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O Brasil assume a presidência do Brics em 2025 e coloca na mesa temas estratégicos como a descarbonização e alternativas ao dólar. No quadro Capital Sustentável, o comentarista Carlo Pereira analisa os interesses econômicos e políticos do país na cúpula do bloco, que acontece no Rio de Janeiro na próxima semana.

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00:00Música
00:00Quarta-feira, dia do quadro Capital Sustentável, nosso espaço semanal com um notável especialista em sustentabilidade, Carlo Pereira.
00:15Hoje vamos falar sobre a reunião de cúpula dos BRICS, que acontece na semana que vem aqui no Brasil.
00:21Carlo, boa noite pra você, sempre muito bom esse nosso papo.
00:24Bom, o Brasil vai ser o anfitrião dessa cúpula dos BRICS no Rio, o que representa na prática presidir esse grupo em 2025?
00:33Cris, boa noite. Sempre uma oportunidade, claro, de colocar a sua agenda, né?
00:40Então o Brasil, ele tem esse papel de influência não só regional, mas também do sul global,
00:48e é claro que presidir esses momentos, como os BRICS agora, nos dá uma oportunidade de pautar a agenda que entendemos que é importante para o Brasil e para o sul global, né?
01:01E vamos lembrar aqui que agora a presidência dos BRICS faz parte daquela trade que nunca havia acontecido e aconteceu agora com o Brasil.
01:11Então, numa sequência, presidimos o G20, agora presidimos os BRICS e daqui a pouco, então, a COP30 também.
01:23E quais são os interesses estratégicos e econômicos que o Brasil tenta viabilizar com essa cúpula, Carlo?
01:30Há algo concreto mesmo em relação a negócios e investimentos?
01:33Sem dúvida nenhuma, né, Cris?
01:37Assim, os últimos anos, vamos lembrar, desde que os BRICS foram, então, lançados, a gente tem alguns marcos, né?
01:46Alguns deles muito focados na questão econômica, né?
01:50Então, em 2014, por acaso lançado em Fortaleza, no Brasil, tivemos, então, ali o advento do MDB, New Development Bank,
02:01presidido hoje pela ex-presidente Dilma Rousseff.
02:05E há um desejo dos países que compõem os BRICS, os 11 países, também os países associados, de fortalecerem esse banco, né?
02:16Uma curiosidade, Cris, talvez a gente não se lembre, mas a gente fala muito em BID, a gente fala muito em IFC, né?
02:24Esses bancos de desenvolvimento e fomento, mas, na verdade, quando olhamos de perto os números,
02:31e quando a gente olha, por exemplo, o Banco Asiático de Desenvolvimento, quando a gente olha o próprio BNDES, né?
02:38O New Development Bank, então, são bancos que hoje, eles acabam trazendo mais oportunidades para esses países
02:49países do que esses bancos que a gente tem mais guardados na cabeça, que são, claro, mais antigos, né?
02:56Então, por isso que esse é um papel que o banco dos BRICS, o New Development Bank, já faz e querem, então, ampliar.
03:04Então, tem um desejo aqui, até dito muito diretamente pela ex-presidente Dilma Rousseff,
03:10de criar ali mecanismos que facilitem esses empréstimos para países vinculados aos BRICS, né?
03:20Esses bancos, vale lembrar, eles não necessariamente emprestam dinheiro apenas para os seus países ali associados, né?
03:30Mas pode ser ali um grupo maior de países, né?
03:36Então, esse é um ponto, um outro ponto aqui bastante importante, né?
03:40Que foi discutido na conferência, então, dos BRICS de Shazam, no ano passado,
03:47que é com relação, na Rússia, que é com relação a novos mecanismos.
03:53Esses são bastante importantes, vão causar uma revolução no mercado global, como é o Clear, por exemplo, né?
04:02E o Clear, ele nada mais é do que, por exemplo, uma substituição ou uma adição ao que a gente tem com relação ao sistema SWIT, né?
04:15Que é o sistema, então, de compensação.
04:18Então, isso faria com que os países dos BRICS, eles dependessem menos desse sistema
04:25e também dependessem, por consequência, também menos do dólar, né?
04:31Então, é uma discussão bastante profunda.
04:34E, para finalizar, o que a gente tem de bastante importante também
04:39é com relação a financiamento para a transição energética,
04:43financiamento para uma transição para uma economia de baixo carbono, né?
04:49Enquanto os países do G20, por exemplo, ou do G7, vem batendo cabeça,
04:54apesar de nos BRICS termos países como, por exemplo, o próprio Irã, né?
05:03Agora, mas também países produtores como a Arábia Saudita,
05:08países também ali como os Emirados Árabes, produtores de petróleo, né?
05:12O próprio Brasil é um produtor de petróleo bastante importante,
05:16mas eles ali, uníssono, a gente sabe que tem ali um foco em descarbonização
05:23e financiar, até com o petróleo, a transição para uma economia de baixo carbono.
05:29Carlo, queria falar de um outro assunto com você.
05:32A The Economist disse hoje que o Lula perdeu relevância internacional,
05:37que está se isolando do Ocidente.
05:40Na sua opinião, isso procede?
05:41O Cris, é uma visão, né?
05:46A gente tem que respeitar ali a visão toda e qualquer, seja qual ela for,
05:51mas claro que tem um viés muito claro, né?
05:54Um viés de um país ocidental, de um grande país que tem ali uma grande relevância.
06:01Então, a Economist, ela tem, é claro, essa voz, por que não?
06:06Mas eu acho que cabe uma discussão aqui grande, né?
06:10Uma discussão de, por exemplo, o presidente Lula foi muito criticado
06:15com relação a ter condenado o ataque que houve no Irã por Israel, né?
06:23Olha, Irã, por exemplo, faz parte dos BRICS, né?
06:27E dentro de uma lógica internacional, foi um ataque unilateral.
06:30Pode ter uma discussão, claro, aí bastante profunda com relação a isso,
06:36se faz sentido, se não faz sentido, mas fato é que, claro, o Brasil fica meio nesse língua,
06:45ele fica em cima do muro nessas horas, né?
06:48E o Brasil, vamos lembrar sempre aqui, né, Cris, primeiro, com relação à questão do Ocidente, né?
06:55Para mim, para você também, Cris, tenho certeza que, se formos perguntados,
07:01vamos falar que o Brasil é um país que está no Ocidente, certo?
07:05Não é tão óbvio assim, né?
07:07Então, na verdade, mais o Ocidente, menos uma posição geográfica,
07:12e mais uma questão geopolítica, né?
07:14Não se tem essa clareza.
07:18Então, os países, né, como, por exemplo, os Estados Unidos,
07:21como, por exemplo, o Reino Unido,
07:23não tem essa clareza tão grande que o Brasil é um país ocidental,
07:28no sentido de defender os valores ocidentais também, né?
07:32Então, esse é um ponto que a gente tem que ter em consideração.
07:36E o que acontece?
07:37Até por isso que o país, ele é visto como uma coisa meio que ali,
07:41numa transição entre Ocidente e Oriente, nesse sentido desses valores, né?
07:46Então, por isso que a revista, ela coloca aí o Lula como sendo uma pessoa
07:51que, eventualmente, perdeu essa força internacional, né?
07:57Mas, de novo, como isso se dá com relação aos BRICS, né?
08:02Que é o que está em pauta.
08:04E, claro, às vésperas do que a gente tem aí da reunião na semana que vem no Rio,
08:10é claro que o presidente Lula, ele estaria ali com foco bastante grande nos BRICS.
08:17Sem dúvida nenhuma.
08:18Carlos, sempre um prazer conversar com você às quartas-feiras.
08:21Até semana que vem.
08:23Tchau.
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