- há 4 meses
Categoria
📺
TVTranscrição
00:00Pia descobre o secreto de Cristóbal.
00:07O próximo martes em La Promesa, Pia segue o rastro da misteriosa carta de Cristóbal
00:12e encontra provas que poderiam cambiá-lo todo.
00:17Mientras a detenção de Lorenzo sacude a família, Curro confiesa a Lope, Vera e Pia
00:22que foi ele quem acusou ao capitão.
00:26Manuel desafia a Alonso em uma confrontação sem precedentes,
00:30Martina pensa em abandonar a hacienda e a pasão estalla entre Curro e Ángela.
00:35Que revelará a carta, e quem pagará o preço de tantas verdades ocultas?
00:40O aire em La Promesa era uma entidade palpable, densa e cargada com as secuelas de um terremoto.
00:48Não um tremor da terra, mas um que havia sacudido os cimentos mesmos da família Luján,
00:54arrancando de cuajo uma de suas columnas, aunque carcomida e podrida, o capitão da mata.
01:00A notícia de sua detenção por a Guardia Civil, acusado de alta traição e contrabando de armas,
01:06se havia esparcido por os pasillos do palácio como uma mancha de aceite sobre um brocado,
01:11silenciosa pero imparável, ensuciando o nome da casa,
01:15pero, ao mesmo tempo, limpiando uma herida que levava demasiado tempo supurando.
01:19O desayuno de esa mañana de martes foi um espectáculo de silencios estudiados e miradas furtivas.
01:27O marquês, Don Alonso, presidia a mesa com uma rigidez que não lograva ocultar o temblor
01:33na mão com que sostenia sua taza de café.
01:38Su rostro, habitualmente um mapa de serena autoridade, era agora uma máscara de plomo.
01:45A desondra era um plato amargo,
01:47incluso quando o desonrado era um homem ao que despreciava.
01:52Doña Cruz, a sua lado, interpretava seu papel a perfeição.
01:56Su abanico se movia com uma agitação controlada,
01:59seus labios fruncidos em uma moca de pública consternação.
02:02Que vergonza, Alonso, que vergonza para esta família,
02:09susurraba, pero seus olhos, dois esquirlas de hielo, delataban um triunfo gélido.
02:16Lorenzo era uma peça que já não lhe servia em seu tablero,
02:19um peão díscolo que havia sido barrido por uma mão invisível.
02:24E, aunque não sabia de quem era essa mão,
02:27a limpeza do caminho era imensamente grata.
02:30Manuel, sentado frente a seus pais,
02:35sentia o peso da atmosfera oprimiéndole o pecho.
02:38A detenção de seu tio político era, no fundo, um alivio.
02:43O homem era um veneno.
02:47Mas as implicações, o escândalo, o efecto na empresa,
02:51a mancha no apellido Luján.
02:55Tudo isso se arremolidava em sua mente como uma tormenta de arena.
02:58Observava a Catalina, quem, a diferença de outras ocasiões, não intervenia.
03:06Comia em silencio, com a mirada perdida no patrão do mantel.
03:10Lorenzo a havia traicionado.
03:12Havia jogado com sua confiança e com o futuro da promessa.
03:15Su silencio não era de indiferencia,
03:19mas de um profundo e amargo processamento do dolor.
03:24Martina, por sua parte, apenas provava bocado.
03:27A caída do capitão era um eslabão mais na cadeia de desgracias
03:31que pareciam encadena a sua família.
03:32Cada escândalo, cada pelea, cada traição,
03:38era um golpe mais em sua maltrecha determinação
03:41de encontrar a felicidade naquele lugar.
03:45Sentia a mirada de Catalina sobre ela de vez em quando,
03:48uma mirada que já não era de complicidade,
03:50mas de uma fria distância.
03:54E isso lhe dolia mais que qualquer escândalo público,
03:56mas a verdadeira processão ia por dentro
03:59e o portador do secreto mais pesado não estava na mesa.
04:04Em a tranquilidade relativa da biblioteca,
04:07onde o olor a cuero viejo e papel parecia absorber os secretos,
04:11Curro havia convocado a seus mais fieles aliados.
04:16Lope, Vera e Pia o ouviram com uma expectação
04:19que quase podia tocarse.
04:21O jovem marquês, habitualmente impulsivo e de sangue caliente,
04:24mostraba uma calma inusitada,
04:27a calma do que há cruzado um Rubicão
04:29e há aceitado as consequências.
04:33Fui eu, disse finalmente,
04:35e as palavras, aunque dicas em voz baixa,
04:38resonaram na sala como o taíno de uma campanha.
04:42Pia foi a primeira em reaccionar.
04:44Su rosto, sempre um remanso de compostura,
04:47mostrou uma grieta de pura sorpresa.
04:51Que has feito, muchacho?
04:53Vera, a sua lado,
04:54sentia um torbellino de emociones.
04:57Miedo por Curro,
04:58orgulho por sua valentia
04:59e uma admiração que lhe faz latir o coração com força.
05:04Lope, prático e leal,
05:06frunciou o ceño,
05:07sua mente já calculando os peligros.
05:10Hice o que tinha que fazer,
05:11continuou Curro,
05:12sua voz ganando firmeza.
05:16Encontré os documentos.
05:17Estavam em seu despacho,
05:19em um doble fundo do cajão.
05:20Papeles que provavam a venda de armas
05:22a potências extranjeras,
05:24registros de pagos,
05:25nombres,
05:26fechas.
05:29Tudo.
05:30Não podia deixá-lo passar.
05:31Não depois de tudo o que a fez,
05:33não depois do que a fez,
05:33não depois do que a fez a minha mãe.
05:34A menção de doña Eugenia
05:38colgou no ar,
05:40cargada de um dolor antigo
05:41e uma justicia tardia.
05:44Lope se passou uma mão por o pelo.
05:46Curro,
05:47isso é muito sério.
05:48Entregaste os documentos
05:49de forma anônima,
05:50verdade?
05:51Nadie sabe que foste tu.
05:54Nadie,
05:55salvo a Guardia Civil.
05:56Hice que pareciera
05:57um soplo anônimo,
05:58uma carta deixada
05:59no cartelinho.
06:00Mas se investigam,
06:03se tiram do hilo,
06:04não sei que tão profundo
06:06podem chegar.
06:07Hiciste bem,
06:08disse Vera,
06:09sua voz um susurro fervente.
06:12Pou uma mão no braço de Curro,
06:14um gesto de apoio incondicional.
06:16Esse homem merecia a basura,
06:18não os salões da promesa.
06:22Pia,
06:23sem embargo,
06:24veia mais além da vitória imediata.
06:26Veia o tablero de ajedrez completo,
06:28as jogadas e contrajugadas
06:30que estavam por venir.
06:33Curro,
06:34has desatado a um demonio,
06:35mas não matado a uma bestia.
06:37Lourenço de la mata
06:38tem contactos,
06:39tem poder incluso
06:40desde uma celda.
06:43E se alguma vez
06:44sospecha de ti,
06:45não terminou a frase,
06:46não fazia falta.
06:47O peligro era uma sombra
06:48que se cernia
06:49sobre todos eles.
06:52O sei,
06:53Pia,
06:53e estou preparado para isso,
06:55afirmou Curro,
06:56aunque em seus olhos
06:57havia um destelho
06:58de a incertidumbre
06:58que negava com seus palavras.
07:00Mas por primeira vez
07:03em muito tempo,
07:04sinto que he feito
07:05algo correto.
07:06Algo que vale a pena.
07:09A conversação se extendiu,
07:11texando uma rede
07:12de estratégias e precauções.
07:14Planearam como atuar,
07:15como manter o secreto
07:17a salvo entre os quatro,
07:18se tornou um pequeno
07:20em uma pequena
07:20de confiança
07:21em meio de um
07:21océano de intrigas.
07:25Curro,
07:26ao sentir
07:26o apoio incondicional
07:27de Lope,
07:28a admiração de Vera
07:29e a sabedoria
07:30cautelosa de Pia,
07:31se sentiu menos só.
07:32Lope de Lope,
07:35havia movido
07:35a peça mais importante
07:37de sua vida,
07:38e agora só
07:38quedava esperar
07:39a resposta do destino.
07:43Muitas tanto,
07:44em os despachos
07:45da empresa familiar,
07:46outra batalha
07:47se liberaba,
07:48uma guerra fria
07:48de poder e ambição.
07:52Manuel,
07:53havendo deixado atrás
07:54a tensa atmosfera
07:55do desayuno,
07:56se enfrentava
07:56a Leocadia.
07:57A viuda de Dona Bel
08:00era uma mulher
08:01cuja aparência frágil
08:02ocultava
08:02uma vontade de acero
08:04e uma mente
08:04tão afilada
08:05como um estilete.
08:08Leocadia,
08:09acho que a minha proposta
08:10é mais que generosa,
08:11disse Manuel,
08:12tentando manter
08:13um tomo conciliador.
08:16Se sentou
08:17no borde
08:18de sua escritoria,
08:19uma postura
08:20que pretendia ser casual
08:21mas que delatava
08:22seu nervosismo.
08:24Le ofereço
08:25uma suma
08:26considerable
08:27para que ceda
08:27suas acções.
08:28Podia viver
08:29cómodamente,
08:30lejos de todas
08:31estas preocupações.
08:34Viajar,
08:35disfrutar,
08:36o que você dese.
08:37Leocadia
08:37observava
08:38desde o outro lado
08:39da mesa,
08:40suas mãos
08:40entrelazadas
08:41sobre o seu regalo.
08:43Uma sonrisa
08:44quase imperceptível
08:46jogueteava
08:46em seus labios.
08:47Sabia
08:48perfectamente
08:48o que Manuel queria,
08:50o controle total.
08:53Queria borrar
08:53qualquer vestigio
08:54de a influência
08:55de Abel,
08:55qualquer voz
08:56discordante
08:57em seu imperio.
08:59É uma oferta
09:01muito tentadora,
09:02Don Manuel,
09:03não o nego,
09:04respondeu
09:04com uma voz
09:05suave
09:05como o terciopelo.
09:06não é só
09:17uma questão
09:18de dinheiro.
09:18compreendo
09:19seu sentimentalismo,
09:21de verdade
09:21que sim,
09:22replicou
09:22Manuel,
09:23a impacência
09:24teñendo
09:24ligeramente
09:25sua voz.
09:25mas,
09:27mas o negocio
09:29são os negócios. Necesitamos uma direção unificada, uma visão clara para o futuro, especialmente agora, com todo este
09:39desagradável assunto de Lorenzo. Leocadia ladeou a cabeça. Precisamente por isso, Don Manuel.
09:46Em tempos de crise, é quando se precisa estabilidade, não mudanças abruptas. Um barco precisa todas as mãos
09:54encubierta durante a tormenta, não lhe parece? Manuel se deu conta de que estava perdendo
10:01terreno. Ela era demasiado inteligente, demasiado hábil en o arte da evasiva. Não ia aceder
10:09tão fácilmente. Piénselo, Leocadia. Tômese seu tempo, disse finalmente, tentando recuperar
10:15o controle. Oh, o farei, disse ela, levantando-se com uma elegancia deliberada. É uma decisão
10:24de suma importância, e não deve tomarse a la ligera. Necesito sopesar todas as variables,
10:31considerar o futuro, o legado de mi Abel. Se detuvo na porta, voltando-se para ele. Le
10:39farei saber a minha decisão quando a tenha tomado. Não tenha prisa, Don Manuel. A paciência
10:46é uma virtude que os grandes empresários, como você aspira ser, devem cultivar. E com essa
10:53última estocada verbal, saiu, deixando a Manuel só com o eco de suas palavras e a amarga
10:59certeza de que Leocadia não era uma simples viuda afligida. Era uma reina em seu próprio
11:05tablero, e não pensava abdicar de sua posição sem uma luta encarnizada. A guerra por o
11:12controle da empresa não havia feito mais que começar. A tensão, como uma enfermidade,
11:16se contagiava por todo o palácio. Al sair do despacho, frustrado por seu encontro com
11:24Leocadia, Manuel se topou com Martina no pasillo. La viu recoger uma pequena maleta de
11:31viaje que havia junto à la escalera, uma maleta que ele não havia visto antes.
11:35Martina, onde você vai com isso? perguntou, o coração encogiêndo-se-le com um mal
11:42presentimento. Martina se sobresaltou, forzou uma sonrisa que não chegou a seus
11:48olhos, ou a nenhum lugar em particular. Só organizando algumas coisas, mas
11:56Manuel conhecia a sua prima. Conocia essa mirada de tristeza resignada, o temblor
12:00quase imperceptível de seu labio inferior. Que ocorre, e não me digas que nada, algo
12:07te passa? Martina suspirou, sua fachada desmoronando-se. Não posso mais, Manuel, não posso
12:15seguir aqui. Que queres dizer, aqui, na promesa? Sim, susurrou ela, sua voz quebrando-se. Este
12:23lugar, se ha vuelto um campo de batalha. E eu estou em meio, sendo um estorbo para todos,
12:30para Catalina. Manuel frunciou o ceño. Catalina, que tem que ver ela nisto? Tudo, respondeu Martina,
12:39as lágrimas asomando a seus olhos. Desde que cheguei, só le he traído problemas. E agora,
12:46com o da empresa, com nossas diferenças. Sinto seu desprecio, Manuel. Cada vez que me
12:54mira, veo decepção. Cree que sou uma frívola, uma inútil que não se preocupa por o legado
12:59familiar. E talvez tenha razão. O melhor é que me vai. Que volta a Madrid com meus
13:06pais. Allí, ao menos, minha inútilidade passará desapercebida. As palavras de Martina
13:13golpearam a Manuel com a força de uma bofetada. A ideia de que ela se fora, de que sua luz se
13:20apagara en a promesa, le resultou insoportável. Pero o que mais le enfureceu foi a causa. A
13:29creciente frialdade de sua irmã e a indiferencia de sua padre ante a evidente fractura familiar.
13:33Não vais a ir a nenhuma parte. Dijo com uma ferocidade que sorprendiu a própria Martina.
13:43Isso não pode ser, não o vou permitir. Sem dizer uma palavra mais, se deu a volta e se dirigiu
13:49com passo decidido para o despacho de sua padre, deixando a Martina confundida e com o coração
13:53em um puño em mitad do palco. Manuel não se molestou em chamar. Abriu a porta do despacho
14:00de Alonso com um ímpetu que fez que o marquês levantara a vista de seus papeles com sobresalto.
14:07Manuel, que modos são esses? Exclamou Alonso, visivelmente molesto por a interrupção.
14:15Modos? Replicou Manuel, sua voz temblando de ira contenida. Se plantou frente ao escritorio
14:20de sua padre, apoiando as mãos na madeira pulida. Vamos a falar de modos? Ou vamos
14:28a falar de como está permitindo que esta familia se desmorone delante de sus narices.
14:34Alonso se reclinou em seu sillão, seu rosto endureciéndose. De que demonios estás falando?
14:41Hablo de Martina, quer marcharse de la promesa. Le parece normal? Le parece aceptable que
14:46sua sobrina, que ha encontrado aqui um refugio, agora se sienta tan desdichada que quiera
14:51huir. La mención de Martina pareció desconcertar a Alonso por un momento. Marcharse? Por qué?
15:01Por Catalina, por la presión, por la hostilidad que se respira en esta casa. Porque Catalina,
15:07a la que usted tanto alaba y protege, la está machacando con su indiferencia y sus reproches.
15:12Y usted, usted no hace nada. Está tan ciego con los negocios y el que dirán que no ve
15:18el sufrimiento de la gente que le rodea. Alonso se puso en pie, su rostro enrojeciendo de cólera.
15:26Mide tus palabras, Manuel. Catalina está luchando por salvar el patrimonio de esta familia. Un
15:32patrimonio que tú pareces despreciar con tus avioncitos y tus distracciones. Martina es
15:39una buena chica, pero sus prioridades no siempre han estado alineadas con las necesidades de la
15:43promesa. Fue la gota que colmó el vaso. La minimización del dolor de Martina, la defensa
15:50ciega de Catalina, la acusación velada. Todo hizo explosión dentro de Manuel. Prioridades?
15:58Necesidades? Espetó, su voz subiendo de volumen hasta convertirse casi en un grito.
16:03La primera necesidad de una familia es cuidarse, apoyarse, no devorarse los unos a los otros por
16:12un puñado de acciones y hectáreas de tierra. Martina nos necesita, y usted la está dejando de
16:17lado. Se ha convertido en un simple administrador, no en un padre. Un contable de desgracias que ha
16:24olvidado lo que es el cariño. La falta de respeto era flagrante, la acusación, brutal. El silencio
16:33que siguió fue más ruidoso que los gritos. Alonso miraba a su hijo como si nunca lo hubiera
16:39visto antes. El dolor y la ofensa luchaban en su rostro. Nunca, jamás, Manuel le había hablado de
16:47esa manera. Había cruzado una línea, una línea sagrada e invisible que separaba al hijo del
16:53hombre. Sal de mi despacho, dijo Alonso, su voz apenas un susurro helado, pero cargado con todo
17:00el peso de su autoridad herida. Ahora mismo, Manuel, con el pecho subiendo y bajando por la agitación,
17:09sostuvo la mirada de su padre por un segundo más, una mirada llena de desafío y de una profunda
17:14decepción. Luego, sin una palabra más, se dio la vuelta y salió, cerrando la puerta tras de sí con
17:22un portazo que retumbó en todo el ala del palacio. Un sonido que era el eco perfecto de la fractura
17:27irreparable que acababa de producirse entre padre e hijo. Lejos de los dramas de los señores, en el
17:34corazón palpitante de la promesa, la cocina, la vida seguía su curso con otros ritmos y otras
17:39preocupaciones. Simona y Candela, las matriarcas de aquel universo de fogones y aromas, observaban a
17:48la nueva doncella, en hora, con una mezcla de curiosidad y compasión. La muchacha era callada,
17:57casi etérea, y se movía con una timidez que rayaba en el miedo. Había un aura de tristeza en ella que
18:04ambas cocineras, expertas en leer las almas a través de los apetitos y los silencios, no podían
18:09ignorar. Hay que hacer que esa niña hable, Simona, dijo Candela mientras amasaba el pan con
18:16energía. Parece un pajarillo asustado, no es bueno guardarse las penas tan adentro, que luego se
18:24enquistan y envenenan el alma. Simona asintió, añadiendo más leña al fuego. Tienes razón, pero
18:31hay que ir contiento. No es de las que se abren a la primera de cambio. Necesita confianza. Decidieron
18:39abordar la misión con la sutileza de un ejército de madres. Esperaron a un momento de calma,
18:46cuando el trajín del mediodía había pasado y solo quedaba el murmullo del puchero a fuego lento.
18:53Se acercaron a Enora, que pulía la platería en un rincón, absorta en su tarea. Enora, hija,
18:59¿te apetece un trozo de bizcocho? Ha salido de rechupete, ofreció Candela con su sonrisa más
19:05cálida, extendiéndole un plato. La joven levantó la vista, sorprendida. Sus ojos,
19:12de un azul pálido, reflejaban una desconfianza innata.
19:16Gracias, señora Candela, pero no tengo hambre. Anda, mujer, no seas tonta. Un dulce alegra el
19:25corazón más mustio, insistió Simona, sentándose a su lado.
19:30No mordemos, ¿sabes? A no ser que el pan esté muy duro. Una levísima sombra de sonrisa cruzó el
19:37rostro de Enora, pero desapareció tan rápido como había llegado.
19:42Cuéntanos algo de ti, muchacha, continuó Candela con suavidad. ¿De dónde vienes? ¿Tienes familia?
19:50Enora se tensó, dejó el paño de pulir sobre la mesa. Vengo de un pueblo pequeño, no lo conocerían.
19:57Y mi familia, no tengo a nadie. Las dos cocineras intercambiaron una mirada. Aquella
20:03respuesta, tan escueta y definitiva, encerraba un mundo de dolor.
20:09Aquí todas somos una familia, a nuestra manera, dijo Simona, poniendo una mano reconfortante sobre
20:15el hombro de la joven. Enora se estremeció ante el contacto, pero no se apartó, con nuestras
20:22rencillas y nuestros secretos, como en todas las casas. Pero al final del día, nos tenemos las unas
20:29a las otras. Y a ti también te tenemos, aunque lleves poco tiempo. A veces, hablar de lo que a
20:36una le duele es como abrir una ventana en una habitación cerrada, añadió Candela.
20:43Entra el aire fresco y se lleva lo malo. Y nosotras, Simona y yo, tenemos las orejas muy grandes y la boca
20:49muy callada para lo que importa. Enora las miró, primero a una y luego a la otra. Por primera vez
20:57desde que había llegado, sus ojos no reflejaban solo miedo, sino también una duda, una pequeña
21:03semilla de posibilidad. No dijo nada más, pero recogió el plato y dio un pequeño mordisco al
21:10bizcocho. Y en ese simple gesto, en esa aceptación del dulce ofrecido, Simona y Candela vieron una
21:16primera grieta en el muro que la muchacha había construido a su alrededor. Sabían que el camino
21:23sería largo, pero la primera piedra ya estaba puesta. No muy lejos de allí, en el patio de
21:28servicio, se producía otro reencuentro, uno cargado de una tensión diferente.
21:35Toño, el lacayo, había buscado a Samuel, el chofer, con una urgencia que no pasó desapercibida
21:41para el joven. Samuel, necesito hablar contigo, dijo Toño, su voz más grave de lo habitual.
21:49Samuel, que estaba revisando el motor de uno de los automóviles, dejó sus herramientas y
21:54se limpió las manos con un trapo.
21:58¿Pasa algo, Toño? Pareces preocupado. Toño dudó un instante, mirando a su alrededor para
22:04asegurarse de que nadie los escuchaba. Es sobre, bueno, es sobre mi situación, la verdad de mi
22:12situación. Samuel frunció el ceño. ¿A qué te refieres? Pensaba que todo iba bien. No,
22:19confesó Toño, y el peso del mundo pareció caer sobre sus hombros. Nada va bien, la mujer con la
22:27que te dije que me escribía, con la que planeaba casarme. No existe. La confesión dejó a Samuel
22:34sin palabras. ¿Cómo que no existe? Me lo inventé, admitió Toño, la vergüenza tiñéndole las
22:40mejillas. Me sentía solo, Samuel. Veía a todo el mundo con sus planes, sus amores. Lope con Vera,
22:49María Fernández con Salvador. Y yo, yo no tenía a nadie. Empecé a contar la historia como una
22:57fantasía, para sentirme uno más. Y la mentira creció y creció, y ya no sabía cómo pararla.
23:05Samuel lo escuchaba con una mezcla de sorpresa y compasión. Entendía la soledad, el deseo de
23:12pertenecer. Pero eso no es todo, continuó Toño, su voz bajando a un susurro. La razón por la que
23:20necesito dinero, la razón por la que estoy tan desesperado, es porque tengo deudas. Deudas de
23:28juego. Aposté el dinero que no tenía, pensando que un golpe de suerte solucionaría mis problemas,
23:33y solo los hice más grandes. Me están presionando, Samuel, y no sé qué hacer. La vulnerabilidad de
23:42Toño era total. Había derribado todas sus defensas ante su amigo. Samuel, lejos de juzgarlo, sintió una
23:51oleada de empatía. Puso una mano firme en el hombro de Toño. Tranquilo, le dijo con una calma que Toño
23:59no esperaba. Lo primero, gracias por contármelo. Se necesita mucho valor para admitir algo así.
24:08Y lo segundo, no estás solo en esto. Veremos cómo podemos solucionarlo, juntos. Por primera vez en
24:15semanas, Toño sintió que un pequeño rayo de luz penetraba en su oscura desesperación. La confesión
24:23había sido dolorosa, pero la respuesta de su amigo era un bálsamo. Quizás, solo quizás,
24:28había una salida. La esperanza era, también, el motor que movía a Vera. Desde que Lope había
24:36escrito y enviado la carta a su hermano, la joven doncella vivía en un estado de nerviosa
24:40expectación. Cada crujido de la puerta, cada llegada del cartero, cada nueva mañana, era una
24:49posibilidad. La idea de volver a Vera a su hermano, de cerrar las heridas del pasado y reconstruir el
24:56único lazo familiar que le quedaba, era un sol que iluminaba sus días. La encontró Teresa en la
25:03sala de plancha, con la mirada perdida en la ventana, una sonrisa soñadora en los labios.
25:10Sueñas despierta, amiga, le dijo Teresa con cariño, dejando una pila de sábanas limpias sobre la mesa.
25:16Vera se volvió, su rostro radiante. Oh, Teresa, no puedo evitarlo, solo pienso en la carta.
25:27¿Crees que ya la habrá recibido? ¿Crees que me responderá pronto? Imagínate que viene.
25:33Imagínate que podemos hablar, que me perdona, que podemos volver a ser hermanos.
25:40Teresa sonrió, pero su sonrisa estaba teñida de una cautela que Vera, en su euforia,
25:45no percibió. Conocía el mundo demasiado bien, sabía que los sueños, a menudo,
25:52se rompían contra la dura roca de la realidad.
25:57Claro que te responderá, dijo, intentando sonar convincente. Pero tienes que ser paciente, Vera.
26:05Esas cosas llevan su tiempo. Y, dudó un instante, buscando las palabras adecuadas.
26:10¿Y qué? Preguntó Vera, su sonrisa vacilando. Y tienes que estar preparada para todo, continuó Teresa con suavidad.
26:19El plan es bueno, y Lope ha hecho todo lo posible. Pero a veces, las cosas no salen como uno espera.
26:30Las cartas se pueden perder, las personas pueden haber cambiado. No quiero aguarte la fiesta, de verdad que no.
26:38Solo quiero que tengas cuidado con tu corazón. A veces, la esperanza es lo que más duele cuando se rompe.
26:43Las palabras de Teresa fueron como una pequeña nube que pasa delante del sol. Vera sintió un escalofrío.
26:54Sabía que su amiga tenía razón, que existían mil razones por las que su plan podría fracasar.
27:01Pero se negaba a aceptarlo. Necesitaba aferrarse a esa esperanza con todas sus fuerzas.
27:06Todo saldrá bien, dijo, más para convencerse a sí misma que a Teresa. Tiene que salir bien.
27:16Teresa la abrazó, y ojalá que así sea. Nadie se lo merece más que tú.
27:21Pero mientras sostenía a su amiga, una sombra de inquietud se instaló en el corazón de Teresa.
27:25Un mal presentimiento, vago e indefinido, que no supo cómo explicar, pero que le decía que el camino de Vera hacia la felicidad aún estaría lleno de espinas.
27:39En el jardín, bajo la sombra de un magnolio centenario, Ricardo, el marqués de Luján, padre de Alonso, conversaba con Samuel.
27:47La relación entre el patriarca y el joven chofer se había estrechado, cimentada en un respeto mutuo y en la preocupación compartida por el bienestar de Ana, la hija de Ricardo y tía de Manuel, a quien Samuel amaba profundamente.
28:04La situación de mi hija me quita el sueño, Samuel, decía Ricardo, su voz grave y cansada.
28:10Ese matrimonio con Garcés fue un error desde el principio, un arreglo de conveniencia que la ha hecho profundamente infeliz.
28:20Él es un hombre cruel y controlador. Necesito sacarla de esa jaula.
28:24Señor Marqués, yo haría cualquier cosa por la señora Ana, respondió Samuel con una sinceridad que conmovió a Ricardo.
28:33Sabe que mi lealtad y mi afecto están con ella. Lo sé, hijo, lo sé. Y te lo agradezco.
28:40Por eso quiero hablarte de esto. He estado consultando con mis abogados. Anular un matrimonio eclesiástico es complicado, casi imposible.
28:51Se necesitan razones de peso, consanguinidad, un voto de castidad previo, impotencia.
28:59Ricardo suspiró, pero hay una vía, una vía difícil, pero posible, si pudiéramos demostrar que el matrimonio nunca fue consumado.
29:07La implicación de sus palabras flotó entre ellos. Samuel comprendió de inmediato.
29:15Una declaración así por parte de Ana sería un escándalo, una humillación pública.
29:19Sería su palabra contra la de él, dijo Samuel, su mandíbula tensa. Y Garcés es un hombre sin escrúpulos.
29:29La arrastraría por el fango. Exacto, combino Ricardo. Por eso necesitamos pruebas.
29:38Algo que demuestre su carácter. Quema en su credibilidad ante un tribunal eclesiástico.
29:42Algo que demuestre que su unión es una farsa. Y ahí es donde tu ayuda puede ser crucial.
29:51Eres discreto, observador. Necesito que seas mis ojos y mis oídos.
29:56Cualquier cosa, por insignificante que parezca, que pueda ayudarnos a construir un caso contra Garcés.
30:02La petición era peligrosa. Significaba espiar a un hombre poderoso y vengativo.
30:09Pero, por Ana, Samuel estaba dispuesto a correr cualquier riesgo.
30:14Cuente conmigo, señor Marqués, dijo con firmeza. Haré todo lo que esté en mi mano.
30:21Ricardo asintió. Una chispa de esperanza en su mirada cansada.
30:25La liberación de su hija era su última gran batalla. Y en aquel joven y leal chofer, había encontrado a su mejor soldado.
30:34Mientras todo esto ocurría, Pía Adarre caminaba por el polvoriento camino que conducía al pueblo de Luján.
30:42El sol de la tarde caía a plomo, pero ella no sentía el calor.
30:46Su mente estaba fija en un único objetivo.
30:49La misteriosa carta sobre Cristóbal que había recibido.
30:51Esa nota anónima que insinuaba oscuros secretos del amigo de la infancia de los marqueses.
30:58Sus sospechas la habían llevado a pensar en el único eslabón que podía conectar a Cristóbal con el mundo exterior de una manera discreta.
31:05El correo.
31:08Encontró al cartero, Jacinto, un hombre de mediana edad con el rostro curtido por el sol y el viento, descansando a la sombra en la taberna del pueblo.
31:16Pía se acercó con una estudiada naturalidad, pidiendo una limonada para disimular su verdadera intención.
31:26Buenas tardes, Jacinto, vaya calor que hace, comenzó Pía, sentándose en una mesa cercana.
31:32Ni que lo diga, señora Pía, respondió el cartero, secándose el sudor de la frente.
31:41No se puede ni respirar.
31:43Pía dejó pasar unos minutos de charla banal sobre el tiempo y la cosecha antes de lanzar su anzuelo.
31:48Oiga, Jacinto, y con tanto ir y venir, usted debe de conocer todos los secretos de la comarca, ¿no es así?
31:57Dijo con un tono ligero, casi de broma.
32:02Jacinto se rió, más sabe el diablo por viejo que por diablo, señora Pía.
32:07Y yo ya llevo muchos años en este oficio.
32:09Veo muchas caras, muchas cartas, pero soy una tumba, que conste, el secreto profesional es sagrado.
32:19Oh, por supuesto, no lo dudo, se apresuró a decir Pía.
32:23Solo era una curiosidad.
32:26Por ejemplo, he visto mucho últimamente por la promesa al señor Cristóbal Iturriaga.
32:32El amigo de los marqueses, parece un hombre muy, reservado.
32:36Pía observó atentamente la reacción de Jacinto.
32:41El cartero frunció levemente el ceño.
32:44Un gesto casi imperceptible.
32:46Sí, don Cristóbal.
32:50Musito, un hombre, peculiar, siempre muy educado.
32:54Eso sí, recibe mucha correspondencia.
32:57Preguntó Pía, como quien no quiere la cosa.
33:01No, apenas.
33:02Lo curioso no es lo que recibe, sino lo que envía.
33:05Soltó Jacinto, y Pía sintió un vuelco en el corazón.
33:11Había picado.
33:12Ah, sí.
33:13Inquirió, intentando que no se le notara la avidez en la voz.
33:19Sí, no usa el servicio de recogida de la promesa, como hacen los señores.
33:24Prefiere venir él mismo al pueblo.
33:27Y no echa las cartas en el buzón.
33:29Me las da a mí en mano.
33:30Siempre con mucha prisa.
33:32Casi con nerviosismo, diría yo.
33:36Y siempre la misma dirección.
33:38Un apartado de correos en Madrid.
33:40Ni nombre ni nada.
33:41Solo un número.
33:44Bingo.
33:45Aquella era la información que necesitaba.
33:47El secretismo.
33:48El nerviosismo.
33:49El apartado de correos anónimo.
33:51Todo encajaba.
33:54No era el comportamiento de un hombre con la conciencia tranquila.
33:58Qué curioso, dijo Pía, tomando un sorbo de su limonada para ocultar su excitación.
34:06Quizás sean asuntos de negocios muy discretos.
34:09O algo más, dijo Jacinto, bajando la voz.
34:11El otro día lo vi hablando cerca del viejo puente con un tipo que no era de por aquí.
34:20Un hombre con cara de pocos amigos.
34:22Se intercambiaron un paquete.
34:24Me pareció raro.
34:25Muy raro.
34:27Don Cristóbal parecía un flan.
34:29Cuando me vieron, se separaron como si hubieran visto al demonio.
34:35La descripción de Jacinto fue la pieza final del rompecabezas.
34:38La carta anónima no mentía.
34:42Cristóbal y Turriaga ocultaba algo.
34:44Algo turbio y peligroso.
34:46Pía le dio las gracias a Jacinto por la charla y emprendió el camino de vuelta a la promesa.
34:50Su mente trabajando a una velocidad vertiginosa.
34:55Tenía la confirmación que necesitaba.
34:57Sus sospechas eran ciertas.
34:59Ahora solo le quedaba decidir qué hacer con esa información.
35:02Una información que podía ser tan explosiva como la que acababa de derribar al capitán de la mata.
35:09El día se desvanecía.
35:10Tiñendo el cielo de tonos anaranjados y púrpuras.
35:14El torbellino de emociones y acontecimientos que había sacudido la promesa comenzaba a calmarse.
35:19Dejando paso a una noche expectante.
35:21En un rincón apartado de los jardines, allí donde los rosales trepadores ocultaban un viejo banco de piedra, Curro esperaba.
35:30La adrenalina de la mañana, la tensión de la confesión a sus amigos, se había disipado, dejando un pozo de agotamiento y una vibrante sensación de triunfo.
35:41Había vengado a su madre, había hecho justicia.
35:46Una figura se acercó en silencio, moviéndose con la gracia de una sombra.
35:50Era Ángela, la doncella que había sido su cómplice, su apoyo, la que había encontrado los primeros indicios que lo pusieron sobre la pista de Lorenzo.
36:00Ha sido un día largo, dijo ella, su voz suave en la quietud del atardecer.
36:07El día más largo de mi vida, respondió Curro, volviéndose para mirarla.
36:12A la luz crepuscular, sus ojos brillaban con una intensidad nueva.
36:17Pero ha merecido la pena.
36:21Lo hemos conseguido, Ángela.
36:23Lo has conseguido tú, Curro.
36:25Yo solo te he mostrado la puerta.
36:27No, dijo él, acortando la distancia entre ellos.
36:32Tomó sus manos, que estaban frías a pesar del calor residual del día.
36:38Lo hemos hecho juntos.
36:39Sin ti, nunca me habría atrevido.
36:42Sin ti, seguiría siendo el mismo joven enfadado y perdido de siempre.
36:47Me has dado un propósito.
36:50Ángela lo miró, y en sus ojos él vio reflejado el mismo torbellino de emociones que sentía en su interior.
36:55El alivio, la euforia del éxito, el peligro compartido.
37:02La barrera que la clase y la posición social imponían entre ellos pareció disolverse en aquel momento de cruda sinceridad.
37:10Eran solo un hombre y una mujer que habían luchado codo con codo contra un monstruo y habían vencido.
37:15Cuando he visto a la Guardia Civil llevárselo, susurró Curro, he sentido como si un peso que llevaba cargando toda mi vida se desvaneciera.
37:27He sentido, libertad.
37:29Te lo mereces, respondió Ángela, su pulgar acariciando el dorso de la mano de él.
37:33El contacto fue eléctrico, el mundo a su alrededor se desvaneció.
37:40Ya no estaban los jardines de la promesa, ni los ecos de las intrigas del palacio.
37:46Solo estaban ellos dos, envueltos en la intimidad de su secreto compartido y la victoria recién conquistada.
37:51La tensión que los había mantenido alerta durante semanas se transformó en una corriente de una naturaleza completamente diferente.
38:01Una atracción magnética e ineludible.
38:05Curro levantó una mano y apartó un mechón de pelo del rostro de Ángela.
38:09Su tacto fue gentil, casi reverente.
38:14Ella cerró los ojos por un instante, entregándose a la sensación.
38:18Cuando los volvió a abrir, supo que ya no había vuelta atrás.
38:21Lentamente, como si temiera romper el hechizo, Curro se inclinó hacia ella.
38:28Su aliento cálido rozó sus labios.
38:32No hubo palabras, no eran necesarias.
38:34Todo lo que sentían, todo lo que habían vivido juntos, culminó en ese instante.
38:40El beso fue primero tierno, un reconocimiento silencioso de su vínculo.
38:45Pero pronto, la pasión contenida, alimentada por el peligro y el triunfo, se desbordó.
38:52Se convirtió en un beso profundo, desesperado, un anclaje en medio de la tormenta de sus vidas.
38:58Las manos de Curro se enredaron en el pelo de Ángela, mientras ella rodeaba su cuello, atrayéndolo más cerca, borrando cualquier espacio que quedara entre ellos.
39:10Se dejaron llevar por la corriente, por una necesidad que era tanto física como emocional.
39:19Era la celebración de su victoria, la afirmación de su conexión, un acto de rebelión contra un mundo que intentaba mantenerlos separados.
39:26En la penumbra del jardín, ocultos de las miradas indiscretas, el joven marqués y la doncella encontraron un refugio en el abrazo del otro.
39:37Un momento de pura y ardiente pasión que sellaba su pacto y abría la puerta a un futuro tan incierto como irresistible.
39:43La caída del capitán había traído justicia, pero en aquel rincón olvidado, también había encendido una llama que amenazaba con consumir todo a su paso.
39:53La noche en la promesa
Seja a primeira pessoa a comentar