Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Os medicamentos GLP-1, como Ozempic e Monjaro, movimentaram US$ 52 bilhões em 2024 e podem atingir US$ 63 bilhões ainda este ano, com projeção de US$ 186 bilhões até 2032. Leandro Berbert, sócio da EY Brasil, comenta o impacto no setor de saúde, obesidade e diabetes, e o potencial de redução de custos para sistemas públicos e privados.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Seis horas, quinze minutos, o Radar está de volta.
00:03Vistos como questões de saúde pública, diabetes e obesidade foram colocados no centro dos debates
00:10com o crescimento dos medicamentos GLP-1.
00:13O Zempic, Monjaro e diversos outros se tornaram uma febre.
00:19Esse mercado foi avaliado em 52 bilhões de dólares em 2024 e deve crescer para 63 bilhões esse ano.
00:27Já em 2032, a alta deve ser ainda maior, chegando a 186 bilhões de dólares,
00:35isso de acordo com a Fortune Business Insights.
00:39Para falar com a gente sobre esse assunto, eu recebo aqui no estúdio o Leandro Berbert,
00:43sócio da UI Brasil para a área de saúde.
00:46Boa noite, Leandro, tudo bem?
00:47Boa noite, prazer falar contigo novamente, Fábio.
00:49Obrigado mais uma vez pela sua visita aqui ao estúdio.
00:51Leandro, esse tipo de medicamento GLP-1 está em forte crescimento,
00:56como a gente trouxe esses dados e isso, pelo visto, não é transitório,
01:00continua por algum tempo.
01:02Qual a consequência desse crescimento para o setor de saúde?
01:06Legal, acho que antes de falar do crescimento desse medicamento com foco na obesidade,
01:11a gente pode resgatar um pouco o histórico dos medicamentos análogos ao GLP-1,
01:15hoje conhecido como as canetas emarguecedoras.
01:18A gente tem inclusive uma arte aqui, né?
01:20Perfeito.
01:21Basicamente, esses medicamentos foram desenvolvidos com foco na diabetes tipo 2
01:26e percebeu-se ao longo do tempo, observou-se que a redução de saciedade era relevante,
01:33bem como a redução de peso de quem efetivamente estava em um tratamento com esse tipo de caneta emagrecido.
01:40Então, a partir desse momento, a indústria viu uma oportunidade ainda maior
01:44que a oportunidade de diabetes tipo 2, com foco na obesidade.
01:47Então, quando a gente olha dados de obesidade, a gente tinha,
01:51isso aqui é a fonte atras mundial da obesidade,
01:54a gente tinha uma expectativa de mais ou menos 66,9 milhões de brasileiros com obesidade ou sobrepeso em 2010
02:01e se espera atingir mais, aproximadamente 120 milhões em 2030, né?
02:07Esse mercado é um mercado muito maior que o mercado da diabetes tipo 2.
02:11Hoje, estima-se que tenhamos no Brasil aproximadamente 20 milhões de brasileiros com diabetes tipo 2.
02:16Então, a gente está falando de um mercado aproximadamente 5 vezes maior, né?
02:20E por isso o boom e todo esse apelo que a gente tem acompanhado recentemente.
02:25E qual é o custo de obesidade e diabetes sobre o sistema de saúde?
02:30Esse tipo de medicamento, por exemplo, ele tem um potencial de diminuir esse custo para o sistema?
02:37Legal. Eu acho que sistemas de saúde, não só do Brasil, mas do mundo inteiro,
02:41estão olhando para esse medicamento e tentando encaixar esses medicamentos
02:45na equação de custo-efetividade no tratamento e no custo da saúde como um todo, né?
02:50Então, de fato, isso é algo novo, mas está sendo muito incorporado e muito pensado.
02:55Hoje, no Brasil, estima-se aproximadamente 1 bilhão e meio gasto com obesidade,
03:00muito focado na atenção primária em cirurgias bariátricas, né?
03:06E aproximadamente 800 milhões com diabetes tipo 2.
03:09Mas acho que é importante mencionar que desse horizonte que a gente mostrou
03:14de aproximadamente 100 milhões de brasileiros, poucos são atingidos por esse tratamento do sistema de saúde.
03:21Então, de fato, tem-se aí o que a gente pode entender um sub-tratamento
03:25que esses medicamentos podem ajudar a encurtar esse gap e essa deficiência que temos no sistema de saúde.
03:33E você vê uma possibilidade a curto prazo de o sistema público de saúde passar a oferecer essas canetas?
03:38É, tivemos uma discussão muito recente da semana passada, né?
03:41Onde a Conitec, o órgão, a comissão responsável pela avaliação de custo-efetividade
03:48e incorporação desse medicamento do SUS, rejeitou a incorporação, né?
03:53E tem alguns motivos para isso.
03:55Talvez um dos principais motivos seja o custo, né?
03:57A gente viu o volume de brasileiros que hoje têm sobrepeso ou obesidade.
04:04Você imagina multiplicar esses brasileiros com um tratamento inovador, ainda caro, né?
04:08Ainda é um medicamento que a gente vai falar mais um pouco adiante,
04:13mas é um medicamento que está ganhando ainda competição e redução de preço.
04:18Acho que é algo que vai acontecer.
04:19Então, hoje, traz um custo, estaria um custo muito grande para o sistema de saúde.
04:23Essa é uma das razões, né?
04:24Talvez a gente não esteja preparado como sistema de saúde ainda
04:27para a incorporação de medicamentos desse nível de custo, tá?
04:31A gente tem uma outra arte aqui também,
04:33que ela trata de mudanças no comportamento da população
04:36pelo uso desse tipo de medicamento, né?
04:39Legal, bacana.
04:40Eu acho que esse gráfico ilustra bem o que é evolução.
04:43Aqui a gente está usando os Estados Unidos como referência, né?
04:45Essas canetas com foco em diabetes tipo 2 foram aprovadas no FDA,
04:52que é o equivalente à Anvisa, a nossa Anvisa,
04:55no primeiro momento, em 2005, lá nos Estados Unidos, com foco em diabetes tipo 2, né?
05:01Posteriormente, quando percebeu-se os potenciais ganhos e a utilização para a obesidade,
05:06em 2014 foi a primeira aprovação voltada para a obesidade.
05:12A partir daí, a gente começou a acelerar, né?
05:15Alguns estudos, como esses estudos da UI Parton,
05:18apontam para aproximadamente 21% dos americanos utilizando as canetas em 2034, né?
05:26Hoje já se fala que aproximadamente 12% dos americanos,
05:30em algum momento utilizaram os análogos GLP-1 e aproximadamente 6% a 8% da população
05:38o faz de maneira contínua.
05:40Então, de fato, hoje a gente está numa aceleração, né?
05:44E acho que tem muita coisa para acontecer, muitos novos entrantes,
05:47muitas discussões antes da gente atingir um platô, né?
05:50E o uso de forma mais generalizada dessas formas.
05:54Bom, hoje esses medicamentos são joias das indústrias farmacêuticas, né?
05:59Que impacto dá para esperar da quebra da patente desses medicamentos no futuro?
06:04A quebra da patente, ela no curto prazo, ela pode ser muito benéfica
06:09no custo do cuidado, né?
06:11Do sistema de saúde público e também no privado, né?
06:14Então, num primeiro momento, a maior competição
06:17e a entrada das indústrias nacionais nesse mercado, né?
06:21Pode ser, de fato, uma mudança de paradigma importante.
06:26Todavia, é sempre bom observar que a quebra de forma indiscriminada de patentes
06:32pode levar a um incentivo negativo, né?
06:35O desincentivo no investimento a longo prazo das indústrias.
06:39Então, a gente olha com muito cuidado esse tipo de artifício, né?
06:45Então, de fato, tem um lado muito positivo esperar as patentes
06:47pode ajudar nessa competitividade e redução do preço, né?
06:51Acho que a gente tem um mercado com muita demanda e a redução de preço será muito benéfica,
06:57mas tem que se olhar os investimentos que são feitos em novas drogas e novos medicamentos.
07:02Isso é muito custoso e a indústria precisa de um pouco de proteção
07:05para arriscar e avançar nesses ensaios clínicos e desenvolvimento de novas moléculas.
07:10Tem que haver um equilíbrio, né?
07:12Perfeitamente.
07:12Leandro Berbert, sócio da UI Brasil para a área de saúde.
07:16Leandro, muito obrigado mais uma vez aqui pela sua presença, pela sua análise.
07:19Uma boa noite para você.
07:20Boa noite para você.
07:21Obrigado.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado