Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
Ricardo Peake Braga, conselheiro do Instituto dos Advogados de São Paulo, explica por que parte do meio jurídico faz ressalvas à atuação e limites do Judiciário brasileiro no cenário atual.

Assista à íntegra: https://youtu.be/Kj0YABxP7zU

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00O meu entendimento de globalismo é uma tentativa de superpor um sistema de governança supranacional
00:08em cima da soberania dos estados.
00:10Então vocês do Brasil, vocês não vão mais resolver o que vocês vão fazer em relação ao meio ambiente, não.
00:15Quem vai resolver são essas organizações aqui, vocês vão só cumprir.
00:20E tem muita gente que fala muito bem disso, o Aldo Rebelo tem um livro, ele fala sobre a Amazônia,
00:25e ele diz, olha, as políticas de Estado do Brasil em relação ao meio ambiente
00:31são ditadas por meia dúzia de ONGs que, por sua vez, recebem ordens de meia dúzia de países.
00:38Então o Estado brasileiro cumpre a agenda dessas ONGs, não tem nenhum processo de decisão local.
00:43E é muito interessante ver esse papel da judistocracia como...
00:51Parte desse processo.
00:52Parte desse processo.
00:53E aí eu estou pensando também nessas cortes internacionais, por exemplo,
00:58a Corte Internacional de Direitos Interamericana de Direitos Humanos,
01:02que toma decisões que são aplicadas quase que imediatamente aqui,
01:06como se tivessem sido tomadas aqui no Brasil.
01:08É, o sistema de cortes internacionais, ele ainda é mais frágil,
01:12mas a parte regulatória é o mais importante.
01:16Quer dizer, você vai soltando diretrizes e o país vai tendo que assumir isso, né?
01:23E o ordenamento jurídico interno, ele vai perdendo força frente à regulamentação internacional.
01:31Alguns autores até chamam isso de uma espécie de um neo-feudalismo jurídico, né?
01:37em que o Estado Nacional está sendo esvaziado, né?
01:44E aí você tem regulamentações locais e uma regulamentação global,
01:49que seria uma regulamentação, na época do feudalismo, imperial, vamos dizer assim,
01:53com grandes diretrizes, e que elas passam.
01:57O Estado Nacional fica no meio desses dois polos e cada vez mais enfraquecido.
02:03E o Judiciário, ele adota uma espécie de pluralidade de fontes.
02:08O que significa isso?
02:09Antigamente você tinha...
02:10O direito era o que o poder político daquele país diz que é.
02:15Mas hoje isso já está se perdendo também.
02:18Quer dizer, começa a se dar a validade jurídica, a aplicação jurídica,
02:21a normas internacionais, mesmo quando não ratificadas expressamente pelo Brasil,
02:27recomendações, agenda ONU 2030, por exemplo.
02:32Se você entrar no site do Supremo Tribunal Federal,
02:36eles colocam lá prioritização de julgamentos conforme a agenda 2030.
02:43Quais são os temas que têm que ser julgados antes,
02:46porque atendem a agenda 2030, quais os temas que não atendem.
02:51E tudo isso feito diretamente pelo Judiciário,
02:54sem que haja uma decisão política brasileira de fazer isso,
02:59pelo Congresso, pelo Executivo, enfim.
03:02O Judiciário, ele começa a internalizar diretrizes que vêm de órgãos internacionais diretamente.
03:10Isso é um aspecto assustador, porque, por coincidência,
03:15todas essas, ou pelo menos do que eu tenho conhecimento,
03:19inúmeras dessas teorias ou ideias que são internalizadas
03:24e assumidas quase como se fosse parte da doutrina jurídica,
03:28muitas têm origem clara em pensamento marxista.
03:32Na teoria crítica do pessoal da Escola de Frankfurt,
03:35outro exemplo que está aí presente nessas decisões todo dia,
03:39a ideologia de gênero, a ideia de que o gênero é uma construção social
03:44e que você tem direito a expressá-la do jeito que você quiser
03:47e o Estado tem a obrigação de reconhecer.
03:50Sim, mas o curioso é observar que,
03:52embora elas tenham talvez esse fundamento marxista tardio
03:57de uma nova luta de classe que não é mais entre o capitalista e o operário,
04:04e sim entre um grupo específico,
04:07homem contra mulher, heterossexual contra...
04:10Ainda que isso tenha esse arcabouço marxista, digamos assim,
04:16quem fez essa divulgação,
04:18essa imposição quase de todas essas teorias críticas
04:24e essas pautas identitárias foram as grandes empresas globais.
04:29Através de decisões que eram tomadas lá fora,
04:34em fóruns internacionais,
04:36eles adotavam, vamos seguir essas políticas internamente,
04:39vinham para um determinado país, por exemplo, para o Brasil,
04:42mas não só aqui,
04:43e a hora que elas iam contratar um fornecedor local
04:45ou contratar qualquer coisa aqui internamente,
04:48falaram assim, você tem política sobre isso aí?
04:50Se você não tiver, eu não posso fazer contrato com você.
04:53Então, a capilaridade econômica dessas empresas
04:56foi um instrumento de propagação dessas políticas.
05:01Por isso que é essa ligação do globalismo com a globalização econômica.
05:06Está muito ligado, muito ligado.
05:10Por que eles adotaram essas políticas lá fora?
05:13Aí é uma outra discussão,
05:14como as grandes empresas foram infiltradas e contaminadas,
05:19vamos dizer assim, com essas pautas.
05:20Pode-se discutir várias causas para isso,
05:24mas é um fato que isso aconteceu.
05:27Agora, recentemente, internacionalmente,
05:30eu estou vendo um refluxo disso.
05:32Quer dizer, começou quando a BlackRock,
05:36que é o principal fundo de investimentos do mundo,
05:39e outros,
05:41expressamente decidiram que não iam mais adotar essas políticas,
05:46como sendo políticas de gestão das empresas investidas deles.
05:51Então, isso agora vai ter um efeito contrário.
05:55Da mesma maneira como foram eles que iniciaram esse processo
05:58de expansão dessas ideologias, dessas pautas,
06:02a hora que eles tiram isso da pauta,
06:04isso agora tende a ter um refluxo.
06:06Acho que provavelmente vai levar ainda muito tempo a chegar.
06:08No Brasil, ainda nós nem percebemos isso,
06:11porque nós estamos sempre atrasados.
06:12É verdade.
06:13Aqui continua em pleno vapor essa agenda.
06:15Aqui está em pleno vapor,
06:16mas a tendência é que comece a diminuir,
06:18como já está acontecendo em alguns países da Europa,
06:21nos Estados Unidos,
06:22com a vitória do Trump,
06:23isso se acentuou.
06:25Mas eu acho que o fenômeno do Trump
06:27não é o fator que está causando isso.
06:31Ele é mais uma consequência,
06:33ou ele é parte desse processo que já começou antes,
06:37de desativar um pouco essa pauta identitária,
06:42essa pauta de teoria crítica, etc.
06:45É.
06:46Eu queria perguntar a você, Ricardo,
06:49como os juristas, como o meio jurídico,
06:52especialmente os constitucionalistas,
06:56reagem a esse cenário da juristocracia,
07:00da expansão do judiciário.
07:03Existe alguma resistência no meio jurídico,
07:06no meio acadêmico, especialmente a isso?
07:09Ou isso é um fenômeno que está sendo abraçado
07:11e enxergado como uma coisa boa pela maioria dos juristas?
07:15No meio acadêmico, a resistência é muito pequena.
07:19Talvez por essa promiscuidade,
07:24que é tradicional no meio jurídico,
07:26entre o direito e o poder.
07:29Quer dizer, o advogado, ele está sempre...
07:32O trabalho dele é defender clientes perante os tribunais,
07:38então ele precisa ter a boa vontade dos tribunais.
07:40Então existe uma tendência dos advogados a...
07:47Não vou usar o termo puxa-saco,
07:49mas de bajular um pouco os tribunais.
07:53E na academia também isso está acontecendo,
07:58porque a academia se tornou quase que uma porta-voz
08:04da doutrina oficial,
08:06porque os ministros supremos são acadêmicos.
08:11Gilmar Mendes é acadêmico,
08:12Barroso é acadêmico,
08:14Lewandowski era acadêmico,
08:16todos esses eram da academia.
08:17Então tudo isso contribuía para essa situação
08:22de todos quererem agradar a todos.
08:24Existem algumas vozes isoladas que criticam,
08:28que mostram o ponto em que chegamos,
08:33que vai contra tudo o que se esperava
08:35de um sistema jurídico equilibrado e saudável.
08:39Mas ainda são bem minoritárias, infelizmente.
08:42Quando a gente olha para as supremas cortes
08:47de outras, eu mencionei aqui os Estados Unidos,
08:50mas outras democracias,
08:54as principais democracias,
08:56existe em algum lugar uma situação semelhante
08:59à situação do Brasil hoje, em termos de...
09:03Eu vejo o Brasil como uma vanguarda da juristocracia.
09:07Você acha que talvez seja o país
09:09onde a Corte Suprema concentrou mais poder
09:12em todos os níveis
09:13e se transformou em um agente político direto.
09:19Quando tem uma discussão política,
09:21todos querem saber qual é a posição
09:23da Suprema Corte sobre aquilo,
09:24que é uma aberração isso.
09:28E se transformou também em uma delegacia de polícia
09:31da nossa Suprema Corte, paralelamente.
09:33Delegacia de polícia política.
09:35Então, igual a essa situação no Brasil,
09:40eu acho que não há outra hoje no mundo.
09:42Agora, existem conflitos
09:45entre o poder político e o poder judicial
09:48em vários países.
09:49Você vê, Israel,
09:51há uns dois anos atrás,
09:53se iniciou um processo de revisão.
09:55Nos próprios Estados Unidos,
09:56hoje está tendo uma discussão grande
09:58sobre os limites
09:59do que o judiciário pode ou não fazer
10:03para brecar determinadas medidas
10:05do presidente,
10:08qual é o limite,
10:09o que ele pode,
10:10o que ele não pode fazer.
10:11Isso tudo está em pauta.
10:14Na própria Europa,
10:15está se começando a discutir isso também,
10:17um pouco com menos intensidade,
10:19mas também
10:19essa questão da contenção
10:22do poder judiciário
10:23que se transformou
10:25num poder que está extrapolando
10:26a mera atividade de julgar,
10:31mas está adentrando
10:33na tomada de decisões políticas.
10:37Você acredita que o Brasil
10:39vai ter uma nova Constituição?
10:42Eu acho que tudo é possível,
10:45é claro.
10:45Nós estamos caminhando
10:46para uma situação
10:46que pode chegar
10:47numa crise,
10:49num impasse tão grande
10:50e que haja
10:52uma necessidade
10:53de uma nova Constituição
10:54ou surge
10:56uma nova Constituição
10:57como um corolário disso.
10:58Mas é uma situação
10:59muito difícil,
11:00eu acho.
11:01Eu acho que
11:02no atual sistema,
11:03se você convocar
11:04uma Constituinte,
11:05vai sair uma Constituição
11:06pior do que a atual.
11:07Ricardo,
11:08pelo que a gente
11:10está conversando aqui,
11:12pela visão desse cenário,
11:14não adianta fazer
11:16novas regras
11:17se não existir
11:18uma vontade
11:19de respeitar as regras
11:20e de cooperar.
11:21É isso?
11:22Exatamente isso.
11:23É o que eu falei.
11:24Eu não acho
11:24que uma nova Constituição
11:25vai resolver o problema
11:26se os agentes institucionais
11:29não estiverem dispostos
11:31a cumprir.
11:32O que nós estamos vendo hoje
11:34não é o erro da Constituição,
11:36é o desrespeito
11:37à Constituição,
11:38propriamente dito.
11:38Claro que sempre
11:39pode aperfeiçoar coisas,
11:41mas o principal hoje
11:42é o próprio desrespeito
11:43à Constituição.
11:45Duas palavras no Brasil
11:46hoje se transformaram
11:47praticamente
11:48em eufemismos
11:50ou palavras vazias,
11:51que é Constituição
11:52e democracia.
11:53As pessoas usam
11:54respeito à Constituição
11:55e defesa da democracia
11:58para falar justamente
11:59o contrário,
12:00para falar
12:00quando não estão
12:02respeitando a democracia
12:03e não estão
12:03respeitando a Constituição.
12:04se você tivesse que dar
12:10uma recomendação
12:12para o Congresso Nacional,
12:15o Congresso Nacional
12:16que eu tenho certeza,
12:17eu conheço alguns,
12:18tem alguns políticos lá
12:20bem intencionados,
12:22que têm consciência
12:23do que está acontecendo,
12:24mas se veem
12:26quase que de mãos atadas,
12:27sem saber que caminho tomar.
12:29seria possível dar
12:31alguma recomendação,
12:32alguma orientação?
12:35E eu sei
12:36que é uma pergunta difícil.
12:37É difícil, sim.
12:37O que eu vejo é,
12:39no curto prazo,
12:40acho que não adianta
12:41querer judicializar
12:43questões,
12:44porque isso só
12:44acaba
12:46levantando a bola
12:47para que o
12:49Supremo
12:50possa,
12:51ou tenha mais
12:52facilidade
12:53em impor
12:54as suas vontades
12:55sobre o Congresso.
12:56então o Congresso
12:57tem que,
12:58várias correntes dele
12:59tem que se entender
13:00lá e buscar
13:01um caminho
13:01de restabelecimento
13:03das suas prerrogativas,
13:04restabelecimento
13:05do seu poder,
13:06independentemente
13:07de partidos,
13:08porque hoje
13:09é o partido A
13:10que está sendo prejudicado,
13:11amanhã pode ser o partido B
13:13e o C
13:14e assim por diante,
13:15quer dizer,
13:15é importante que o Congresso
13:16se una
13:16no respeito
13:17às suas prerrogativas
13:18e aos seus poderes
13:19constitucionais.
13:20Isso é muito importante.
13:22E a última pergunta
13:24é,
13:26esse fenômeno
13:28da juristocracia
13:30seria
13:32uma manifestação
13:34de esgotamento
13:37daquele modelo
13:37tradicional
13:38de democracia
13:40e de república,
13:41os três poderes
13:42separados,
13:43independentes,
13:45que é um modelo
13:45que começou
13:46com a
13:48República Americana
13:49em 1789
13:50e
13:52talvez tenha
13:53se afirmado
13:54mesmo depois
13:55do pós-guerra
13:56da Segunda Guerra.
13:58Você,
13:58existe alguma...
14:00Você tocou
14:01num ponto
14:01que eu tenho
14:02falado bastante.
14:03Eu acho que
14:03a democracia liberal,
14:05vamos chamar assim,
14:07que é essa
14:07democracia
14:08constitucional
14:09que começa
14:10com a independência
14:12dos Estados Unidos
14:13e vai se desenvolvendo,
14:15aperfeiçoando
14:16e que
14:17gerou
14:18liberdade,
14:19gerou
14:20democracia,
14:21gerou prosperidade
14:22num patamar
14:22nunca visto
14:23na história
14:24da humanidade,
14:25me parece
14:26que esse modelo
14:27infelizmente
14:28está com os dias
14:28contados.
14:30E eu acho
14:30que a
14:31juristocracia
14:32é um sintoma
14:34de que esse sistema
14:35está fazendo água,
14:36vamos dizer assim,
14:37no mundo todo,
14:39e estão se buscando
14:40formas de preencher
14:43esse vácuo
14:44ou de
14:45assumir
14:47lacunas
14:50de poder
14:51que estão
14:51aparecendo.
14:53O que vai
14:54acontecer agora,
14:55quais vão ser
14:57os novos sistemas,
14:58não sabemos.
14:59Nós tivemos
15:00ontem
15:00o ministro
15:02do Supremo
15:02elogiando
15:03o regime
15:03chinês,
15:04explicitamente.
15:07Então,
15:08assim,
15:08nós vamos
15:09caminhar
15:10para um regime
15:10estilo chinês
15:12que não é
15:13uma juristocracia.
15:14Que não é
15:14uma juristocracia,
15:16que é,
15:16vamos dizer,
15:16uma ditadura
15:17oligárquica,
15:19vamos dizer assim,
15:20tecnocrática,
15:21talvez,
15:23ou vamos
15:23caminhar
15:24para um sistema,
15:26ou vamos
15:27conseguir manter
15:28a democracia
15:29liberal,
15:30ainda que com
15:30ajustes,
15:31etc.
15:32Está difícil
15:32definir isso.
15:34Mas o fato
15:34é que eu acho
15:34que a juristocracia
15:35não é propriamente
15:36um sistema.
15:37Ela tende
15:38a se diluir
15:39num sistema
15:40tecnocrático
15:41de partido,
15:42como o chinês,
15:43ou parecido
15:44com isso,
15:45ou como
15:45num sistema
15:46tecnocrático
15:47estilo União
15:48Europeia,
15:49em que
15:49comissões
15:51temáticas
15:52integradas
15:53por tecnocráticas
15:54acabam
15:54detendo
15:55o poder
15:55real.
15:57Mas
15:58eu,
16:00pessoalmente,
16:00ainda defendo
16:01que a democracia
16:02liberal é o melhor
16:03dos sistemas.
16:05É o que o
16:06Churchill dizia,
16:07a democracia
16:07é o pior do sistema
16:09com exceção
16:09de todos os outros.
16:10é o pior sistema
16:12com exceção
16:12de todos os outros,
16:13porque não tem
16:14um melhor.
16:15Todos os outros
16:15acabam
16:16tendo problemas
16:18sérios de ditaduras,
16:19etc.
16:20E a democracia,
16:21com todos os problemas
16:22que ela tem,
16:23ela permite
16:23a autocorreção.
16:26Quando ela erra,
16:27ela tem a capacidade
16:28de se corrigir.
16:29Os outros sistemas
16:30não têm essa capacidade.
16:33Então,
16:33vamos torcer
16:34para que isso
16:35se encontre
16:37um caminho
16:37de preservar
16:39a democracia
16:39liberal.
16:40legal.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado