também o governo de Minas Gerais, de Goiás e de outros estados.
02:59Não existe combate ao crime sem um apoio político ao trabalho da polícia
03:06e sem um sistema de justiça criminal eficiente.
03:10Não adianta fazer essas operações usando a maior sofisticação, desbaratar essas quadrilhas
03:17e daqui a dois anos está todo mundo na rua.
03:23Ninguém é condenado a nada e volta a fazer a mesma coisa.
03:28Mas por que isso acontece?
03:30Porque predomina no sistema de justiça criminal brasileiro a ideia do criminoso coitadinho.
03:37predomina a ideia de que, olha, não se pode prender.
03:42Prender não adianta nada.
03:45E as prisões brasileiras são medievais.
03:49Façam uma busca na internet e vocês vão ver que essa frase,
03:54não se pode prender porque as prisões brasileiras são medievais,
03:57ela já foi repetida pelas mais altas autoridades desse país.
04:03ela consta de sentenças judiciais que dizem,
04:07olha, o criminoso realmente ele cometeu o crime, ele é culpado,
04:10mas não se pode prender porque as prisões do Brasil são horríveis.
04:14Agora eu pergunto a vocês, como é possível que algumas dessas mesmas pessoas
04:20que espalham essa crença há anos, há décadas aqui no Brasil,
04:26agora tenham se convertido ao combate ao crime?
04:29A gente só pode imaginar que, olha, alguém ligou para alguém e falou,
04:35imagina deixar o governo de São Paulo levar sozinho crédito de uma operação como essa?
04:42Imagina, olha, deixar que o governador Tarsísio leve esse crédito?
04:50Ele que, de repente, pode ser candidato a presidente no ano que vem?
04:55Mas, se a justiça for feita, nós vamos olhar para os últimos anos e vamos reconhecer
05:01que o trabalho que o governador Tarsísio e a sua equipe têm feito,
05:07eu que acompanho a justiça criminal, o combate ao crime nesse país na última década,
05:14eu não conheço nada parecido em preparo, em sofisticação, em ousadia, em coragem.
05:21Ninguém sabe o custo que essas pessoas pagam por isso.
05:27A gente tem um exemplo, o promotor Lincoln Gaquia,
05:30que hoje precisa de proteção policial para ele e para a sua família 24 horas por dia.
05:37Por que nós chegamos a esse ponto?
05:39Nós chegamos a esse ponto por causa das ideias erradas
05:43que predominam no sistema de justiça criminal do Brasil.
05:46façam uma busca na internet e vocês vão ver a origem dessas ideias erradas.
05:52Cedávila, como avalia essas discussões,
05:57o posicionamento dos integrantes do governo federal e do governo de São Paulo
06:02são narrativas que acabam se chocando, que se conflitam.
06:06Por exemplo, o presidente da República disse que todo esse trabalho começou no Ministério da Justiça.
06:12Já o governador de São Paulo e o secretário Guilherme de Rit,
06:16citaram o GAECO, mas também o trabalho realizado pela Polícia de São Paulo desde 2023.
06:23Caniato, vamos olhar para essa questão sobre dois prismas.
06:28O prisma político e o prisma técnico.
06:31O prisma político, o Mota tem razão.
06:33Política de segurança tem a ver com o tempero político.
06:37Um governo que acha que criminoso, todo criminoso nesse país, é vítima da sociedade,
06:44não consegue combater o crime, principalmente o crime organizado.
06:48Agora, o governo quer tirar lasquinha deste combate ao PCC,
06:53porque já viu em toda pesquisa que a maior preocupação do brasileiro,
06:57aquilo que tira o sono do brasileiro hoje, é justamente a violência.
07:01Nós moramos num dos países mais violentos do mundo.
07:05Qual é o país que tem 43 mil homicídios por ano que não está em guerra?
07:11Só o Brasil.
07:12Então, é óbvio que o governo está tentando mostrar algum tipo de reação
07:17para justamente não ficar com esta imagem de que é amigo de criminoso e de bandido
07:23e é pulso mole para combater o crime organizado.
07:27Então, isso é a exploração política.
07:30O governo querendo mostrar que é duro no combate ao crime,
07:35tirando casquinha desse trabalho unificado de polícias estaduais com a Polícia Federal.
07:40Então, esse é o lado político.
07:41Agora, vamos olhar do técnico.
07:43É verdade, sim, que o Ministério da Justiça reuniu os maiores especialistas em segurança pública,
07:49inclusive o Lincoln Gakia, do GAECO aqui em São Paulo,
07:53para discutir a tal da lei antimáfia.
07:55Então, isso é uma causa que nós aqui, nos Pingos nos Is, defendemos muito.
08:00O Brasil precisa de uma lei antimáfia.
08:03Vou de novo.
08:05O Brasil precisa de uma lei antimáfia.
08:07Máfia inspirada.
08:08Dá Vila congelou rapidamente, três segundos, você falava.
08:11O Brasil precisa de uma lei antimáfia.
08:13Pode seguir.
08:15Isso.
08:15Precisa de uma lei antimáfia muito inspirada na lei italiana.
08:19Uma lei que já vigora há muitos anos e que funciona.
08:22Essa lei italiana, da lei antimáfia, como é que ela funciona?
08:29Está oscilando.
08:30Está oscilando, Davila.
08:31A gente vai refazer a comunicação.
08:34Guarda esse ponto aí, porque daí a gente avança mais ou menos desse ponto.
08:38Eu vou passar então para o Diego Tavares,
08:40para ele analisar essa situação que envolve uma guerra de narrativas,
08:44ou busca por protagonismo.
08:45E aí as pessoas entendem o que é que está em jogo.
08:50Muitos colocam sobre a mesa os elementos que podem envolver um ativo
08:56para um grupo ou para outro no processo eleitoral.
08:59Mas é preciso também considerar o que a população observa de cada ente.
09:04O que o governo federal tem feito no combate ao crime organizado nos últimos dois anos e meio?
09:10E o que o governo de São Paulo tem feito ao longo desse tempo?
09:14Você, Diego, como observa tudo isso?
09:17Olha, Caniato, esse é o grande ponto.
09:20Existem muitas narrativas que ficam muito bem divididas entre os entes que polarizam certas discussões.
09:26Nesse tema especificamente, segurança pública,
09:28querer comparar o governo do estado de São Paulo com o governo federal,
09:33com todo o respeito que cabe ao governo federal,
09:35é quase como aquela luta entre o Popó e o Bambã.
09:38No começo da gestão do governo federal,
09:41quando o governo aqui do estado de São Paulo estava encampando a Operação Escudo,
09:46o governo federal estava tirando 700 milhões de reais do orçamento do patrulhamento de fronteiras,
09:51que é por onde entram as drogas, que é por onde entram as armas,
09:54que é por onde o crime organizado escoa as drogas e aumenta assim os seus rendimentos.
09:59Quando estava acontecendo aqui na capital a Operação Downtown,
10:03que eu citei no meu primeiro comentário,
10:05desbaratando já os braços financeiros do crime organizado,
10:07o governo federal estava achacando os estados para que as polícias colocassem câmeras nas fardas,
10:15sob pena de receberem cortes nos repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública.
10:20Então, para mim, é muito claro que o governo federal, com esse embate que se cria agora,
10:25está pensando somente nas eleições de 2026,
10:28está tentando se apropriar de uma pauta que nós sabemos muito bem.
10:31Quando o processo eleitoral começa, de fato, é uma das grandes pautas a serem debatidas,
10:37uma das grandes pautas cobradas pela sociedade.
10:40Mas do ponto de vista da entrega, do ponto de vista das políticas públicas,
10:45é inegável que o governo do estado de São Paulo está muitas léguas à frente do governo federal.
10:50Alguns pontos chamam muita atenção, além desses comparativos que eu fiz.
10:53Qual foi a última vez que qualquer pessoa viu uma coletiva de imprensa da Polícia Federal
10:59para tratar de uma operação?
11:01Eu confesso que eu nunca tinha visto.
11:03E isso é rotina aqui no governo do estado de São Paulo.
11:06Sempre que tem uma operação do GAECO,
11:08sempre que tem uma operação exitosa da PM e da Polícia Civil,
11:11ocorre uma coletiva de imprensa.
11:14Essas integrações entre as forças policiais aqui no estado de São Paulo
11:17já é algo praticamente do dia a dia.
11:20Nós temos até operações integradas de combate ao crime entre guardas civis municipais.
11:25Agora, o governo federal é muito bem-vindo para ajudar a combater o crime organizado.
11:30O Dávila disse muito bem, eu estou recorrendo muito aqui às falas do Dávila,
11:34que é, enfim, um grande comentarista aqui da casa.
11:37É um trabalho a ser feito de forma permanente,
11:40um trabalho para se tornar política de estado e não política de governo.
11:44Mas se for para politizar esse debate,
11:47e agora invocando aqui o Roberto Mota, já que se trata de uma decisão política,
11:51nós precisamos reconhecer que o governo federal está chegando agora
11:55e já está querendo se sentar na janelinha.
11:57O governo do estado de São Paulo tem muito mais resultado entregue nesse sentido
12:02e, enfim, não tem condições de ficar para trás num debate como esse.
12:07As pessoas, imagino eu, estão atentas a todos esses fatos.
12:10Pois é, o Luiz Felipe Dávila tinha introduzido suas informações nessa discussão
12:19e aí ele falava sobre a defesa ou a necessidade de uma lei antimáfia
12:24e aí nós perdemos o contato com o Dávila.
12:26Refizemos agora.
12:28Dávila, fique à vontade.
12:29Queremos escutar sua reflexão a respeito disso.
12:32Bom, nós falamos da exploração política deste episódio,
12:37mas nós vamos mostrar agora a incompetência técnica para tratar de verdade.
12:42Nós precisamos de uma lei antimáfia, muito baseada na legislação italiana.
12:47E nessa legislação italiana existem as agências independentes,
12:51a Coordenação Nacional da Luta contra a Máfia,
12:55que é formada por procuradores antimáfia,
12:57junto com um trabalho que chama lá DIA,
13:01que é uma cooperação das polícias, vamos dizer, estaduais, regionais,
13:05os carabinieres, com a Guarda de Finanças,
13:07que no fundo, o que que é?
13:08Coaf e Receita Federal.
13:11Só que para essa lei antimáfia funcionar, para valer no Brasil,
13:15nós precisamos de uma agência independente para coordenar todo esse trabalho.
13:21E o que acontece?
13:23Quando esse projeto passa a ser elaborado no Ministério da Justiça,
13:26é imediatamente boicotado pelo corporativismo.
13:30E dessa vez, pelo corporativismo da Polícia Federal,
13:33que não quer perder poder.
13:34Então veja só, Caniato, na hora que precisa de pulso firme
13:38para ter uma agência independente,
13:41capaz de coordenar o trabalho das polícias com os procuradores,
13:45com o Coaf e Receita Federal,
13:47o governo banana, não faz nada.
13:50E aí quer colher o aplauso da operação feita no Estado de São Paulo
13:54em parceria com a Polícia Estadual aqui de São Paulo,
13:57com o governo federal.
13:59Então, veja que na hora do vamos ver,
14:01na hora que nós precisamos de pulso firme da política
14:05para implementar uma lei antimáfia fundamental
14:08para desmantelar o crime organizado,
14:11aí o governo não entra em campo.
14:13Deixa o corporativismo,
14:15o interesse do corporativismo,
14:17se sobrepor ao interesse nacional,
14:19quer criar uma força, sim, nacional, capaz, independente,
14:24uma agência independente,
14:26capaz de combater o crime organizado.
14:28Então, é muita fala e pouco trabalho.
14:32Na hora que precisa de apoio político
14:34para medidas duras,
14:35e que sim, que vão contrariar
14:37interesses corporativistas,
14:41o governo simplesmente não compra briga.
14:44Várias mensagens de pessoas a respeito dessa discussão
14:48que nós estamos fazendo.
14:50Uma pessoa, inclusive, colocou aqui.
14:52Fiquei surpreso quando vi o ministro Fernando Haddad
14:55participando dessa coletiva.
14:57Qual será o interesse?
14:58Bem, agradeço a todas as pessoas que acompanham,
15:01participam do debate, enviam mensagem.
15:03Se puder, vote na enquete do dia.
15:05A pergunta é justamente sobre esse tema.
15:07Olha só, qual é o questionamento que nós fizemos
15:09para os nossos internautas, ouvintes,
15:12e também para a nossa audiência.
15:13Você acha que, a partir dessa operação realizada
15:16contra o crime organizado,
15:18o governo federal vai priorizar o combate às facções,
15:22vai adotar uma postura mais firme contra criminosos?
15:25Vote em jovempan.com.br.
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