Donald Trump lançou diretrizes ambiciosas para transformar os EUA na maior potência global em inteligência artificial. O plano inclui acelerar a inovação, ignorar barreiras como riscos ambientais e direitos autorais, criar uma regulamentação federal única e usar IA como nova arma na disputa com a China. A proposta marca o início da chamada Guerra Fria 2.0, onde a tecnologia substitui o arsenal militar como ferramenta de poder. Veja na análise de Marcelo Favalli.
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00:00O Donald Trump está com uma das grandes ferramentas do século XXI nas mãos, que é a tecnologia.
00:07E claro que do outro lado, nós estamos vendo a chamada Guerra Fria 2.0.
00:13Saem os soviéticos, entram os chineses, saem as bombas nucleares e entra a tecnologia, ou melhor dizendo, a inteligência artificial.
00:21Vamos olhar aqui então, os documentos que o Trump assinou e protocolou são mais ou menos diretrizes.
00:30Estão divididas em três pilares, aceleração e inovação.
00:35É claro que colocamos aqui em linhas gerais para a gente dividir em tópicos.
00:38O governo federal vai ter acesso a ferramentas de IA com neutralidade ideológica.
00:45Isso aparece nessas diretrizes.
00:47Como disse o Donald Trump, ele quer tirar essa redoma woke da inteligência artificial.
00:56Bom, um dos pontos em que os documentos eles propõem é uma aceleração na inovação em inteligência artificial.
01:07Uma certa obviedade.
01:08Agora, se for necessário, deixem para lá segurança, riscos ambientais e eventuais cortes de postos de trabalho.
01:19Se a inovação em IA nos Estados Unidos custar estes itens, tudo bem, os fins justificam os meios.
01:29Licenciamento para usinas elétricas e data centers, ou seja, também criar um arcabouço para que a inteligência artificial seja mais desenvolvida nos Estados Unidos,
01:40inclusive investindo não só em software, também em hardware, exportação de tecnologia americana.
01:48O Donald Trump deixa muito claro que ele quer continuar liderando essa vanguarda do século XXI, só que os chineses estão se aproximando.
01:56Vou pedir para a gente olhar, então, para o segundo pilar, a próxima arte, que é o seguinte,
02:01construindo a infraestrutura de inteligência artificial dos Estados Unidos.
02:05Ele propõe um padrão federal único de regulamentação da inteligência artificial.
02:12Os Estados Unidos não são uma república, é uma federação de estados que tem a sua independência.
02:17Então, ele diz que se houver padrões estaduais, cada região dos Estados Unidos fazendo de uma maneira,
02:24pode atrasar a indústria de um ponto comum.
02:29Então, ele pede um padrão federal.
02:31Treinamento de IA com conteúdo protegido por direitos autorais.
02:37Ou seja, os recursos, os mecanismos vão ter acesso a conteúdos com direitos autorais.
02:46E que se for necessário, necessidade de permissão ou compensação aos criadores desses conteúdos
02:54que alimentam a inteligência artificial, que isso fique em segundo plano.
02:58O treinamento com esse acesso de material protegido é prioridade.
03:04E a construção de uma base tecnológica necessária para o avanço.
03:08De novo, mais um ponto de investimento.
03:10E aí, o terceiro pilar.
03:12Toda essa documentação é dividida, então, nesses três backbones.
03:18Liderando a diplomacia e segurança da inteligência artificial.
03:22Ou seja, que capital político pode sobrar para os Estados Unidos?
03:25Liderança global em políticas e segurança.
03:29Ou seja, os Estados Unidos querem ditar essas normas ou que eles liderem e o resto do mundo continuam acompanhando.
03:37Liberdade de expressão em modelos de IA.
03:41E que essas liberdades de expressão, elas sejam dadas sem muitos balizamentos.
03:46Atualizar o framework para remover menções, ou seja, tirar qualquer amarra que fale em day.
03:56Que é uma expressão de inclusão, desinformação e mudanças climáticas.
04:03Que o framework não tenha essas amarras de inclusão.
04:08Que haja qualquer alerta de desinformação ou discussões sobre mudanças climáticas.
04:17E para a gente encerrar, aqui amarrando tudo.
04:21Qual é a conclusão?
04:22O objetivo?
04:24Vantagens aos seus desenvolvedores.
04:26As startups terão acesso a supercomputadores que pertencem ao Estado.
04:33Ou que haja uma parceria público-privada.
04:36Investimentos em tecnologias emergentes como drones e carros autônomos.
04:41Isso entra nessa amarração toda.
04:45E o objetivo, claramente, é superar a China na corrida pela vanguarda da tecnologia do século XXI.
04:52Se a gente lembrar do século passado, a corrida sobre a hegemonia falava-se muito, então, no arsenal nuclear.
05:01Agora, a corrida mudou.
05:02Mudaram os personagens e também mudou, entre aspas, a arma de fundo.
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