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  • há 4 meses
Deltan Dallagnol, o ex-procurador da Lava Jato e agora candidato a deputado federal pelo Paraná, disse nesta quarta-feira (3) que o julgamento do STF sobre a nova Lei de Improbidade Administrativa é "o mais importante dos últimos anos" a passar pela Corte.

A corte inicia às 14h um julgamento sobre a constitucionalidade da nova Lei de Improbidade Administrativa, aprovada no Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro em 2021. O texto, aprovado pela base e pela oposição no Legislativo, é considerado mais leniente com a prática de mau uso dos recursos públicos.

Entre as principais mudanças na nova redação está o entendimento de que apenas fica configurada a improbidade administrativa se os investigadores comprovarem que houve dolo elo autor. Outra mudança deixa a cargo apenas do Ministério Público a autorização para denunciar tal prática (antes, os agentes públicos onde o fato ocorreu, como prefeituras e autarquias, podiam encaminhar os casos à Justiça).

A medida interessa a políticos que tem planos em 2022. Caso o Supremo decida pela retroatividade da nova lei, políticos condenados como José Roberto Arruda (PL) poderão concorrer este ano. Arruda é peça-chave nos planos de Bolsonaro no Distrito Federal. 

"O Supremo pode derrubar esses abusos, esses absurdos que violam a Constituição, especialmente o direito do cidadão à probidade administrativa e o direito à devida proteção contra desvios da função pública", disse o ex-procurador da Lava Jato. "Peça ao Supremo que proteja nosso direito a não ser roubado e de não ser abusado por agentes públicos."

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Transcrição
00:00O Supremo Tribunal Federal vai decidir hoje se ele vai derrubar milhares de condenações
00:05por improbidade administrativa de corruptos, de torturadores, de abusadores e de funcionários
00:12públicos que enriqueceram ilicitamente.
00:15É isso mesmo.
00:16Em 2021, o Congresso Nacional esvaziou, detonou a lei de improbidade administrativa.
00:21E com a mudança da lei, não é mais improbidade administrativa o médico do hospital público
00:26estuprar a paciente, o policial torturar um suspeito, o prefeito obrigar o funcionário
00:31da prefeitura a fazer campanha para ele, o roubo de dinheiro do fundo eleitoral e partidário
00:36e ainda o enriquecimento ilícito de políticos, como naqueles casos dos prefeitos, prefeitas
00:41ostentação.
00:43Além disso, foram estabelecidos prazos para investigação e processo de improbidade que
00:48garantem a impunidade dos agentes públicos que cometem desvios.
00:52A mudança da lei livra políticos encrencados com a justiça, inclusive os políticos corruptos
00:59pegos na Lava Jato, que teriam que pagar mais de 40 bilhões de reais em multas.
01:04E ainda essas mudanças da lei podem deixar os agentes públicos ímporgos elegíveis de
01:09novo, ou seja, eles vão se candidatar às eleições.
01:12No julgamento que começa hoje, o STF pode ir em uma de duas diferentes direções.
01:17Por um lado, o Supremo Tribunal Federal pode permitir que essas mudanças da lei de improbidade
01:22valham para o futuro e sejam usadas ainda para derrubar as condenações do passado.
01:27Por outro lado, se o Supremo quiser atender a nós, atender o interesse público, ouvir
01:32a voz da sociedade, o Supremo pode derrubar as mudanças que o Congresso fez na lei.
01:37Pode derrubar esses abusos, esses absurdos, porque eles violam a Constituição, especialmente
01:42o direito nosso, do cidadão, à probidade administrativa e à devida proteção contra
01:47os desvios da função pública.
01:49Então, gente, compartilhe esse vídeo para que muita gente acompanhe o julgamento e peça
01:54ao Supremo que proteja o nosso direito de não ser roubado e de não ser abusado por agentes públicos.
02:12E aí
02:17E aí
02:20E aí
02:25E aí
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