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O setor de saúde suplementar superou 52 milhões de beneficiários no Brasil, impulsionado pela retomada do emprego formal. Apesar do avanço, desafios como inflação médica e alto custo dos planos exigem soluções tecnológicas e estruturais. Leandro Berbert, sócio da EY Brasil, analisa os caminhos para um crescimento sustentável.

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Transcrição
00:00O número de beneficiários da saúde suplementar vem crescendo no país.
00:04Chegou a 52 milhões de pessoas, cerca de 25% da população.
00:09Já os outros 75%, mais de 150 milhões de brasileiros, dependem exclusivamente do SUS.
00:17Essa concentração pressiona as contas públicas e agrava os já conhecidos problemas de acesso.
00:23Apesar do espaço para a expansão, o sistema enfrenta diversos desafios,
00:28como o aumento dos custos.
00:30Por outro lado, soluções começam a ganhar força.
00:34Avanços tecnológicos, uso mais eficiente de dados dos pacientes, mudanças estruturais
00:40e uma abordagem mais integral da saúde, com foco em prevenção.
00:45Esses são caminhos adotados por empresas para manter um crescimento sustentável.
00:50Quem vai explicar melhor para a gente esse panorama é o Leandro Berbit,
00:53sócio da UI Brasil para a área de saúde.
00:56Tudo bom, Leandro? Boa tarde.
00:57Boa tarde. Prazer falar contigo.
00:59Obrigado pela sua presença aqui, obrigado pela visita aqui ao nosso estúdio.
01:03Leandro, como é que você avalia o momento atual no Brasil do setor de saúde suplementar?
01:08A gente tem um copo meio cheio e meio vazio.
01:11Acho o lado positivo é que a gente superou os 52 milhões de beneficiários,
01:15que são os usuários de planos de saúde.
01:17No primeiro trimestre, a gente fechou com 52,3 milhões e as prévias que indicam
01:22um fechamento do segundo trimestre com um ganho ainda de algumas centenas de milhares de beneficiários.
01:29Então, estaremos próximos a 52,6, 52,7 milhões de beneficiários.
01:35Então, esse é o lado positivo.
01:37O lado ainda a desenvolver é que apenas 25%, como você bem colocou, dos brasileiros,
01:42tem acesso ao plano de saúde.
01:44E a população, de maneira geral, valoriza muito o acesso ao plano de saúde.
01:49Então, acho que a gente tem um caminho ainda pela frente para conseguir superar essa barreira dos 25%
01:54e dar mais acesso privado à maior parte da população brasileira,
01:59aliviando também as contas públicas, o SUS e todas as contas públicas de forma geral.
02:05A gente tem aqui, então, um gráfico que é exatamente a evolução do número de beneficiários
02:08de planos privados por ano, é isso?
02:11Isso, exatamente.
02:12A gente tinha 49 milhões de beneficiários lá em 2015,
02:17chegamos a 47 milhões de beneficiários em 2019
02:20e hoje a gente está com 52,1% no fechamento do primeiro trimestre
02:24e a gente aponta para um fechamento ainda maior no segundo trimestre de 25%.
02:28Chama bastante a atenção essa queda no período.
02:30Tem a ver com a crise econômica que a gente viveu ali?
02:33Certamente.
02:34O número de beneficiários está muito relacionado ao nível de emprego.
02:38Então, certamente, vamos ter uma correlação muito grande dessa melhora
02:43do número de beneficiários com o baixo nível de desemprego que a gente verifica recentemente.
02:49É isso, a curva de 19 para frente só vem crescendo.
02:54E como é que é possível, então, aumentar essa presença da saúde suplementar no Brasil?
02:59Eu acho que tem um nível de atividade econômica, como eu mencionei.
03:02Então, quanto mais a população seja empregada em empregos formais,
03:08hoje mais de 70% dos benefícios de saúde, eles advêm das relações trabalhistas,
03:16advêm de planos corporativos.
03:18Então, eu acho que a atividade econômica é importante, bem como a atividade econômica formal.
03:24E eu acho que a gente tem que pensar alternativas no produto de saúde.
03:29Hoje, o nosso produto, conforme regulado pela ANS, é um produto completo, é um produto caro.
03:36E nem toda a população brasileira tem condição de arcar com esses custos individuais.
03:41E aí, para as empresas, e claro, com reflexo para quem paga também o plano,
03:47houve um aumento de custos, especialmente da pandemia para cá, né?
03:50Exato, exato.
03:51Essa é uma disputa que acontece no mundo inteiro, é uma questão muito importante,
03:55que é a inflação médica.
03:57A inflação médica, de forma geral, supera a inflação oficial.
04:01Isso acontece nos Estados Unidos, acontece na Europa e não é diferente no Brasil.
04:04Talvez no Brasil a magnitude dessa diferença seja um pouco maior.
04:09Então, isso é um desafio constante que a gente tem nos últimos 10, 20 anos
04:12e espera continuar tendo adiante.
04:16Então, o que o setor de saúde tenta fazer é encontrar meios de integrar a cadeia
04:20e conseguir reduzir o custo e reduzir o repasse de custos às empresas, né?
04:25Eu gosto de ressaltar que mais de 70% dos planos são empresariais.
04:29Então, de fato, quem paga a conta, quem paga esses reajustes acima da inflação oficial
04:34são as empresas.
04:36E o uso de tecnologia também, em que medida já é uma realidade no setor?
04:41Eu acho que o setor de saúde tem muito a avançar ainda no uso de tecnologia.
04:45A tecnologia pode ajudar, por exemplo, na coordenação do cuidado, né?
04:49De fato, de ter o beneficiário no local certo, na hora certa, né?
04:54Otimizando e reduzindo desperdícios que hoje em dia se observa na cadeia, né?
04:58Então, acho que a tecnologia vai muito por essa frente, vai também ajudando na parte de dados, né?
05:04Com dados você pode ser mais efetivo e mais individualizado nos tratamentos, né?
05:08Dando o tratamento mais adequado, no melhor custo para os beneficiários e pacientes.
05:14A gente tem uma outra arte aqui também, exatamente em relação ao compartilhamento de dados, né?
05:19Entra nesse ponto que você estava falando aí.
05:22Pacientes que aceitam compartilhar seus dados e aí, por tipo de dado, existe uma diferença, né?
05:27É, a gente falou muito aqui do papel das operadoras de saúde, dos hospitais,
05:33na redução do custo do cuidado e na oferta de planos de saúde mais acessíveis, né?
05:38E tem o lado também dos beneficiários, né?
05:40Dos pacientes, né?
05:42De conseguir se cuidar de forma mais efetiva.
05:46E quando a gente olha esse dado, a gente vê que os pacientes aceitam
05:49ofertar os seus dados para que seja melhor cuidado, né?
05:55Então, os pacientes também têm interesse de usar a tecnologia a seu favor no cuidado
06:01e, eventualmente, na redução do custo médico e em uma cadeia mais saudável.
06:06O que é que é preciso avançar?
06:09Em que pontos é preciso avançar para uma integração maior do sistema de saúde?
06:14Legal. Acho que, principalmente, os principais players, né?
06:18Prestadores, né? Que são clínicas e hospitais e operadoras de saúde
06:22precisam trocar mais dados e conseguir conectar e coordenar melhor o paciente
06:28na sua jornada.
06:29Na jornada do cuidado, quando você vai ao médico, em seguida vai fazer um exame,
06:34em seguida vai ao hospital, volta para casa.
06:37Os dados vão permitir você ter uma jornada otimizada
06:41e o tratamento mais individualizado.
06:44Então, eu acho que a troca de informações, ela gera um ganho para toda a cadeia,
06:48para o paciente, para quem vende os planos de saúde e também para quem presta o serviço,
06:53principalmente de alta complexidade, no caso de hospitais.
06:56E aí, quando a gente fala de dado e compartilhamento, troca de dados,
07:00sempre, isso não é só na medicina, é claro, entra a preocupação com a privacidade, né?
07:05Como é que os pacientes podem olhar para esse compartilhamento no que diz respeito ao setor de saúde?
07:11É, eu acho que o setor de saúde tem uma questão a mais com relação à confidencialidade dos dados,
07:16porque as informações são muito sensíveis, né?
07:18Informações de condições de saúde, doenças são muito sensíveis.
07:22Então, cabe às empresas tomar as medidas necessárias para que esses dados não vazem,
07:28para que, de fato, seja preservada toda a confidencialidade dos beneficiários.
07:34Acho que é um risco que o setor traz a mais pela sensibilidade desses dados de saúde.
07:39Leandro Berbert, sócio da UI Brasil para a área de saúde.
07:43Obrigado, Leandro, pela sua presença aqui no nosso estúdio, mais uma vez.
07:47E boa noite para você.
07:48Eu que agradeço, torce. Muito obrigado.
07:50Valeu.
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